terça-feira, 30 de abril de 2013

Explosão na praça mais agitada de Damasco mata 13 pessoas e fere mais de 70

síria, damasco


O jornalista do canal estatal sírio Al-Ihbariya, Yara Saleh, contou à Voz da Rússia sobre um atentado terrorista levado a cabo hoje em Damasco.

"A explosão ocorreu por volta das 11h00 na praça de Marjeh, no coração de Damasco. Terroristas escolheram esta área provavelmente devido ao fato de a praça ser uma das mais movimentadas em Damasco. Lá encontram-se muitos hotéis, organizações e grandes lojas. Perto da praça há uma estação ferroviária.
De acordo com informações preliminares, 13 pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas. A explosão danificou muitos prédios. Supõe-se que o atentado tenha sido efetuado pela Al-Qaeda ou Jabhat al-Nusra. Por enquanto, ninguém reivindicou a responsabilidade pelo ocorrido".

Ricos brasileiros têm quarta maior fortuna do mundo em paraísos fiscais




Os super-ricos brasileiros detêm o equivalente a um terço do Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas do país em um ano, em contas em paraísos fiscais, livres de tributação. Trata-se da quarta maior quantia do mundo depositada nesta modalidade de conta bancária.
A informação foi revelada este este domingo por um estudo inédito, que pela primeira vez chegou a valores depositados nas chamadas contas offshore, sobre as quais as autoridades tributárias dos países não têm como cobrar impostos.
O documento The Price of Offshore Revisited, escrito por James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, e encomendado pela Tax Justice Network, mostra que os super-ricos brasileiros somaram até 2010 cerca de US$ 520 bilhões (ou mais de R$ 1 trilhão) em paraísos fiscais.
O estudo cruzou dados do Banco de Compensações Internacionais, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e de governos nacionais para chegar a valores considerados pelo autor.
Em 2010, o Produto Interno Bruto Brasileiro somou cerca de R$ 3,6 trilhões.
Henry estima que desde os anos 1970 até 2010, os cidadãos mais ricos desses 139 países aumentaram de US$ $ 7,3 trilhões para US$ 9,3 trilhões a "riqueza offshore não registrada" para fins de tributação.O relatório destaca o impacto sobre as economias dos 139 países mais desenvolvidos da movimentação de dinheiro enviado a paraísos fiscais.
A riqueza privada offshore representa "um enorme buraco negro na economia mundial", disse o autor do estudo.
Na América Latina, chama a atenção o fato de, além do Brasil, países como México, Argentina e Venezuela aparecerem entre os 20 que mais enviaram recusos a paraísos fiscais.
John Christensen, diretor da Tax Justice Network, organização que combate os paraísos fiscais e que encomendou o estudo, afirmou à BBC Brasil que países exportadores de riquezas minerais seguem um padrão. Segundo ele, elites locais vêm sendo abordadas há décadas por bancos, principalmente norte-americanos, pára enviarem seus recursos ao exterior.
"Instituições como Bank of America, Goldman Sachs, JP Morgan e Citibank vêm oferecendo este serviço. Como o governo americano não compartilha informações tributárias, fica muito difícil para estes países chegar aos donos destas contas e taxar os recuros", afirma.
"Isso aumentou muito nos anos 70, durante as ditaduras", observa.
"As elites fazem muito barulho sobre os impostos cobrados delas, mas não gostam de pagar impostos", afirma Christensen. "No caso do Brasil, quando vejo os ricos brasileiros reclamando de impostos, só posso crer que estejam blefando. Porque eles remetem dinheiro para paraísos fiscais há muito tempo".Segundo o diretor da Tax Justice Network, além dos acionistas de empresas dos setores exportadores de minerais (mineração e petróleo), os segmentos farmacêutico, de comunicações e de transportes estão entre os que mais remetem recursos para paraísos fiscais.
Chistensen afirma que no caso de México, Venezuela e Argentina, tratados bilaterais como o Nafta (tratado de livre comércio EUA-México) e a ação dos bancos americanos fizeram os valores escondidos no exterior subirem vertiginosamente desde os anos 70, embora "este seja um fenômeno de mais de meio século".
O diretor da Tax Justice Network destaca ainda que há enormes recursos de países africanos em contas offshore.

BBC Brasil



Astronomos acham ‘superterra’ em área habitável do espaço


Uma equipe de astrônomos de vários países encontrou uma "superterra", um planeta que pode ter um clima parecido com o da Terra e com potencial para ser habitado, a apenas 42 anos-luz de distância.
O planeta orbita em volta da estrela HD 40307. Anteriormente, sabia-se que três planetas orbitavam em volta desta estrela, todos eles próximos demais para permitir a existência de água. Mas, outros três planetas foram encontrados em volta da HD 40307, entre eles a "superterra", que tem sete vezes a massa da Terra e está localizada na área habitável do sistema, onde a água líquida pode existir.
O planeta, batizado de HD 40307g, tem a órbita mais externa entre os seis em volta da estrela e percorre esta órbita em um tempo equivalente a 200 dias terrestres.
E, o mais importante, os cientistas acreditam que o planeta gira em torno de seu próprio eixo, o que gera o efeito de dia e noite. Com isso, aumentam as chances de ele ter um ambiente mais parecido com o da Terra.
"A órbita mais longa do novo planeta significa que seu clima e atmosfera podem ser os certos para abrigar a vida", disse Hugh Jones, da Universidade de Hertfordshire, que participou da pesquisa.
A estrela HD 40307 é uma versão menor e mais fria do Sol, que emite luz laranja.
Foram as variações sutis nesta luz que permitiram que os cientistas, trabalhando com a rede Rocky Planets Around Cool Stars (Ropacs), descobrissem os outros três planetas.
A última descoberta se junta aos mais de 800 exoplanetas (planetas de fora do Sistema Solar) já conhecidos pelos cientistas e parece ser apenas uma questão de tempo para os astrônomos finalmente encontrarem a chamada "Terra 2.0", um planeta rochoso com atmosfera e orbitando uma estrela parecida com o Sol, localizado em uma zona habitável.
A pesquisa deve ser publicada na revista especializada Astronomy and Astrophysics. O Harps não vê os planetas diretamente mas detecta pequenas mudanças na cor da luz de uma estrela causada pelas pequenas alterações gravitacionais causadas pelos planetas, uma medição e alta precisão.A equipe internacional de cientistas usou um instrumento chamado Harps, localizado no Observatório Europeu do Sul, em La Silla, Chile.
"Nós fomos os pioneiros em novas técnicas de análise de dados incluindo o uso de comprimento de onda para reduzir a influência de atividades no sinal desta estrela", afirmou Mikko Tuomi, pesquisador da Universidade de Hertfordshire e que liderou a pesquisa.
"Isto aumentou significativamente nossa sensibilidade e permitiu que revelássemos três novas superterras em volta da estrela conhecida como HD 40307, transformando-a em um sistema de seis planetas."
O próximo passo da equipe de cientistas é usar telescópios baseados no espaço observar diretamente o planeta HD 40307g e descobrir qual é sua composição.
Recentemente, o Harps foi usado para localizar outro exoplaneta, desta vez orbitando uma estrela do sistema Alpha Centauri, o mais próximo ao Sistema Solar, a apenas quatro anos-luz de distância.

