quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Pesquisa mostra que 29% dos alimentos têm resíduos de agrotóxicos


O resultado do monitoramento do último Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (2011/2012) revelou que 36% das amostras de 2011 e 29% das amostras de 2012 têm irregularidades na presença de agrotóxicos. Na avaliação da agência, é preciso investir na formação dos produtores rurais e no acompanhamento do uso do produto. Existem dois tipos de irregularidades avaliadas, uma quando a amostra contém agrotóxico acima do limite máximo de resíduo permitido e outra quando a amostra apresenta resíduos de agrotóxicos não autorizados
 para o alimento pesquisado. O levantamento revelou ainda que dois agrotóxicos nunca registrados no Brasil, o azaconazol e o tebufempirade, foram encontrados nas amostras de alimentos, o que pode significar que estes alimentos entraram no país contrabandeados.
Em 2011 o pimentão foi o produto analisado que teve o maior número de amostras com irregularidades. Das 213 amostras analisadas, 84% tiveram uso de agrotóxico não autorizado no Brasil, 0,9% tinham índices acima do permitido e 4,7% tinham as duas irregularidades. Em seguida vieram cenoura, com 67% de amostras irregulares; pepino, com 44%, e a alface, com 42%. Em 2012, o morango apareceu com 59% de irregularidades nas amostras e novamente o pepino, com 42%. 
A agência explica que alguns agrotóxicos aplicados nos alimentos agrícolas e no solo têm a capacidade de penetrar em folhas e polpas. Por isso, a lavagem dos alimentos em água corrente e a retirada de cascas e folhas externas, apesar de contribuem para a redução dos resíduos de agrotóxicos, são incapazes de eliminar aqueles contidos em suas partes internas.
O atual relatório traz o resultado de 3.293 amostras de treze alimentos monitorados, incluindo arroz, feijão, morango, pimentão, tomate, dentre outros. A escolha dos alimentos foi baseada nos dados de consumo levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na disponibilidade dos alimentos nos supermercados e no perfil de uso de agrotóxicos nos alimentos.
Para a Anvisa, o aspecto positivo do programa é a capacidade dos órgãos locais em identificar a origem do alimento e permitir que medidas corretivas sejam adotadas vem aumentado. Em 2012, 36% das amostras puderam ser rastreadas até o produtor e 50% até o distribuidor do alimento.
A Anvisa coordena o programa de análise de resíduos em conjunto com as vigilâncias sanitárias dos estados e municípios participantes, que fizeram os procedimentos de coleta dos alimentos nos supermercados e de envio aos laboratórios para análise. Assim, é possível verificar se os produtos comercializados estão de acordo com o estabelecido pela agência.

Rio tem mais de 5,5 mil pessoas vivendo nas ruas

Rio tem mais de 5,5 mil pessoas vivendo nas ruas

 A capital carioca tem 5.580 pessoas vivendo nas ruas. A maioria, 81%, é homens em idade produtiva, entre 25 e 59 anos, e 1% crianças. De acordo com a pesquisa divulgada hoje (30) pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, os principais motivos que levam as pessoas às ruas são as drogas, problemas com a família e destruição de um laço de emprego, além daquelas que deixam seus estados atrás de trabalho, não conseguem e acabam na rua.
O levantamento identificou 540 locais na cidade onde essas pessoas vivem. A maior concentração, 40
%, está no centro do Rio e nos bairros da zona sul. O restante, 60%, está distribuído por outras regiões da cidade. O bairro de Bonsucesso, na zona norte, aparece com um grande número de pessoas em situação de rua, fato, segundo o secretário Adilson Pires, associado à presença de uma cracolândia no local.
O secretário disse ser a primeira vez que uma pesquisa com essa abrangência, com a abordagem individual dos moradores de rua, é feita. "Não fizemos esta pesquisa apenas para saber quantas pessoas estão morando nas ruas. O número total não é o mais importante. O mais importante é nós conhecermos as pessoas que estão na rua de forma individualizada e traçar um perfil. A meta da pesquisa é a gente ter política pública mais eficaz, mais correta, mais humanizada e que permita refazer a vida dessas pessoas", declarou.
“O questionário foi muito detalhado e, a partir daí, a prefeitura está reordenando algumas das nossas políticas de abrigamento. O modelo de abrigo que nós imaginamos é que a pessoa tem que ficar o menor tempo possível", acrescentou.
A prefeitura prometeu construir dois locais, chamados de Centro Pop, onde o morador de rua poderá, entre outras coisas, comer e tomar banho. Além disso, serão construídos dois hotéis na região central da cidade para abrigar pessoas que moram longe e não têm dinheiro para voltar para casa.
Crédito: Agência Brasil

