terça-feira, 18 de setembro de 2012
Em nota, PT convoca militância a defender Lula e desfazer mentiras
O Partido dos Trabalhadores (PT) divugou nota nesta segunda-feira convocando a militância a defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o próprio partido, os demais líderes e os mandatos petistas. Feito em reunião da Comissão Executiva Nacional da legenda, o comunicado foi divulgado após a revista Veja publicar reportagem alegando que o empresário Marcos Valério teria dito a pessoas próximas que Lula não apenas sabia, como "era o chefe" do esquema de compra de apoio político chamado de mensalão. Segundo o documento, "é a militância consciente quem desfaz as mentiras, demarca o campo, afirma o projeto, reúne as alianças e constrói vitórias também políticas". A nota do PT não cita a revista, mas a denúncia gerou repercussão entre lideranças nacionais. O ex-presidente ainda não se manifestou sobre o assunto.
Ainda de acordo com o documento, a direção da legenda pede a união dos filiados para uma "batalha do tamanho do Brasil" e afirma que a mobilização da militância é fundamental para o sucesso nas eleições. "Em cada bairro, em cada escola, em cada empresa, em cada movimento social, nas redes sociais, a militância petista - com nossa estrela e bandeiras - está chamada a mais uma vez cumprir seu papel histórico, de arquiteta e alicerce das grandes mudanças no Brasil".
Terra
O ataque de Veja contra Lula: a mentira e a mistificação
Aqueles que, credulamente, ainda pensam que os jornais e revistas do PIG (Partido da Imprensa Golpista) têm o objetivo de informar e debater questões públicas relevantes poderem encontrar, na edição desta semana do panfleto direitista chamado Veja um desmentido para estas esperanças e farto material pedagógico sobre a maneira como agem. São instrumentos da luta de classes dos ricos contra os pobres, onde os cães de guarda dos interesses dominantes investem contra os setores progressistas, democráticos e nacionalistas num combate político cuja arma é a mentira e a difamação.
O repórter, autor da matéria, e o diretor da revista afirmam ali, candidamente, que as graves denúncias feitas contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva estão baseadas no ouvir dizer, em “revelações de parentes, amigos e associados” do empresário Marcos Valério, que extravasaria a eles seu inconformismo por sua condenação no processo do chamado “mensalão”. Acusação ouvida do próprio Marcos Valério – e esse é o critério não só do bom jornalismo, mas também da boa investigação criminal – nenhuma! Aliás, o próprio advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, prontamente desmentiu as mentiras da revista da família Civita e afirmou que seu cliente não conversou com nenhum jornalista.
O artigo calunioso sustenta que Lula teria se encontrado com o publicitário Marcos Valério, quando presidente da República, para acertar detalhes do chamado “mensalão”, que envolveria uma quantia muito maior do que a atribuída no julgamento que ocorre no Supremo Tribunal Federal, alcançando a quantia de 350 milhões de reais.
Não é a primeira vez que Veja é pega na mentira, que tem sido a norma da revista nos últimos anos e não apenas em matérias políticas mas também em outras áreas. Há um ano, no início de setembro de 2011, ela divulgou uma matéria de capa sobre um medicamento para diabetes que, assegurava, levaria seus usuários a emagrecimento em tempo recorde; foi um escândalo tamanho, de repercussões negativas sobre a saúde pública, que a Anvisa precisou intervir e obrigar a revista a se desmentir. Os ecos da matéria mentirosa e da intervenção da Anvisa foram ouvidos inclusive em academias de ginástica onde pessoas ainda crédulas se manifestavam indignadas com a irresponsabilidade e as mentiras da revista.
A série de mentiras é longa; ela envolve, só para lembrar algumas, o acolhimento das acusações feitas por um bandido contra o ministro do Esporte Orlando Silva Jr (e, em consequência, contra o PCdoB) ou a fantasiosa “revelação” de que Lula teria pressionado o ministro Gilmar Mendes, do STF, pelo adiamento do julgamento do chamado “mensalão”, que foi imediatamente desmentida pela terceira pessoa que participou do encontro durante o qual a pressão, o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim.
São antecedentes mentirosos que não contam para os paladinos do conservadorismo e do neoliberalismo na mídia comercial. Um dos mais notáveis deles, o comentarista Merval Pereira, de O Globo, foi logo para o ataque afirmando a possibilidade de uma denúncia contra Lula, com base nas acusações falsas de Veja. Outros – como Ricardo Noblat – foram na esteira dele, e no mesmo tom.
É a volta do coro conservador e neoliberal, com um objetivo muito claro e definido. Desde a crise de 2005 estes comentaristas sabem que não conseguem enganar o povo. Foram derrotados pelo voto popular nas eleições de 2006 e depois em 2010, e seus partidos e candidatos enfrentam dificuldades imensas nas eleições municipais desde então. O PSDB minguou e a voz de seus caciques, ouvidas nos salões chiques de São Paulo, Rio de Janeiro, Londres ou Nova York, não repercutem mais ali onde de fato interessa: no meio do povo, que vota e escolhe os governantes.
