sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Alimento biofortificado rende mais que a média nacional, apesar da seca

Rio de Janeiro - A colheita de batata-doce biofortificada, fornecida pela Embrapa para alguns produtores rurais da cidade de Magé alcança boa produtividade (Tomaz Silva/Agência Brasil)Pequenos agricultores rurais do município de Magé, que receberam da Embrapa Agroindústria de Alimentos ramas de batata-doce biofortificada para plantio, obtiveram colheitas acima da média, apesar da estiagem que se estendeu por cerca de 40 dias na região, no início deste ano. O cultivar enriquecido pode representar  nova opção de renda para esses agricultores.

Fazendo uma projeção pela área que foi plantada “e pelo rendimento” alcançado, o pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos, José Luiz Viana de Carvalho, disse à Agencia Brasil que o resultado “deu acima da média nacional”, que são oito toneladas por hectare, de acordo com a Embrapa Hortaliças. Segundo Viana, se plantada em uma escala maior, a produtividade atingiria em torno de dez toneladas. “É sinal que, se a gente der um tratamento, um carinho na criança, a gente vai conseguir, e muito, melhorar o que fez”, externou. 

O município de Magé integra o grupo de cidades do Rio de Janeiro que recebem cultivares biofortificados, dentro da Rede BioFORT. Os outros municípios fluminenses parceiros do projeto são Pinheiral e Itaguaí. A biofortificação é um processo de cruzamento de plantas da mesma espécie, também conhecido como melhoramento genético convencional, que gera cultivares mais nutritivos. O objetivo é diminuir a desnutrição e propiciar maior segurança alimentar por meio de maiores níveis de ferro, zinco e pró-vitamina A  na dieta da população, sobretudo a mais carente. A Rede BioFORT abrange 59 municípios de nove estados: Maranhão, Piauí, Minas Gerais, Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia, Rondônia e Pará. Os alimentos cujo valor nutricional vêm sendo enriquecido pelos técnicos da Embrapa Agroindústria de Alimentos englobam hortaliças, grãos e raízes. Ao todo, são oito culturas no Brasil: arroz, feijão comum e feijão-caupi (fradinho), milho, trigo, batata-doce, mandioca e abóbora.

Para ser viabilizado, o projeto deve contar com a participação de outros atores, além da Embrapa Agroindústria de Alimentos, destacou Carvalho. No caso de Magé, por exemplo, o plantio da batata-doce biofortificada pôde se tornar realidade graças a acordo firmado entre a unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a prefeitura de Magé, por meio da secretaria municipal de Agricultura Sustentável e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-RJ). Carvalho acredita que Magé tem todas as condições para apoiar a agricultura familiar. A cidade já é um polo produtor de hortaliças. Ele disse que a ideia é continuar atuando para melhorar a produtividade de alimentos enriquecidos na região. O secretário municipal de Agricultura Sustentável de Magé, Aloísio Sturm, quer dar continuidade à parceria com a Embrapa Agroindústria de Alimentos nesse projeto de biofortificação.

“Tudo que a Embrapa trouxer para nós é bem-vindo, porque a gente conhece a Embrapa, sabe da importância de suas pesquisas, e a gente está aqui para multiplicar os resultados que a Embrapa faz acontecer”, manifestou Sturm. Ele disse que, para os pequenos produtores, novidades como essa podem significar oportunidades boas de mercado; inclusive quanto à merenda escolar, porque "o nosso foco com essa batata biofortificada é a merenda escolar”.  A batata-doce biofortificada tem polpa de cor alaranjada e casca vermelho-arroxeada, de superfície lisa. O agricultor Matheus Cardoso Teixeira, que participou do projeto em Magé, na Fazenda Pau Grande, disse que “a batata-doce é muito boa porque, com as 15 ramas que recebi da prefeitura, em convênio com a Embrapa, plantei o equivalente a 2 metros de canteiro e colhi 8 quilos”. Se tivesse plantado uma batata-doce comum, Matheus informou que não teria colhido mais que 4 quilos do alimento.

O produtor Laerte Luiz da Rosa, de 54 anos, dedicou toda a sua vida à agricultura familiar e quis participar do projeto. Ele colheu 15 quilos de batata-doce enriquecida na primeira vez que plantou.  ”Achei a batata-doce biofortificada muito boa”, disse ele, e adiantou que na segunda safra, que deve colher no início de março, espera retirar em torno de 60 caixas para comercializar no mercado. Em relação ao paladar, foi categórico: “É muito bom. Está aprovado”.
Por Alana Gandra - Agencia Brasil
Créditos: Agencia Brasil

Venezuela: barricadas impedem distribuição de alimentos

Barricadas na Venezuela impedem distribuição de alimentos A Associação de Comerciantes do estado venezuelano de Táchira (Aceta), a sudoeste de Caracas, denunciou hoje (28) que mais de 6 mil lojas registram falta de estoques devido às barricadas que impedem a distribuição de produtos, alguns de primeira necessidade. A denúncia foi feita pelo vice-presidente da entidade, Prieto Ceniccola, que explicou que há quase duas semanas os proprietários têm dificuldades em abrir portas, "não só pela insegurança, mas pela falta de alimentos".
 A deputada Zoraida Parra, do Partido Socialista Unido da Venezuela, denunciou que setores da oposição estiveram em vários estabelecimentos, alertando os proprietários que, ou as portas ficam fechadas, ou os estabelecimentos seriam destruídos. 

Situado a 850 quilômetros de Caracas, o estado de Táchira faz fronteira com a Colômbia e tem registrado um número significativo de cidadãos portugueses.
Em 19 de fevereiro, o governador de Táchira, José Gregório Vielma Mora, denunciou que 120 paramilitares estavam no estado e provocaram várias situações de instabilidade Há 16 dias, são registrados protestos em várias localidades da Venezuela. Atos de violência deixaram pelo menos 14 mortos, dezenas de feridos e mais de 500 pessoas detidas.

