quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Doença renal misteriosa atinge milhares em 2 continentes e intriga pesquisadores


Agricultor afetado por doença renal faz diálise em Visakhapatnam, na Índia (Foto: Anna Barry Jester, do Center for Public Integrity)Uma doença renal misteriosa vem atacando milhares de pessoas em comunidades rurais do sudeste asiático e da América Central. O aparecimento da doença intriga os pesquisadores, que ainda não conseguiram identificar as causas exatas da enfermidade.
No vilarejo de Halmillawetiya, na Província Centro-Norte do Sri Lanka, o agricultor Sampath Kumarasinghe, de 21 anos, descansa em um banco de madeira em frente à casa que divide com a mãe, viúva. Apesar do calor, ele usa um gorro de lã e seus movimentos são bastante lentos para alguém de sua idade.
Como a maioria dos moradores do vilarejo, ele é um plantador de arroz, mas ultimamente ele não tem tido forças para trabalhar.
Os rins de Kumarasinghe não funcionam direito. Eles não estão mais conseguindo filtrar seu sangue.
"Meu corpo está fraco", ele diz. O agricultor é mantido vivo pela diálise, que realiza duas vezes por semana em um hospital regional. Ele espera conseguir um transplante de rim.
Kumarasinghe é uma das milhares de pessoas na Província Centro-Norte sofrendo de doença renal crônica.
Segundo o Ministério da Saúde do Sri Lanka, 15% da população local foi afetada. A maioria dessas pessoas são cultivadores de arroz.

Ilha das Viúvas

A milhares de quilômetros de distância, Maudiel Martínez abre a porta de sua casa simples na comunidade La Isla, no oeste da Nicarágua.
Um pano faz as vezes de porta e deixa ver o rosto pálido de Martínez, com ossos protuberantes. Ele anda como um idoso, apesar de ter apenas 19 anos.
A epidemia misteriosa vem ganhando terreno na América Central e já é a segunda maior causa de mortes de homens em El Salvador. Na Nicarágua, a doença mata mais que o vírus HIV e a diabetes combinados.
"Essa doença é assim. Você me vê agora, mas em um mês eu posso não estar mais aqui. Ela pode me levar de repente", afirma Martínez.
Ele sabe do que está falando. Seu pai e um avô morreram com a doença. Três de seus irmãos também têm o problema. Todos eles trabalhavam no cultivo da cana-de-açúcar. A doença renal crônica já matou tantos homens na comunidade de La Isla que o local já é conhecido popularmente como "La Isla de las Viudas" (A ilha das viúvas, em português).

Epidemia

A epidemia já atinge seis países da América Central, em suas regiões ao longo da Costa do Pacífico. Também foi identificada na Índia e no Sri Lanka.
A causa ainda é desconhecida, mas os pesquisadores acreditam que as vítimas estejam sendo contaminadas como resultado de seu próprio trabalho.
As epidemias nas três regiões têm vários pontos em comum. As vítimas são em sua grande maioria relativamente jovens agricultores. Muito poucos sofriam de diabetes e de pressão alta, os fatores de risco mais comuns para doença renal.
Todos sofrem com um problema conhecido como nefrite túbulo-intersticial, que provoca desidratação grave e envenenamento do sangue.
O problema afeta áreas geográficas específicas que são bastante férteis e muito quentes. As vítimas em sua maioria fazem trabalhos manuais pesados, têm pouca educação formal e pouco acesso a cuidados médicos. Em todas as áreas, os primeiros casos apareceram nos anos 1990.
Os cientistas acreditam que o problema pode estar ligado a algum produto químico presente ou utilizado nas lavouras desses locais, mas as pesquisas até hoje não conseguiram identificar exatamente o causador da doença.
Com isso, não há tratamento disponível para a doença, nem uma maneira conhecida de preveni-la.
"É importante que a doença renal crônica, que afeta milhares de trabalhadores rurais na América Central, seja reconhecida pelo que é - uma grande epidemia com um tremendo impacto na população", afirma Victor Penchaszadeh, epidemiologista da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, e consultor da Organização Pan-Americana de Saúde sobre doenças crônicas na América Latina. Leia mais em:

