obra – das editoras Ocean Press e Ocean Sul – forma, junto com os Apontamentos Críticos à Economia Política, a base do pensamento marxista do médico de profissão.
Os textos são anotações de sua adolescência e de sua juventude; reflexões escritas na Tanzânia, em Praga e em Cuba; e os estudos de obras teóricas empreendidos desde sua chegada à Bolívia.
A compilação esteve a cargo dos pesquisadores cubanos María do Carmen Ariet e Fernando Martínez Heredia, que se propuseram a organizar as notas em correspondência com a ordem cronológica dos autores examinados.
Em uma carta enviada ao intelectual Armando Hart, em dezembro de 1965, a partir da Tanzânia, o comandante guerrilheiro esboçou os objetivos que pretendia com um plano de leituras de filosofia. Tal escrito é o prólogo do livro.
Os comentários profundos, irreverentes, análiticos, enunciadores de teses, estão cheios de sugestões e nos devolvem a Marx, Engels, Lênin e outros pensadores marxistas, dizem os editores.
Segundo eles, as interpretações do guerrilheiro combinam julgamentos sobre as virtudes e os defeitos das obras com as implicações que tiveram e seu lugar na história do marxismo, mas também as comentam, a partir do presente, anotando ausências, erros e pevisões acertadas.
Para dar um maior entendimento aos estudos realizados por Che ao longo de toda sua vida, foi incorporado o conteúdo de seis dos sete cadernos filosóficos nos anexos do livro.
Os cadernos de sua juventude, Che confessou ao escritor uruguaio Eduardo Galeano em 1964, começaram a ser construídos como uma espécie de dicionário de filosofia, porque ele entendia que tanto ele como seus amigos precisavam disso. Na atualidade, os cadernos fazem parte do arquivo documental do Centro de Estudos Che Guevara, exceto o quarto que nunca foi encontrado.
Nos anexos, também está incluída uma listagem dos livros sobre filosofia situados no relatório pessoal da moradia de Che Guevara, ao ter uma parte deles destacados e com comentários à margem.
O Centro de Estudos Che Guevara e a editora Ocean Sul consideraram que, com a publicação, se conclui um ciclo essencial da vida e obra do comandante guerrilheiro.
“Che”, como ficou conhecido, nasceu em Rosário, na Argentina, em 14 de junho de 1928. Foi assassinado na Bolívia em outubro de 1967, aos 39 anos, depois de ser capturado do Exército desse país, quando comandava um foco guerrilheiro.
Com agências(FOCANDOANOTICIA)