Boletim divulgado nesta segunda-feira (25) pela Secretaria de Estado da Saúde aponta que 180 casos de gripe A (H1N1) foram diagnosticados no Estado este ano. Treze pessoas tiveram complicações e morreram em decorrência da doença – 11 delas em junho. Os dados são da Sala de Situação da Gripe, que monitora e investiga todos os casos suspeitos da doença no Paraná.
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As mortes foram registradas nos municípios de São José dos Pinhais (3), Curitiba (2), Ponta Grossa (1), São Mateus do Sul (1), Astorga (1), Apucarana (1), Cornélio Procópio (1), Tibagi (1), Capitão Leônidas Marques (1) e Siqueira Campos (1).
Segundo a coordenadora da Sala de Situação, Ângela Maron, o aumento no número de mortes pode estar associado ao diagnóstico tardio da doença. "Realizamos na semana passada uma videoconferência com as regionais de saúde para reforçar a necessidade de uma maior atenção das equipes municipais em relação à gripe", explicou.
Outra medida, determinada pelo secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, no último dia 15, é a descentralização do medicamento oseltamivir para abastecer municípios e hospitais privados que atendem a demanda de urgência e emergência no Paraná. A medida coloca à disposição da população 200 mil tratamentos contra a gripe, o que corresponde a dois milhões de cápsulas do oseltamivir.
"Para evitar a doença devemos manter hábitos saudáveis, como higienizar as mãos e deixar os ambientes arejados. Contudo, quando a pessoa já está infectada o diagnóstico e o tratamento precoce são essenciais para evitar que outras mortes ocorram", disse Caputo Neto. "Por isso, ao apresentar qualquer sintoma de gripe, vá a uma unidade básica de saúde ou consulte seu médico", alertou.
A Secretaria da Saúde orienta que todos os médicos prescrevam imediatamente o antiviral oseltamivir ao suspeitar de qualquer caso de síndrome gripal, independentemente de confirmação laboratorial. O medicamento é eficaz e indicado para o tratamento de todos os tipos do vírus Influenza.
Exames
Com o fim da pandemia, em agosto de 2010, a gripe deixou de ser uma doença de notificação obrigatória. O monitoramento é feito a partir de exames laboratoriais de pacientes que apresentam síndromes gripais ou síndromes respiratórias agudas graves. O objetivo é ter índices de amostragem da população e identificar os vírus respiratórios que mais circulam no Estado, visando a indicação de tratamento adequado.
O Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) está trabalhando em caráter de plantão para processar todos os exames. De acordo com a diretora do Lacen-PR, Célia Fagundes, após a chegada do material biológico o resultado final do exame sai em um prazo máximo de 72 horas. "Estamos analisando cerca de 100 amostras todos os dias, inclusive nos finais de semana", afirmou.