segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Papa Bento XVI celebra Missa do Galo e critica rejeição a Deus e violência religiosa

O papa Bento XVI celebra a tradicional Missa do Galo na basílica de São Pedro do Vaticano, a oitava de seu Pontificado Foto: Vincenzo Pinto / AFP

A rejeição a Deus pelo mundo contemporâneo leva à rejeição do outro, principalmente dos mais vulneráveis, advertiu nesta segunda-feira o Papa Bento XVI, durante a tradicional Missa do Galo, antes de definir qualquer violência em nome de Deus como uma "doença" da religião.
O Papa, que celebrou a missa com o auxílio de cerca de 30 cardeais, rezou pela paz na Palestina, Síria, Líbano e Iraque para que os cristãos possam "conservar sua morada" nestes lugares e para que "cristãos e muçulmanos possam construir juntos seus países na paz de Deus".
"Estamos completamente repletos de nós mesmos, de modo que já não há espaço para Deus. Também não resta espaço para os outros, para as crianças, os pobres, os estrangeiros", disse o Papa na missa celebrada na Basílica de São Pedro. "Não é precisamente a Deus que rejeitamos?", questionou Bento XVI.
No início de uma cerimônia de mais de duas horas, acompanhada por coral em latim, música de órgão e som de trombetas, Bento XVI percorreu a imensa Basílica de São Pedro sobre uma plataforma móvel, mostrando cansaço.
"Correntes de pensamento muito difundidas afirmam que (...) a religião, em particular o monoteísmo, seria a causa da violência e das guerras no mundo; que seria preciso libertar a humanidade da religião para se estabelecer a paz; que o monoteísmo, a fé em um único Deus, seria prepotência, motivo de intolerância, já que por sua natureza tentaria se impor a todos com a pretensão da única verdade".
"É certo que o monoteísmo serviu durante a história como pretexto para a intolerância e para a violência. É verdade que uma religião pode se desviar e chegar a se opor à natureza mais profunda quando o homem pensa que deve tomar em suas mãos a causa de Deus, fazendo de Deus sua propriedade privada. Devemos estar atentos contra a distorção do sagrado".
"Mas mesmo que seja incontestável um certo uso indevido da religião na história, não é verdade que o "não" a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, se extingue também a dignidade divina do homem", concluiu Bento XVI.Leia mais no Portal Terra.

Feliz Natal!

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Redes sociais acaba com a vida sexual das pessoas, diz pesquisa


Pesquisa realizada pelo site  “Broadbandchoices” afirma que grande percentual dos adultos britânicos acessa redes sociais por meio de notebooks, smartphones e tablets quando vão para a cama, resultando em diminuição de horas de sono diárias e também de suas frequências sexuais.
Quando dormir? Os dados colhidos neste estudo informam que, em média, dorme-se hoje uma hora e meia a menos do que há uma década. E os culpados? Majoritariamente, Twitter e Facebook, existindo ainda outros dispersores por toda a Internet. Enquanto em 2002 a população adulta da Grã-Bretanha costumava dormir por volta das 22h30, hoje 46% dela adormece à meia-noite.
Efeitos Essa diminuição do volume de horas dormidas gera um débito de descanso assombroso quando reunido: sete horas e meia de perda de sono em uma semana, resultando em 360 horas em um ano; equivalente a 15 dias de sono em um ano trocados por atividades online. Esse novo hábito também afeta a vida sexual de muitos casais, que acabam não se relacionando porque um dos parceiros (ou ambos) está atarefado (ou entretido) em algum site, serviço ou rede social. Claramente, hábitos antigos permanecem atrasando o sono de muitos por todo o planeta e há algumas décadas. Dentre eles, 15% dos entrevistados afirmaram gastar um bom tempo assistindo TV antes de dormir. No entanto, com a popularização do serviço de banda larga nos últimos dez anos, surgimento de dispositivos para acesso remoto, redes sociais e todo tipo de diversão online – como filmes, jogos, músicas e mais -, parece que este mau hábito já está cristalizado em certa parte da população.
Leia mais em Focando a Notícia.

