As principais reivindicações são pelo fim do fator previdenciário; pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários; pela aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação e 10% do Orçamento da União para a saúde e pela reforma agrária.
“O governo atende a bancos e empresários e não atende aos trabalhadores. O governo tem dinheiro para investir na saúde e na educação, mas não investe. Depois das mobilizações de rua que pararam o país em junho, entrarão as organizações de trabalhadores organizadas”, disse um dos coordenadores do CSP-Conlutas, Zé Maria de Almeida. “Amanhã vai ser o primeiro passo, mas a luta vai continuar e vai se fortalecer”, completou.
Em São Paulo, os trabalhadores farão um grande ato na Avenida Paulista ao meio-dia. Ainda pela manhã, está previsto o fechamento da Marginal Tietê, das avenidas do Estado e Jacu-Pêssego, da Radial Leste e das rodovias Anchieta, Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco, Raposo Tavares, Fernão Dias, Dutra e Mogi-Bertioga. No centro do Rio de Janeiro, a concentração será feita na Candelária, a partir das 15h. Em Minas Gerais, os profissionais das áreas da educação, saúde e os eletricitários devem paralisar suas atividades. Em Brasília, os trabalhadores vão se concentrar às 15h no Museu da República. A Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) usará 700 homens no esquema de segurança.
De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, o objetivo da mobilização não é apenas o de chamar a atenção do governo federal. “Esperamos que a presidenta Dilma atenda às reivindicações. Ela precisa atender, ela já sentou para conversar com a gente três vezes e não resolveu nada. Se ela não atender, vamos continuar nos mobilizando”, disse.
Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), também exige um posicionamento mais objetivo do governo. “Essa pauta já foi entregue e as coisas não andam. Conversa, discute e não andam. Isto [as manifestações de amanhã] é para pressionar o governo a negociar. Se nada for resolvido até agosto, estamos pensando em fazer uma grande marcha até Brasília, com participação de todo o movimento sindical do país”, declarou.
“A nossa mobilização vem no sentido de pressionar, tanto o Legislativo quanto o Executivo para que nossas pautas históricas, que estão há muito tempo nos dois Poderes possam avançar”, explicou Carmem Foro, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Agência Brasil
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