Dilma diz que Bolsa Família é porta de saída da miséria


Durante o evento de comemoração aos dez anos do Bolsa Família, a presidenta Dilma Rousseff disse ontem (30) que o programa é a porta de saída da miséria. "Nós sabemos que o Bolsa Família nunca veio para ser o fim do caminho, mas uma ponte; nunca veio para ser uma escada, mas o primeiro de
grau; veio, como disse o presidente Lula, [para ser] a porta de saída da miséria e a grande porta de entrada para um mundo com futuro e esperança", disse.
"[O programa] mudou a política social no país e a forma de fazer política. Para que conseguíssemos fazer transferência de renda direta, bem na veia dos mais pobres, nós, primeiro unificamos, todas as ações do Estado e varremos as políticas clientelistas centenárias no nosso país", acrescentou. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou da cerimônia.
De acordo com a presidenta, o Bolsa Família "não é caridade, e sim uma tecnologia social de distribuição de renda e combate à desigualdade". "Renda é poder de compra. À medida que o Bolsa Família transfere renda dessa forma, gera liberdade de escolha, de cidadania e de consideração da pessoa que recebe como cidadã brasileira”, destacou.
Atualmente, o programa atende 13,8 milhões de famílias – que correspondem a 50 milhões de pessoas – que recebem o benefício mensal, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.  Até o fim de 2013, o governo federal vai investir R$ 24 bilhões no Bolsa Família, o que equivale a 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor médio do benefício mensal por família é R$ 152.
Créditos: Agencia Brasil

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Taxa de desemprego no país recua pelo segundo mês consecutivo


 A taxa de desemprego no mês de setembro ficou em 10,3%, índice inferior aos 10,6% registrados em agosto, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O total de desempregados ficou em 2.313 mil, 42 mil a menos que no mês anterior.
O nível de ocupação teve pequeno aumento de 0,7% em setembro na comparação com agosto. Foram criados 132 mil postos de trabalhos, número maior do que o de pessoas que entraram no mercado de trabalho (89 mil). O total de ocupados foi estimado em 20.040 mil, e a População Economicamente Ativa (PEA) registrou 22.354 mil pessoas. Nas sete regiões metropolitanas onde a pesquisa é feita, houve crescimento em Belo Horizonte (de 6,9% para 7,2%) e Recife (14,2% para 14,5%). Houve redução em Salvador (18,2% para 17,8%), São Paulo (10,4% para 10%), no Distrito Federal (12,3% para 12%), em Porto Alegre (6,5% para 6,2%) e Fortaleza (7,9% para 7,7%).
Créditos: Agencia Brasil

