sexta-feira, 7 de junho de 2013

Desonerações e outras medidas do governo reduziram custos da indústria, aponta a CNI





Desonerações e outras medidas adotadas pelo governo reduziram o ritmo de crescimento dos custo
s do setor, informou ontem (6) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, a alta foi de 5,8% no primeiro trimestre em relação a igual período de 2012. No terceiro trimestre do ano passado, chegou a 8,2%, ante igual período de 2011.

“A perda no ritmo de aumento das despesas da indústria foi causada, sobretudo, pelas reduções promovidas pelo governo. O custo com energia, por exemplo, baixou 1,8% no primeiro trimestre do ano frente ao mesmo período de 2012, e com capital de giro recuou 22,5% na mesma comparação”, diz a CNI. Os custos com tributos também subiram menos: “O valor dos impostos na indústria cresceu apenas 1% no primeiro trimestre deste ano frente ao primeiro trimestre de 2012, puxada pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)”.
De acordo com a pesquisa da entidade, “a desoneração da folha de pagamentos e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis e eletrodomésticos contribuíram para essa perda de ritmo de crescimento dos custos tributários observada desde o último trimestre de 2012, quando houve alta de somente 0,3% no indicador frente a igual período de 2011”.
A mão de obra também mostrou menor ritmo de crescimento, com alta de 7,7% no primeiro trimestre. Nos seis trimestres anteriores, a elevação ficou acima de dois dígitos.

A maior contribuição para o aumento de custos nos três primeiros meses do ano veio dos preços de insumos e matérias-primas, com elevação de 9,9%. Os importados aumentaram 12,3%.

A CNI informa ainda que foi o segundo trimestre seguido em que os custos aumentaram menos que os preços dos produtos (7,6%), combinação que, lembra a entidade, permite a recuperação da margem de lucro. “Essa melhora na margem de lucro é fundamental para que as indústrias possam executar seus projetos de investimento”, afirma.
Mas a confederação comenta ainda que a taxa de câmbio compromete a competitividade do setor, cujo ganho estaria mostrando sinais de “esgotamento”.
Rede Brasil Atual.

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