Os protestos começaram em 12 de fevereiro, com uma marcha pacífica de estudantes contra a insegurança, mas intensificaram-se no mesmo dia, quando confrontos entre manifestantes, forças da ordem e grupos armados, provocaram a morte de três pessoas. Na quarta-feira (26), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, atribuiu a morte de mais de 50 cidadãos à violência e às barricadas que impedem, por exemplo, a chegada de assistência médica.
Créditos:EBC

A cada 14,4 segundos um consumidor teve documento roubado

A cada 14,4 segundos, no mês de janeiro, um consumidor brasileiro teve o seu documento de identidade usado irregularmente por criminosos para obtenção de crédito ou fechamento de algum negócio, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude. Perder, então, a carteira de identidade ou o cartão de Cadastro da Pessoa Física (CPF) na Receita Federal, dobra a probabilidade da pessoa ser vítima de golpistas, segundo a Serasa. Para o carnaval, quando ocorre aumento médio de 25% no número de golpes - assim como em outros feriados prolongados -, a empresa alerta consumidores e comerciantes a ficarem atentos às tentativas de fraudes. Entre as recomendações, estão as de nunca deixar o documento com desconhecido, não fornecer dados pessoais a estranhos, não confirmar informações pessoais por telefone, não fazer cadastro em sites que não sejam de confiança, não andar com talão de cheques ou folhas já assinadas, utilizar caneta própria para preencher cheques e não deixar espaços em branco na folha de cheque.

Outra dica da Serasa para perda ou roubo de qualquer documento é a procura imediata de uma delegacia policial para fazer boletim de ocorrência (BO), registrando-o também no sistema de alerta da Serasa, disponível no endereço eletrônico  www.serasaconsumidor.com.br/gratuito_roubados.html, ou pelo telefone (11) 3373 7272. O serviço funciona também para quem teve o documento extraviado no passado e nunca registrou as informações.

Para o comerciante, a Serasa recomenda verificar a consistência dos dados informados pelo cliente, em casos de venda a prazo, e sempre comparar a foto do documento de identificação com a pessoa que se apresenta no estabelecimento, pedir sempre dois documentos originais, solicitar o número do telefone residencial e fazer a checagem dos dados, além de consultar alguma ferramenta de prevenção a fraudes.
Créditos: Agencia Brasil

Brasil bate recorde de produção de petróleo em águas superprofundas

Brasil bate recorde de produção de petróleo em águas superprofundas

A produção de petróleo nos campos da chamada província marinha do pré-sal atingiu, na quinta-feira, 20 de fevereiro, a marca de 407 mil barris por dia – um novo recorde de produção diária. 
Esta marca foi alcançada oito anos após a descoberta das jazidas a mais de sete mil metros de profundidade, e configura um recorde mundial. Na área americana do Golfo do México, por exemplo, foram necessários 19 anos depois da primeira descoberta do petróleo para se alcançar a produção de 400 mil barris por dia. Em outra área brasileira, na chamada Bacia de Campos, foram 16 anos. E no mar do Norte, na Europa, nove. E, diferentemente dessas áreas, na camada do pré-sal a produção ocorre em águas superprofundas, o que torna o resultado obtido ainda mais expressivo.
Segundo a Petrobras, empresa de economia mista cujo acionista majoritário é o governo brasileiro, a marca de 407 mil barris diários foi obtida com a contribuição de apenas 21 poços produtores, o que mostra a elevada produtividade dos campos já descobertos na camada pré-sal. Desses poços, dez estão localizados na Bacia de Santos, que responde por 59% da produção (240 mil barris por dia). Os demais 11 poços estão localizados na Bacia de Campos e respondem por 41% da produção (167 mil barris por dia). Atualmente, a produção do pré-sal ocorre em dez diferentes plataformas.
A Petrobras prevê ainda para este ano a entrada em operação de três novas plataformas no pré-sal, e entre 2015 e 2016, de mais oito. Isso permitirá que a produção de petróleo no pré-sal supere, já em 2017, um milhão de barris de petróleo por dia. De acordo com o Plano de Negócios da Petrobras, os investimentos na área do pré-sal chegarão a US$ 52,2 bilhões até 2017.Foto: RIA Novost
Créditos: Voz da Russia

Chuvas: Acre decreta situação de emergência

Cheia no AcreIsolado por causa das cheias dos rios, o governo do Acre decretou situação de emergência. Segundo a secretária adjunta de Comunicação do estado, Andréa Zílio, o governo federal acatou o pedido e o Ministério da Integração Nacional deve reconhecer oficialmente o decreto estadual nos próximos dias, para liberar recursos destinados à assistência das famílias atingidas.
A secretária explica que a maior preocupação é quanto à carência de gás de cozinha e hortifrutigranjeiros. “Os caminhões mais altos ainda conseguem trafegar na BR-364 e hoje [28] devem chegar dois, além de uma balsa, carregados com gás de cozinha”, disse Andrea.

Além do desabastecimento provocado pela cheia do Rio Madeira, que limitou o tráfego na BR-364, que liga o Acre a Rondônia, 331 famílias continuam abrigadas no Parque de Exposições de Rio Branco (AC), por causa da elevação do nível do Rio Acre. 
Algumas cidades do Amazonas, próximas à divisa com o Acre e Rondônia, também estão isoladas e, segundo o governo do estado, foi enviado um plano à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil que prevê apoio aéreo para abastecer com remessas de ajuda humanitária os municípios de Boca do Acre, Humaitá e Lábrea. Sete cidades estão em situação de emergência: Pauní, Guajará, Ipixuna, Boca do Acre, Envira, Humaitá e Lábrea. Manicoré está em alerta máximo e Canutama, Novo Aripuana e Eirunepe estão em atenção.

Na última terça-feira (25), o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, fez sua segunda visita a Rondônia para acompanhar a situação do Rio Madeira e a assistência às famílias afetadas.
Créditos: Agencia Brasil

Governo libera R$ 4 milhões para capacitação de produtores do Semiárido

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, assinou ontem (27) convênio no valor de R$ 4 milhões para capacitar produtores de porte médio do Semiárido brasileiro. O acordo foi firmado com as empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Ceará, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Segundo nota divulgada pelo ministério, este é o primeiro convênio de assistência técnica firmado este ano. O governo federal disponibilizou R$ 100 milhões para contratos desse tipo em 2014.  Os R$ 4 milhões serão destinados à prestação de serviços pelas empresas de assistência técnica para 3.560 produtores dos cinco estados selecionados. Ao longo do ano, cerca de 100 mil proprietários rurais deverão ser beneficiados. Eles aprenderão estratégias sobre como manter reservas de água e buscar alternativas de produção de alimentos para os animais do rebanho.Foto: Zito Bezerra.
Créditos: Agencia Brasil

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Brasil cresceu 2,3% em 2013


O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou 2013 com um crescimento de 2,3 %. O PIB totalizou R$ 4,84 trilhões no ano, segundo dados divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2012, a economia brasileira havia crescido 1%. No quarto trimestre de 2013, o PIB cresceu 0,7% na comparação com o trimestre anterior e 1,9% na comparação com o mesmo período de 2012.

