Hoje, aos 65 anos, Teague usa sua experiência para ajudar outros sobreviventes desse tipo de crime.
Ele é um dos membros de um recém-criado grupo de padres e freiras dos EUA que se uniram para denunciar os abusos que continuam ocorrendo dentro da Igreja Católica e incentivar que vítimas e testemunhas rompam o isolamento e venham a público relatar novos casos.
Batizado de Catholic Whistleblowers ("denunciantes católicos", em tradução livre), o grupo surgiu informalmente no ano passado e tornou sua campanha pública neste mês, em uma entrevista coletiva em Nova York.
"Muitos de nós relatamos casos de abuso sexual para autoridades civis ou da Igreja, e todos nós lutamos para expor o acobertamento dos abusos por parte da liderança da Igreja. Nós sabemos como é difícil falar sobre essa questão e nós nos apoiamos uns aos outros nesse esforço", diz o site do grupo.
No mês passado, eles enviaram uma carta ao papa Francisco com seis recomendações para "restaurar a confiança dos fiéis", entre elas "tolerância zero" para membros do clero que tenham cometido abusos sexuais; a criação de um grupo internacional de sobreviventes de abuso e profissionais laicos e religiosos, que facilite o diálogo entre a igreja e as vítimas, e a divulgação pública de todos os documentos relacionados ao problema.
Pedem também que líderes da Igreja sejam obrigados a fornecer explicações públicas sobre qualquer caso de abuso sexual e que aqueles que facilitem abusos ou tentem obstruir investigações sejam afastados.
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