domingo, 14 de junho de 2015

Diferenças socioeconômicas provocam diferenças cognitivas

Diferenças socioeconômicas provocam diferenças cognitivas, o que não se sabe é exatamente como e por que isso acontece. Um estudo publicado na revista Nature Neurosciense de maio confirma essa triste realidade. Coordenado pela doutora Kimberly Noble, o estudo avaliou o cérebro de 1.099 crianças e jovens de 3 a 20 anos e descobriu que essa associação é logarítmica, tornando o abismo entre as proles de famílias ricas e pobres ainda mais profundo.
Entre as crianças pobres, uma pequena diferença na renda familiar provoca uma diferença enorme na estrutura cerebral, enquanto nas famílias ricas diferenças de renda pouco significaram no desenvolvimento cerebral, sugerindo, este estudo, que realmente existe uma renda mínima para um bom desenvolvimento do cérebro, principalmente nos dois primeiros anos de vida. 
As maiores diferenças estavam nas áreas do cérebro responsáveis pela linguagem, leitura, noção de espaço e capacidade para resolver problemas.
Sabemos que o cérebro é extremamente plástico e adaptativo, e essa propriedade se mantém durante toda a vida. Porém é mais intensa do nascimento até o fim da puberdade, e nesse período todo estímulo que recebemos resulta em aprendizado, tornando funções cerebrais superiores como memória, lógica e senso moral mais desenvolvidas. 
Estudos anteriores levavam em conta o volume do córtex, que é a camada mais superficial do cérebro e responsável por todas as funções cognitivas, ditas superiores, do cérebro. Desde o nascimento até o início da idade adulta, os neurônios vão se ramificando e formando mais conexões, adquirindo uma capa de proteína – a mielina – nesses prolongamentos, o que torna a condução elétrica mais rápida. 
Com o aumento da mielina, o córtex vai se expandindo e se adelgaçando; a redução na espessura do córtex acaba interferindo relativamente nos dados de volume por idade, tornando-os difíceis de interpretar, mas com melhor resolução da ressonância magnética foi possível mapear todo o cérebro e medir com razoável precisão toda a sua superfície. Com esse novo método pode-se notar que a superfície do cérebro aumenta desde o nascimento até atingirmos o fim da idade adulta. 
A inteligência está diretamente relacionada ao volume e à superfície do cérebro. As crianças mais inteligentes aos 10 anos, por exemplo, têm os córtices mais finos, mas a superfície do cérebro é maior, pois possuem neurônios com mais conexões. Esse crescimento é modulado por alguns fatores predominantes, um pouco pela genética e muito pela exposição a novas experiências. Crianças com pais com nível de educação mais alto têm o córtex maior. 
Riqueza seria, então, o resultado material de um nível educacional maior? Não: riqueza e nível de educação dos pais atuam de forma independente. Em famílias em que a educação é prioritária, as crianças adquirem melhor desenvolvimento cognitivo. 
Pelo estudo, as intervenções dos pais e da escola interferem muito na evolução cerebral. Portanto, em países onde a pobreza reina, o único jeito de evitar a criação de um exército de idiotas é universalizar a educação e as boas experiências. Infelizmente, pelos padrões de nossa educação pública estamos nos distanciando cada vez mais dessa possibilidade. 
Créditos: Carta Capital

Justiça dos Estados Unidos investiga contrato da Nike com a CBF

Justiça dos Estados Unidos investiga contrato da Nike com a CBF
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos investiga um acordo de patrocínio de US$ 160 milhões entre a empresa de material esportivo Nike e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A informação foi publicada ontem (13) pelo jornal americano Wall Street Journal. A investigação faz parte do processo que apura indícios de corrução na Federação Internacional de Futebol (Fifa), entidade que gerencia o futebol mundial.

De acordo com a reportagem, após a assinatura do contrato, em 1996, a empresa pagou US$ 40 milhões em despesas de marketing que não estavam previstas no acordo inicial. O valor foi depositado em uma conta bancária na Suíça, em nome de uma empresa brasileira de marketing esportivo.