Pelo lado da produção, os três setores da economia tiveram crescimento em 2013, com destaque para a agropecuária (7%). Os serviços cresceram 2% e a indústria, 1,3%. Pelo lado da demanda, a maior alta veio da formação bruta de capital fixo (investimentos), que cresceram 6,3%. Também tiveram crescimento o consumo das famílias (2,3%) e o consumo governamental (1,9%).
No setor externo, as importações cresceram mais (8,4%) do que as exportações, que tiveram alta de 2,5%.
Créditos: Agencia Brasil

CPIs de fachada trancam investigações no Legislativo de São Paulo

cpiAs Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de São Paulo têm sido usadas pela base do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para impedir que investigações que atinjam o governo sejam realizadas. De 15 CPIs iniciadas nesta legislatura (2011-2015), apenas quatro foram concluídas. Seis comissões foram encerradas sem relatório final – quatro destas nem elegeram presidente – e uma foi suspensa pela Justiça. Das quatro que estão ativas, duas não tiveram sequer o presidente eleito e as duas que têm coordenação realizaram poucas reuniões.
O líder do PT na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Cláudio Marcolino, vê isso como uma estratégia combinada entre o governo Alckmin e sua base no legislativo. “Desde o primeiro dia da legislatura, em 15 de março de 2011, a bancada do governo protocolou diversos pedidos de CPI, com temas diversos. Alguns deles nem têm a ver com a ação do legislativo. É justamente para trancar a pauta”, afirmou. Com isso, outras investigações ficam travadas, como o pedido de CPI para investigar os contratos e lucros dos pedágios nas estradas paulistas, feito em outubro de 2011. Dentre as comissões iniciadas nesta legislatura, estão investigações para apurar “os problemas relacionados com o consumo de gordura hidrogenada ou gordura trans, presentes principalmente nos alimentos industrializados” e “investigar empresas de telemarketing, com o objetivo de se evitar o abuso dessa prática ao consumidor de forma constrangedora”.
Além de temáticas inusitadas, nenhuma delas apresentou um relatório final ou mesmo elegeu presidente e acabaram extintas por ato da presidência da Assembleia, em 12 de agosto do ano passado, cinco meses após terem sido iniciadas. No mesmo caminho, foram as CPIs dos Serviços Odontológicos e da Pesca Predatória, extintas sem eleger presidente e sem conclusão, do Parcelamento 'sem juros' e do Consumo Abusivo de Álcool, que elegeram presidentes – Celino Cardoso e Cauê Macris, respectivamente, ambos do PSDB – mas também acabaram sem apresentar relatório.
Até agora, também vão por esse caminho as CPIs da Eletropaulo, iniciada em 15 de outubro de 2013, e da Compra e Venda de Ingressos, de 15 de agosto do mesmo ano, que também não elegeram presidentes. “O objetivo é obstruir qualquer CPI que possa, de fato, investigar algo no estado. O papel delas não é fazer nenhum tipo de apuração”, acusou Marcolino.
O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Barros Munhoz (PSDB), não retornou o pedido de entrevista da RBA. A assessoria de imprensa dele informou apenas que não cabe ao presidente da Casa controlar os trabalhos de uma CPI e que se segue o regimento interno: 32 assinaturas para acatar um requerimento e a CPI entra na fila. Somente cinco comissões podem atuar ao mesmo tempo. Sobre as que terminam sem relatório de conclusão: “isso deve ser explicado pelos respectivos presidentes”.
Atualmente, somente duas comissões estão com trabalhos em andamento. A CPI do Desaparecimento de Pessoas realizou quatro reuniões desde 15 de agosto do ano passado, sob a presidência do deputado José Bittencourt (PSD). Esta inclusive, é a única comissão não presidida por um deputado tucano nesta legislatura. Mesmo assim, o PSD faz parte da base de apoio de Alckmin.
Já a CPI da Violência Contra as Mulheres, realizou apenas duas reuniões, sendo uma delas para eleger o presidente, o deputado Fernando Capez (PSDB), e outra para definir a pauta dos trabalhos, que não foi levada adiante. No último dia 18, a comissão retomou os trabalhos prorrogando os trabalhos por mais 60 dias.
RBA tentou contatar os deputados que presidem ou presidiram CPIs na Assembleia nesta legislatura, sem sucesso.
A comissão que analisaria a situação salarial de médicos que trabalham para planos de saúde privados, criada em 23 de março de 2011, foi suspensa por determinação da Justiça, em uma ação movida pelo PT, que considerou o tema inadequado para apreciação de uma CPI. “Este trabalho devia ser feito pela comissão temática adequada, como relações de trabalho ou saúde”, explica Marcolino.
Já as investigações que apresentaram relatórios de conclusão foram a CPI do Ensino Superior (7 de dezembro de 2011), a da TV por Assinatura (6 de março de 2012), a da Reprodução Assistida (5 de dezembro de 2012) e a da Cartelização do Mercado de Auto Peças (7 de outubro de 2013). Todas elas também eram presididas por deputados tucanos, o que demonstra o controle do partido do governador sobre as investigações.
Assembleia tucana
A Assembleia Legislativa de São Paulo é composta por 96 deputados estaduais. Destes, somente 25 – 22 deputados petistas, dois do PCdoB, um do Psol – se colocam como opositores ao governo de Geraldo Alckmin. O que significa uma relação de 74% de apoio, contra 26% de oposição. “Isso torna muito difícil conseguir as 32 assinaturas necessárias para abrir uma CPI. E depois para organizar os trabalhos, pois a maioria da comissão sempre vai ser governista”, explica Marcolino.
Conseguir as assinaturas, por exemplo, é a atual barreira à instalação da CPI para apurar a corrupção no Metrô e nos trens paulistas. A oposição conseguiu, até agora, 29 assinaturas para pedir a instalação de uma CPI. Faltam quatro, que precisarão ser obtidas entre deputados governistas. E este não é um problema da atual legislatura.
De acordo com o relatório final da CPI instalada para investigar denúncias de fraudes em licitações para a construção de casas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), de 5 novembro de 2009, a oposição aos governos tucanos não conseguia emplacar uma CPI havia uma década. “A CPI da CDHU foi a primeira CPI instalada de todas as que foram requeridas pela oposição nestes últimos 10 anos”, diz um trecho do documento, cuja relatoria foi do deputado Roberto Morais (PPS).
Porém, ela não conseguiu ser mais desenvolvida que qualquer outra comissão nos últimos anos, como diz o próprio documento. “O que se pode concluir é que a CDHU, assim como outros entes do governo estadual, representa uma verdadeira caixa preta de onde pouco ou quase nada se consegue extrair. A CPI da CDHU, infelizmente, mimetizou o processo investigativo. Em outras palavras, fez de conta que investigou para tentar, assim, atestar a idoneidade de irresponsáveis gestores públicos em detrimento da defesa do erário”.
A presidência da comissão ficou a cargo do deputado José Augusto (PSDB). O que contradiz uma premissa da casa – não regimental – de que o autor do requerimento para instalação de uma CPI fica responsável por conduzi-la. A investigação sobre a CDHU foi pedida pelo hoje ex-deputado Mário Reali (PT).
No último dia 3, uma nova CPI foi aberta na Assembleia, sob pedido da oposição. A apuração sobre as causas e as responsabilidades pelo desmoronamento de 450 mil toneladas de lixo do Aterro Pajoan, situado no município de Itaquaquecetuba, ocorrido em 25 de abril de 2011. O incidente interditou estradas e atingiu riachos que desaguam no sistema de abastecimento do Vale do Paraíba. Ainda não houve eleição do presidente e os trabalhos não têm data para começar. Mas, em ano eleitoral, parece improvável uma mudança no padrão. Leia mais no portal Rede Brasil Atual.
Créditos: Rede Brasil Atual