BBC Brasil

Estudo investiga eficiência da Caatinga na absorção de gás carbônico




A vegetação da Caatinga pode ser proporcionalmente mais eficiente do que as florestas úmidas para absorver o gás carbônico presente na atmosfera, em um processo natural, conhecido como sequestro de carbono. É o que pesquisadores do Instituto Nacional do Semiárido, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, querem provar. Para isso, iniciaram um estudo por meio do qual foram instaladas duas estações micrometeorológicas em Campina Grande, na Paraíba, para monitorar o dióxido de carbono absorvido pelas plantas da região.
Segundo o físico Bergson Bezerra, pesquisador do Insa, o grupo pretende, com os resultados, conscientizar os governos e, principalmente, a população que vive no Semiárido sobre a importância de se preservar a vegetação nativa como forma de mitigar os impactos das alterações no clima da região.
“Construiu-se um preconceito em relação à Caatinga, sustentado na ideia de que ela representa um ambiente hostil e inóspito. As pessoas sempre acreditaram que ela não servia para nada, que era melhor retirar toda a Caatinga e substituí-la por [vegetações] frutíferas, por exemplo”, disse. “Queremos provar cientificamente que isso não tem fundamentação”, completou.
O pesquisador defende que se o produtor rural recuperar essas áreas com espécies nativas estará contribuindo não apenas para a “preservação do patrimônio do Semiárido”, mas também para o combate às alterações climáticas, por meio da absorção eficiente do carbono na atmosfera.
“Estudos revelam que as florestas tropicais têm alta capacidade de sequestrar carbono [da atmosfera], mas elas também apresentam altos níveis de emissão, que ocorre, por exemplo, com a queda de folhas. Já a Caatinga, não sequestra tanto, mas emite quase nada e queremos investigar esse grau de eficiência, que acreditamos ser maior no caso da Caatinga”, disse.
Bergson Bezerra enfatizou que os três primeiros meses de observação, já trouxeram “resultados auspiciosos”. “Será um estudo de longo prazo, com conclusão prevista para 2015. Mas essa observação preliminar já nos permitiu constatar que mesmo no período seco, quando a planta fica totalmente sem folha e com estresse hídrico, ainda há sequestro de carbono, ou seja, ela ainda cumpre seu papel ambiental.”
Ele ressaltou que com a chegada da estação chuvosa, nos meses de maio e junho, os pesquisadores acreditam que a atividade fotossintética será acentuada, com sequestro de carbono ainda mais intenso.
A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro e um dos mais alterados pelas atividades humanas. Trata-se de um tipo de vegetação que tem fauna e flora com grande diversidade de espécies e cobre a maior parte da área com clima Semiárido, principalmente da Região Nordeste. Ela é apontada pelos pesquisadores como um dos biomas mais vulneráveis às mudanças climáticas associadas aos efeitos de aquecimento global e pela exploração pelo homem de forma desordenada e insustentável.
 Agência Brasil

Estudantes do Amapá criam repelente contra formigas


Produto criado por alunos do ensino médio da escola Mineko Hayashida, em Laranjal do Jari, criaram produto que vai representar o Brasil na Feira de Ciências Intel, que acontecerá entre os dias 12 e 17 de maio, na cidade de Phoenix nos EUA.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Duas xícaras de café por dia reduz pela metade risco de câncer



Beber duas xícaras de café por dia reduz pela metade o risco do câncer de mama voltar em pacientes que já tiveram a doença, de acordo com um novo estudo da Universidade de Lund, na Suécia. A informção faoi publicada no Daily Mail nesta sexta-feira (26).

De acordo com a publicação, o café aumenta o efeito do remédio tamoxifeno, usado no tratamento da doença.
Para chegar a esta conclusão, os especialistas observaram o desenvolvimento do câncer de mama em 600 pacientes da região sul da Suécia durante durante um período de cinco anos. Cerca de 300 mulheres tomaram esta droga, que é prescrita em casos pós cirúrgicos.
Do R7