BBC Brasil


Filtro solar inadequado prejudica a pele


O aumento da temperatura vem acompanhado de problemas na pele decorrentes do uso inadequado de filtro solar. De acordo com a dermatologista da clínica Priméra, Pietra Martini, embora seja indicado aplicar fotoprotetor durante o ano todo, a maioria dos brasileiros só usa no verão. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a radiação UV (ultravioleta) maior que 3 requer proteção e este índice acontece inclusive nos meses mais frios.A especialista ressalta que 70% dos brasileiros com até 40 anos têm pele oleosa. Depois desta idade a redução na produção de hormônios sexuais diminui a oleosidade até a pele se tornar seca. Por isso, entre adolescentes e adultos nesta faixa etária o erro mais comum no verão é usar protetor do tipo creme que contém óleo. Neste caso, comenta, o ideal é aplicar filtro solar livre de óleo, em gel ou spray. Isso porque, explica, na pele oleosa os cremes podem obstruir os poros e provocar acne, aumentando o risco de aparecerem manchas durante a exposição ao sol. O problema é potencializado pela proliferação de bactérias no ar e na pele durante o calor. Isso explica o agravamento da acne nesta época do ano, comenta. Os cremes são mais indicados para crianças e pessoas que têm pele seca. Besuntar a pele, observa, também não evita o ressecamento decorrente de exposição prolongada ao sol.
WSCOM

MP-SP apura relação de incêndios com interesse imobiliário

De acordo com declaração do promotor da área de Habitação e Urbanismo José Carlos Freitas "éÉ curioso notar que esses incêndios têm acontecido, de forma geral, em lugares onde há forte interesse do mercado imobiliário". 

Para Freitas, embora os incêndios sejam justificados por condições como falta de umida
de e precariedade das moradias, a explicação não é lógica. "Outras favelas que têm a mesma estrutura de construção também estão sujeitas à falta de umidade, mas os incêndios não têm acontecido com essa frequência em regiões mais distantes", compara.




Além disso, o promotor constata que, normalmente, são áreas nas quais se pretende construir empreendimentos não só habitacionais, mas também empreendimentos comerciais, especialmente, onde há obras públicas a serem implantadas. "A área criminal [do Ministério Público] está preocupada com a essa coincidência", disse.

Uma das atribuições da Promotoria de Habitação e Urbanismo é acompanhar o destino dado às famílias que são desalojadas em decorrência dos incêndios. "Ao longo dessas investigações, quando detectamos alguma prática criminosa, nós encaminhamos para a Promotoria Criminal para que ela apure as causas e se há alguma atividade orquestrada para incêndios dessa natureza", afirmou.

Incêndios

Na segunda-feira (17) um incêndio na favela do Moinho, região da Santa Cecília (centro de São Paulo) matou uma pessoa e deixou cerca de 300 pessoas desabrigadas. Um morador usuário de drogas foi preso suspeito de colocar fogo no barraco onde morava após discutir com o companheiro, que morreu carbonizado.

De acordo com estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), dos últimos incêndios que ocorreram neste ano na cidade de São Paulo, nove foram em áreas que aumentaram seus valores no mercado imobiliário. I

Por exemplo, a região em que está localizada a favela de São Miguel Paulista, na zona leste, que foi incendiada no final de agosto, teve a maior valorização imobiliária da capital, em apenas dois anos a alta foi de 214%.

Outras comunidades também estão na “mira” do mercado imobiliário. Na favela do Morro do Piolho, no Campo Belo, zona sul, destruída pelo fogo no dia 3 de setembro, o aumento do metro quadrado foi de 117%. Já na área em que está a Vila Prudente, ao lado do Sacomã, na zona leste, a valorização foi de 149%.

A pesquisa da FIPE também revela que as áreas que possuem mais favelas são as que têm menos incêndios. Na zona sul paulistana, nos distritos do Capão Redondo (com 93 favelas), Grajaú (com 73), Jardim Ângela (com 85) e Campo Limpo (com 79) não houve nenhum incêndio. Essas áreas aglomeram mais de 21% das favelas da capital e são as mais desvalorizadas pelo mercado imobiliário.
 Portal Vermelho

