Especialista alerta, entretanto, que o consumo da bebida deve estar associado a uma boa dieta e um estilo de vida saudável
Um novo estudo mostra que beber mais café pode reduzir o risco de desenvolver a diabete tipo 2. Pesquisadores da Universidade Harvard descobriram que pessoas que aumentaram seu consumo de café em pelo menos uma xícara por dia em um período de vários anos foram 11% menos propensas a ter diabete tipo 2 comparadas a pessoas cujos hábitos deconsumo de café não mudaram. O estudo saiu nesta quinta-feira na publicação Diabetologia, da Associação Europeia para o Estudo de Diabetes
No outro lado da moeda, pessoas que reduziram seu hábito de café em pelo menos uma xícara por dia foram 17% mais propensas a desenvolver a diabete tipo 2.
Estudos anteriores haviam revelado uma correlação entre o consumo de café e um risco menor de diabete tipo 2, mas este foi o primeiro estudo a observar como as mudanças no consumo de café afetam esse risco.
As revelações deste estudo se baseiam na análise estatística de três estudos de longo prazo em larga escala que acompanharam dieta, estilo de vida e condições médicas de mais de 120 mil profissionais médicos ao longo de 20 anos.
"O café é muito fascinante", disse Shilpa Bhupathiraju, uma epidemiologista nutricional na Faculdade de Saúde Pública de Harvard e principal autora do estudo. "Ele parece estar associado a uma redução do risco de muitas doenças crônicas."
Porém trabalhos anteriores mostraram que os compostos químicos presentes no café, e não a cafeína, são os prováveis responsáveis pela associação entre a ingestão de café e o risco menor da diabete tipo 2 Beber mais café descafeinado poderia ser tão eficaz como beber café mais cafeinado para reduzir o risco da diabete tipo 2. Neste estudo, os pesquisadores descobriram que mudanças no consumo de café descafeinado não tiveram efeito estatístico sobre o risco.
Mas antes de você correr para a cafeteira, é bom lembrar de que aumentar a quantidade de café que consome é apenas uma parte da redução do risco da diabete tipo 2. É necessário ter uma dieta balanceada e praticar exercícios físicos. Estadão/WSCOM Online
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