Segundo a entidade, os setores de insumos e produção primária deverão apresentar resultados positivos neste ano. No caso dos insumos, o crescimento se deve sobretudo ao aumento do preço dos produtos, ao longo do ano, e à valorização do dólar. O setor primário apresentará crescimento devido ao aumento da produção de soja, milho, trigo e à alta do preço da arroba de boi.
Entre as 17 culturas acompanhadas pela CNA, as atividades que deverão ampliar o faturamento em 2015 são as de cebola (116%), batata (16%), laranja (9%), café (4%), cana-de-açúcar (1%) e fumo (1%). De acordo com a entidade, desses produtos, apenas café e batata tiveram aumento em decorrência do aumento da cotação (7% e 19%, respectivamente). Os demais apresentam tendência de retração no faturamento deste ano.
“Nós, produtores, não só aumentamos a produção em mais de 8 milhões de toneladas, como também conseguimos abastecer satisfatoriamente o mercado interno”, disse o presidente da CNA, João Martins. Ele disse que, em 40 anos, a produção de grãos e fibras no País cresceu 325%.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) espera colheita de 210 milhões de toneladas de grãos na safra 2014/2015, volume 8,2% maior, se comparado ao da safra anterior. Para Martins, esse crescimento, em meio a um cenário de crise econômica e política, demonstra a “pujança da agropecuária brasileira”.
A desvalorização do real frente ao dólar deu mais competitividade aos produtos brasileiros no mercado externo. Com isso, as exportações do agronegócio tiveram aumento de até 17%, com destaque para as cadeias envolvendo produtos florestais, soja e milho. Em consequência, a participação do agronegócio nas exportações passou de 43% para 48%.
Apesar disso, a queda nos preços internacionais de commodities (bens primários com cotação internacional) afetou a receita de comércio exterior no setor. Em 2015, as vendas externas do agronegócio ficaram 8% abaixo do obtido em 2014, registrando toğtal de US$ 89 bilhões.
Créditos: Portal Brasil
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