Degelo recorde no Ártico

Imagem de satélite distribuída pela Nasa mostra encolhimento da camada de gelo, em comparação a 30 anos atrás (linha amarela) | Foto: REUTERS/NASA/Goddard Scientific Visualization Studio/Handout
O gelo marinho do Ártico atingiu sua menor extensão do ano, estabelecendo um novo recorde de menor cobertura durante o verão (no hemisfério norte) desde que dados de satélite começaram a ser coletados, e, 1979.
A extensão em 2012 caiu para 3,41 milhões de km² – 50% menor que a média entre 1979 e 2000. Há tempo o gelo marinho do Ártico é considerado um indicador das mudanças climáticas. Cientistas que vem analisando o surpreendente degelo acreditam que ele é parte de uma mudança fundamental.
"Nós estamos agora em território desconhecido", disse Mark Serreze, diretor do Centro Nacional de Neve e Gelo (NSIDC, na sigla em inglês) no Estado americano do Colorado.
"Ao mesmo tempo em que já sabíamos que, à medida que o planeta se aquece, mudanças serão vistas primeiro e mais pronunciadamente no Ártico, poucos entre nós estavam preparados para a rapidez com que essas mudanças iriam ocorrer."
Cobertura fina
O recorde deste ano encerra um verão de baixa cobertura de gelo no Ártico. Em 26 de agosto, a extensão de gelo marinho caiu para 4,10 milhões de km², quebrando o recorde de baixa anterior, estabelecido em 18 de setembro de 2007, de 4,17 milhões de km².
Em, 4 de setembro deste ano, caiu abaixo de 4 milhões de km², outro recorde nos 33 anos em que dados de satélite são coletados.
"O forte declínio no final da estação mostra como a cobertura de gelo está fina", disse o cientista Walt Meier, do NSIDC.
"O gelo precisa estar muito fino para continuar derretendo à medida que o sol se vai e o outono se aproxima."
Cientistas dizem que estão observando mudanças fundamentais na cobertura de gelo marinho. O Ártico costumava ser dominado por gelo de várias camadas, que sobrevivia ao longo de muitos anos.
Mais recentemente, a região tem sido caracterizada por uma cobertura de gelo sazonal, e grandes áreas estão agora inclinadas a derreter completamente no verão.
Declínio dramático
A extensão do gelo marinho é definida como a área total coberta por pelo menos 15% de gelo, e varia de ano para ano, por causa de variações no clima.
No entanto, a extensão de gelo tem mostrado um dramático declínio geral nos últimos 30 anos.
Um estudo de 2011 publicado na revista científica Nature usou núcleos de gelo e sedimentos lacustres para reconstruir a extensão de gelo marinho no Ártico ao longo dos últimos 1.450 anos.
Os resultados sugerem que a duração e a magnitude do atual declínio pode não ter precedentes nesse período.
A cientista Julienne Stroeve, do NSIDC, está a bordo de um navio do Greenpeace em Svalbard, na Noruega, que acaba de retornar de uma expedição de pesquisa para avaliar o derretimento na região.
Ela disse que o novo recorde sugere que o Ártico "talvez tenha entrado em uma nova era climática, na qual a combinação de gelo mais fino com ar e temperaturas dos oceanos mais quentes resultam em mais perda de gela a cada verão".
"A perda de gelo marinho no verão levou a um aquecimento incomum da atmosfera do Ártico, que por sua vez tem impacto nos padrões de clima no hemisfério norte, o que pode resultar em condições climáticas extremas constantes, como secas, ondas de calor e enchentes", diz Stroeve.
Consequências
O pesquisador Poul Christoffersen, da Universidade de Cambridge, disse à BBC: "Nós sabemos muito pouco sobre as consequências de reduções drásticas no gelo marinho".
"A maioria dos modelos de projeções incluem um declínio menos rápido", afirma.
Entre as possíveis consequências em grande escala da redução de gelo marinho, ele cita mudanças nos padrões de ventos e nas correntes oceânicas.
Se a atual tendência de derretimento durante os meses de verão continuar, alguns apontam que, além de enormes desafios, também haverá oportunidades.
Alguns navios já estão economizando tempo ao navegar por uma rota antes intransitável ao norte da Rússia.
Companhias de petróleo, gás e mineração estão brigando para explorar o Ártico – apesar de sofrerem forte oposição de ambientalistas.
Essas companhias sofrem forte oposição de grupos ambientalistas.

BBC Brasil

Vaticano condena caricaturas do profeta Maomé


Vaticano, profeta Maome, caricaturasO Vaticano considera a publicação de caricaturas do profeta Maomé em uma revista satírica francesa "uma provocação".

"Publicar imagens extremamente polêmicas é como jogar gasolina no fogo, após o assassinato do embaixador dos EUA na Líbia, a morte de várias pessoas durante manifestações violentas e ameaças terroristas da Al-Qaeda," - escreve o diário oficial do Estado do Vaticano,L'Osservatore Romano.
O Papa Bento XVI, que acaba de retornar de uma "viagem da paz" ao Líbano, disse hoje que "chegou o momento em que os muçulmanos e os cristãos se devem unir contra a violência e a guerra".

