"Autorizamos a injeção de uma primeira parcela, de 30 bilhões de euros, até o final deste mês" para recapitalizar os bancos da Espanha, informou o chefe do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.
No total, o acordo prevê 100 bilhões de euros para os bancos espanhóis, com um período de carência de até 15 anos.
Os ministros da zona do euro também decidiram prorrogar, até 2014, o prazo para a Espanha limitar seu déficit a 3% do PIB, segundo o comissário de Assuntos Monetários, Olli Rehn.
Devido à deterioração da situação econômica na Espanha, a zona do euro decidiu prorrogar, por um ano, a meta de déficit de 3%. Seguindo os prognósticos da Comissão Europeia, Madri deverá ter um déficit a 6,3% este ano, de 4,5% em 2013 e de 2,8 em 2014, disse Olli Rehn.
A Espanha fechou 2011 com um déficit de 8,9% e havia acertado com Bruxelas reduzi-lo a 5,3% em 2012.
Segundo o comissário de Assuntos Monetários, assim que o supervisor financeiro único para a zona do euro estiver operacional, a Espanha deixará de ser o avalista do pacote de socorro.
"Haverá um supervisor financeiro" e a partir daí se romperá o vínculo entre a dívida soberana e a dívida bancária, precisou Rehn ao final de nove horas de debates em Bruxelas.
Um alto funcionário europeu estimou que a entrada em vigor do "supervisor financeiro" não será possível antes de 2013, talvez 2014.(Terra)