População subestima a gravidade da dengue




Quase 30 anos depois de a dengue ter se instalado no Brasil e apesar de todo o conhecimento sobre o ciclo do mosquito transmissor – o Aedes aegypti –, a doença ainda é um problema de saúde pública. Até meados de março já foram registradas 132 mortes e mais de 714 mil casos da doença em todo o país. Em 2012, no mesmo período, as notificações chegaram a 190 mil. Para os gestores da saúde, a população subestima a gravidade da doença. “Não tem quem não saiba o que é e o que deve fazer para prevenir. Mas as pessoas ainda estão subestimando o poder dessa doença, ela mata", alertou Gilsa Rodrigues, coordenadora da vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde do Espírito Santo, estado que registrou a maior incidência da doença na Região Sudeste, com 1.171 casos até o fim de março.
“Aqui no Espírito Santo, mais de 70% dos focos são encontrados nos domicílios, um dado que nos faz refletir sobre a responsabilidade do cidadão. A secretaria tem orientado as famílias a fixarem um dia na semana para inspecionar o quintal e a laje, verificar se a caixa d'áqua está coberta, eliminar todas as possibilidades de o mosquito depositar os ovos”, explicou Gilsa.
Segundo a pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, Denise Valle, um modelo de combate à doença que deve ser seguido é o adotado em Singapura, no Sudeste Asiático.
"Singapura conseguiu praticamente zerar a epidemia de dengue basicamente com uma campanha de mobilização, estimulando as pessoas a eliminar os criadouros uma vez por semana. Cerca de 16 mil voluntários [para uma população de cerca de 5 milhões de pessoas], durante seis finais de semana seguidos, ficaram estimulando e orientando a sociedade a eliminar todos os criadouros. Eles conseguiram eliminar a epidemia no pico, o que é muito difícil”, conta a pesquisadora.
Baseado nisso, o Instituto Oswaldo Cruz lançou a campanha 10 Minutos contra a Dengue, para que as pessoas façam a limpeza dos principais criadouros do mosquito em suas casas. O instituto ainda lançou vídeos explicativos pra informar a população sobre o ciclo da doença e como evitá-la.
Para Maria Aparecida Araújo, diretora da Vigilância Epidemiológica da Bahia, não dá pra responsabilizar só um setor pelas epidemias de dengue. “Muitas vezes, os agentes não têm acesso às casas, o município não tem coleta de lixo adequada, não tem água encanada, o que leva a um armazenamento de água algumas vezes perigoso."
O superintendente de Vigilância em Saúde do Paraná, Sezifredo Paz, constatou que todas as cidades que tiveram epidemia no estado tinham problemas com o manejo inadequado de resíduos sólidos e dos materiais recicláveis, como copos plásticos e garrafas PET. Segundo ele, a troca de gestão também contribuiu para agravar a situação. “Constatamos que 70% dos municípios do Paraná onde houve epidemia tiveram mudança de prefeito. O prefeito que assumiu em janeiro já encontrou um quadro ruim."
Para Simone Mendes, coordenadora de Dengue e Febre Amarela do Tocantins, a mudança de comportamento é lenta. “Ainda há muita coisa a ser feita para que as pessoas se conscientizem. Temos que continuar fazendo mobilizações. Informação tem que ter o tempo todo."
Em dezembro de 2012, o Ministério da Saúde anunciou o repasse de R$ 173,3 milhões para ações de qualificação das atividades de prevenção e controle da dengue. Em 2011, foram R$ 92,8 milhões. O ministério também orienta os agentes de saúde a visitarem as residências a cada dois meses para checar se há focos do mosquito e para alertar a população sobre os riscos da doença.
Agência Brasil

Chuvas derrubam árvore e deixam ruas alagadas em vários municípios da Paraíba

Chuvas causam prejuízos na Paraíba
As chuvas que foram registradas desde a noite deste sábado (27) e se estenderam durante todo o domingo (28) causaram vários prejuízos. Em João Pessoa, uma árvore caiu, no bairro dos Bancários, devido a força das águas. Além da Capital, também foram registrados sinais de ruas alagadas em Campina Grande e em diversos municípios do Estado.
Fonte: PORTAL CORREIO
Árvore caiu e energia elétrica foi suspensa

Proteína é importante aliada no emagrecimento


Nutriente ganha destaque no prato de 43% das mulheres que não querem ganhar peso

 Dieta da proteína, Dieta de Atkins, Dieta Dunkan, dieta de South Beach. Você provavelmente já ouviu falar de alguma delas ou conhece alguém que já tentou fazê-las. Segundo o International Food Information Council Foundation, 50% dos consumidores têm interesse em adicionar proteína à dieta e 37% acredita que o nutriente ajuda no emagrecimento. Em um novo estudo, realizado pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, e que estará na edição de maio/junho do periódico do The Journal of Nutrition Education and Behavior, pesquisadores relatam que há uma proporção relativamente alta de mulheres que adotam a prática de consumir mais proteína para prevenir o ganho de peso e emagrecer.
O estudo avaliou 1.824 mulheres, com idades entre 40 e 60 anos, com três objetivos principais: descobrir suas impressões sobre fontes e necessidade de proteína, identificar a frequência do uso da prática de comer mais proteínas para prevenir o ganho de peso e, por fim, comparar o consumo de proteína relatado à frequência da prática de comer mais proteína para prevenir o ganho de peso.
A maioria das mulheres identificou corretamente boas fontes de proteínas e soube indicar a necessidade diária de proteína recomendada. O hábito de comer mais proteína foi reportado por 43% das mulheres e por mais da metade das mulheres obesas como estratégia para prevenir o ganho de peso e emagrecer. Dois fatores que comprovaram a eficácia desse hábito das mulheres foram a quantidade de proteína consumida - que estava adequada - e a capacidade de gerenciar o próprio peso.
De acordo com os pesquisadores, as participantes que disseram que perderam peso "comendo mais proteína" apresentavam um consumo de proteínas próximo ao sugerido pelo 2010 Dietary Guidelines Advisory Committee. Ainda de acordo com os responsáveis pelo estudo, a obesidade é uma doença cada vez mais comum, e identificar as práticas mais eficazes para manter e reduzir o peso é muito importante.
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Para estudar, alunos dormem na rodovia dos Tamoios


A duplicação da rodovia dos Tamoios, que promete aliviar a viagem de milhares de turistas, transformou num martírio a rotina de 380 estudantes universitários do litoral norte de São Paulo.
O grupo mora em Caraguatatuba e São Sebastião, no litoral, e estuda em Taubaté e São José dos Campos, no Vale do Paraíba.
Todos os dias, fazem o bate-e-volta em veículos fretados. Eles têm perdido aulas e passado a noite dentro dos ônibus, na beira da estrada, por força de bloqueios.
As medidas implantadas na nova fase das obras, iniciada em março, são necessárias para detonação de rochas, nivelamento e calçamento das pistas. Na ida, nos fins de tarde, o tempo de viagem aumentou de uma hora e meia para até quatro horas.
O principal drama da viagem é no trajeto de volta ao litoral. Caso não cheguem a determinado trecho até 0h, são obrigados a passar a madrugada parados na estrada.
Entre os km 48 e 57, a rodovia fica totalmente fechada nos dois sentidos, das 0h às 4h30, de segunda a sexta.
Ao final da noite, os alunos precisam sair correndo, ainda com aulas em andamento, para evitar o bloqueio. Nem sempre conseguem.
O estudante de engenharia elétrica João Marcos, 38, teve de dormir no ônibus em frente ao bloqueio com mais 28 colegas no final de março. "Chegamos às 0h02 e já estava fechado. Tentamos conversar, mas não teve jeito."Juliana dos Santos, 20, que estuda administração em Taubaté, já madrugou na Tamoios mais de uma vez. Na primeira, ela diz que estava chovendo muito e o motorista teve que diminuir ainda mais a velocidade. "Ficamos parados até às 4h35. Em Caraguá, ainda tive de pegar outro ônibus para chegar em casa. Foi só o tempo de entrar, tomar banho e ir para o trabalho."
O motorista Antonio Carlos de Mello, que conduz estudantes para universidades do Vale do Paraíba, conta que desde março já passou a noite no ônibus quatro vezes.Ele diz que num dos trechos não há sinal de celular e os passageiros não conseguem nem avisar os familiares sobre a demora. Os estudantes reclamam também dos prejuízos acadêmicos. A estudante de farmácia Erica Ribeiro, 28, diz que chega atrasada todos os dias e já perdeu três provas.
"Professores não podem abrir exceção. Se não entrar na sala antes do primeiro aluno terminar a prova, não posso mais fazê-la." O coordenador da União dos Estudantes do Litoral Norte de SP, Hélio Monteiro, diz que os estudantes pedem atraso de meia hora no bloqueio. Os pedidos de mudança foram negados e ele estuda entrar na Justiça.
A Dersa diz que não há como mudar o "pare e siga" para não atrasar a obra. A entrega do trecho de planalto na rodovia é prevista para dezembro. Para o órgão, o horário das interdições foi determinado pelo baixo volume de tráfego e que alterações afetariam o movimento pela manhã.
WSCOM