João Pessoa: Mais 10 candidatos aderem a Cartaxo


Candidatos a vereador do PT do B e PSDC rompem com Cícero e aderem a Cartaxo

Ao todo, já são 21 candidatos a vereador que deixam Cícero e migram para Cartaxo

Após receber a adesão de 11 candidatos a vereador do PSC que apoiavam Cícero Lucena (PSDB), o deputado estadual, Luciano Cartaxo (PT), recebeu a adesão de mais 10 dissidentes do tucano.
De acordo com informações da campanha de Cartaxo, mais dez candidatos a vereador do PT do B e do PSDC deixaram a aliança com Cícero e passaram a apoiar o petista.
Os nomes dos candidatos ainda não foram revelados.
Além dos candidatos, o PCB também anunciou adesão a Luciano por discordar da forma como o governador Ricardo Coutinho se referiu ao ex-presidente Lula.
 WSCOM Online

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Disputa territorial com conseqüências econômicas


China, Japao, Senkaku, conflitoAs autoridades chinesas apelaram aos organizadores e participantes das manifestações anti-nipónicas para porem termo às desordens. 

As ações de protesto prosseguem desde o dia 11 de setembro após Tóquio ter declarado a intenção de comprar as ilhas Diaoyu (Senkaku). Ao mesmo tempo, Pequim não deixa de anunciar que a política do governo japonês terá efeitos negativos no estado das relações econômicas bilaterais.
Na quarta-feira, porém, pela primeira vez nos últimos dias, não foram registradas quaisquer ações de protesto em Pequim e outras cidade chinesas. O governo da China exortou pôr fim à violência depois de um incidente ocorrido, esta terça-feira, ao Embaixador dos EUA que, felizmente, se escapou ileso.
Enquanto isso, os peritos avisam que o agudizar do conflito entre Pequim e Tóquio poderá provocar uma autêntica guerra comercial entre os dois países. A tal perspectiva alude também o governo chinês. Alguma mídia da China lança insistentes apelos no sentido de proibir as importações de artigos nipônicos. Paralelamente, vão surgindo exigências de suspender as exportações chinesas de metais de terras raras que se revestem de enorme importância para a indústria japonesa. Em todo o caso, uma confrontação econômica aberta afetará ambas as partes conflitantes, considera o perito do Instituto do Médio Oriente, Yakov Berger.
"Com efeito, a guerra comercial seria mais perigosa para o Japão que depende da China em maior medida. Mas a China também sofrerá prejuízos. O Japão, por sinal, tem investido muito na economia chinesa. Criou ali novos empregos. No entanto, os operários chineses de baixa qualificação trabalham, sobretudo, em cadeias de produção. Por isso, eventual encerramento de fábricas fará com que eles voltem para os seus lares em zonas rurais onde não há trabalho."
Na seqüência das agitações que eclodiram na China foram fechadas, por um período indeterminado, as filiais de várias companhias nipônicas, inclusive da Panasonic e Canon. Foi igualmente suspenso o funcionamento de numerosas firmas daquele país. Todavia, uma guerra comercial de larga escala não se configura num horizonte próximo, reputa o perito em questões do Oriente, Alexander Salitski.
"No século XXI, tudo se resolve por companhias industriais e mercados. O grande capital, naturalmente, fará parar quaisquer ações que ultrapassem os limites do razoável. Não se trata, pois, de uma confrontação séria, pelo que os processos de produção estão interligados."
A China possui experiência da regularização de disputas territoriais com os Estados vizinhos, incluindo com a Rússia. Mas o caso com Tóquio incide sobre um dos conflitos mais agudos, razão pela qual as partes conflitantes, na pior das hipóteses, podem esquecer-se de motivos econômicos reais e de atitudes sensatas. O governo da China guarda a memória da ocupação chinesa dos 30-40 do século passado. Os centros de educação e a comunicação social também têm apelado para não esquecer esse período dramático e vergonhoso na historia do país.
Enquanto peritos e analistas se envolvem em polémicas, o investimento estrangeiro na econômica chinesa tem vindo a diminuir. O Japão reduziu o volume de alocações em mais de duas vezes, embora a queda geral se cifre em apenas 1,5%%, informa a agênciaBloomberg. A principal causa disso reside na desaceleração de ritmos do crescimento econômico na China. Mas, de qualquer maneira, a escalada do conflito é capaz de afetar os planos de investidores.