Após quase um ano, a maior crise hídrica da história de São Paulo deve afetar cerca de 60 mil indústrias da região metropolitana da capital paulista e de Campinas, no interior do estado. A previsão é da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
De acordo com a federação, as empresas são responsáveis por quase 60% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial de São Paulo. Além disso, as indústrias contam com cerca de 1,5 milhão de trabalhadores.
Relatório divulgado nesta terça-feira (27) pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) aponta que o Sistema Cantareira, responsável por abastecer 6,2 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo, está com nível em 5,1%.
Para tentar evitar os efeitos da crise hídrica, a Fiesp irá desenvolver um mapeamento de águas subterrâneas na região. O documento deve ficar pronto em 90 dias.
Além disso, a federação também avalia a perfuração de poços artesianos e a criação de consórcios para que as empresas possam utilizar as águas subterrâneas.
Desde o início da crise, a indústria de São Paulo também intensificou o reúso da água. Para a Fiesp, ainda não há previsão de demissões por conta da falta d’água.
“A última coisa que a indústria quer fazer é reduzir os postos de trabalho. A gente espera que isso (crise da água) seja temporário, então não existe essa intenção”, afirmou o diretor titular do Meio Ambiente Fiesp, Nelson Pereira dos Reis, à Agência Brasil.
Restrição – A Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica publicaram, na quinta-feira (22), resolução que estabelece regras e condições de restrição de uso para captações superficiais de água nas bacias dos rios Jaguari, Camanducaia e Atibaia por usuários do setor industrial, agricultura e operadoras de abastecimento de água.
As regras de restrição têm prazo indeterminado. De acordo com a publicação, as novas regras valerão enquanto o volume útil do Cantareira estiver abaixo de 5%.
Créditos: Linha Direta com Agencia PT.
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