domingo, 28 de abril de 2013

Talibãs anunciam nova ofensiva



Os talibãs anunciaram o início iminente da “ofensiva de primavera” contra o poder político afegão, as forças da Otan e seus centros diplomáticos, utilizando homens-bomba e agentes infiltrados, em um comunicado divulgado neste sábado.

A maior parte do contingente de 100 mil homens, em sua maioria formada por americanos, deixará o Afeganistão até o fim de 2014 foto: reuters
A operação “Khalid bin Waleed”, uma homenagem ao principal comandante das tropas muçulmanas do século VII, “será lançada conjuntamente em todo o país” a partir de 28 de abril, afirmam os talibãs, que intensificam os ataques todos os anos com o derretimento da neve, que prejudica os deslocamentos.
Os talibãs ameaçam com “operações coletivas de mártires nas bases dos invasores estrangeiros, seus centros diplomáticos e seus aeroportos militares”, para “provocar graves perdas”. Ao mesmo tempo, os extremistas comemoram o início da retirada das forças da Otan. A maior parte do contingente de 100 mil homens, em sua maioria formada por americanos, deixará o Afeganistão até o fim de 2014. “O inimigo, com todo seu poderio militar, se viu obrigado a fugir”, afirma o comunicado.
O porta-voz do ministério da Defesa, Dawlat Waziri, declarou que os talibãs anunciam a mesma ofensiva no início de cada primavera (hemisfério norte, outono no Brasil).
Diário do Nordeste

Jovens terão direito a 5% dos lotes da reforma agrária




  Os jovens do meio rural terão, a partir deste ano, 5% dos lotes da reforma agrária em todo o Brasil. Com isso, o governo espera assegurar, nos assentamentos com vinte lotes ou mais, a permanência (ou o retorno ao campo) de jovens trabalhadores rurais solteiros até 29 anos, residentes ou com origem no meio rural.
“O nosso trabalho tem uma visão de acolhimento dos jovens que foram buscar conhecimento, oportunidades fora do assentamento e que depois de passar por um período de aprendizado – seja de qualificação profissional ou de vivência fora do assentamento - decidem retornar e transformar o lote da reforma agrária como seu espaço de vida e convivência com a sua família”, explica Guedes.
Segundo o presidente do Instituto de Colonização e Reforma Agrária, Carlos Guedes, a medida, estabelecida em portaria do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, é inédita, já que estimula o fortalecimento dos laços familiares e a manutenção dessas comunidades no campo.
A portaria também trata da “sucessão rural”, e vai beneficiar jovens cujos pais tenham dois ou mais filhos e que sejam assentados ou agricultores familiares, como prioritários no assentamento em lotes vagos em decorrência de desistência, abandono ou retomada, localizados em projetos de assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O Semiárido brasileiro tem exemplo de jovens, que apesar das dificuldades impostas pelo clima, querem continuar no campo ou retornar a ele. É o caso de Sérgio Queiroz, de 26 anos, morador do Projeto de Assentamento Santo Expedito, a 87 quilômetros de Barra, na Bahia. O artesão já morou em Salvador, mas retornou ao sertão há dois anos.
“A vida do campo para mim é um recomeço: onde eu moro há um cenário maravilhoso. Eu mesmo planto e consumo a minha própria plantação e tenho uma visão de crescimento muito grande. Por eu ser artesão é onde encontro todas as minhas peças. Além de tudo, tenho a tranquilidade. Apesar disso, há o sol com frequência, o calor. A gente 'briga com a natureza' para sobreviver. Na cidade há os aparelhos tecnológicos, e aqui no campo, não. É você e a natureza direto. O agricultor tem de ter orgulho de estar nessa riqueza, não preconceito”, argumenta.
Sérgio disse que quer trabalhar com os jovens do assentamento para provocar a autoestima deles por viver na zona rural. “Temos de tirar a venda dos olhos das pessoas e mostrar que aqui é a mesma zona urbana, só que nós temos o privilégio de ter esse cenário que eles não tem. Vou começar esse trabalho com as crianças, porque é educando crianças que se educa o adulto”, acredita.
Daiarc Silva, de 23 anos, moradora da mesma comunidade de Sérgio, não teve oportunidade de morar fora do campo, mas afirma não ter vontade de deixar a região onde cria sua filha de dois anos. “Isso aqui é um bem que nem todo mundo tem e nem vai ter”, descreve.
“Tem muita gente que reclama de trabalhar no campo, de ficar no sol. Mas não tem coisa melhor do que colher o seu próprio alimento, o que você plantou e sabe de onde vem. Eu vivo isso. As dificuldades são relacionadas ao sol e ao transporte. O agricultor, pai de família, trabalha de sol a sol para ter e vender o alimento. Mas ele faz isso para ver seus filhos crescerem, estudarem. Ele não teve essa oportunidade, mas quer que o filho tenha”, conta.
Os jovens camponeses reivindicaram mais escolas no meio rural, já que muitos precisam percorrer quilômetros para estudar nos centros urbanos. “Nossa realidade aqui é diferente, não é como eles imaginam. Não quero ser só um morador do campo, quero ser respeitado”, disse Sérgio Queiroz.
De acordo com a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (Secadi/MEC), Macaé Maria Evaristo, o governo vai reforçar a formação de professores para atuar na escola do campo. Segundo a secretária, esse é um dos grandes desafios do MEC. Quarenta e três universidades do país vão oferecer licenciatura em educação do campo e formar 4 mil professores para atuação nos anos finais do ensino fundamental e ensino médio.
“Estamos trabalhando no acesso, permanência e aprendizagem do aluno que estuda no campo com o Pronacampo. Além da formação de professores, a prioridade é a construção de mais escolas em 2013, pricipalmente para atender ao ensino médio porque nessa etapa temos um índice menor de alunos no campo”, explicou.
Informações do MEC apontam que 23,18% da população rural com mais de 15 anos são analfabetos e 50,95% não concluíram o ensino fundamental. Dados do Censo Escolar referentes ao ano passado registraram que o número de matrículas nas áreas rurais obteve a alta mais expressiva, quando o número de matrículas saltou de 81.155 para 125.634 nos anos iniciais do ensino fundamental, e de 52.010 para 82.087 nos anos finais, um crescimento de 54,8% e de 57,8%, respectivamente. O ensino médio em tempo integral nas zonas rurais cresceu 34%, com uma evolução de 10.675 matrículas para 14.369.
“Desde o ano passado, a ampliação do Mais Educação, que é o ensino em tempo integral, tem permitido que a escola mobilize a comunidade com artes, cultura e recreação. Também temos atividades que dialoguem com o território local, como horta escolar, agroecologia, estudos sobre a memória da comunidade”, disse Macaé.
Agência Brasil

