Dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social revelam que 80 mulheres foram assassinadas de janeiro a junho de 2012 na Paraíba. A revelação foi da Secretária de Estado da Mulher e Diversidade Humana, Gilberta Soares.
Os números foram revelados nesta terça-feira (7), data em que completa seis anos de vigência da Lei Maria da Penha no Brasil. No mês passado, o Mapa da Violência apontou a Paraíba como o quarto Estado do país onde mais se mata mulheres.
A delegada da mulher de João Pessoa, Maísa Felix, afirmou que a lei deu mais uma segurança para as mulheres em situação de risco. Porém, ela reconhece que o dispositivo necessita de melhorias.
“Muitas mulheres ainda têm medo de denunciar os crimes de agressão. Reconheço que houve um avanço, mas ainda há muito o que melhorar”, revelou.
Um dos casos mais instigantes de violência contra a mulher aconteceu há dois anos e três meses e ainda hoje permanece na memória do povo paraibano. A estudante Aryane Thaís Carneiro de Azevedo foi encontrada morta às margens da BR-230, próximo à Via Oeste, no sentido Bayeux-João Pessoa. As investigações policiais apontam que ela teria sido assassinada por asfixia.
No bolso de sua calça, havia um exame de gravidez positivo. O namorado dela, Luiz Paes Neto foi indiciado por homicídio qualificado e chegou a passar dois meses em prisão preventiva, mas responde o processo em liberdade.
A mãe da estudante, Hipernestre Carneiro, lamentou a impunidade e garantiu que não vai descansar enquanto não ver o assassino de sua filha atrás das grades. “Eu ainda espero que seja feita justiça. Quero ver esse assassino preso para pagar o que foi feito com Aryane”, disse.
Por Felipe Silveira e Mislene Santos
Portal Correio e Focando a Noticia.
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