sexta-feira, 22 de maio de 2020

Vacina para a Covid-19 tem resultados iniciais seguros e induz a resposta imunológica

Em meio a pandemia de coronavírus que assola o mundo uma notícia boa.
Ainda em fase inicial de testes, uma vacina chinesa contra a Covid-19 apresentou pela primeira vez a capacidade de induzir a criação de anticorpos em humanos e se mostrou segura. O avanço foi publicado nesta sexta-feira (22) pela conceituada revista científica "The Lancet". 

A vacina é estudada por uma equipe dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças da China e foi a primeira a alcançar a Fase 1 do ensaio clínico (leia mais sobre as fases abaixo). Segundo a publicação, ela é segura e foi capaz de gerar uma resposta imune contra o vírus Sars-CoV-2 em humanos.

O estudo acompanhou 108 voluntários saudáveis ​e trouxe resultados promissores após 28 dias – os resultados finais serão avaliados em seis meses. Mais estudos são necessários para determinar se a resposta imune que ele provoca efetivamente protege contra a infecção por SARS-CoV-2.

Os participantes, com idades entre os 18 e 60 anos, receberam aleatoriamente um dos três tipos de dosagens da vacina: com baixa, média e alta concentração do agente viral. A aplicação é intramuscular, com uma injeção, e introduz no corpo uma solução com o vírus atenuado. Para chegar a uma vacina efetiva, os pesquisadores precisam percorrer diversas etapas. 

Entre elas está a pesquisa básica – que é o levantamento do tipo de vacina que pode ser feita. Depois, passam para os testes pré-clínicos, que podem ser in vitro ou em animais, para demonstrar a segurança do produto; e depois para os ensaios clínicos, que podem se desdobrar em outras fases: testar em seres humanos, para verificar a segurança da vacina nestes organismos, onde se estabelece qual a resposta imunológica do organismo imunogenicidade, esta é última fase de estudo, daí obter o registro sanitário para poder distribuir para a população. Imagem: EBC. (Editado).
Créditos: G1

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Bolsonaro vetou a inclusão de categorias profissionais para o recebimento do auxílio emergencial


O presidente Jair Bolsonaro vetou a inclusão de categorias profissionais para o recebimento do auxílio emergencial de R$ 600, o socorro financeiro pago pelo governo aos trabalhadores informais afetados pelas medidas de combate à pandemia de covid-19 no país. A lei com mudanças no auxílio emergencial foi sancionada com 11 vetos e publicada hoje (15) no Diário Oficial da União.

A medida aprovada pelo Congresso Nacional previa a inclusão de mais de 20 categorias na lista do benefício, entre eles extrativistas, assentados da reforma agrária, artesãos, profissionais da beleza (como cabeleireiros), ambulantes que comercializem alimentos, diaristas, garçons, guias de turismo, babás, motoristas de aplicativos, taxistas e catadores de recicláveis.

Ao vetar o dispositivo, Bolsonaro justifica que, ao especificar determinadas categorias para o recebimento do auxílio em detrimento de outras, a medida ofende o princípio da isonomia ou igualdade material previsto na Constituição, além de excluir da lei em vigor, os trabalhadores informais em situação de vulnerabilidade social em função da covid-19. Para o presidente, ao ampliar as hipóteses de beneficiários, os parlamentares também criaram despesa obrigatória ao Executivo, sem apontar a fonte dos recursos e o impacto orçamentário da medida.

Entre as mudanças feitas pelo Congresso na Lei 13.982/2020, que instituiu o auxílio emergencial, Bolsonaro manteve o artigo que proíbe que instituições financeiras façam descontos ou compensações sobre o valor do auxílio emergencial, mesmo que o beneficiário esteja em débito com a Caixa Econômica Federal ou outra instituição responsável pelo pagamento do auxílio. Essa medida havia sido anunciada pelo governo, mas não estava prevista na lei.

O presidente também vetou a ampliação do pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para família cuja renda mensal per capita seja igual ou inferior a meio  salário mínimo. Hoje, de acordo com a lei em vigor, tem direito ao BPC idosos e pessoas com deficiência cuja renda familiar é igual ou inferior a um quarto do salário mínimo.

Os artigos vetados e as razões apresentadas pelo presidente também foram publicadas no Diário Oficial da União e encaminhados ao Congresso Nacional. A partir de agora, os parlamentares tem 30 dias para deliberar sobre os vetos.

Créditos: Agencia Brasil 

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Metade dos brasileiros vive com menos de R$ 15 por dia, diz IBGE

Metade dos brasileiros sobrevive com apenas R$ 438 mensais, ou seja, quase 105 milhões de pessoas têm menos de R$ 15 por dia para satisfazer todas as suas necessidades básicas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados são referentes à renda média real domiciliar per capita de 2019, apurada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Rendimento de todas as fontes 2019.
 

Os 10% mais pobres, o equivalente a 20,95 milhões de pessoas, sobreviviam com apenas R$ 112 por mês, ou R$ 3,73 por dia. Em relação a 2018, houve uma elevação de 0,9% na renda média dessa parcela da população, mas que em termos reais permanece inexpressiva: apenas R$ 1 real a mais.

domingo, 3 de maio de 2020

Governo Federal entregou apenas 11% dos kits de UTI prometidos

Em 15 de março, o Governo Federal prometeu entregar a primeira leva de leitos, sendo 540 para reserva técnica. Desse total, 200 ainda não chegaram aos Estados. Até agora, o Ministério da Saúde entregou apenas 340 kits de instalação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) aos Estados. 

Isso significa que apenas 11% dos 3 mil leitos prometidos para lidar com os casos graves de Covid-19 foram entregues. Mesmo sem conseguir atingir a primeira meta, no mesmo mês o governo aumentou o número de leitos a serem oferecidos para 3 mil.

Os kits para montagem dos leitos de UTI possuem cama, monitor de sinais vitais, respirador e outros insumos. Estes equipamentos serão enviados aos Estados, responsáveis pela montagem dos leitos em locais já definidos.
O Ministério da Saúde corre contra o tempo para encontrar uma empresa para fornecer 2 mil dos leitos prometidos.

O que foi entregue pelo Governo Federal é inferior ao número de leitos extras instalados pelos próprios Estados. Paraná, por exemplo, instalou 530 UTIs. O Maranhão, por sua vez, fez a instalação de 230 leitos específicos para pacientes com Covid-19. Fontes: Estadão e IGPor: Júlia Pereira.(Editado).
Créditos: Observatório do Terceiro Setor