Bebida falsificada pode cegar

Maior concentração de metanol que o permitido em bebida clandestina pode causar lesões irreversíveis no nervo óptico. Estas lesões dobram o risco da mulher ter esclerose múltipla.

Como diz o samba, “tem gente que não bebe e está morrendo”, mas com saúde não se brinca nem no carnaval. O oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, chama a atenção dos foliões para a procedência das bebidas. Isso porque, as falsificadas, sem registro no Ministério da Agricultura, podem causar neurite óptica, uma lesão no nervo óptico que pode levar à perda irreversível da visão, dependendo do grau de exposição ao metanol.
O especialista lembra que o máximo de metanol permitido nos destilados pela legislação brasileira é 0,25ml/100 ml de álcool anidro, limite que geralmente é desrespeitado nas bebidas clandestinas. O problema é que a falsificação é mais comum do que se possa imaginar. No ano passado a polícia desmantelou dezenas de refinarias no país. O crime não se restringe às bebidas de maior valor agregado como o uísque. Inclui também as populares vodka e cachaça. Por isso, é recomendável checar na embalagem o registro do Ministério da Agricultura antes de comprar qualquer bebida para eliminar o risco de intoxicação.
Queiroz Neto afirma que o metanol tem baixa toxidade, mas quando metabolizado produz substâncias que atacam o nervo óptico, podendo também causar sérios danos ao fígado, rim, coração, pâncreas e até alterações na camada externa do cérebro que caracterizam a esclerose múltipla.
O grau de intoxicação, observa, depende da quantidade ingerida. Já a neurite óptica é decorrente de edema no nervo óptico. Os sintomas podem incluir desde dor de cabeça, náuseas, vômitos e queda na visão de contraste até cegueira e morte.
O diagnóstico é feito com completo exame oftalmológico. “Para minimizar as sequelas de uma possível esclerose múltipla, o paciente é encaminhado a um neurologista”, afirma. Estudos mostram que mulheres afetadas pela neurite óptica têm o dobro de chance de ter esclerose múltipla quando comparadas à população masculina.
Queiroz Neto afirma que o metanol tem baixa toxidade, mas quando metabolizado produz substâncias que atacam o nervo óptico, podendo também causar sérios danos ao fígado, rim, coração, pâncreas e até alterações na camada externa do cérebro que caracterizam a esclerose múltipla.
O grau de intoxicação, observa, depende da quantidade ingerida. Já a neurite óptica é decorrente de edema no nervo óptico. Os sintomas podem incluir desde dor de cabeça, náuseas, vômitos e queda na visão de contraste até cegueira e morte.
O diagnóstico é feito com completo exame oftalmológico. “Para minimizar as sequelas de uma possível esclerose múltipla, o paciente é encaminhado a um neurologista”, afirma. Estudos mostram que mulheres afetadas pela neurite óptica têm o dobro de chance de ter esclerose múltipla quando comparadas à população masculina. O especialista afirma que o tratamento depende da avaliação de cada caso, mas geralmente são aplicadas injeções de corticóide para reduzir a inflamação do nervo óptico. A recuperação pode demorar semanas ou meses e ocorrer queda da visão de contraste e de cores, mesmo nos casos em que a exposição ao metanol é pequena. Nas exposições mais intensas as lesões no nervo óptico causam perda irreversível da visão.
Créditos: WSCOM