Presos auditores fiscais suspeitos de desvio milionário na Prefeitura de SP


Uma operação do MP (Ministério Público) do Estado de São Paulo, realizada na manhã desta quarta-feira (30), resultou na prisão de quatro agentes públicos ligados à Subsecretaria da Receita da Prefeitura da capital. Eles são apontados como integrantes de um esquema de corrupção que causou prejuízos de pelo menos R$ 200 milhões aos cofres públicos, somente nos últimos três anos. Todos são investigados pelos crimes de corrupção, concussão, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa e formação de quadrilha.
De acordo com informações do MP, foram detidos na operação o ex-subsecretário da Receita Municipal (exonerado do cargo em 19/12/2012), o ex-diretor do Departamento de Arrecadação e Cobrança (exonerado do cargo em 21/01/2013), o ex-diretor da Divisão de Cadastro de Imóveis (exonerado do cargo em 05/02/2013) e um agente de fiscalização. Além das prisões, foram  apreendidos motos e carros importados, grande quantidade de dinheiro (reais, dólares e euros), documentos, computadores e pen-drives.
As investigações apontaram que os quatro auditores fiscais construíram patrimônio superior a R$ 20 milhões com o dinheiro desviado dos cofres públicos. Entre os bens adquiridos estão apartamentos de luxo, flats, prédios e lajes comerciais, em São Paulo e Santos, barcos e automóveis de luxo, uma pousada (foto) em Visconde de Mauá (RJ) e um apartamento duplex em Juiz de Fora (MG). A Justiça determinou também o sequestro dos bens dos envolvidos.   
A operação ocorreu na capital paulista, em Santos e também em Cataguases, Minas Gerais. Iniciadas há cerca de seis meses, as investigações indicaram que os quatro auditores fiscais do Município de São Paulo montaram um grande esquema de corrupção envolvendo os valores do ISS — calculados sobre o custo total da obra — cobrados de empreendedores imobiliários. O recolhimento do ISS é condição para que o empreendedor obtenha o "Habite-se" e para que o empreendimento fosse liberado para ocupação.  
As investigações também descobriram que empresas incorporadoras depositaram, em menos de seis meses, mais de R$ 2 milhões na conta bancária de uma empresa de um dos detidos na operação. O esquema tinha como foco prédios residenciais e comerciais de alto padrão, com custo de construção superior a R$ 50 milhões. O MP investiga se as empresas foram vítimas de concussão, porque não teriam outra opção para obter o certificado de quitação do ISS, ou se praticaram crime de corrupção ativa.  A ação mobilizou mais de 40 pessoas, entre promotores de Justiça,  agentes da Controladoria Geral do Município, e das Polícias Civis de São Paulo e de Minas Gerais.
Créditos:Portal R7

ONU aprova fim do embargo a Cuba pela 22ª vez,


A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou ontem (29) uma resolução que solicita o fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba. Com 188 votos favoráveis, dois contrários e três abstenções, o organismo multilateral renovou pelo 22º ano consecutivo o pedido para encerramento da sanção.
A resolução sobre a “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba”, está acompanhada de um relatório do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que apresenta as respostas dos Estados-Membros do organismo. O embargo foi imposto em fevereiro de 1962.
O fim do embargo é expressamente defendido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). “A situação em 2012 foi similar à dos anos anteriores. O bloqueio afeta as relações econômicas externas de Cuba e seus efeitos podem ser observados em todas as esferas das atividades sociais e econômicas do país”, indicou a agência da ONU.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) acrescentou que Cuba vem se modernizando, mas que o bloqueio representa um entrave às mudanças que o governo de Raúl Castro começou a realizar.
“Os avanços no processo de atualização do modelo econômica são obstaculizados pelo bloqueio e a inclusão de Cuba, desde 1982, na lista norte-americana dos Estados que patrocinam o terrorismo”, sinalizou a Cepal.
A Cepal considerou que, no ano passado, o governo dos Estados Unidos não fez esforços para diminuir o impacto do bloqueio. “Os danos acumulados de 1962 até dezembro de 2011 representam mais de US$ 1 bilhão, segundo o último relatório disponível em Havana”, informou.
Apesar do acumulo de prejuízo, Cuba vem realizando mudanças. O governo de Raúl Castro aprovou uma nova política de migração, que facilita as viagens de cubanos ao exterior e também a chegada de turistas à ilha.
Do mesmo modo, os Estados Unidos, desde o ano passado, aumentaram o prazo do visto de turismo para cubanos, de seis meses para cinco anos.
*Com informações da TV Multiestatal Telesur e Prensa Latina (Agência Pública de Notícias de Cuba)
Foto:Valor.com.br
Créditos: Agencia Brasil

