domingo, 23 de setembro de 2012

Analgésicos em excesso podem provocar dor de cabeça, em vez de curá-la


Quase 1 milhão de pessoas na Grã-Bretanha sofrem intensas dores de cabeça “completamente evitáveis”, causadas pela ingestão de analgésicos em excesso, informam médicos do Instituto Nacional de Excelência Clínica e de Saúde. De acordo com as orientações da organização, muitas pessoas encontram-se em estado de dependência, após cederem a um “ciclo vicioso” de alívio da dor, o que acaba causando ainda mais dores de cabeça.
- Pessoas que ingerem medicamentos regularmente, como aspirina, paracetamol e triptan, podem estar causando mais dor do que alívio a si mesmos – diz documento elaborado pelo painel. “Enquanto tratamentos de farmácia são eficientes para aliviar dores de cabeça ocasionais, acredita-se que 1 em cada 50 pessoas sofra dores causadas pelo excesso de medicação, e a incidência é cinco vezes maior entre as mulheres.”
Não há dados específicos na Grã-Bretanha sobre a incidência do problema, mas estudos em outros países sugerem que entre 1% e 2% da população é afetada por dores de cabeça. A Organização Mundial da Saúde (OMS) cita estatísticas que apontam que, em alguns grupos pesquisados, a incidência chega a 5% da população.
Para Martin Underwood, da Escola de Medicina de Warwick, que liderou a pesquisa do Nice, “(a ingestão de analgésicos) pode acabar em um ciclo vicioso no qual a dor de cabeça fica cada vez pior, então você toma mais analgésicos, sua dor de cabeça fica pior, e pior e pior. E é uma coisa tão fácil de prevenir”.
As novas orientações para os médicos na Inglaterra e no País de Gales são: alertar os pacientes para que suspendam imediatamente o uso dos analgésicos. Entretanto, isso pode levar a aproximadamente um mês de agonia, até que os sintomas eventualmente melhorem.
Os especialistas disseram ainda que devem ser considerados outras opções de tratamentos profiláticos e preventivos – em alguns casos, por exemplo, recomenda-se a acupuntura.
Efeito
A forma como os analgésicos atuam no cérebro não é totalmente compreendida pelos médicos.
Acredita-se que a maior parte das pessoas afetadas tenha começado a ter dores de cabeça comuns diárias ou enxaquecas; o problema foi se agravando à medida que essas pessoas passaram a recorrer à automedicação frequente.
Manjit Matharu, neurologista consultor do Hospital Nacional de Neurologia e Neurocirurgia, disse que, em geral, a automedicação se torna um problema sério quando os pacientes começam a ingerir analgésicos por dez a 15 dias todo mês.
- Isso é um grande problema para a população. O número de pessoas com excesso de uso de remédios para dor de cabeça já é de um a cada 50. Isso representa aproximadamente 1 milhão de pessoas que têm dor de cabeça diariamente ou quase diariamente devido ao uso de analgésicos – diz Matharu.
As pessoas com um histórico familiar de dores de cabeça tensionais ou enxaqueca também podem ter uma vulnerabilidade genética ao excesso de medicação para dor de cabeça. Elas podem ser mais suscetíveis aos anlagésicos, mesmo que estes não sejam específicos para dor de cabeça.
‘Diagnóstico mais preciso’
O Nice sugere que os médicos recomendem acupuntura para pacientes suscetíveis a enxaquecas e dores de cabeça tensionais.
- Podemos esperar que isso leve mais pessoas a procurarem acupuntura. Levando em conta que há evidências de que a prática é eficaz para a prevenção de enxaquecas e dores de cabeça tensionais, isso é algo positivo – diz Martin Underwood.
A chefe da Fundação Enxaqueca da Grã-Bretanha, Wendy Thomas, disse que as orientações deverão ajudar o trabalho dos médicos. “As medidas vão colaborar para um diagnóstico mais preciso, recomendações apropriadas e informações baseadas em evidências para aqueles com dores de cabeça perturbadoras. Também vão conscientizar sobre os excessos de automedicação, que podem ser um problema sério para aqueles com dores de cabeça graves.”
Fayyaz Ahmed, director da Associação Britânica para o Estudo de Enxaqueca, também vê as orientações com bons olhos. “A dor de cabeça é a doença mais frequente, e uma em cada sete pessoas na Grã-Bretanha sofre de enxaqueca. O problema coloca um peso enorme sobre os recursos do sistema de saúde e a economia de forma geral”, avalia. No Brasil, estudos de 2009 apontam a incidência de enxaqueca em cerca de 15% da população.
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Presidente da Colômbia reconvoca o Conselho Nacional de Paz para negociar com as Farc


