Pesquisadores europeus conseguiram alterar o DNA de células humanas e usá-las para restaurar quase toda a pele de um menino de 7 anos, cuja epiderme tinha sido devastada por epidermólise bolhosa – uma doença genética rara.
Quase dois anos depois do primeiro transplante, o garoto, que corria risco de morte quando foi hospitalizado, não sofre mais com os sintomas da doença. Se os bons resultados do procedimento forem confirmados em testes com mais pacientes, será um avanço importante não apenas para quem sofre de problemas graves na epiderme, mas também para a área da terapia genética como um todo.
Embora o tratamento do pequeno paciente tenha começado na Unidade de Queimados do Hospital Pediátrico da Universidade do Ruhr (Bochum, Alemanha), a pesquisa que salvou sua vida foi coordenada por Michele De Luca, da Universidade de Modena e Reggio Emilia, na Itália.
Em artigo na revista científica “Nature”, De Luca e seus colaboradores relatam que o menino chegou ao hospital, em junho de 2015, com infecções bacterianas severas ligadas às constantes lesões na pele. Quando passou pela primeira operação, já tinha perdido cerca de 80% de sua epiderme.
Para tentar enfrentar o problema, os pesquisadores extraíram uma amostra de alguns centímetros de pele saudável que ainda restavam no corpo da criança. Depois, com a ajuda de um retrovírus (que consegue inserir seu material genético no DNA das células que infecta, como faz o vírus da Aids), eles corrigiram, nessas células, o erro genético que desencadeia a doença, ligado a uma mutação no gene LAMB3.
O tipo de epidermólise bolhosa do garoto alemão deixa a pele extremamente frágil, com bolhas e ferimentos que não saram.
Créditos: O Tempo
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