Moradores de Gaza saborearam a calma que reinou pelo território nesta quinta-feira depois de um cessar-fogo mediado pelo Egito ter interrompido oito dias de intensos bombardeios israelenses que mataram 162 pessoas.
Apesar da morte e da destruição, muitos estavam alegres, ecoando declarações dos governantes islâmicos da Faixa de Gaza, o grupo Hamas, de que seus foguetes, que atingiram Tel Aviv e Jerusalém pela primeira vez, superaram o poderio militar de Israel.
"Parabéns pela vitória", disseram transeuntes enquanto apertavam as mãos de policiais de trânsito do Hamas, de volta às ruas após dias escondidos para evitar as bombas e mísseis israelenses.
Mas a alegria se misturava com a tristeza, com muitos palestinos caminhando por casas e prédios do governo destruídos, móveis em ruínas e carros semi-enterrados nos escombros.
Os combates terminaram na quarta-feira, depois que Hamas e Israel aceitaram uma trégua, apesar de dúvidas em ambos os lados se isso seria nada mais do que uma pausa em uma luta mortal entre adversários profundamente desconfiados.
Multidões celebraram em Gaza, a maioria com bandeiras verdes do Hamas, mas centenas tinham emblemas amarelos do grupo rival Fatah, liderado pelo presidente palestino pró-Ocidente, Mahmoud Abbas.
"Hoje nossa unidade se materializou, Hamas e Fatah são uma mão, uma espingarda e um foguete", disse um dos líderes do Hamas Khalil Al-Hayya a milhares de pessoas na praça principal de Gaza.
Nabil Shaath, uma autoridade do Fatah, até dividiu o palco com líderes do Hamas, da Jihad Islâmica e outras facções.
As imagens impressionantes da reconciliação quebraram um padrão de amargura desde que atiradores do Hamas tiraram o Fatah da Faixa de Gaza em 2007, reforçando politicamente a separação física do território da Cisjordânia ocupada por Israel.
Abbas foi marginalizado na crise de Gaza, não tomando parte nas negociações indiretas no Cairo que levaram à trégua.
Mas ele telefonou para o chefe do Hamas em Gaza e primeiro-ministro, Ismail Haniyeh, para "felicitá-lo pela vitória e manifestou condolências às famílias dos mártires", informou o escritório de Haniyeh.
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Caixa Econômica vai abrir 7 novas agências na Paraíba até o final do ano
A Caixa Econômica Federal (CEF) terá mais sete agências na Paraíba até o final deste ano, sendo quatro em João Pessoa e 3 no interior do estado.
Relator pede investigação de Gurgel e jornalista da Veja
No mesmo dia em que a Justiça determinou a libertação do contraventor Carlos Augusto Ramos, o relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), pressionado pela cúpula do PT, cedeu e propôs no texto que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) investigue o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o indiciamento do jornalista Policarpo Junior, redator-chefe da Revista VEJA. Cunha apresentou o relatório final com a proposta de indiciamento de 46 pessoas envolvidas com o bicheiro, entre elas o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, e o prefeito de Palmas, o petista Raul Filho.
No relatório, Odair Cunha alega que Gurgel suspendeu "sem justificativa" as investigações da Operação Vegas, ação da Polícia Federal iniciada em 2009 que apontou os primeiros indícios de ligação do contraventor com parlamentares, entre eles o senador cassado Demóstenes Torres (sem partido-GO). Durante os trabalhos da comissão, o procurador-geral da República informou à CPI que decidiu parar as investigações da Vegas para encontrar elementos mais fortes da atuação de Cachoeira. Segundo Gurgel, isso só ocorreu quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira em 29 de fevereiro.
Entretanto, o relator da CPI sustenta que as duas operações têm origens distintas, não havendo motivo para a paralisação da Vegas. "Não estou afirmando nada, estou colocando essa questão do PGR na pauta. Ele precisa se explicar", afirmou Odair Cunha ao Estado. Ele vai apresentar hoje seu parecer, que só irá à votação na semana que vem.
Desde o início da CPI, o chefe do Ministério Público Federal tornou-se alvo dos petistas e do ex-presidente e atual senador Fernando Collor (PTB-AL). Gurgel foi o responsável por defender a condenação das principais personalidades do PT envolvidos no escândalo do mensalão, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente do partido José Genoino. Incentivado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a comissão de inquérito foi idealizada para tentar neutralizar o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. O relator nega ter sido pressionado a incluir Gurgel no seu texto final.