A tática que parecem adotar, perante este quadro de dificuldades eleitorais para seu renegado programa neoliberal e para aqueles que o representam, é tentar inviabilizar juridicamente uma nova candidatura de Luís Inácio Lula da Silva à presidência da República, em 2014 ou 2018. Para aqueles que aceitavam apenas um mandato para Lula – o primeiro, de 2003 2006 – o quadro que se apresenta é politicamente aterrador ao indicar a quase inexorável perspectiva de um domínio de mais de vinte anos das forças democráticas, progressistas e patrióticas sobre a presidência da República.
Daí a ideia “genial”: condenar Lula como o chefe do chamado “mensalão” e ganhar, no tapetão, aquilo que não conseguem alcançar no voto, a exclusão do líder sindical e operário de futuras disputas eleitorais.
É difícil que tenham êxito, como mostra a reticência dos presidentes dos dois principais partidos da direita neoliberal — o PSDB e o DEM –, Sérgio Guerra e José Agripino, diante de qualquer iniciativa jurídica contra Lula a partir de bases tão frágeis quanto a mentira relatada por Veja.
A luta é política; é luta de classes, e a direita (com seus cães de guarda da mídia) investe – nunca é demais repetir – na única e esfarrapada bandeira que alega sustentar, a defesa da moral e da ética. O caráter mentiroso dessa defesa fica claramente exposto quando se vê o comportamento dessa mesma mídia diante de acusações mais graves e sólidas contra o tucanato e seus governos, como se viu no eloquente silêncio a respeito das denúncias feitas no livro Privataria Tucana, no qual o jornalista Amaury Ribeiro Júnior denuncia as falcatruas do governo de Fernando Henrique Cardoso, ou diante do acúmulo de denúncias do envolvimento do jornalista Policarpo Jr, diretor de Veja em Brasília, com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira. Para a mídia e para os tucanos o objetivo não é alegada moralidade mas a criação de condições para sua volta ao poder. Como se fosse possível no Brasil de hoje!
O poder da mídia conservadora é inegável, e grande. É o poder da classe dominante brasileira, fortalecido inclusive com contribuições do próprio governo federal. Dados divulgados na semana passada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República mostram que, dos 161 milhões de reais gastos em publicidade desde o início do governo de Dilma Rousseff, 50 milhões foram apenas para a TV Globo; a Editora Abril recebeu 1,6 milhões (1,3 milhões para publicidade em revistas e 300 mil na internet).
Esse poder se defronta hoje com um protagonismo popular mais acentuado; os velhos “formadores de opinião” claudicam ante o despertar do povo brasileiro e, sem propostas claras e objetivas, amparam-se em mentiras e na calúnia. Precisam olhar a história: em batalha semelhante, na década de 1950, a mídia conservadora e antidemocrática investiu contra o presidente Getúlio Vargas com a mesma fúria com que hoje ataca as mesmas forças democráticas, progressistas e patrióticas que dirigem o governo federal. O fracasso daquela investida ficou clara na derrocada da principal revista daquela época, O Cruzeiro, notável pela mesma capacidade de mentir e caluniar hoje protagonizada por Veja. Em outubro de 1954, logo depois do suicídio de Vargas, a tiragem de O Cruzeiroainda era de 700 mil exemplares; poucos meses depois, em fevereiro de 1955, caiu para 660 mil e seguiu em queda livre até 1965, quando ficou na faixa dos 400 mil exemplares, e continuou caindo (os dados estão num livro cujo título é apropriado: Cobras Criadas: David Nasser e O Cruzeiro, do jornalista Luiz Maklouf Carvalho).
A direita e os conservadores precisaram de um golpe militar, em 1964, para impor suas teses e massacrar a democracia que se fortalecia.
Os tempos mudaram e a direita, hoje, mantém o poder do dinheiro e da mídia mas perdeu a capacidade de mobilização popular e de respaldo dos quartéis para seus projetos anacrônicos, antidemocráticos e antipatrióticos. Restam a ela, como armas, a mentira e a mistificação.
Portal Vermelho e Focando a Notícia
Visão de homens e mulheres é 'diferente'
Não se trata –neste caso ao menos- de falta de interesse, atenção e muito menos de carinho.
Em um deles, apresentou aos participantes uma amostra de uma cor específica e pediu a eles que a descrevessem empregando uma série de termos pré-determinados.
Desta forma, o psicólogo e sua equipe descobriram que homens e mulheres descreviam a mesma cor diante de seus olhos usando termos diferentes.
"Ambos veem o azul como azul, mas que porcentagem de vermelho veem na cor difere se o indivíduo é homem ou mulher", disse Abramov.
Assim se explica por que as mulheres são melhores quando se trata de combinar cores ou de buscar tons semelhantes entre si.
Um ponto no horizonte
O outro estudo conduzido pela mesma equipe se concentrou em como cada sexo percebe os detalhes e as imagens em movimento.