Padre fazia orgia com menores, diz promotor

Igreja de JacaraúO Ministério Público da Paraíba (MPPB), através da Promotoria de Jacaraú, vai interrogar  adolescentes que tiveram relações sexuais com o padre Adriano José, pároco de Jacaraú, no Litoral Norte do Estado. De acordo com o promotor Marinho Mendes, as orgias sexuais, que ocorriam dentro da casa paroquial e motéis, eram regadas à bebidas alcoólicas. A Arquidiocese da Paraíba confirmou que ele está suspenso de ordem, ou seja, impedido de realizar missas. O promotor revelou que as investigações contra o padre Adriano José iniciaram em novembro de 2013, quando furtos foram registrados na casa do sacerdote. “Os menores suspeitos pelos crimes foram interrogados e daí eles revelaram que não roubaram, mas que receberam do padre após relações sexuais com ele”, disse Marinho Mendes.
Após depoimentos, o Ministério Público da Paraíba e a Polícia Civil abriram investigações e já confirmaram o envolvimento do padre Adriano José com 10 adolescentes. “Os rapazes entre 12 e 17 anos, disseram que recebiam entre R$ 50 e R$ 200 para se relacionar com o padre. Eles ainda disseram como ocorriam os encontros sexuais e as farras tanto na casa paroquial como em motéis da região. Os menores confirmaram que recebiam também presentes e sempre viajavam com o sacerdote”, comentou o promotor de Justiça. O MP ainda disse que um material publicitário começou a circular na cidade denunciando o envolvimento do padre com rapazes menores de idade. O escândalo tomou proporção e o padre foi afastado das funções de sacerdote.
A Arquidiocese da Paraíba confirmou que o padre Jaildo Souto também foi afastado das funções eclesiástica suspeito de manter relações com um menor. Antes a entidade religiosa afirmada que o desligado do sacerdote era por motivo de saúde. Ele está suspenso de realizar missas e fazer batismo.
Padre Jaildo é investigado por abuso sexual na cidade de Pitimbú, Litoral Sul do estado. A Polícia Civil investiga o envolvimento dele com um rapaz, que hoje tem 21 anos, mas na época dos encontros sexuais o jovem tinha 15 anos.
Créditos: Portal Correio

BC aumenta juros básicos da economia para 10,75% ao ano

Pela oitava vez seguida, o Banco Central (BC) reajustou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic (juros básicos da economia) em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano. Apesar da elevação, o BC reduziu o ritmo do aperto monetário. Nas últimas reuniões, o Copom vinha reajustando a Selic em 0,5 ponto percentual.
Em abril de 2013, o Copom iniciou um novo ciclo de alta nos juros básicos, depois de quase dois anos sem aumento, e elevou a Selic para 7,5% ao ano. Desde agosto de 2011, a taxa vinha sendo reduzida sucessivamente até atingir 7,25% ao ano em outubro de 2012, o menor nível da história. A Selic foi mantida nesse nível até março de 2013.
A taxa Selic é o principal instrumento do BC para manter a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dentro da meta estabelecida pela equipe econômica. De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação corresponde a 4,5% (centro da meta), com margem de tolerância de 2 pontos percentuais, podendo variar entre 2,5% (piso da meta) e 6,5% (teto da meta).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumulado em 12 meses estava em 5,59% até janeiro. O índice acumulado desacelerou após ter chegado a 6,7% em junho e superado o teto da meta de inflação do governo. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA encerrará 2014 em 6%.
Por outro lado, o aumento da taxa Selic prejudica o reaquecimento da economia, que cresceu 2,4% até o terceiro trimestre do ano passado e ainda está sob o efeito de estímulos do governo, como desonerações e crédito barato. De acordo com o Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de 1,67% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. A estimativa foi reduzida pela terceira semana seguida.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la, o Banco Central contém o excesso de demanda, que se reflete no aumento de preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
Créditos: Agencia Brasil

Aeroporto dos Lençóis Maranhenses entra em operação

Aeroporto do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses entra em operação Os ministros do Turismo, Gastão Vieira, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, fizeram o primeiro voo oficial para o aeroporto de Barreirinhas (MA), cidade que é porta de entrada para o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, uma região de 155 mil hectares (um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial) de dunas de areias brancas e lagos de água doce, no nordeste do estado.
O terminal, que foi homologado em janeiro pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), recebeu investimentos de R$ 3,9 milhões do Ministério do Turismo. “É uma visita muito significativa dentro dessa articulação entre os ministérios, para Barreirinhas e para os Lençóis hoje é um dia extremamente importante. Temos um fluxo já consolidado de turistas do mundo todo e, agora, uma pista para aviões de qualquer porte”, disse Gastão, explicando que um dos objetivos é atrair investimentos do setor privado.
Além do aeroporto, também estão sendo feitas obras de infraestrutura nas quatro cidades que abrigam o parque: Barreirinhas, Santo Amaro, Humberto de Campos e Primeira Cruz. Segundo o ministro, por decreto assinado em novembro de 2013 pela presidenta Dilma Rousseff, serão investidos R$ 15 milhões nesses municípios, além de R$ 2,4 milhões que já haviam sido disponibilizados ao governo do estado para obras no parque, em parceria com o Instituto Chico Mendes (ICMBio), como a construção do Centro de Atendimento ao Visitante, para facilitar o acesso e melhorar o atendimento aos turistas.
A visita dos ministros ocorre dentro de acordo firmado entre as duas pastas para estimular o turismo nos parques nacionais brasileiros. Um dos projetos é o Parques da Copa, onde foram eleitos 16 parques nacionais próximos a cidades-sede que receberão, de forma articulada, investimentos de R$ 10 milhões, sendo R$ 1 milhão para os Lençóis Maranhenses.
“Ainda não havia uma política conjunta entre [os ministérios do] Turismo e Meio Ambiente e os ministros Izabella e Gastão romperam essa paralela para construir uma trajetória de investimentos nos parques brasileiros. Esse esforço com os 16 parques está dentro de um plano maior de estruturar todos os parques brasileiros até 2020”, disse o presidente do ICMBio, Roberto Vicentin.
Paralelamente a esses investimentos, o ICMBio publicou hoje, no Diário Oficial da União, uma portaria que cria o Conselho Consultivo do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que reúne agentes públicos e privados que de alguma maneira têm relação com a manutenção da unidade.
Vicentin explica que serão feitas reuniões para definir um calendário e a agenda de trabalho do conselho, mas destaca três grandes questões a serem discutidas, uma delas é a regularização fundiária do parque. “Lençóis fazem parte de uma categoria de conservação em que não é permitida a permanência de moradores, é um espaço de domínio público e o estado tem que desapropriar os posseiros. E isso abre condição para o segundo principal desafio: ordenar o uso público. Quais regiões podem ser abertas a visitação, com que regras, com que tipo de serviço? E o conselho tem papel importante nesse ordenamento”.
O presidente do instituto destaca ainda que é preciso organizar a cadeia do turismo propriamente dito, definindo o papel do comércio local e da iniciativa privada, além de prover o entorno do parque de infraestrutura, logística, saúde e educação. “É preciso ter uma visão política. Futuramente podemos ter PPP [parceria público-privada] para os parques, mas, seja onde for, um grande resort não pode acabar com as pequenas pousadas e restaurantes, por exemplo.”Foto: Antônio Milena/Agencia Brasil
Créditos: Agencia Brasil

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Quais as chances de uma 3ª guerra mundial?