Odair Cunha pediu o indiciamento do jornalista Policarpo Junior por formação de quadrilha, sob a alegação das relações "constantes e permanentes" com o chefe do esquema. As conversas entre o jornalista e o contraventor levaram a várias reportagens publicadas na revista semanal. "Todas as pessoas que, de alguma forma, contribuíram em favor dos interesses da quadrilha tiveram o pedido de indiciamento. E ele (Policarpo Junior) sabia dos interesses da quadrilha", afirmou.
No texto, o relator da CPI sugere que o indiciamento de Marconi Perillo por seis crimes, entre eles corrupção passiva e formação de quadrilha. Para Cunha, o esquema criminoso comandado por Cachoeira estava incrustado no governo do tucano. Oito pessoas ligadas a Perillo, entre secretários, ex-secretários e assessores, tiveram o seu indiciamento pedido. É o caso do ex-presidente do Departamento de Trânsito de Goiás Edivaldo Cardoso.
O relatório, que tem cinco mil páginas, livrou o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz. Havia a suspeita de que o governo de Brasília havia favorecido a empreiteira Delta, ligada a Cachoeira, em um milionário contrato para a coleta de lixo na capital do país. Contudo, Odair Cunha não encontrou elementos para implicar Agnelo com o esquema. Outro governador que não figurou no texto final é o do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB).
Odair Cunha destacou no relatório que Cachoeira mantinha empresas-fantasmas que receberam R$ 98 milhões da Delta. A comissão, contudo, não conseguiu rastrear o destino da maior parte desse dinheiro - uma das suspeitas era para pagar propina a políticos. "A Delta serviu a interesses da organização criminosa", afirmou. Ele pediu o indiciamento por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha de Fernando Cavendish, dono da empreiteira, e a investigação de todos os diretores da construtora.
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terça-feira, 20 de novembro de 2012
Antibióticos estão perdendo a eficiência
Uma das principais autoridades médicas britânicas fez nesta semana um alerta sobre o aumento da resistência de diversas bactérias aos antibióticos modernos.
A professora Dame Sally Davies, principal consultora para assuntos médicos do governo britânico, qualificou o problema como uma das maiores ameaças atuais para a saúde humana. "Os antibióticos estão perdendo a sua eficácia em um ritmo alarmante e irreversível - semelhante ao do aquecimento global", disse Davies.
Segundo a médica, o uso desnecessário de antibióticos em casos de infecções leves é o que estaria ajudando a ampliar a resistência de algumas variedade de bactérias, como a E. coli e a causadora da gonorreia.
"As bactérias estão se adaptando e encontrando formas de sobreviver aos efeitos dos antibióticos. Elas estão se tornando resistentes e os tratamentos não fazem mais efeito", explicou.
Novos antibióticos
O problema seria agravado pelo fato de que, hoje, haveria relativamente poucas novas variedades de antibiótico sendo desenvolvidas.
Apoiada pela Agência de Proteção à Saúde britânica (HPA, na sigla em inglês), Davies fez uma apelo para que pacientes e médicos pensem duas vezes antes de fazer uso desse tratamento.
"Todos parecemos esquecer quanto uma gripe ou resfriado podem fazer com que uma pessoa se sinta mal", disse a médica Cliodna McNulty, da HPA.
"Isso talvez faça que, ao menor sinal dessas doenças, acreditemos que precisamos de antibióticos para melhorar. Mas esse não é o caso e outros medicamentos podem ajudar a aliviar as dores de cabeça, dores musculares e coriza", disse.
BBC Brasil
Ascensão social faz aumentar casos de racismo
Nos últimos dez anos, com melhorias consistentes nos indicadores sociais no Brasil, os cidadãos mais pobres passaram a ter acesso a outros níveis de consumo, como em lojas de shopping, aeroportos, cinemas e universidades. No caso de cidadãos negros e pardos, para muitos isso significou também maior exposição à discriminação racial nos ambientes antes frequentados majoritariamente por pessoas brancas.
Na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), já são 15 as denúncias de racismo em universidades, 12 registradas neste ano, quatro vezes mais que as três contabilizadas em 2011 – quando a Ouvidoria da Seppir passou a receber os relatos de discriminação –, afirma Carlos Alberto Silva Júnior, ouvidor da Seppir.
