Foi nela que a quadrilha fez diversas movimentações financeiras e tirou dinheiro de correntistas. Só da Caixa Econômica Federal, em oito meses, foram 500 vítimas e R$ 2 milhões furtados via internet. O grupo variava a forma de agir. Ou mandava e-mail com uma informação chamativa. A pessoa clicava e um vírus invadia o computador.
Quando o correntista acessava o banco, os dados bancários eram repassados automaticamente para o computador dos criminosos. Ou enviava uma página falsa do banco que, quando acessada, também permitia o roubo dos dados digitados pelos bandidos. O dinheiro era transferido para a conta de laranjas. O grupo acessou 240 sites de bancos na tentativa de aplicar mais golpes, mas os policiais só investigaram as fraudes contra clientes da Caixa, que é um banco federal.
Ao todo, 16 pessoas foram presas em Águas Lindas e outras cidades de Goiás e do Distrito Federal. Segundo a polícia, o grupo gastava a maior parte do dinheiro com festas, uísque, drogas, armas e potentes sons de carro. Os principais chefes da quadrilha, de acordo com investigadores, têm entre 20 e 30 anos.
“Todos jovens, pessoas que às vezes não têm nada para fazer. Então se ocupam em aprender a conseguir dinheiro fácil, sem esforço”, afirma Stênio Santos, delegado da PF. Quatro carros e computadores foram apreendidos. A polícia recolheu ainda munição e agendas.
Uma das vítimas não entra em e-mails com mensagens suspeitas, de desconhecidos, mas caiu no golpe da página falsa do banco. “O visual da página era exatamente o visual do meu banco, eu não desconfiei de nada. Mas quando eu coloquei todos os meus dados que a página pedia e o site travou, comecei a desconfiar”, conta. O especialista alerta: bancos e órgãos públicos não pedem informações por e-mail nunca. Ao entrar no site, procure um cadeado pequeninho. “O cadeado que tem serve para aumentar a confiança de que você está conversando com uma entidade real do outro lado”, explica Jorge Fernandes, professor de informática da UnB.
Outros dois integrantes da quadrilha estão foragidos. De acordo com a polícia, os presos vão responder por furto qualificado mediante fraude, participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e quebra de sigilo bancário.
Créditos: G1
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