O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, decidiu reconvocar o Conselho Nacional de Paz, formado por integrantes da sociedade civil, para mediar o acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
A decisão foi anunciada na quinta-feira, por Santos na rede social Twitter, após reuniões com representantes de organizações não governamentais (ONGs) e representantes do Parlamento, em Bogotá, a capital colombiana.
O senador Roy Barreras (Partido Social de Unidade Nacional) elogiou a participação do Conselho de Paz nas negociações com as Farc.
O presidente da Comissão de Paz do Senado, Jorge Eduardo Gechem (Partido Liberal Colombiano), reiterou a necessidade de o Parlamento participar do processo de diálogo com a guerrilha.
Durante a reunião com Santos, os representantes das ONGs e do Congresso apelaram para que as negociações de paz ampliem-se também para o Exército de Libertação Nacional (ELN), grupo armado que atua na Colômbia desde os anos 1960 e que defende princípios socialistas por meio da luta armada.
As negociações com as Farc são comandadas pelo alto comissário para a Paz da Colômbia, Humberto de la Calle, o ministro do Interior, Fernando Carrillo, o conselheiro do Diálogo Social, Lucho Garzón, além de parlamentares.
No mês passado, Santos anunciou a busca pelo diálogo como caminho para obter a paz e o fim dos conflitos com as Farc. A guerrilha atua no país há quase meio século.
A próxima etapa de negociações ocorrerá em 8 de outubro, em Oslo, na Noruega. Depois, na etapa seguinte, as conversas serão em Havana, Cuba.
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Câncer de colo de útero causa a morte de 63 mulheres na PB este ano; centro realiza exames


