O PT não tardou a reagir à reportagem da ‘Folha de S. Paulo’ que atribui a Aécio Neves o gasto de quase R$ 14 milhões, então como governador de Minas, em aeroporto construído em propriedade de um tio, o fazendeiro Múcio Tolentino. O comitê da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição estuda mover uma ação judicial por improbidade administrativa contra o presidenciável tucano.
O presidenciável tucano negou irregularidades: “Já foi tudo explicado. Tudo foi feito com a mais absoluta transparência e correção; aliás como sempre faço”, disse em visita à região do Cariri cearense na tarde de ontem. Pelo Facebook, ele também apresentou carta resposta: "O aeroporto foi construído em área pertencente ao Estado, não havendo investimento público em área privada. Não houve nenhum tipo de favorecimento. Tanto que o antigo proprietário da área não concordou com a desapropriação e contesta suas bases na Justiça."
A questão virou alvo do Ministério Público de Minas Gerais. O promotor Eduardo Nepomuceno anunciou que irá analisar os fundamentos da desapropriação citada e por que parentes de Aécio controlam na prática o aeroporto, que deveria ser público. Ele teria as chaves do espaço. Do lado do PT, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, diz que o senador tucano não distingue o ''público do privado". "Ele usou o governo de Minas Gerais como extensão de suas propriedades", afirmou.
Já o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, classificou a construção do aeroporto como um "escândalo" e um "absurdo". "Mostra a hipocrisia do PSDB e do Aécio que a qualquer evento gritam CPI e apontam dedo. Agora, fazem um negócio desses." O deputado estadual Rogério Corrêa (PT) também disse que começará a colher assinaturas nesta semana para abertura de uma CPI no Estado sobre o governo Aécio.
Na Folha, o colunista Ricardo Melo argumenta ainda que a obra representa um "choque de indigestão".
Créditos: Portal Brasil 247
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