No dia 27 de maio, o Departamento de Justiça indiciou nove executivos da Fifa e cinco parceiros da entidade, sob a acusação de associação criminosa e corrupção. O caso envolve suspeitas de pagamento de propina no valor de US$ 151 milhões. A partir da acusação, o Ministério da Justiça americano e a polícia da Suíça prenderam dirigentes da Fifa. 
Créditos: Agencia Brasil

O desemprego ameaça o avanço social

(Carta Capital) - O desemprego baixo e o aumento real da renda, diferenciais da economia brasileira no cenário mundial na última década, deram lugar a sucessivas elevações da taxa de desocupação e a um forte declínio dos rendimentos, e ameaçam o avanço social. Depois de despencar de 12,3% em 2003 para 4,8% em 2014, o desemprego subiu para 8% entre fevereiro e abril, segundo divulgou o IBGE na quarta-feira 3, com base na pesquisa Pnad Contínua, apurada em trimestres móveis. Em comparação ao período entre novembro e janeiro, 511 mil postos de trabalho foram fechados.
Com o resultado, cresce a probabilidade de o desemprego atingir 9% no fim deste ano, apontam projeções de diversos economistas com base no conceito de população economicamente ativa ampliada, do IBGE. A escalada desde o início do ano está mais ligada a uma deterioração da atividade econômica desde 2013 do que a fatores recentes, como o ajuste fiscal, pois o mercado de trabalho funciona de maneira defasada em relação aos demais agregados macroeconômicos. A queda do PIB em 0,2% no primeiro trimestre deste ano, a contenção de gastos públicos, a redução do crédito, as altas dos juros, oscortes orçamentários e a piora das expectativas de consumidores e empresários só tendem a agravar o problema. A diminuição de 4,62% na arrecadação federal em abril, no declínio mais acentuado desde 2010, intensifica as dispensas e pode comprometer os objetivos do pacote do governo. Com a retração, as vendas do comércio caíram 5,8% em maio em São Paulo, informa a Associação Comercial.
O caso de José Djalma de Souza, 40 anos, é típico das incertezas atuais dos trabalhadores. Operador de máquinas por 12 anos na Mercedes-Benz, em São Paulo, foi incluído no ano passado em um programa de lay-off, suspensão temporária do contrato de trabalho para preservação de vagas e qualificação profissional. O metalúrgico recebeu 1,3 mil reais mensais durante um semestre, retomou o trabalho, mas em novembro foi relacionado em um segundo lay-off, de 750 funcionários. Agora será um dos 500 afetados pelo corte anunciado em maio pela empresa. Os 7 mil funcionários restantes na linha de produção entrarão em férias coletivas obrigatórias. “O lay-off deveria ser usado apenas para qualificação, não para a empresa jogar o trabalhador fora”, protesta. Apesar do mau momento, Souza acredita na superação da crise em dois anos. “Espero que a presidente Dilma aprove o Programa de Proteção ao Emprego proposto por centrais sindicais. As atividades nas montadoras e autopeças poderiam ser retomadas.” A preocupação de Souza tem motivação familiar. Seu filho formou-se em um curso do Senai e deve começar a trabalhar em uma montadora neste mês.
A previsão de um desemprego de 9% no fim do ano não é consenso. O economista Fábio Romão, da LCA consultores, projeta 6% em dezembro. As suas explicações para a estimativa inferior à média do mercado são a mudança estrutural da população economicamente ativa, com ampliação das faixas de maior idade e das aposentadorias, e o retorno gradual dos jovens que adiaram o ingresso no mercado de trabalho para estudar, antes uma opção possibilitada pela elevação da renda familiar. Com o aumento das dispensas, isso deverá mudar. “Muitos aposentados não voltam a trabalhar e não acredito que os jovens retornarão todos de uma vez ao mercado.” Mesmo abaixo de outras projeções, o porcentual estimado por Romão, caso se concretize, representará um saldo líquido de 277,7 mil postos de trabalho eliminados neste ano, computadas todas as admissões e demissões.
A ascensão do desemprego é acompanhada por uma redução expressiva da renda dos trabalhadores. Pelo terceiro mês consecutivo, a variação diante do mesmo mês do ano anterior mostra uma perda real. As quedas foram de 0,5% em fevereiro, 3% em março, e 2,9% em abril. De 2006 a 2012, descontada a inflação, a renda teve um acréscimo médio anual de 3,5%. O processo arrefeceu em 2013, com uma variação positiva de 1,8%. Voltou a melhorar em 2014, mas cresceu 2,7%, um avanço igual à menor taxa anual do período de 2006 a 2012. “Depois de 11 anos seguidos de ganhos reais da renda, é muito provável que em 2015 ocorra uma queda real da ordem de 1,2%”, prevê Romão.
