A senadora Marta Suplicy (PT-SP) anunciou hoje (27) após almoço com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vai se engajar na campanha de Fernando Haddad na disputa pela prefeitura de São Paulo. Em rápida conversa com jornalistas, a ex-prefeita voltou a negar que tenha resistido em algum momento a trabalhar pelo ex-ministro da Educação por conta de uma mágoa deixada pelo processo de escolha do nome petista em São Paulo, no qual foi preterida.
“Sempre disse que quando começasse a campanha de fato e eu percebesse que faria a diferença, eu entraria. E é isso que vou fazer”, afirmou Marta logo após o encontro com o ex-presidente na sede do Instituto Lula, no Ipiranga, zona sul da capital paulista. “Foi uma conversa muito boa. Fazia tempo que eu não conversava tão longamente com o presidente. Falamos de muita coisa, muitos assuntos, muito Brasil e muita política”.
Marta disse ter acertado com Lula que as questões sobre as quais ela pode colaborar na campanha seriam definidas em conversas do ex-presidente com o responsável pelo marketing da campanha de Haddad, João Santana. A senadora afirmou ainda que deve participar da propaganda televisiva. “Acho importante gravação de programa, evidentemente. E fiz sugestão de lugares onde acho importante ter comício”.
Questionada sobre a possibilidade de crescimento de Haddad, atualmente o terceiro colocado nas pesquisas de intenções de votos, Marta demonstrou otimismo, e projetou a exclusão do tucano José Serra do segundo turno: “Vai virar tanto que é capaz de dar Haddad e Russomano. Tem candidato caindo e tem candidato subindo”, ironizou a ex-prefeita paulistana, referindo-se às últimas pesquisas eleitorais.
Segundo a pesquisa Datafolha divulgada no dia 21 de agosto, Celso Russomanno (PRB) tem 31% das intenções de voto, contra 27% de José Serra. Fernando Haddad (PT) tem 8%. Chamou a atenção na pesquisa a alta taxa de rejeição do candidato tucano. Serra não teria o voto de 38% dos pesquisados. A taxa de rejeição de Russomanno é de 12%, enquanto 15% dizem que não votariam em Haddad.
Na curta entrevista na tarde desta segunda-feira, ao responder sobre os esperados ataques da campanha serrista, que na semana passada chamou o Bilhete Único mensal proposto por Haddad de “bilhete mensaleiro”, a senadora disse que as estratégias para responder a isso cabem “às pessoas da coordenação. Eu não sou coordenadora”.
Rede Brasil Atual