O PIB da segunda maior economia mundial teve expansão de 7,4% em 2014 ante o ano anterior e, pela primeira vez desde 1998, ficou abaixo da meta estabelecida pelo governo, que no ano passado foi de 7,5%.
Geralmente a meta estabelecida por Pequim é facilmente atingida, mas esta tarefa tem ficado cada vez mais difícil. Nas últimas três décadas, a economia chinesa cresceu cerca de 10%, porém em 2012 e 2013 o avanço foi de 7,7%, em forte contraste com os anos anteriores: os avanços de 2011 (9,3%) e 2010 (10,5%) eram o padrão, e não pontos fora da curva.
A expansão obtida no ano passado foi a mais lenta desde 1990, quando o PIB registrou alta de 3,8%, resultado das sanções internacionais contra o país após o massacre da praça da Paz Celestial, no ano anterior.
O ano passado foi encerrado com um crescimento de 7,3% (o mais lento desde os 6,6% do primeiro trimestre de 2009, que sofria os efeitos do início da crise global) nos últimos três meses e mostra as dificuldades do governo para adaptar a economia para um modelo mais voltado ao consumo interno do que para as exportações, que sustentaram boa parte do crescimento nas últimas décadas.
Em novembro, por exemplo, o BC local, em uma medida de surpresa, realizou um corte nas taxas de juros, o primeiro do país em dois anos, mostrando que, apesar de Pequim estar ciente de que o ritmo de outrora dificilmente será repetido, o patamar atual se mostra desconfortável para o regime.
Na semana passada, o governo também lançou um pacote de estímulo para produtores rurais.
Mas, apesar das medidas de Pequim, as expectativas para este ano também não são animadoras. Primeiro porque a economia chinesa enfrenta problemas como o alto endividamento de consumidores e empresas.
Segundo porque o cenário externo também não é promissor, com exceção dos EUA. A União Europeia (seu principal parceiro comercial) deve anunciar nesta semana um pacote de estímulo, e o Japão, a terceira economia global, está em recessão.
Créditos: Voz da Russia
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