A bancada do PT na CPI da Petrobras defende uma investigação aprofundada de todos os atos de corrupção praticados na companhia. No entanto, os parlamentares também sairão em defesa da função estratégica da estatal no desenvolvimento do País.
Para o líder do PT na Câmara, Sibá Machado, o colegiado deve colaborar com as investigações realizadas pelo Ministério Público e Polícia Federal, e não prejudicar o desenvolvimento do País e da companhia.
“A CPI tem que ir fundo nas investigações, mas precisa saber separar os delitos cometidos contra a companhia e os interesses da Petrobras”, explicou o deputado.
Além disso, Sibá defendeu um acordo de leniência entre a Controladoria-Geral da União (CGU) e as empreiteiras com dirigentes envolvidos em corrupção na Petrobras.
“Não podemos parar o País. Essa comissão tem o papel cívico de limpar a reputação da Petrobras e punir os culpados. Mas precisa resguardar a saúde das empresas que tocam importantes projetos de infraestrutura no País”, alertou Sibá.
O relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), também defendeu uma investigação com a preservação do papel estratégico da estatal.
“Se é verdade que pessoas cometeram graves delitos contra a Petrobras e que temos que ser implacáveis contra elas, também é verdade que temos que manter a trajetória de sucesso da empresa em servir ao povo brasileiro e ao Brasil”, afirmou.
Barusco – Luiz Sérgio também ressaltou a importância da convocação do ex-gerente executivo de Engenharia da empresa Pedro Barusco. Barusco é um dos delatores da Operação Lava Jato e disse à Polícia Federal que o esquema de corrupção na estatal teria começado em 1997, no primeiro mandato do ex-presidente FHC.
A CPI instalada nesta quinta-feira (26), na Câmara dos Deputados, tem a finalidade de investigar irregularidades cometidas apenas a partir de 2005.
“Barusco, que conseguiu delação premiada, afirmou que muito antes do governo Lula já ocorriam esses delitos. Como está no foco da investigação, seria de bom tamanho que ele pudesse explicar como se deu isso”, afirmou Luiz Sérgio. Para que o delator seja interrogado, os membros da comissão precisam aprovar requerimento nesse sentido. Os requerimentos poderão ser apresentados à CPI a partir da próxima segunda-feira (2).
Créditos: Agencia PT
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