De acordo com o Insa, Instituto Nacional do Semiárido, localizado em Campina Grande, a situação está grave, ou gravíssima em áreas do Seridó paraibano, na divisa com o Rio Grande do Norte, e na região do Cariri, divisa com o estado de Pernambuco. Nessas localidades, a desertificação é fruto da ação conjunta de alguns processos, tais como a redução da caatinga, a redução de fertilidade, as condições climáticas e a erosão.
Entretanto, para o professor Jonas Duarte, pesquisador do Núcleo de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais, o fator que mais influencia o desenvolvimento do fenômeno são as condições antrópicas, ou seja, as condições geradas pelo próprio homem.
“A ação que mais influência o processo de desertificação é a ação humana. O desmatamento degrada o solo que não resiste aos índices pluviométricos. Aqui chove pouco, mais as primeiras chuvas são sempre muito intensas e acabam levando o solo gerando um regime pluviométrico desastroso”, explicou o professor.
Ações de recuperação – Atualmente o Insa desenvolve algumas ações de recuperação do solo com a plantação de uma vegetação adequada, tais como Agavi, Macambira e Palma Forrageira em curva de nível.
Todas as ações contam com uma campanha de conscientização da população, prevendo as alternativas para enfrentamento dos processos de desertificação e mudanças climáticas. Mais de 500 famílias tem sido beneficiadas com os projetos que agregam, em sua maioria, os assentamentos do semiárido.
“O combate envolve diretamente a população local. Precisamos prezar por medidas educativas que ensine a população a lidar com o solo do semiárido e a conviver com o clima”, concluiu o professor.
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