Cemitério da Primeira Guerra Mundial em Ieper, na Bélgica (AP)Parece improvável que, cem anos depois do início da Primeira Guerra Mundial, outra guerra nesta escala possa ser desencadeada. 
Mas era exatamente isto que as pessoas acreditavam antes do assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando e de sua esposa dele por um extremista sérvio em junho de 1914.
 Atualmente, existem no mundo alguns focos de conflito: a Europa e a Rússia vivem um momento de tensão devido à situação na Ucrânia, e a China e o Japão também discutem a posse de algumas ilhas no Mar do Leste da China.
Em tempos como estes, há dois riscos específicos. O primeiro é que países menores possam arrastar os maiores para conflitos.
Em 1914, após o assassinato do arquiduque, Rússia, França e Grã-Bretanha se envolveram com o lado sérvio, enquanto a Alemanha apoiou a Áustria.
O segundo risco é que os governos fiquem tentados a acreditar que podem iniciar guerras limitadas e bem-sucedidas que vão acabar rapidamente. Geralmente eles estão errados.
Nos dias de hoje presumimos que nosso mundo globalizado está conectado demais para que uma guerra mais ampla aconteça. Talvez, mas em 1910, um homem chamado Norman Angell também pensava assim.
Angell escreveu o livro A Grande Ilusão para provar que a guerra seria uma loucura, devido aos laços comerciais existentes entre as grandes potências na época.
O livro foi um grande sucesso mas, apesar de Angell estar certo em sua percepção de que um conflito seria insano e de ter recebido o Prêmio Nobel da Paz 22 anos depois, a guerra aconteceu de qualquer jeito.
No entanto as coisas mudaram muito em cem anos. Não importa o que possa parecer, nosso mundo é menos perigoso, e a tendência à guerra é menor do que era.
A ameaça de um conflito nuclear generalizado também não existe mais.
No momento, existem mais de 30 guerras em andamento no mundo. Mas elas tiram menos vidas humanas do que antes.
Entre 1950, quando a Guerra da Coreia começou, e 2007, quando o número de mortes na Guerra do Iraque finalmente começou a cair, ocorriam algo perto de 148 mil mortes por ano devido a guerras.
De 2008 a 2012 este número caiu de forma dramática, para 28 mil por ano. E poderá ser ainda menor em 2014.
Ao analisar os números de uma forma um pouco diferente, vemos que nos 14 anos do século 21, até o momento, o número médio de mortes em guerras foi de 55 mil - apesar de sempre haver uma polêmica cercando estes números, principalmente no que diz respeito ao número preciso de pessoas que morreram no Iraque depois da ofensiva americana e britânica no país.
Mas este número é a metade do que foi registrado na década de 1990 e um terço do número de mortes que ocorreram durante a Guerra Fria.
Teremos uma guerra mundial em um futuro próximo?
Não podemos saber mais do que Norman Angell sabia em 1910 quando lançou seu livro. Mas, desta vez, com certeza, é mais seguro esperar que não teremos.
 Por John Simpson Editor Internacional, BBC News
Créditos; BBC Brasil

Petrobras tem lucro líquido de R$ 23,5 bilhões e cresce 11% em 2013

Petroleira reduziu ativos e tem lucro para cima em 2013A Petrobras anunciou ontem (25) que seu lucro líquido em 2013 ficou em R$ 23,57 bilhões, 11% superior ao registrado em 2012, quando o resultado foi o pior em oito anos. Segundo nota divulgada pela estatal, a alta aconteceu em função do reajuste nos preços do diesel (20%) e da gasolina (11%), do aumento da produção de derivados, da redução nos custos e dos ganhos com as vendas de ativos.  No quarto trimestre do ano passado, o lucro líquido foi R$ 6,2 bilhões, 85% superior ao do terceiro trimestre.

Ainda de acordo com a nota da Petrobras, a produção de petróleo e gás natural, no ano passado, totalizou 2,4 milhões de barris por dia, 2% inferior à de 2012. O motivo da redução foram os adiamentos no início da produção dos novos sistemas, declínio natural dos campos e vendas de ativos no exterior. Já a produção média de derivados refinados totalizou 2,1 milhões de barris por dia, 6% mais que em 2012. Segundo a Petrobras, isso reduziu a necessidade de importação de diesel e gasolina em 2013.

O balanço deveria ter sido divulgado no dia 14, mas foi adiado para hoje. No início do mês, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, presidente do Conselho de Administração da estatal, disse que a decisão de adiar a divulgação foi técnica. Na ocasião, a decisão assustou o mercado, e as ações da Petrobras tiveram queda.
Créditos: Agência Brasil

Com cinco novas fábricas, Paraíba será 2º maior produtor de cimento do País

Cinco grandes empresas formarão o Polo Cimenteiro no Litoral Sul, elevando em 400% a produção atual.