Segundo uma pesquisa da Fipe com base em informações da recrutadora Catho, o salário médio de admissão registrou uma queda real de 1,4% entre abril de 2015 e o mesmo mês do ano anterior e os novos admitidos são contratados por um salário 10,4% menor comparado àquele dos demitidos. A situação contrasta com a do ano passado, quando 92% das categorias de trabalhadores obtiveram aumentos reais, de 1,39% na média, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. “Nos últimos quatro anos, o mercado de trabalho mostrou muita resistência à deterioração econômica. Presumivelmente, essa situação demoraria a se modificar, mas a taxa de desemprego caiu muito rápido e a renda despencou. Há uma assimetria preocupante aí, entre a demora da melhora do mercado de trabalho e a sua deterioração rápida”, diz o economista André Biancarelli, professor do Instituto de Economia da Unicamp.
A ampliação do númerode postos de trabalho com carteira assinada, uma conquista dos anos recentes, sofreu um retrocesso. O emprego formal caiu 1,9% em abril de 2015 ante o mesmo mês de 2014, e o sem carteira diminuiu 1,6%, uma indicação de um recrudescimento da precarização.  
A regressão econômica e social deve se aprofundar. “A mobilidade social descendente começou em 2013 e afeta principalmente aqueles mais frágeis, que se beneficiaram recentemente. Um total de 684 mil jovens adultos com idades entre 25 e 29 foi deslocado para baixo de 2012 a 2013, o equivalente a 4,4% da população desta faixa etária. Um impacto superior àquele sofrido pelo conjunto da população, de 2,8%”, afirma o economista Waldir Quadros, professor da Facamp. A parcela mais escolarizada foi a mais atingida. No total, cerca de 5 milhões de indivíduos descenderam socioeconomicamente em 2013, aponta Quadros, autor de um estudo sobre o assunto.  “Diante da estagnação na economia, é possível que o mau desempenho da mobilidade social tenha se mantido em 2014. Nesse caso, parece bastante plausível admitir que o cenário de retrocesso social tenha contribuído com as dificuldades que Dilma Rousseff enfrentou nas últimas eleições.”
Os problemas da economia se acentuaram com o fim do ciclo excepcionalmente longo de valorização das commodities, entre 2002 e 2012, benéfico às exportações de soja e minério de ferro, principais produtos vendidos pelo País. No período, a participação de primários na pauta global de exportações avançou 8 pontos porcentuais. O crescimento desses itens nas exportações brasileiras subiu 14 pontos porcentuais. O aumento do PIB até dois anos atrás dependeu fortemente dos bons preços obtidos por essas matérias-primas, um dos principais sustentáculos da melhora da distribuição de renda promovida nos dois mandatos de Lula e no começo da primeira administração de Dilma.
A correlação entre a situação econômica externa favorável e a criação de empregos é elevada. Em sete dos dez anos do chamado superciclo de commodities, a criação de postos de trabalho formais, com carteira assinada, superou 1 milhão por ano. Em 2010, totalizou 2,1 milhões de vagas. A redução prevista para este ano, de 277,7 mil empregos, no caso de a desocupação ficar em 6%, supera o fechamento de 196 mil postos em 1999 e só fica abaixo da eliminação de 581,7 mil vagas em 1998.
A queda da receita das exportações de commodities correspondeu a um aumento da importação de industrializados, com impacto negativo na manufatura local. Em abril, a produção industrial recuou 1,2% sobre março e o declínio no ano chegou a 6,3%. A variação negativa de 4,8% acumulados nos últimos 12 meses é a maior desde dezembro de 2009, quando chegou a 7,1%.
Crônico na indústria, o desemprego chegou ao setor de serviços, o de maior participação no PIB, com o fechamento de 7,5 mil postos de trabalho em abril em relação ao mês anterior, segundo o Ministério do Trabalho. O segmento reúne 30% das pequenas e médias empresas. Cerca de 56% desses estabelecimentos estão no comércio, que encerrou 20,8 mil vagas no período, e 14% na indústria, que eliminou 53,8 mil empregos. Na construção civil, a perda totalizou 23 mil vagas.
A crise econômica afeta trabalhadores e empresários, especialmente os pequenos. Marcos Bassanezi, dono da Fábrica de Puffs, em Osasco (SP), pressionado pela redução do consumo e a alta do dólar, demitiu quatro funcionários. Três deles foram aproveitados pela Eletropaulo, em atenção a uma recomendação do ex-patrão. “As micros e pequenas empresas precisam se resguardar. Uma única ação na Justiça pode fechar a minha firma”, diz Bassanezi. Ele está muito preocupado com o ajuste fiscal. “As microempresas acabam sendo mais afetadas pelas medidas do governo e os consumidores não têm dinheiro.”
O governo Dilma saltou de um keynesianismo rastaquera para uma austeridade tosca. O risco de errar novamente a dose é alto, o que pioraria ainda mais uma economia já na UTI.
Créditos: Carta Capital