Segurança alimentar depende do fim de agrotóxicos e transgênicos

Para fórum, segurança alimentar depende do fim de agrotóxicos e transgênicos
Um novo modelo de  produção de alimentos, baseado na agroecologia, sem o uso de sementes transgênicas, agrotóxicos e fertilizantes químicos, em pequenas propriedades familiares, e a regulação do abastecimento e distribuição são os maiores desafios para a segurança alimentar no Brasil. 
“É inadmissível continuarmos líderes no ranking do consumo de agrotóxicos, financiando esse setor com a isenção de impostos e ainda termos de ouvir declarações como as da senadora Kátia Abreu, da bancada ruralista, de que o pobre  precisa comer, sim, comida com agrotóxico porque é mais barato”, disse Vanessa Schottz, técnica da ONG Federação dos Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase) e secretária executiva do Fórum de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN) . 
“Em vez disso, precisamos democratizar o acesso à terra, regionalizar a distribuição de alimentos saudáveis e apoiar feiras livres, que permitem que alimentos mais frescos e baratos cheguem à mesa da população.”
Para discutir esses e outros temas relacionados aos impactos e desafios do atual sistema, integrantes do FBSSAN de todo o país, redes, movimentos sociais e outras instâncias estratégicas vão se reunir em seu sétimo encontro nacional, de 4 a 6 de junho, em Porto Alegre. A programação inclui painéis para discutir a crise alimentar, a dimensão pública do abastecimento, oficinas temáticas sobre agricultura urbana, normas sanitárias para a produção familiar e artesanal, agrotóxicos e transgênicos, além de rodas de conversa para o debate público sobre as dimensões estratégicas de luta pela comida. 
"Discutir os alimentos que estamos comendo ou não é estratégico. Da mesma maneira que avançamos na construção do marco legal do Direito Humano à Alimentação e no fortalecimento e institucionalização de políticas públicas estratégicas, ainda persistem ameaças a esse direito”, disse Vanessa. 
Em fevereiro de 2010, o alimento foi incluído no rol dos direitos constitucionais pela emenda constitucional 64, fruto de um abaixo-assinado liderado pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), com mais de 50 mil assinaturas. Com a aprovação da proposta, a soberania alimentar e nutricional passou a ser um dever do Estado, e não mais política de governo.
Outra conquista é a Lei 11.947, de 2009, conhecida como lei da alimentação escolar, que determina a utilização de, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para alimentação escolar, na compra de produtos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações. Têm prioridade os assentamentos de reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas. A compra dos alimentos deve ser feita, sempre que possível, no mesmo município das escolas. 
Segundo o Fórum, o modelo de abastecimento e distribuição de alimentos, cada vez mais controlado pelo agronegócio, pela indústria e cadeia de supermercados, acelera o processo de 'commoditização' e artificialização dos alimentos, de empobrecimento da base alimentar e no aumento do preço dos alimentos.
Vanessa lembra um estudo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) segundo o qual, apesar de toda a diversidade vegetal brasileira, a base da alimentação está em três alimentos: trigo, soja e milho. “Todos são produzidos de maneira mecanizada, em grandes extensões de terra, no sistema de monocultura, com uso de agrotóxicos, e entram na industrialização da maioria dos alimentos consumidos.”
Outras grandes questões, segundo ela, é se há uma crise alimentar ou é o próprio sistema alimentar que  está em crise; quais são as causas principais, de que maneira essa crise se expressa no Brasil, se as políticas públicas respondem ou não aos desafios impostos por esse sistema. “É muito importante que a sociedade civil entenda, debata e critique os impactos do atual sistema alimentar sobre a soberania e segurança alimentar da população brasileira”, disse.
Neste mês, estão sendo realizadas as etapas estaduais, como a de Goiás, que ocorreu no último final de semana. Na avaliação da professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Goiás e presidenta do Conselho de Segurança Alimentar daquele estado, Dulce Cunha, o Brasil avançou muito no combate a fome. Mas ressalvou: "Ainda existem bolsões de pobreza onde há pessoas sem acesso à qualidade diária mínima de nutrientes. E também não avançamos no sentido de garantir a alimentação como um direito humano. Basta ver que o Brasil é o que mais consome agrotóxicos ao mesmo tempo em que a obesidade infantil vem aumentando muito”, disse. 
Segundo ela, é necessário uma leitura crítica do sistema de produção e abastecimento, bem como pensar estratégias para assegurar a soberania alimentar nacional do Brasil. "A ideia é ir além da garantia de acesso de todos ao alimento. A alimentação tem de ser entendida como um direito humano, assegurando que as pessoas tenham alimentos de qualidade produzidos sem venenos e que respeitem os hábitos alimentares regionais e a idade dos indivíduos.”
O Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN) foi criado em 1998. Reúne organizações, redes, movimentos sociais, instituições de pesquisa, profissionais da saúde, nutrição, direitos humanos, agroecologia, agricultura familiar, economia solidária e de educação popular na luta pelo Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e pela soberania alimentar.
Rede Brasil Atual

Dormir pouco altera atividade de genes

Arquivo - AFPUma pesquisa britânica trouxe novas descobertas sobre como noites mal dormidas podem causar efeitos prejudiciais significativos à saúde e ao funcionamento do corpo humano.