O ano de 2014 será um marco para o desenvolvimento industrial da Paraíba, quando o Estado se consolidará como polo cimenteiro operado por seis grandes fábricas, uma delas existente há décadas em João Pessoa. Neste ano a produção já será a segunda maior do Brasil.
A Paraíba tem história na fabricação de cimento, já abrigou a primeira fábrica do país, construída em 1892. Agora, cinco grandes empresas formarão o Polo Cimenteiro no Litoral Sul, elevando em 400% a produção atual. Atualmente, a Paraíba produz 2,5 milhões toneladas de cimento por ano. E a projeção é de que atinja 10 milhões de toneladas por ano. Este potencial alimentará, entre outros, a cadeia de concreto e pré-moldados, construção civil industrial e residencial, além de todo setor imobiliário.
A região litorânea foi escolhida por ter solo rico em calcário e por sua localização estratégia no Nordeste. Os empreendimentos em execução tem investimentos de R$ 2,3 bilhões, gerando 6.600 oportunidades de trabalho.
As construções já trazem novos ares para o desenvolvimento econômico das cidades. No município de Alhandra, a fábrica da Elizabeth Cimentos está com obras em andamento, bem como em Pitimbu, onde se instalará a Brennand Cimentos.
Além dessas, a Cimpor, que já possui uma unidade em João Pessoa, está construindo sua segunda fábrica paraibana na cidade do Conde, e o Grupo Votorantim avança também com seu projeto na cidade de Caaporã, cidade que terá a indústria Lafarge ampliada.
A formação do Polo Cimenteiro da Paraíba é parte de uma estratégia para consolidação de um setor econômico de base que fornecerá subsídios às demais indústrias. A diretriz de uma política de longo prazo para a atração de empresas foi fixada com estudos de potencialidades e negociações com as grandes empresas produtoras de cimento.
Ainda em 2011, a Paraíba realizou o 1º Fórum de Fomento da Cadeia Produtiva do Polo Cimenteiro que discutiu assuntos relacionados à cadeia produtiva para formação do polo setorial no Estado. O evento reuniu técnicos do Governo, representantes de instituições ambientais, indústrias cimenteiras e fornecedores de máquinas e equipamentos, transporte e logística.
A tradição da Paraíba na fabricação de cimento vem do final do século 19. Com o crescimento da população houve um aumento também nas obras públicas e residenciais. Assim, o Brasil precisava acompanhar essa evolução e começar a produzir seu próprio cimento. Então, em 1888, o engenheiro Louis Felipe Alves da Nóbrega, na Paraíba, e o comendador Antônio Proost Rodovalho, em São Paulo, deram o início aos primeiros dois projetos de implantação de fábricas de cimento no país.
A fábrica da Paraíba foi a primeira do Brasil, inaugurada no ano de 1892. Porém, por razões que vão desde a deficiência técnica até as condições econômicas adversas, a indústria só funcionou por três meses. No ano de 1933, foi construída em João Pessoa uma nova fábrica de cimento, a oitava do país. Desde 1999, a indústria passou a fazer parte do Grupo Cimpor e opera até os dias de hoje.
As cidades em que as cimenteiras estão se instalando já vivenciam os efeitos do desenvolvimento. Em Pitimbu, a Brennand Cimentos iniciou o projeto 'Mãos Dadas com o Futuro' para capacitação dos moradores da região em uma parceria com o Governo do Estado, Prefeitura de Pitimbu, Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a ong Mais Consultoria Social.
Os jovens que tradicionalmente trabalhavam na atividade rural passaram a se capacitar para trabalhar no meio industrial. Até a conclusão do projeto, serão formados 900 alunos que recebem aulas voltadas à construção civil e ao setor metal mecânico, como montador de andaimes, eletricista, instalador hidráulico, pedreiro, servente, entre outros.
Como forma de incentivo aos estudos, os alunos também ganham uma cesta básica por mês e, ao final do curso, recebem certificado do Senai. Em seguida, participam de seleção para atuar na construção e operação da fábrica. “Conhecemos o perfil, o potencial do município e, por isso, queremos que os moradores de Pitimbu acompanhem o desenvolvimento local. Assim, disponibilizamos infraestrutura, material didático e logística para que eles participem e se dediquem às capacitações”, explicou o coordenador do projeto, Francisco Carlos da Silveira.
Durante as aulas, os candidatos têm a oportunidade de conhecer uma nova profissão e aprimorar noções de cidadania, segurança do trabalho e conhecimentos do mercado de trabalho. Grande parte dos alunos seguia a tradição de pesca das famílias e hoje estão inseridos no setor produtivo industrial.
Créditos:WSCOM

Volume de água do Sistema Cantareira chega ao limite


: O volume de água no Sistema Cantareira chegou a 17,1% da capacidade dos reservatórios. Devido à falta de chuvas, o sistema, responsável pelo abastecimento da metade da população da região metropolitana de São Paulo, tem registrado os menores volumes da sua história. Até o momento, choveu apenas 54,5 milímetros em fevereiro, 27% da média histórica de 202,6 milímetros registrada no mês.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o nível dos reservatórios foi afetado ainda pelas chuvas abaixo da média ao longo de todo ano de 2013. De acordo com a companhia, o volume pluviométrico não chegou a 70% da média histórica. Foram registrados 1.090 milímetros contra os 1.566 milímetros de chuva que caem em média por ano.
Além da estiagem, a Sabesp aponta o calor, com temperaturas 5% maiores do que o esperado, como um dos fatores que contribuíram para esvaziar os reservatórios. De acordo com a companhia, o clima quente ajuda a elevar o consumo de água.
Um estudo divulgado na semana passada pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) indicou que o Sistema Cantareira precisaria receber pelo menos três vezes mais chuvas do que o normal para que o nível dos seus reservatórios atinjam níveis minimamente aceitáveis. O coordenador de projetos do consórcio, José Cezar Saad, avalia que o ideal é que essa precipitação ocorra nos próximos 60 dias.
A pesquisa leva em conta a necessidade de consumo durante os meses de estiagem, que têm início em maio e terminam em setembro. Para atender à demanda desse período, precisaria chover 1 mil milímetros, volume que aumentaria para 50% a capacidade útil do armazenamento dos reservatórios, garantindo o abastecimento da população nos próximos meses.
Para reduzir os impactos da estiagem, a Sabesp lançou uma campanha oferecendo desconto de 30% no valor da conta dos usuários que economizarem 20% no consumo, em relação ao gasto médio dos últimos 12 meses. 
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
Créditos: Brasil 247