Brasil vai produzir vacina para países pobres

Saúde faz parceria de R$ 1,6 bilhão com Fiocruz e Bill & Melinda Gates. Atualmente, país exporta doses para 75 nações em todo o mundo.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta segunda-feira (28), no Rio de Janeiro, uma parceria com o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e a Fundação Bill & Melinda Gates para formular a primeira vacina brasileira – contra sarampo e rubéola – para ser destinada a países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina. Atualmente, essa dose é fabricada apenas por um laboratório indiano.
A expectativa é que 30 milhões de doses estejam disponíveis no mercado até 2017. Segundo Padilha, cada uma delas será comercializada por US$ 0,54 (R$ 1,17), o menor preço do mercado mundial. O ministro disse que a parceria é a consolidação da terceira fase do Programa Nacional de Imunizações, que completa 40 anos.,,
"O acordo que a gente assinou propicia mais investimentos e garantia de compra, o que possibilita ocupar o mercado externo pelo menor preço. O ministério está investindo R$ 1,6 bilhão e, com os investimentos no desenvolvimento de vacina dupla e o investimento da fundação, estaremos capazes de entregar a produção de 30 milhões de doses em 2017", explicou.
O secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, disse que este é o primeiro passo concreto de uma ação que vem sendo realizada desde 2011.
"Depois que o Brasil foi muito bem-sucedido no mercado nacional de imunização, vai atender à demanda global. Vamos avançar para a (dose) pentavalente e a vacina da dengue também. Isso estimula a produção no Brasil. O investimento será de R$ 13,3 bilhões em saúde, o que abrange vacinas, medicamentos e equipamentos médicos", disse.
Segundo o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, a instituição tem capacidade de ampliar a produção para o mercado internacional. A parceria possibilitou um processo de desenvolvimento e finalização para produzir doses com preços mais baixos.
"Com esse preço, chegamos a uma situação vantajosa. Os investimentos na Fiocruz estão em torno de US$ 500 mil (R$ 1,09 milhão). Isso pode quadruplicar nossa capacidade de produção", afirmou o presidente da Fiocruz.
De acordo com o ministro Padilha, todos os investimentos vão gerar emprego e renda. Além disso, a tecnologia desenvolvida vai beneficiar o mercado interno. Atualmente, o Brasil exporta vacina para 75 países em todo o mundo.
Nacionalmente, o sarampo foi erradicado em 2000 e a rubéola, em 2009. Mas de 150 mil pessoas no planeta ainda morrem em decorrência do sarampo.
As vacinas produzidas em Bio-Manguinhos serão fornecidas a países atendidos pela Aliança Global para Vacinas e Imunização e por entidades da Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com o diretor de Bio-Manguinhos, Artur Couto, essa parceria vai fortalecer o papel do instituto. O valor investido será destinado à construção de um laboratório em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, que permitirá a produção de outras vacinas.
O presidente da Fundação Bill & Mellinda Gates, Trevor Mundel, reforçou a importância da parceria. Segundo ele, por questões de segurança, é importante ter uma diversidade de fornecedores de vacinas, a preços baixos. A fundação vai investir R$ 1,5 milhão para o desenvolvimento e pesquisa clínica no continente africano.
"A meta geral é que todas as crianças do mundo tenham acesso universal a vacinas que protegem vidas", disse.
Segundo o ministro da Saúde, os médicos brasileiros e estrangeiros que aderiram ao programa Mais Médicos já começaram a trabalhar no Rio. Padilha afirmou ainda que mais 120 médicos formados em outros países estão chegando à cidade desde sábado (26).
"A partir de 4 de novembro, eles vão começar a atender nos postos de saúde", afirmou.
O ministro disse, ainda, que até março de 2014 as demandas de todos os 13 mil médicos solicitados pelos municípios serão atendidas.
Créditos: WSCOM online/G1