Congresso do PT rejeita proposta de mudança na política econômica do governo

O PT rejeitou, durante a reunião de encerramento do 5º Congresso Nacional do partido, em Salvador, proposta para mudar a estratégia econômica do governo da presidenta Dilma Rousseff. A proposta foi apresentada por integrantes da legenda e colocada em votação no plenário. Todas as deliberações aprovadas no congresso vão constar no documento final do encontro, chamado Carta de Salvador.

Durante o congresso, o PT também decidiu manter aliança política com PMDB. Por maioria de votos, os delegados do partido encaminharam ao Diretório Nacional a deliberação final sobre as formas de financiamento da legenda. No entanto, prevalece a decisão anterior da cúpula da legenda de não aceitar mais doações financeiras de empresas.
As emendas que criticavam o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e propunham a volta da cobrança da CPMF, conhecido como imposto do cheque, foram rejeitadas pela maioria. No discurso de encerramento do congresso, o presidente do PT, Rui Falcão, defendeu o apoio dos militantes ao governo da presidenta Dilma Rousseff.

"Todo o debate que foi feito revela que, depois desse congresso, o PT vai ter que mudar mais. O PT não será mais o mesmo, seja nas suas relações internas, seja acentuando nossa autonomia de formular políticas públicas em relação ao nosso governo, que nós apoiamos, mas queremos que avance. 
Queremos dar sustentação, mas queremos empurrar também para que a gente não ingresse numa fase recessiva e para que nosso país volte à trajetória de desenvolvimento econômico", disse Falcão. O presidente também prestou solidariedade a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Falcão defendeu ainda manifestações livres e democráticas, como as passeatas em defesa dos direitos LGBT, conhecidas como Parada Gay.

"Vaccari foi preso injustamente, numa campanha nítida para tentar criminalizar o PT. Ele não fez nada além de seguir as orientações partidárias e nossas diretrizes, no que dizia respeito à arrecadação financeira. Vaccari nunca se apropriou de nenhum centavo em benefício próprio, nunca cometeu nenhuma irregularidade, e está sendo incriminado, porque o alvo específico é atingir nosso partido”, declarou o presidente.

Na quinta-feira (11), na abertura do congresso, a presidenta Dilma Rousseff disse que o governo teve a coragem de fazer os ajustes fiscais e pediu aos militantes que apoiem as medidas e ajudem a defender sua gestão de críticas. Segundo Dilma, as mudanças na economia não reduzem o compromisso do governo com as causas defendidas historicamente pelo partido.

Na sexta-feira (12), no segundo dia do congresso do partido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou uma campanha para arrecadar fundos para a legenda. O ex-presidente fez a primeira doação simbólica e pediu que a militância petista volte a fazer contribuições financeiras para o partido. A iniciativa ocorreu após o partido ter anunciado que não vai mais aceitar doações de empresas privadas. Foto: G1
Créditos: Agencia Brasil