O câncer de colo de útero foi o responsável pela morte de 63 mulheres este ano na Paraíba. Ano passado foram registrados 85 mortes. Para rastrear esse tipo de enfermidade o Governo do Estado coloca a disposição da população paraibana  o Laboratório de Anatomia Patológica do Centro de Diagnóstico do Câncer (CDC)  que tornou-se o único de referência no atendimento da rede pública de saúde na Paraíba.
A unidade, fundada em 1998, está localizado na Avenida João Machado, 109, no centro de João Pessoa, já responde, mensalmente, pela realização de cerca de 9 mil exames citológicos de colo de útero, 1.500 exames anatomopatológicos, 300 ultrassonografias e 250 colposcopias.
De acordo com a diretora do CDC, Roseane Soares, com o passar dos anos foram agregados ao atendimento da unidade outros serviços voltados em cerca de 90% para a saúde da mulher. “Foram integrados serviços como clínica ginecológica e de mastologia, além da realização de biópsias, punções aspirativas e cirurgias de alta frequência em lesões que ainda não são cancerígenas, mas que podem ser precursoras do câncer”, explicou.
Roseane Soares enfatizou a qualidade do atendimento oferecido gratuitamente pelo SUS, especialmente no que se refere aos profissionais envolvidos. “Oferecemos atendimento especializado e comprometido com a saúde não só da mulher, como da população em geral. Possuímos, por exemplo, profissional especializado em procedimentos de detecção do câncer da tireoide, em que nota-se um crescente número de casos”, revelou.
Dos casos de câncer diagnosticados pelos serviços do CDC nas mulheres, os mais comuns ainda são os localizados no colo do útero e nas mamas. “Há quase um empate. Mas estamos identificando um aumento no número de casos de câncer de mama que são diagnosticados pelo CDC. Acredito, no entanto, que seja por uma maior procura por parte das mulheres relacionadas à saúde mamária. As mulheres estão mais conscientes, procurando se tocar e se conhecer mais, e por consequência há uma maior detecção dos casos”, disse.
Roseane lembra que o atendimento realizado no Centro de Diagnóstico do Câncer acontece por meio de encaminhamento dos PSF de cada município, direcionado através da regulação municipal de saúde de João Pessoa. “O CDC não atende demanda espontânea”, enfatiza a diretora.
Câncer do colo de útero – O câncer de colo de útero é responsável por alta taxa de mortalidade entre as mulheres. É o segundo tipo que mais mata mulheres na Paraíba, ficando atrás apenas do câncer de mama. O diagnóstico precoce é fundamental para elevar a taxa de sobrevida.
O exame papanicolau é o mais indicado para o diagnóstico do câncer do colo uterino que deve ser realizado anualmente a partir do início da vida sexual. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o papiloma vírus humano (HPV) pode ter relação com os casos de câncer de útero. São mais de 200 tipos diferentes de HPV, classificados como tendo baixo risco de câncer e alto risco. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos.
O HPV é capaz de provocar lesões de pele ou mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente.
A diretora do CDC, Roseane Soares, enfatiza a importância da paciente diagnosticada com o HPV ser acompanhada regularmente pelo ginecologista. “É preciso monitorar o aparecimento ou não de lesões pelo menos de seis em seis meses, possibilitando intervenções preventivas e eliminando uma possível progressão.”
Ainda segundo instituto, estudos no mundo comprovam que entre 50% e 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imunológico, principalmente entre as mulheres mais jovens.
Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos (que poderão ser detectados no organismo), mas nem sempre estes são suficientemente competentes para eliminar o vírus. A transmissão é por contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus.
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É falso o papiro que descreve a vida terrena de Cristo



Karen King papiro Jesus Cristo falso esposa mulher vida terrena O professor Francis Watson da Universidade de Durham refutou a autenticidade do papiro que alegadamente continha pormenores da vida terrena de Jesus Cristo.

O professor britânico chegou à conclusão que o fragmento, que provocou uma grande discussão nos meios científicos, é uma falsificação e representa uma compilação de fragmentos do verdadeiro Evangelho segundo Tomás em língua copta.
Anteriormente, a professora Karen King da Universidade de Harvard afirmava que tinha descoberto novos dados sobre a vida de Cristo, incluindo o seu matrimónio com Maria Madalena.
Com base no estudo de um pequeno fragmento de papiro, contendo oito linhas e datado do século IV, ela tirou a conclusão que, não só Cristo existiu realmente, mas que também tinha família. King informou que o papiro lhe foi entregue por um desconhecido com um pedido para o traduzir.

Proibição em universidades acirra debate sobre direitos das mulheres no Irã

Estudantes iranianas (Foto: AFP)
A decisão de restringir a participação feminina em diversos cursos em universidades do Irã, no momento em que se inicia o novo ano acadêmico, vem provocando uma ampla discussão sobre os direitos das mulheres à educação no país – e o impacto de longo prazo que essas restrições podem ter.
Mais de 30 universidades adotaram novas regras excluindo as mulheres de quase 80 diferentes cursos acadêmicos. As restrições englobam uma desconcertante variedade de cursos, de engenharia, física nuclear e ciência da computação a literatura inglesa, arqueologia e negócios.
Nenhuma razão oficial foi dada para a decisão, mas ativistas como a advogada e Nobel da Paz Shirin Ebadi alegam que é parte de uma política deliberada das autoridades iranianas para excluir as mulheres da educação.
"O governo iraniano está usando várias iniciativas (...) para restringir o acesso das mulheres à educação, impedi-las de serem ativas na sociedade e mandá-las de volta para casa", disse Ebadi à BBC.