Doenças cardíacas, diabetes, obesidade e problemas cerebrais são alguns dos problemas ligados a poucas horas de sono.
Segundo os pesquisadores da Universidade de Surrey, a atividade de centenas de genes foi alterada quando as pessoas estudadas dorminam menos de seis horas por dia durante uma semana.
Os cientistas analisaram o sangue de 26 pessoas depois que elas tiveram uma longa noite de sono, até dez horas por noite durante uma semana, e compararam os resultado com amostras retiradas depois de uma semana com menos de seis horas por noite.
Mais de 700 genes foram alterados pela mudança. Cada gene traz instruções para a construção de uma proteína. Os que ficaram mais ativos produziram mais proteínas, mudando a química do corpo.
O funcionamento do relógio biológico também foi perturbado com a mudança. As atividades de alguns genes, no decorrer do dia, aumentam e diminuem naturalmente, mas este efeito foi prejudicado pela falta de sono.
"Houve uma mudança significativa na atividade em diferentes tipos de genes", disse à BBC o professor Colin Smith, da Universidade de Surrey.
"O sono tem uma importância crítica para a reconstrução do corpo e a manutenção do estado funcional, todos os tipo de de danos parecem ocorrer (devido à falta de sono), sugerindo que pode levar a problemas de saúde."
"Se não conseguimos regenerar e substituir células, então, isto vai levar a doenças degenerativas", acrescentou.
A pesquisa foi publicada na revista especializada Proceedgins of the National Academy of Sciences.
Para Akhilesh Reddy, especialista em relógio biológico da Universidade de Cambridge, o estudo é "interessante".Colin Smith afirmou que muita gente pode dormir ainda menos horas do que as pessoas analisadas no estudo, o que sugere que estas mudanças observadas na pesquisa podem ser comuns.
Reddy afirma que as descobertas mais importantes foram os efeitos da falta de sono sobre inflamações e o sistema imunológico, pois é possível ver a ligação entre estes efeitos e problemas de saúde como diabetes.
As descobertas dos pesquisadores da Universidade de Surrey também podem ser relacionadas às tentativas de se descartar a necessidade de sono, descobrindo um remédio que pode eliminar os efeitos da falta de sono.
"Não sabemos qual é o botão que causas todas estas mudaças, mas, em teoria, se você pode ligar ou desligar, você também poderia ser capaz de viver sem o sono."
"Mas, o que acredito, é que o sono tem importância fundamental para regenerar as células", afirmou.

BBC Brasil


sábado, 27 de abril de 2013

Semiárido será um deserto em 2100

Paraíba poderá virar deserto

Estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com base em tendências climáticas revelam que, em 2100, parte do Semiárido brasileiro será uma região de deserto. De acordo com o pesquisador do Inpe José Marengo, o aumento da temperatura e a falta de chuva podem ser os principais responsáveis pela aridez na região.

Os efeitos mais agressivos da estiagem estão concentrados na Região Nordeste, onde o Ministério do Meio Ambiente (MMA) já identificou oficialmente quatro núcleos de desertificação: são 1.340 quilômetros quadrados e aproximadamente 1400 municípios em 11 estados. A área abrange 16% do território brasileiro.

Os núcleos estão localizados na região do Seridó, na Paraíba, onde o fenômeno ocorre devido à falta de manejo da caatinga para atender a pecuária extensiva e a demanda energética; na região de Xingó, que compreende municípios nos estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Bahia, a ocorrência se dá devido à irrigação sem critérios técnicos, provocando a salinização dos solos; Na região de Gibões (PI), ocorre uma intensa degradação do solo por processo de mineração inadequado; e na região do Irauçuba (CE), por falta de manejo dos recursos naturais.

“Em 2050, algumas partes do Semiárido já podem passar a ser áridas. Atualmente chove apenas parte do ano e a precipitação é mal distribuída. No caso da aridez, é quando não há chuva”, explica. Para Marengo, a situação atual do Semiárido é preocupante devido à duração da estiagem. A rigorosa escassez de chuvas pelo segundo ano consecutivo impõe à região a pior seca dos últimos 50 anos, que atinge 1.046 municípios.

“O maior problema é que a população ainda não está adaptada à seca. E o fato não é um fenômeno surpresa, já aconteceu antes. Atualmente a população que sofre com os efeitos da estiagem, abandona seus terrenos no campo e migra para as grandes cidades. Isso pode criar um problema social, a pessoa desesperada por comida faz saques. Ela não quer roubar, só quer comer. O impacto da seca já passou a ser um fenômeno social, político, não apenas meteorológico”.

De acordo com o pesquisador em geoprocessamento da Embrapa Semiárido, Iêdo Sá, o processo de desertificação é consequência de fatores humanos e climáticos. “O Semiárido tem uma série de condicionantes como clima, solo, água e regime de chuvas que é muito favorável a processos de degradação de ambiente. Associados com práticas inadequadas adotadas pelo homem, às vezes por ignorância, por má-fé ou falta de capital, [provocam a desertificação].

Dentre os fatores humanos, ele destaca o desmatamento, a extração excessiva de produtos florestais, as queimadas, a sobrecarga animal, o uso intensivo do solo e seu manejo inadequado e, por último, o emprego de tecnologias não apropriadas para ecossistemas frágeis. “Com respeito às causas climáticas da degradação, é possível mencionar as recorrentes e prolongadas secas que afetam vários países e que [agravam] ainda mais as consequências derivadas da ação humana”

Sá explica que nas áreas em processo de desertificação as proporções de pobreza e de indigência estão acima da média nacional. Segundo ele, no Nordeste brasileiro, uma área maior do que o estado do Ceará já foi atingida pela desertificação de forma grave ou muito grave.

“Do mesmo modo, a pobreza e a indigência, geralmente, afetam a população rural em maior proporção do que a população urbana, mesmo que, em números absolutos, haja mais pobres nas cidades. É comum no meio rural que parte dos membros do grupo familiar migrem, temporária ou permanentemente, em busca de atividades de maior produtividade, seja na própria agricultura seja em outros setores”.

Para combater o processo, o MMA tem destinado em torno de R$ 25 milhões a iniciativas de uso sustentável dos recursos naturais. De acordo com o diretor do Departamento de Combate à Desertificação do ministério, Francisco Barreto Campello, para viabilizar a aplicação dos recursos, a pasta viabilizou um conjunto de projetos que promovem a convivência com a semiaridez para o combate à desertificação, visando à segurança alimentar, energética, hídrica e da biodiversidade.