sábado, 13 de junho de 2015

PT quer impedir votação de projeto que tira pré-sal da Petrobras

No Senado, PT quer impedir votação de projeto que tira pré-sal da Petrobras
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), prometeu, na sexta-feira (12), “fazer de tudo” para tentar conter a pressão para que o projeto que revoga a participação obrigatória da Petrobras na exploração do Pré-sal vá a votação nos próximos dias no Senado. Costa está em Salvador, de onde falou por telefone com a Agência PT de Notícias, no intervalo de reuniões do 5º Congresso Nacional do PT, iniciado no dia anterior. “Nós estamos lutando para que isso não entre na pauta antes de um debate adequado”, afirmou. 
O senador revelou que “está havendo uma grande pressão” pela apreciação do projeto, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), especialmente por parte do colega Ricardo Ferraço (PMDB-ES). O modelo de exploração de partilha, em vigor e aprovado para dar ao país maior soberania e autonomia na exploração das jazidas petrolíferas encontradas na camada pré-sal, garante à Petrobrás o mínimo de participação de 30% em cada empreendimento.
A estimativa é que o pré-sal abrigue reservas superiores a 100 bilhões de barris. O modelo de partilha é diferente do adotado nas reservas de petróleo antigas, anteriores à descoberta do pré-sal, e assegura recursos à educação e ao segmento de ciência e tecnologia. O objetivo do projeto tucano é acabar com o modelo, restabelecendo a exploração por meio de concessão de blocos, sem participação da estatal.
Alguns projetos sobre o assunto correm no Congresso, mas o que vem sendo mais solicitado é que preocupa Costa é o apresentado por Serra, que já obteve parecer favorável de Ferraço na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em uma primeira tentativa de acelerar a apreciação da matéria, na semana passada, o presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), tentou colocar em votação um requerimento do próprio Serra para votar a proposta em plenário, sem passar pelas demais comissões de Constituição e Justiça e de Infraestrutura.
Na prática, essa manobra pode encurtar a tramitação da matéria, pois, se o projeto for aprovado nas duas comissões citadas, vai para a Câmara sem necessidade de passar pelo plenário do Senado.Na quinta-feira (11), parlamentares da base governista na Câmara já tinham conseguido tirar o tema de pauta na Comissão de Minas e Energia da Câmara, sob alegação de que é preciso primeiro realizar uma audiência pública aprovada há duas semanas. Para essa audiência foram convidados o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e os presidentes da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e da Petrobras.
Créditos:Agencia PT

