Um estudo publicado pela universidade de Plymouth no Reino Unido alertou que crianças estão se viciando em pornografia na Internet. A situação se torna preocupante fazendo com que despertem sua sexualidade de forma muito antecipada, o que acarretará problemas na vida adulta. O estudo relatou que o acesso à pornografia na web por crianças com idade a partir de 11 anos de idade se tornou prática comum, dando-lhes expectativas irreais sobre o sexo e tornando-as insensíveis a imagens sexuais.
A Associação Nacional dos Diretores solicita a adição de aulas para orientação sexual no ensino fundamental, para eles, as crianças estão crescendo em um “mundo sexualizado” e necessitam de orientação para lidar com questões como a da pornografia. Ainda segundo a associação os professores precisam responder ao fato de que as crianças tem recebido informações sobre sexo da Internet e a educação sexual contemporânea está irremediavelmente desatualizada para lidar com mundo “sexualmente aberto” ao qual as crianças são expostas hoje.
Entretanto a União Nacional de Professores do Reino Unido discorda, os professores acreditam que o nível fundamental não tem maturidade suficiente para temas como pornografia. Abordar tal tema nas aulas seria um passo muito longo, as escolas devem falar sobre o assunto caso haja solicitação dos estudantes. Segundo os professores os adolescentes são bombardeados com pornografia desde cedo e que eles sabem lidar com assunto.
Em entrevista para Radio 1 da BBC, o conselheiro político Sion Humphreys posicionou-se a favor da inclusão da orientação sexual no ensino fundamental, para ele os professores precisam “ter aulas” sobre o impacto da pornografia nas crianças. O acesso fácil a conteúdo pornográfico oferecido pela Internet é a base da defesa de que alunos a partir dos 10 anos de idade precisam ser educados a respeito da pronografia. De acordo com Humphreys a orientação sexual deveria começar a partir dos 10 anos, mas de forma leve, para “estabelecer as bases”.
Já Siobhan Freegard, fundadora do site orientação a mães Netmums, acredita que a solução ideal seria os pais trabalharem junto com as escolas na questão da pornografia. Ela disse que o assunto é um “campo minado”, muitos não sabem o que fazer ou que dizer a uma criança, uma mãe solteira saberia como tratar o assunto com a filha, já o Pai solteiro não.
De acordo com a BBC o Departamento de Educação do governo não quis comentar sobre a inclusão da orientação sexual para o ensino fundamental. Entretanto disse que cabe a cada escola a melhor forma de ministrar a matéria.
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