Massacre em escola deixa dezenas de alunos mortos

Vários homens armados atacaram uma escola no nordeste da Nigéria. Segundo dados preliminares, dezenas de alunos morreram.
 O ataque aconteceu na terça-feira à noite. Segundo testemunhas, os homens armados invadiram o prédio e começaram a matar os alunos: àlguns cortavam as gargantas, outros mataram a tiros. Os militares confirmaram o ataque à escola, não especificando, no entanto, o número de vítimas. A agência de notícias Reuters relata pelo menos 30 mortos. 
O ataque teria sido supostamente realizado pelo grupo radical islâmico Boko Haram, cujo objetivo é a introdução da lei sharia em toda a Nigéria.
Créditos: Voz da Russia

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

MP pode fechar acordo milionário com Siemens

 A exemplo do ocorrido em outros países por acusações de corrupção, a Siemens pode fechar um acordo milionário com o Ministério Público. A multinacional alemã delatou existência de cartel em contratos metroferroviários em governos tucanos de SP desde
Mario Covas (1998).
A Siemens é acusada de pagar propina a governos do PSDB em SP para fechar negócios nos setores de energia e transportes.
No ano passado, o presidente da filial brasileira da Siemens, Paulo Stark, afirmou em depoimento à CPI dos Transportes da Câmara Municipal de São Paulo que a companhia aceitava discutir acordo, mas não estimou valor. "Nas nossas investigações internas não fomos capazes de detectar e dimensionar dano".
A Promotoria diz que o acerto da Prefeitura de São Paulo e o Deutsche Bank no caso Maluf, que prevê o pagamento de US$ 20 milhões (cerca de R$ 47 milhões) em indenização à administração municipal, pode ajudar nas negociações com as empresas do cartel.
Na Alemanha e nos Estados Unidos, a Siemens aceitou ressarcimento em valores que ultrapassam R$ 3 bilhões.
Créditos: Brasil 247

Brigas entre torcidas na PB já teriam causado a morte de sete

Torcida do TrezeOs confrontos e desentendimentos entre torcidas organizadas na Paraíba já teriam causado a morte de sete pessoas, segundo dados da Polícia Militar. Os homicídios foram contabilizados entre 2011 e o começo de 2014. Seis deles foram registrados em Campina Grande e um em João Pessoa. Entre os mortos há diretores e vice-diretores das torcidas.
O caso mais recente de violência foi registrado no domingo (23) quando o presidente da Torcida Jovem do Galo, Jéferson Costa de Silva, de 23 anos, foi atingido na cabeça com um tiro após desentendimento com colegas, enquanto consumia bebidas alcoólicas em um bar no Centro de Campina Grande.
De acordo com o coronel Souza Neto, que comandou o policiamento militar naquele município nos dois últimos anos, os assassinatos investigados tinham o envolvimento das duas principais torcidas organizadas, a Jovem do Galo e a Facção Campinense.
Souza Neto disse ainda que as torcidas são rivais e há investigações sobre a infiltração de pessoas que têm mandado de prisão em aberto, suspeitas de tentativas de homicídio e presas por porte ilegal de armas nesses grupos.
"Nós tentamos fazer um cadastramento dos integrantes dessas torcidas junto ao Ministério Público da Paraíba, mas eles não colocam todos os integrantes, justamente para evitar que esses suspeitos sejam identificados e detidos pela Polícia Militar", explicou. Leia mais no Portal Correio.
Créditos: Portal Correio

Campanha alerta jovens para consumo de álcool no carnaval

Com a proximidade do carnaval, quando aumenta o consumo de bebidas alcoólicas, o Ministério da Justiça lançou ontem (24) uma campanha para conscientizar quem tem menos de 18 anos sobre os malefícios do álcool. Com o mote “Bebeu, perdeu”, a iniciativa também visa a sensibilizar os comerciantes a não vender o produto para crianças e jovens - prática criminosa que, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) pode ser punida com até quatro anos de prisão e multa.

Cinco vídeos publicitários apresentando jovens em situações vexaminosas devido ao consumo de álcool (ressaca, desmaio, mal-estar, entre outras situações que impede o jovem de aproveitar o carnaval) já disponíveis no canal do ministério no YouTube vão ser exibidos em salas de cinema de cinco cidades com forte tradição de carnaval de rua - Belo Horizonte, Ouro Preto (MG), Recife, Rio de Janeiro, Salvador - onde também serão divulgados outdoors e painéis alusivos à campanha.

A estratégia de comunicação foi elaborada a partir dos resultados de uma pesquisa encomendada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo o estudo, feito em 2010, 60% dos jovens estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do ensino médio, de escolas públicas e particulares, responderam já ter consumido álcool ao menos uma vez na vida. Desses, 15,4% tinham entre 10 e 12 anos, e 43,6% entre 13 e 15 anos.
"A questão do [consumo] de álcool é delicada. Na adolescência, então, é delicadíssima. Por isso fazemos um apelo a todos os comerciantes para que cumpram a lei e não vendam álcool a menores de 18 anos. Apelamos aos gestores locais para que se empenhem na fiscalização e, evidentemente, aos adolescentes, para que percebam que a vida pode ser curtida com muita alegria e felicidade sem o consumo de álcool", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. De acordo com o secretário nacional de Política sobre Drogas, Vitore Maximiano, os dados sobre o consumo de álcool por menores de 18 anos é preocupante, principalmente porque, embora a pesquisa da Unifesp não aponte, sabe-se que muitos desses jovens têm acesso à bebida no ambiente doméstico, na companhia de parentes.  

"Há casos de o álcool ser oferecido pela própria família, o que acaba estimulando o consumo. Isso nos preocupa muitíssimo", disse o secretário. Ele informou que a secretaria oferece a educadores de todo o país um curso de capacitação para que os profissionais saibam identificar e lidar com essa situação. As inscrições para as novas turmas estão abertas até a próxima sexta-feira. Estão sendo oferecidas 100 mil vagas em todo o Brasil e os cursos são ministrados por algumas das principais instituições universitárias do país. Os interessados podem ter mais informações na secretaria, pelo telefone (61) 2025.7200 ou pelo site www.senad.gov.br. O custo de produção dos cinco vídeos institucionais e de veiculação de todas as peças publicitárias, incluindo outdoors e painéis, alcançou R$ 5 milhões. Nas emissoras de TV comerciais, no entanto, os vídeos serão exibidos como propaganda institucional gratuita.
Créditos: Agencia Brasil