Instituto FHC recebeu R$ 1,7 milhão da Camargo Corrêa em 2011

(Por RBA) - Não foi só em 2002 que o Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC) recebeu dinheiro da Camargo Corrêa, empreiteira investigada na Operação Lava Jato. Em 2011, o iFHC também recebeu R$ 1,7 milhão.
O nome da empreiteira não aparece diretamente como doadora, mas sim a empresa VBC Energia S.A., pertencente ao grupo desde 2009, quando a Camargo Corrêa comprou a totalidade do controle acionário da Votorantim Participações.
O mecanismo para doar o dinheiro foi incentivo cultural para "Tratamento técnico e difusão dos acervos Presidente Fernando Henrique Cardoso e Antropóloga Ruth Cardoso", significando que a empresa controlada pela Camargo Corrêa, em vez de pagar este valor como imposto de renda, preferiu doar ao instituto do tucano.
Pode-se questionar, ao gosto de cada um, se este dinheiro não seria melhor aplicado se fosse recolhido ao Tesouro Nacional para a educação e saúde terem mais verbas, ou para o fomento de outras atividades culturais. Mas isso é uma discussão política. A princípio, não há nada de ilegal nesta operação, pois esse tipo de incentivo fiscal é previsto em lei.
O fato ilustra a má-fé usada pela mídia oligopólica, e por membros da CPI da Petrobras, para fazer ilações sobre contribuições também legais e legítimas do mesmo grupo empresarial ao instituto de outro ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, com a diferença de que este não recorreu a mecanismos de renúncia fiscal, portanto, não disputou verbas com a saúde e educação pública.
Ilustra também que grandes grupos empresariais financiam de forma lícita e legítima institutos, fundações, ONGs, projetos, seja por desejar passar imagem de responsabilidade social ou ambiental, seja por identificar sinergias nacionalistas e desenvolvimentistas com os objetivos do instituto – como parece ser o caso do Instituto Lula, que atua pela integração e desenvolvimento da América Latina e África, coisa que naturalmente beneficia empresas brasileiras – seja por afinidade ideológica, como parece ser o caso do iFHC, defensor de privatizações nos moldes neoliberais.
O grupo Camargo Corrêa, como outros grandes grupos, atua há décadas em diversos setores, como construções, pedágios, energia, indústrias etc. Não se pode criminalizar terceiros pelas ações lícitas de grupos como este. Isso é até fazer cortina de fumaça para desviar o foco das investigações de coisas realmente graves e importantes de serem investigadas.
O próprio modus operandi identificado na Operação Lava Jato apontou que grandes empreiteiras "terceirizariam" para empresas intermediárias, que não chamariam atenção, o pagamento de propinas a diretores corruptos da Petrobras e para o bolso particular de políticos corruptos, de forma a não deixar registros de supostos atos ilícitos na movimentação financeira das empresas do grupo.
Portanto, os próprios indícios demonstram que onde havia negócios escusos, procuravam afastar o elo entre corruptores e corrompidos, usando intermediários. Quando os negócios eram lícitos, não havia intermediação de empresas "laranjas" e eram feitos diretamente, à luz do dia. Daí não haver motivos reais, a não ser a velha baixaria política e a má-fé, em forçar suspeitas sobre contribuições lícitas e legítimas, seja para o Instituto Lula, seja para o Instituto FHC.
Mas quem quiser fazer ilações na imprensa, pelo menos tenha a honestidade de noticiar tudo e não apenas a metade. A Camargo Corrêa também doou ao iFHC. E não foi pouca coisa, nem são fatos que ficaram no passado, pois ocorreu em 2011.
Sabemos que é demais exigir coerência na luta política de uma CPI, mas se convocaram o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, têm de convocar também o presidente do iFHC. Afinal recebeu R$ 1,7 milhão da Camargo Corrêa em 2011, período abrangido pela CPI.
Aliás, se tivesse que haver desconfianças quanto à legitimidade dessas contribuições aos dois institutos, as suspeitas deveriam recair sobre o ex-presidente tucano. Pois é ele quem se dedica a falar mal do Brasil no exterior. É um discurso prejudicial à economia e nocivo ao ambiente de negócios das empresas nacionais. Enquanto o ex-presidente petista não se cansa de falar bem e enaltecer os aspectos positivos e potencialidades econômicas do Brasil, fazendo sempre palestras e discursos que são favoráveis às empresas nacionais e geração de empregos aqui. O que parece ser mais legítimo para uma empresa nacional: patrocinar atividades que fazem divulgação positiva ou negativa do Brasil?
Créditos: Rede Brasil Atual

Remédio para ereção tem agora versão em pomada

Medicamento já existia em forma de injeção e comprimido. Com eficácia de 86%, pode ser usado por quem tem problema cardíaco, ao contrário das pílulas

A duração do efeito, porém, seria menor. A medicação foi testada em cerca de 600 homens e teve uma eficácia de 86%, segundo estudo publicado na revista ‘Urology’. “É uma opção a mais”, afirma Antônio de Moraes Jr., chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia. A pomada é usada na ponta do pênis, e a ereção acontece entre cinco e trinta minutos depois. 
“Ela cai na corrente sanguínea e gera uma vasodilatação, que vai levar à ereção”, explica Antônio. A principal vantagem é a de poder ser usada por pacientes que tomam remédios com nitrato, por problemas no coração. 
Os efeitos da pomada, no entanto, duram até quatro horas. Já os dos comprimidos variam entre os de curta duração, de 8 a 12 horas, e os de longa duração, que vão até 36 horas. Não existe contraindicação para quem consumir bebidas alcoólicas, mas Antônio afirma que o efeito do remédio pode ser diminuído. Também não há restrição em relação à idade. “Não tem idade que impeça. Mas geralmente os mais jovens não precisam”, garante o urologista. A exceção são aqueles que, mesmo sem problemas, querem “turbinar” a ereção. 

Antônio alerta, no entanto, que não é recomendado exagerar no uso do remédio. “A hiperdosagem pode trazer efeitos indesejáveis nos aparelhos digestivo e neurológico”, alerta Antônio. A pomada precisa ser liberado pela Anvisa para ser vendida no Brasil. A farmacêutica responsável, no entanto, ainda não fez o pedido do registro.
Créditos: WSCOM