Moscou dará uma resposta adequada caso os EUA concretizem o seu plano de instalar armas pesadas em países da Europa Oriental e do Báltico, disse hoje um funcionário do Ministério da Defesa da Rússia após relatos de que o Pentágono estaria analisando a possibilidade de enviar tanques, veículos de infantaria e outros armamentos pesados para a região.
"Caso as armas pesadas norte-americanas, incluindo tanques, sistemas de artilharia e outros equipamentos de combate, sejam instaladas em países do Leste Europeu e do Báltico, esse será o passo mais agressivo do Pentágono e da OTAN desde o fim da Guerra Fria", disse à imprensa russa o coordenador do departamento de inspetores gerais do Ministério da Defesa, Yuri Yakubov. "E só restará à Rússia organizar as suas forças e meios em locais estratégicos do Ocidente", acrescentou.
Segundo Yakubov, a reação de Moscou deve começar pelo fortalecimento da fronteira ocidental russa, com a instalação de novos tanques e unidades aéreas e de artilharia.
De acordo com o New York Times, os Estados Unidos estão considerando enviar para as bases de seus aliados europeus da OTAN tanques, veículos de combate de infantaria e várias outras armas pesadas, acompanhados de três ou cinco mil soldados, como resposta à chamada “agressão russa” na Europa Oriental. A proposta de aumento da presença dos EUA na região, conforme especula a mídia americana, se daria através da instalação de equipamentos nos territórios de Lituânia, Letônia, Estônia, Polônia, Romênia, Bulgária e possivelmente Hungria.
No entanto, lembrando que a Rússia deixou recentemente o Tratado sobre as Forças Armadas Convencionais na Europa, por considerá-lo inútil, Yuri Yakubov destacou que o país hoje não está vinculado a restrições sobre o número e tipo de armas que pode instalar em suas fronteiras, podendo responder adequadamente, com a força necessária, a qualquer tipo de ameaça.
Segundo a assessoria do Kremlin, o governo russo só irá se pronunciar sobre o assunto após uma confirmação oficial por parte das autoridades norte-americanas sobre o polêmico plano.
Créditos: Sputnik
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