quarta-feira, 15 de maio de 2013

Suplemento de ômega-3 não evita doenças cardiovasculares


Para quem está nos grupos de risco, manter uma dieta saudável traz melhores resultados, diz estudo

 O ômega-3 se tornou o item queridinho de quem quer ser saudável, e uma espécie de panaceia para a saúde. Mas um novo estudo publicado dia 9 de maio no The New England Journal of Medicine demostrou que a suplementação do nutriente não é um diferencial na hora de prevenir doenças cardiovasculares, como derrame, em pessoas que já se encontram no grupo de risco. O estudo acompanhou durante cinco ano mais de 12 mil pessoas com condições que aumentavam as chances de doenças cardiovasculares, como diabetes, hipertensão, colesterol alto, tabagismo e obesidade, entre outras. Por isso mesmo, eles já seguiam tratamentos para esses fatores de risco. Entre elas, 6.244 consumiam 1 grama de óleo de peixe fonte de ômega-3 diariamente, enquanto 6.269 receberam placebos, para ser o grupo de controle. No fim desse período, 1.400 pessoas morreram de doença cardíaca ou tiveram um infarto ou derrame. Porém, elas estavam igualmente distribuídas entre os dois grupos. Representavam cerca de 11,7% do primeiro grupo e 11,9% do segundo.
Para os pesquisadores, isso demonstra que aliar a suplementação de ômega-3 a outras formas de tratamento pode não ser um diferencial, até porque normalmente quem confia apenas nos suplementos acaba não seguindo uma dieta saudável, que inclua frutas, vegetais e alimentos pobres em açúcar e gorduras saturadas. Essa, por sinal, se mostrou uma das formas de tratamento mais eficiente para evitar doenças cardiovasculares e deve incluir alimentos fonte de ômega-3, como os peixes de águas profundas, como salmão e atum.
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