Os corpos de 200 pessoas foram encontrados em Daraya, uma cidade localizada perto de Damasco. Ao divulgar estes dados, a oposição síria acusou o exército governamental de levar a cabo uma matança. Segundo a oposição, em 24 horas no país foram mortas 370 pessoas.
Os oposicionistas gravaram as consequências da carnificina e divulgaram os materiais através da Internet. Afirmam que as vítimas foram encontradas em caves e casas. Entre elas há mulheres e crianças. São vítimas de uma operação militar que, alegadamente, teria sido efetuada pelas tropas governamentais no fim-de-semana passado.
Por enquanto, fontes independentes não confirmam estas notícias. Anteriormente, os oposicionistas foram pegados reiteradas vezes por terem publicado montagens vídeo de fragmentos gravados em zonas de combates. Atualmente, na Síria, não há observadores da ONU, cuja ausência é muito sensível. Eles poderiam deitar alguma luz nos acontecimentos em Daraya. Mas o Ocidente e alguns países do Golfo Pérsico fizeram tudo para retirá-los da região contrariamente à posição da Rússia.
Os meios de comunicação social governamentais não reagiram de maneira alguma às declarações da oposição. Informam apenas que o exército limpou Daraya de terroristas, que se tinham infiltrado naquela cidade provenientes de Damasco.
Por outro lado, o presidente Bashar Assad reagiu indiretamente a este incidente. Declarou a sua a decisão de se opor-se ao conluio de forças estrangeiras, voltado, nas suas palavras, contra a Síria e toda a região. Esta não é uma afirmação segundo o princípio de “buscar inimigos em tudo e por toda a parte”, considera Boris Dolgov, analista do Centro de Estudos Árabes:
“ Esta é uma declaração importante. Se fala há muito sobre os planos de desmembramento da Síria em várias formações étnicas e confessionais. Por que razão se faz isso? Para enfraquecer a união entre a Síria e o Irã, assim como o movimento xiita Hezbollah no Líbano e a sua ala na Palestina. Não é segredo que eles são apoiados pela Síria e Irã.”
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