Os homens detectam os detalhes, por mínimos que seja, com mais facilidade.
"Por exemplo, se um avião ingressa em nosso campo visual, como um ponto ínfimo no horizonte, o homem o notará antes da mulher", diz o cientista.
"Ou se uma pessoa tem tendência a tornar-se míope com o tempo, se for homem, levará mais tempo até que tenha que usar óculos", acrescenta.
WSCOM
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Mulheres ganham força política e têm participação recorde em eleições municipais
Regina Ramos da Silva ficou surpresa ao descobrir que iria disputar com outra mulher a prefeitura de Joaquim Pires, cidade de 13 mil habitantes no interior do Piauí. "Depois que anunciei minha candidatura, a oposição também escolheu uma mulher. Acho que é porque mulher na prefeitura é algo novo e o pessoal sempre se empolga com novidade", diz a candidata do PT, que concorre com Cintia Ramos da Cunha, do PMDB.
Além de Joaquim Pires, ao menos outras 45 cidades no Brasil terão eleições onde só mulheres concorrem à prefeitura - na eleição de 2008, eram 32. Esse tipo de disputa ilustra bem um novo cenário na política brasileira: a participação feminina nas eleições municipais cresceu 85% em relação à votação de 2008.
Na eleição que marca os 80 anos do voto feminino no Brasil, a participação das mulheres cresceu, de um lado, devido a uma nova lei de cotas e, de outro, por um cenário favorável que envolve a eleição de Dilma Roussef, a primeira presidente do país.
Cotas
Criada em 1995, a Lei de Cotas de Gênero sofreu uma alteração em 2009 e agora obriga os partidos a ter um mínimo de 30% de mulheres em suas chapas parlamentares. Antes, a legislação obrigava as legendas a "reservar" as vagas, enquanto agora é preciso "preenchê-las". "A alteração pode parecer pequena, mas a troca do verbo significou uma mudança no sentido de forçar os partidos a dar maiores oportunidades para as mulheres", afirma o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, professor de Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, do IBGE.
"O ideal seria a paridade de gênero, mas diante do baixo número de candidatas, a mudança já representa um avanço, mesmo que limitado. O resultado já pode ser visto nos números de candidaturas
BBC Brasil
Nordeste concentra investimentos nas capitais e desconsidera interior
WSCOM Online
Vítimas da Primavera Árabe
A Primavera Árabe exige novas vítimas e não apenas de adversários das novas autoridades revolucionárias, mas também de organizadores da “democratização” da região.
O último sinal foi o assassinato do embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Christopher Stevens. Será que os “moderadores ocidentais” ouvem estes sinais e será que é possível esperar mudanças na política americana no Oriente Médio? Comenta Vladislav Tkachev, Grande Mestre da Federação Internacional de Xadrez:
“De acordo com uma expressão conhecida, qualquer revolução devora os seus filhos. Mas a Primavera Árabe começou pelos pais. Sem qualquer dúvida, o embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, assassinado por uma multidão enfurecida, pode ser considerado como tal. O pretexto para matar o embaixador e alguns outros funcionários da embaixada foi a divulgação de trechos de um filme norte-americano na internet que, segundo os islamitas, ofendem o Islã e o profeta Maomé.
À primeira vista, é difícil ver uma lógica nestes acontecimentos. É evidente que o próprio embaixador não teve nada a ver com a rodagem do filme, pelo contrário, os seus méritos no derrubamento do regime de Muammar Kadhafi deviam ser bem conhecidos pelos “revolucionários” locais. No entanto, Stevens foi morto apesar do risco de vingança inevitável por parte dos Estados Unidos.
Cria-se a impressão de que os moderadores ocidentais dos processos que ocorrem na região dão passos cada vez menos ponderados. Na Palestina, foi proclamada a primazia das eleições democráticas livres e o Hamas chegou imediatamente ao poder na Faixa de Gaza. Agrediram o Iraque e, em resultado, reforçaram o Irã. Apoiaram a revolta no Egito e o novo presidente do país, Mohammed Mursi, já exige rever as relações com Israel. Uma cadeia de situações confusas levou a uma tragédia em Benghazi, humilhante para os Estados Unidos. É o primeiro embaixador americano assassinado desde 1979.
Nas condições da atual confrontação de civilizações, os esquemas estereotipados de introdução da democracia não garantem, infelizmente, o efeito esperado. Hoje em dia, é muito importante que estes acontecimentos possam levar a mudanças no conteúdo da política americana no Oriente Médio. Será que os “ideólogos” de Washington, que alteram a seu critério regimes regionais, deixarão de acreditar na santidade dos rebeldes de rua?
Receio que tudo já tenha ido longe demais e se limite apenas à punição de culpados imediatos e à queda de polaridade de Obama, porque é muito mais fácil atribuir tudo à selvajaria da multidão e à falta de cultura política da população local, isto é, prever apenas alguns passos em frente em vez de fazer uma análise estratégica sistémica”.
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