O processo de desertificação não se observa apenas no Semiárido brasileiro. Segundo Campello, o fenômeno está presente em 34,7% da superfície do planeta, em uma área onde vivem cerca de 41,3% da população. Na América Latina, dados da Organização das Nações ?Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) revelam que mais de 516 milhões de hectares são afetados no mundo. Como resultante do processo perdem-se cerca de 24 bilhões de toneladas por ano da camada arável e produtiva do solo, o que afeta de forma negativa a produção agrícola e o desenvolvimento sustentável.

Sobre os efeitos da longa estiagem provocada pelo clima semiárido, José Marengo destacou a iniciativa de Israel como uma experiência de sucesso no convívio com a falta de chuva. “Israel também tem seca, como a do Semiárido brasileiro, mas não tem os mesmos problemas. Há produção [agrícola] o ano todo. Os investimentos do setor privado são muito fortes. Lá eles aprenderam a conviver com a seca. Um país pequeno, [com alto grau de tecnologia] – ideal para ser aplicado no Brasil, como já é usado em Petrolina. Na cidade, há um investimento forte com a agricultura”.

Segundo o pesquisador do Inpe, a região de Sahel, na África também tem um clima semelhante ao do Semiárido brasileiro. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que a piora da situação da seca na região do Sahel já afeta 15 milhões de pessoas, incluindo 1 milhão de crianças, com a escassez de alimentos e o agravamento da desnutrição. De acordo com o Conselho de Segurança da ONU, a presença de grupos terroristas armados, junto com a pobreza crônica e a alta dos preços dos alimentos, torna o problema ainda mais delicado na região africana.
Fonte: Portal Correio

Brasil aumenta em 34% investimentos militares entre 2011 e 2012

Sistema Astros de artilharia desenvolvido no Brasil (foto: Felipe Barra - Ministério da Defesa)

O Brasil aumentou em 34% em temos absolutos (sem descontar a inflação) o seu investimento militar entre 2011 e 2012, de acordo com informações do Ministério da Defesa. Boa parte dinheiro foi destinado a programas considerados estratégicos, como o desenvolvimento de submarinos e a modernização de aviões de caça.
O pasta informou que esse tipo de gasto foi de R$ 6,5 bilhão, há dois anos, para R$ 8,7 bilhões, no ano passado. Os investimentos fazem parte de um orçamento geral que chegou a R$ 66, 3 bilhões em 2012. Ele inclui também o pagamento de militares da ativa e da reserva, pensões, pagamento de dívidas, manutenção de estruturas, entre outros.
Grande parte da verba investida foi destinada para os programas de desenvolvimento de submarinos da Marinha, de construção de blindados Guarani, de transporte de pessoal para o Exército, e de desenvolvimento do do avião de transporte KC-390, que ainda não está pronto.
Os recursos também foram usados na modernização de aviões de caça, de sistemas de artilharia antiaérea e na recuperação de equipamentos deteriorados, entre outros projetos.
Entretanto, o país caiu no ranking da 10º posição em 2011 para a 11º em 2012. Nas três primeiras posições estão Estados Unidos, China e Rússia.De acordo com um ranking da Sipri (Instituto Internacional de Estudos da Paz de Estocolmo), o Brasil está entre os 15 países que mais gastam com defesa no mundo.
O instituto afirmou que os gastos brasileiros no setor de defesa subiram de R$ 61,7 bilhões em 2011 para R$ 64,7 bilhões no ano passado.
Com base nisso, estimou que, embora o crescimento brasileiro absoluto tenha sido de quase 5%, após o desconto da inflação, o crescimento real teria sido de - 0,5%, segundo Carina Solmirano, uma das autoras da pesquisa.
Porém, o Ministério da Defesa afirmou que o Sipri não levou em conta verbas adicionais recebidas pela pasta, que elevaram seu orçamento para R$ 66,3 bilhões em 2012.
Com a verba adicional, o crescimento se tornou positivo, mas continua indicando uma tendência de estabilidade.
Além disso, o governo destaca que as verbas para investimento militar estão em crescimento no país. Desde 2004, os investimentos cresceram 480% em termos absolutos – de R$ 1,5 bilhão em 2004 para R$ 8,7 bilhões em 2012.

BBC Brasil

Estudo traz esperança de tratamento para doença do sistema nervoso

Ratos de laboratório usados em pesquisa médica (Foto: BBC)

Com base em um estudo preliminar feito com ratos, cientistas estão esperançosos de que uma dieta rica em colesterol possa beneficiar pessoas com um transtorno genético incurável que afeta os nervos.
Pacientes com a Doença de Pelizaeus-Merzbacher (PMD na sigla em inglês) apresentam alterações na mielina, uma camada gordurosa que envolve os nervos e que é essencial ao seu funcionamento.
Um estudo publicado na revista Nature Medicine mostrou que, em ratos, uma dieta rica em colesterol aliviou os sintomas da doença.
Segundo os autores, os ratos tratados "melhoraram dramaticamente".
A doença de Pelizaeus-Merzbacher é uma entre várias leucodistrofias, transtornos genéticos em que há alteração na mielina - substância que envolve e protege as fibras nervosas, auxiliando a transmissão de mensagens entre os nervos.
Por conta de anomalias no revestimento de mielina, as mensagens não viajam pelo sistema nervoso, resultando em uma série de problemas que afetam os movimentos e o raciocínio.
Pesquisadores do Max Planck Institute of Experimental Medicine, em Göttingen, na Alemanha, fizeram experimentos com ratos afetados pela doença, alimentando-os com uma dieta rica em colesterol.
Os primeiros testes foram feitos em ratos com seis semanas de idade que já apresentavam os sintomas iniciais da doença. Os que foram alimentados com uma dieta normal continuaram a piorar mas, no grupo alimentado com a dieta rica em colesterol, a doença se estabilizou.
"Esse tratamento de seis semanas com colesterol retardou o declínio na coordenação motora", os cientistas disseram.
Testes adicionais mostraram que iniciar a dieta mais cedo foi mais benéfico, levando os pesquisadores a concluir que, em ratos, o "tratamento deveria começar logo cedo e continuar até a vida adulta".
O estudo foi feito apenas com ratos e não se sabe se esse tratamento teria um efeito similar em humanos. Caso tivesse, também não se sabe quão cedo ele deveria começar.
Os autores do relatório disseram: "Colesterol na dieta não cura PMD, mas tem um potencial notável de aliviar defeitos".
Acredita-se que o colesterol desfaz os "engarrafamentos" dentro das células do cérebro.
A doença é provocada pela produção excessiva de uma proteína de que a mielina necessita. A proteína em excesso acaba ficando presa dentro das células.
Os especialistas suspeitam de que o colesterol adicional ajude a liberar a proteína.

