Cerca de 2 mil civis foram mortos nos ataques aéreos feitos desde o início do ano pelo regime sírio nos setores rebeldes na província de Alepo (Norte), informou hoje (30) a organização não governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Desde o início de janeiro, até essa quinta-feira (29), 1.963 civis foram mortos pelos barris de explosivos e as bombas lançadas pela Força Aérea (...), incluindo 567 crianças e 283 mulheres", indicou o observatório, com sede em Londres e que obtém as informações em uma rede de fontes civis, médicas e militares.
Alepo, a antiga capital econômica do país, destruída por mais de três anos de guerra, está dividida entre bairros pró e contra o regime, desde julho de 2012.
Os bairros rebeldes no leste de Alepo são alvo, desde meados de dezembro, de uma ofensiva das forças do regime, com bombardeios aéreos diários, que se intensificaram em janeiro.
Esses bombardeios, muitas vezes feitos por helicópteros que lançam barris carregados de explosivos, levaram ao êxodo de milhares de pessoas. O uso desse recurso foi condenado pela Organização das Nações Unidas, que denunciou "o efeito devastador", enquanto os Estados Unidos falaram "de barbárie".
Os militantes antirregime acusaram a comunidade internacional de ficar de braços cruzados perante "esse massacre".
O regime de Bashar Al Assad conseguiu, nos últimos meses, vários avanços, graças ao apoio militar do aliado libanês, o movimento xiita Hezbollah, e conquistou o centro de Homs, que cercou e bombardeou durante dois anos. A guerra civil na Síria começou há três anos e já deixou mais de 150 mil mortos e milhões de desalojados.Foto: EBC
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