Assim como os tecidos e órgãos humanos, os tumores são formados por agrupamentos de células que aderem umas às outras e interagem entre si. Se essa adesão e a interação forem fracas, maior será a probabilidade de elas se soltarem e migrarem para outros órgãos e tecidos e dar origem à metástase.
Sabendo que uma das funções de um proteína chamada ARHGAP21 é participar do processo de adesão entre as células, os cientistas acreditavam que ao retirá-la de células tumorais humanas de um câncer de próstata, em testes de laboratório, haveria maior migração de células cancerígenas. Porém, ao aplicar nessas células frações de um hormônio que provoca a separação das células para formarem órgãos e tecidos na fase embrionária, o HGF, constataram, surpresos, que elas não se moviam e por isso não ocorria a metástase.
Segundo a pesquisadora Karin Spat Albino Barcellos, foi demonstrado que é possível bloquear metástases induzidas por HGF por meio da inativação da ARHGAP21. Mas ressaltou que os cientistas ainda não sabem se é possível inativar essa proteína em humanos devido a muitas outras funções, inclusive benéficas, por ela desempenhada nas células.
A partir de agora, os pesquisadores vão simular diversos tipos de tumores em camundongos com células cancerígenas sem a ARHGAP21 para avaliar a possibilidade de utilização da técnica em humanos para bloquear metástase.
Rede Brasil Atual
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