BBC Brasil



Superfície congelada na Antártica aumenta, apesar do aquecimento



Na Antártica, o aquecimento global causou um efeito contraditório, um aumento da superfície congelada do mar.
A informação consta em um estudo publicado pela revista Nature Geoscience.
Os responsáveis pelo estudo, cientistas do Real Instituto Heterológico dos Países Baixos, explicaram o fenômeno dizendo que o descongelamento dos grandes blocos libera água muito gelada, que acaba vindo à superfície e congelando novamente.
Observações na região antártica já vinham intrigando os cientistas ao mostrar aumento de 1,9% a cada década na superfície congelada, desde 1985.
O fenômeno que ocorre na Antártica é oposto ao que ocorre no Ártico, onde a superfície congelada vem diminuindo com o aquecimento global.
Leia mais em BBC Brasil

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Alerta para riscos de extinção da raça humana


Uma equipe internacional de cientistas, matemáticos e filósofos do Instituto do Futuro da Humanidade, da Universidade de Oxford, está investigando quais são os maiores perigos contra a humanidade.
E eles argumentam em um texto acadêmico recém-divulgado, Riscos Existenciais como Prioridade Global, que autores de políticas públicas devem atentar para os riscos que podem contribuir para o fim da espécie humana. No ano passado, houve mais textos acadêmicos lançados a respeito de snowboarding do que sobre a extinção humana.
O diretor do instituto, o sueco Nick Bostrom, afirma que existe uma possibilidade plausível de que este venha a ser o último século da humanidade.
Isso porque nossa espécie já sobrevieu a milhares de anos de doenças, fome, enchentes, predadores, perseguições, terremotos e mudanças ambientais. Por isso, as chances ainda estão a nosso favor.Mas primeiro as boas notícias. Pandemias e desastres naturais podem causar uma perda de vida colossal e catastrófica, mas Bostrom acredita que a humanidade estaria propensa a sabreviver.
E ao longo do espaço de um século, ele afirma que o risco de extinção em decorrência do impacto de asteróides e super erupções vulcânicas permanece sendo "extremamente pequeno".
Até mesmo as perdas sem precedentes autoimpostas no século 20, com duas guerras mundiais e epidemia de gripe espanhola, deixaram de prevenir a ascensão do crescimento da população humana global.
Uma guerra nuclear poderia causar destruição sem precedentes, mas um número suficiente de indivíduos poderia sobreviver e, assim, permitir, que a espécie continue.
Mas se existem todos esses atenuantes, com o que deveríamos estar preocupados?
O diretor do instituto compara as ameaças existentes a uma arma perigosa nas mãos de uma criança. Ele diz que o avanço tecnológico superou nossa capacidade de controlar as possíveis consequências.Bostrom acredita que entramos em uma nova era tecnológica capaz de ameaçar nosso futuro de uma forma nunca vista antes. Estas são "ameaças que não temos qualquer registro de haver sobrevivido".
Experimentos em áreas como biologia sintética, nanotecnologia e inteligência artificial estão avançando para dentro do território do não intencional e o imprevisível.
A biologia sintética, onde a biologia se encontra com a engenharia, promete grandes benefícios médicos, mas Bostrom teme efeitos não previstos na manipulação da biologia humana.
A nanotecnologia, se realizada a nível atômico ou molecular, poderia também ser altamente destrutiva ao ser usada para fins bélicos. Ele tem escrito que governos futuros terão um grande desafio ao controlar e restringir usos inapropriados.
Há também temores em relação à forma como a inteligência artificial ou maquinal possa interagir com o mundo externo. Esse tipo de inteligência orientada por computadores pode ser uma poderosa ferramenta na indústria, na medicina, na agricultura ou para gerenciar a economia, mas enfrenta também o risco de ser completamente indiferente a qualquer dano incidental.
Sean O'Heigeartaigh, um geneticista do instituto, traça uma analogia com o uso de algoritmos usados no mercado de ações. Da mesma forma que essas manipulações matemáticas, argumenta, podem ter efeitos diretos e destrutitovs sobre economias reais e pessoas de verdade, tais sistemas computacionais podem "manipular o mundo verdadeiro".
Em termos de riscos biológicos, ele se preocupa com boas intenções mal aplicadas, como experimentos visando promover modificações genéticas e desmanter e reconstruir estruturas genéticas.
Um tema recorrente entre o eclético grupo de pesquisadores é sobre a habilidade de criar computadores cada vez mais poderosos.
O pesquisador Daniel Dewey, do instituto, fala de uma "explosão de inteligência", em que o poder de aceleração de computadores se torna menos previsível e menos controlável.
"A inteligência artificial é uma das tecnologias que deposita mais e mais poder em pacotes cada vez menores", afirma o perito americano, um especialista em super inteligência maquinal que trabalhou anteriormente na Google.
O Instituto do Futuro da Humanidade em Oxford integra uma tendência centrada em pesquisar tais grantes temas. O Instituto foi uma iniciativa do Oxford Martin School, que abrange acadêmicos de diferentes áreas, com o intuito de estudar os "mais urgentes desafios globais".Juntamente com a biotecnologia e a nanotecnologia, ele afirma que essas novas tecnologias poderiam gerar um "efeito em cadeia, de modo que, mesmo começando com escasos recursos, você pode criar projetos com potencial de afetar todo o mundo".
Martin Rees, ex-presidente da Sociedade Real de Astronomia britânica é um dos defensores do Centro de Estudos de Risco Existencial e afirma que "este é o primeiro século na história mundial em que as maiores ameaças provêm da humanidade".
Nick Bostrom afrima que o risco existencial enfrentando pela humanidade "não está no radar de todo mundo". Mas ele argumenta que os riscos virão, caso estejamos ou não preparados.
"Existe um gargalo na história da humanidade. A condição humana irá mudar. Pode ser que terminemos em uma catástrofe ou que sejamos transformados ao assumir mais controle sobre a nosa biologia. Não é ficção científica, doutrina religiosa ou conversa de bar".

BBC Brasil