Cinco grandes empresas formarão o Polo Cimenteiro no Litoral Sul, elevando em 400% a produção atual.
A Paraíba tem história na fabricação de cimento, já abrigou a primeira fábrica do país, construída em 1892. Agora, cinco grandes empresas formarão o Polo Cimenteiro no Litoral Sul, elevando em 400% a produção atual. Atualmente, a Paraíba produz 2,5 milhões toneladas de cimento por ano. E a projeção é de que atinja 10 milhões de toneladas por ano. Este potencial alimentará, entre outros, a cadeia de concreto e pré-moldados, construção civil industrial e residencial, além de todo setor imobiliário.
As construções já trazem novos ares para o desenvolvimento econômico das cidades. No município de Alhandra, a fábrica da Elizabeth Cimentos está com obras em andamento, bem como em Pitimbu, onde se instalará a Brennand Cimentos.
Além dessas, a Cimpor, que já possui uma unidade em João Pessoa, está construindo sua segunda fábrica paraibana na cidade do Conde, e o Grupo Votorantim avança também com seu projeto na cidade de Caaporã, cidade que terá a indústria Lafarge ampliada.
A formação do Polo Cimenteiro da Paraíba é parte de uma estratégia para consolidação de um setor econômico de base que fornecerá subsídios às demais indústrias. A diretriz de uma política de longo prazo para a atração de empresas foi fixada com estudos de potencialidades e negociações com as grandes empresas produtoras de cimento.
Ainda em 2011, a Paraíba realizou o 1º Fórum de Fomento da Cadeia Produtiva do Polo Cimenteiro que discutiu assuntos relacionados à cadeia produtiva para formação do polo setorial no Estado. O evento reuniu técnicos do Governo, representantes de instituições ambientais, indústrias cimenteiras e fornecedores de máquinas e equipamentos, transporte e logística.
A fábrica da Paraíba foi a primeira do Brasil, inaugurada no ano de 1892. Porém, por razões que vão desde a deficiência técnica até as condições econômicas adversas, a indústria só funcionou por três meses. No ano de 1933, foi construída em João Pessoa uma nova fábrica de cimento, a oitava do país. Desde 1999, a indústria passou a fazer parte do Grupo Cimpor e opera até os dias de hoje.
As cidades em que as cimenteiras estão se instalando já vivenciam os efeitos do desenvolvimento. Em Pitimbu, a Brennand Cimentos iniciou o projeto 'Mãos Dadas com o Futuro' para capacitação dos moradores da região em uma parceria com o Governo do Estado, Prefeitura de Pitimbu, Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a ong Mais Consultoria Social.
Os jovens que tradicionalmente trabalhavam na atividade rural passaram a se capacitar para trabalhar no meio industrial. Até a conclusão do projeto, serão formados 900 alunos que recebem aulas voltadas à construção civil e ao setor metal mecânico, como montador de andaimes, eletricista, instalador hidráulico, pedreiro, servente, entre outros.
Como forma de incentivo aos estudos, os alunos também ganham uma cesta básica por mês e, ao final do curso, recebem certificado do Senai. Em seguida, participam de seleção para atuar na construção e operação da fábrica. “Conhecemos o perfil, o potencial do município e, por isso, queremos que os moradores de Pitimbu acompanhem o desenvolvimento local. Assim, disponibilizamos infraestrutura, material didático e logística para que eles participem e se dediquem às capacitações”, explicou o coordenador do projeto, Francisco Carlos da Silveira.
Durante as aulas, os candidatos têm a oportunidade de conhecer uma nova profissão e aprimorar noções de cidadania, segurança do trabalho e conhecimentos do mercado de trabalho. Grande parte dos alunos seguia a tradição de pesca das famílias e hoje estão inseridos no setor produtivo industrial.
Créditos:WSCOM
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