Histórico

O ministro da Educação Superior, Kamran Daneshjoo, disse que, apesar das mudanças, 90% dos cursos universitários ainda estão abertos tanto para homens quanto para mulheres e ressaltou ainda o forte histórico do Irã de oferecer educação superior a jovens.
O Irã foi um dos primeiros países do Oriente Médio a permitir que mulheres estudassem em universidades e, desde a Revolução Islâmica, em 1979, fez grandes esforços para incentivar mais mulheres a se matricularem em cursos superiores.
A lacuna entre os números de estudantes homens e mulheres foi gradualmente reduzida. Em 2001, o número de mulheres superou o de homens pela primeira vez, e hoje elas são mais de 60% do total de estudantes universitários no país. A cada ano, mais mulheres do que homens estão se matriculando em universidades no Irã, motivadas, dizem alguns, pela oportunidade de ter uma vida mais independente, ter uma carreira e escapar da pressão de seus pais para que fiquem em casa e se casem.
As mulheres estão bem representadas em uma variada gama de profissões e há muitas mulheres engenheiras, cientistas e médicas.
Mas muitos no Irã temem que as novas restrições possam prejudicar essas conquistas.
"Eu queria estudar arquitetura e engenharia civil", diz Leila, uma jovem do sul do Irã. "Mas o acesso para mulheres foi cortado em 50%, e há a possibilidade de que eu não consiga entrar na universidade neste ano."

BBC Brasil

sábado, 22 de setembro de 2012

Bem Vindos a Primavera

Neste sábado começa a primavera, a estação das flores.

Refrigerante pode alterar DNA


O consumo regular de bebidas doces como refrigerantes aumenta o risco genético de uma pessoa se tornar obesa, aponta uma nova pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos EUA. Isso significa que os produtos adicionados de açúcar podem alterar o DNA da pessoa e fazer com que ela transmita o gene da obesidade a seus filhos, por exemplo.

A probabilidade de quem toma uma porção de refrigerante por dia engordar é o dobro de quem ingere menos de uma dose por mês.
O estudo foi publicado nesta sexta-feira (21) na edição online da revista científica "New England Journal of Medicine". Segundo os autores, liderados pelo professor Lu Qi, o trabalho reforça a tese de que fatores ambientais e genéticos atuam em conjunto para controlar as chances de alguém ficar mais suscetível ao ganho de peso.
O estudo se baseou em dados de três levantamentos prévios, que envolveram 121.700 mulheres, 25 mil mulheres e 51.529 homens, respectivamente. Desse total, foram analisados apenas 6.934 mulheres do primeiro trabalho, 4.423 homens do segundo e 21.740 mulheres do terceiro – estas últimas, de ascendência europeia.

Todos os participantes responderam a questionários em que detalhavam sua alimentação, incluindo a ingestão de bebidas ao longo dos anos. Eles foram divididos em quatro grupos, de acordo com a quantidade consumida: aqueles que tomavam menos de uma porção por mês, os que bebiam de uma a quatro por mês, os que ingeriam de duas a seis por semana, e os que chegavam a uma ou mais por dia.

Para representar uma predisposição genética global, que abrangesse pessoas de diversas etnias, os cientistas calcularam 32 variações nas sequências de DNA associadas ao índice de massa corporal (IMC), número obtido pela quantidade de quilos dividida pelo quadrado da altura.
Nas últimas três décadas, o consumo de bebidas açucaradas aumentou drasticamente em todo o mundo. Embora haja evidências de uma ligação entre esses produtos, as taxas de obesidade e doenças crônicas – como a diabetes tipo 2 –, pouco ainda se sabia se esses líquidos interferiam no DNA humano e influenciavam a predisposição genética ao acúmulo de gordura corporal.
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