Temer cria 14.419 cargos federais
No governo Temer que pretendia extinguir 4.000 cargos comissionados para conter a crise, a Câmara aprovou, sem alarde, a criação de mais 14.419 postos, quase o quádruplo.
Quem entende das artimanhas do poder, em Brasília, já havia antecipado que Temer jamais extinguiria cargo algum, apenas remanejaria pessoal para outras instituições e autarquias para dar um efeito slim na máquina estatal. Entretanto, o governo extrapolou: além dos 4.000 cargos que deveria extinguir, para enxugar a máquina, Temer, que se gaba de sua relação com o Congresso Nacional, chancelou a criação de 14.419 cargos federais.
É tudo em nome do “precisamos sair da crise, por isso trabalhem”.
O projeto deste governo é gastar com os seus colaboradores e chorar miséria quando o assunto for o gasto social. Em tempos bicudos, é melhor beneficiar as castas que um dia poderão defender o governo. O Temer é tudo, menos bobo. De olho na votação do impeachment no Senado – e numa posição diferenciada porque agora tem a máquina na mão – vai oferecer muito mais do que as calças para se manter no poder e impedir a volta da Dilma.
Saiu no Painel da Folha:
Trem da alegria – Sem fazer alarde, a Câmara aprovou a criação de 14.419 cargos federais — quase quatro vezes os 4.000 postos comissionados que Michel Temer prometeu ceifar neste ano. A autorização passou batida até por deputados. Ela estava no projeto de lei que concedeu aumento aos servidores da Suframa, aprovado em meio aos reajustes salariais que trarão impacto de R$ 58 bilhões às contas públicas. Além de passar pelo Senado, será necessário realizar concursos para preencher os postos.
Tudo e todos – Dentre os cargos aprovados, a maior parcela é de técnicos administrativos em educação — são 4.732. Há, inclusive, 52 postos no Instituto Brasileiro de Museus e 516 analistas para o Comando do Exército.
Créditos: Nossa Política
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