Segundo ele, este aumento não está relacionado a manifestações contra a lei que garante metade das vagas nas universidades federais a negros, pardos e índios, desde que tenham cursado o ensino público, sancionada no final de agosto.
“A lei é recente, e muitas situações ocorreram antes que ela foi sancionada. O que percebemos é que há, além da maior exposição de negros em situações de consumo antes pouco comuns por causa de condições financeiras, também maior percepção por parte destes cidadãos do que é preconceito racial”, diz.
Daniel Teixeira, advogado e coordenador de projetos do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (CEERT), afirma que, neste ano, aumentou em cerca de 30% as denúncias de crimes raciais em situações de consumo registrados na entidade - que lida com casos de natureza racial e de intolerância religiosa, por exemplo.
As denúncias relacionadas aos centros de compras lideram nos 25 casos acompanhados pelo CEERT desde janeiro e evidenciam que o preconceito ocorreu em função da cor da pele e não da classe social. “Em muitos casos, quando a pessoa é pobre, ela não consegue identificar direito se está sofrendo preconceito por ser negra ou por ser pobre e, muitas vezes, acaba relacionando tudo à pobreza”, afirma Teixeira.
“Mas, quando estas pessoas conseguem melhorar sua situação financeira, percebem que não é mais por causa da pobreza que são discriminadas”, afirma. “Tem um caso emblemático de um músico que foi o único da banda a ser barrado em shopping de elite em São Paulo onde eles se apresentariam. Ele chegou de táxi e foi impedido de entrar pelos seguranças, alegando que o motivo era por estar com um instrumento. Mas os outros músicos, todos brancos, também estavam com seus instrumentos e nenhum foi barrado”, relata.
Tanto para o advogado do CEERT como para o ouvidor da Seppir, a queda na desigualdade social registrada nos últimos dez anos no Brasil (que fez o índice Gini, usado pela ONU para medir a desigualdade, cair de 0,594 para 0,527 entre 2001 e 2011) beneficia a população de negros e pardos no país, historicamente relegadas às posições mais baixas da sociedade, e revela mais nitidamente as situações de preconceito.
Para Silva Júnior, há uma discriminação histórica - como na lei de Imigração de 1890, que proibia a entrada de africanos, e na lei que criminaliza e legaliza a prisão por vadiagem logo após o fim da escravidão, quando a maior parte dos negros não tinha emprego formal algum -, mas há também o preconceito difuso.
A secretária Nacional de Combate ao Racismo da CUT, Maria Júlia Reis Nogueira, acostumada a uma rotina de aeroportos por conta do trabalho, e dona de cartões de fidelidade que dão os maiores benefícios na compra de passagens, conta que já caiu na armadilha do preconceito difuso em situações de consumo.
“Sempre viajo a trabalho, não me visto como uma madame, e percebi que em muitos locais quando entro na fila destinada aos portadores do meu cartão de fidelidade têm pessoas que me perguntam se estou na fila correta. No começo, ao perceber que esta atitude era em função da cor pele, respondia sempre que, se não tivesse o cartão, não estaria naquele lugar. Mas agora, quando me perguntam isto eu questiono a pessoa se está fazendo esta pergunta para todo mundo que está na fila, independente da cor da pele”, afirma.
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Facebook deixa usuários mais gordos, diz estudo
Um estudo resolveu mostrar toda a verdade por trás das fotos de gente rica, magra e boazinha postadas no Facebook.
Aqueles que passam mais tempo on-line e tinham muitos amigos na rede social tinham mais tendências de comer besteira e ter mais gordura no corpo, assim como mais dívidas no cartão de crédito.
Outra parte do estudo mostrou que aqueles que passavam cinco minutos no Facebook, ficavam mais inclinados a comer biscoito do que uma barra de cereal.
Além disso, os internautas mostravam mais preguiça na hora de resolver problemas matemáticos e desistiam mais facilmente.
O porta-voz do Facebook não quis comentar o assunto ao "WSJ".
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No Egito, há quem exorte a armar urgentemente os palestinos
Um assessor do presidente egípcio Mohammad Mursi exortou a proclamar imediatamente um Estado palestino independente, informou a emissora israelense Call Israel.
Mohammad Fuad Jadallah, assessor jurídico do presidente do Egito, declarou, falando a um canal de TV árabe, disse ser necessário fundar um Estado palestino e iniciar o fornecimento de armas aos palestinos para que eles possam opôr resistência a Israel.
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