EUA e Rússia à beira de romper relações diplomáticas


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Viatcheslav Nikonov, primeiro vice-presidente do Comitê das Relações Internacionais da Duma de Estado da Rússia, ameaçou aos EUA com uma resposta simétrica se fôr aprovado o pedido de incluir parte dos deputados russos na lista Magnitski.

"Será um escândalo sem precedentes, provavelmente à beira de ruptura das relações diplomáticas", declarou o deputado ao Serviço de Notícias Russo. Entretanto, Nikonov considera que Washington não se decidirá a essa medida.
O pedido de alargar a lista Magnitski aos deputados da Duma de Estado que aprovaram a proibição de adoção de crianças russas por norte-americanos apareceu em 21 de dezembro no site We the People (Nós, o Povo) e colheu até hoje os 25 mil votos necessários para ser examinado pela administração Obama.
Leia mais em Voz da Rússia.

Consumir 3 bananas por dia pode livrar você de ter um AVC


Pesquisa coordenada por britânicos e italianos mostrou que o Acidente Vascular Cerebral pode ser evitado com bananas!
O estudo mostrou que uma pessoa que consome uma banana durante o café da manhã, seguido de mais uma unidade no almoço e jantar, têm uma redução bastante significativa nas chances de sofrer um AVC, também conhecido como “derrame”.
A ciência já mostrou que alimentos com altos índices de potássio têm ação efetiva na boa saúde do cérebro, além de contribuir no controle da pressão arterial. Alimentos ricos em potássio incluem o espinafre, as nozes, lentilha, leite e a banana, dentre outros.
O estudo levou em consideração dados colhidos em 1960, onde dezenas de pesquisas realizadas na época foram revisadas e reanalisadas em busca de um índice que pudesse se encaixar de modo global na população.
As universidades de Warwick e Nápoles divulgaram nota alertando que se o consumo de potássio aumentasse na população mundial e diminuísse em cloreto de sódio (sal de cozinha), mais de um milhão de pessoas teriam suas vidas poupadas anualmente de um AVC.
Leia mais em WSCOM Oline

Ataque aéreo mata dezenas na Síria

Cena logo depois do ataque em Halfaya (AFP)Dezenas de pessoas foram mortas e muitas outras ficaram feridas em um ataque aéreo contra uma padaria na província de Hama, região central da Síria.
 O incidente ocorreu na cidade de Halfaya, recentemente capturada pelos rebeldes.
Os ativistas de oposição afirmam que pelo menos 90 pessoas foram mortas. Se esta informação for confirmada, este será um dos mais graves ataques aéreos da guerra civil no país.
"Não há forma de saber de verdade quantas pessoas foram mortas. Quando cheguei lá, pude ver montes de corpos espalhados", afirmou à agência de notícias Reuters um ativista em Halfaya, Samer al-Hamawi.
"Não tínhamos recebido farinha durante três dias então todos estavam indo para a padaria hoje e muitos deles eram mulheres e crianças. Ainda não sei se meus parentes estão entre os mortos", acrescentou.
Imagens de vídeo sem confirmação independente mostram a padaria logo depois do ataque, com imagens de corpos cobertos de sangue espalhados em uma rua, em frente a um prédio parcialmente destruído.
Equipes de resgate tentam retirar os corpos de algumas das vítimas que estão embaixo dos escombros dos prédios destruídos.
O grupo de oposição da Síria que está baseado em Londres, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, afirmou que mais de 50 feridos estão em estado grave e o número de mortos pode aumentar.
Os rebeldes estão lutando contra o presidente sírio Bashar al-Assad nos últimos 21 meses e os grupos de oposição afirmam que mais de 44 mil pessoas já foram mortas.

'Grupo terrorista armado'

A televisão estatal da Síria informou que um "grupo armado terrorista" foi o responsável pelo ataque em Halfaya e acrescentou que o próprio grupo filmou o incidente para poder culpar o Exército sírio.
A província de Hama, onde fica Halfaya, tem sido cenário de combates entre os rebeldes e as forças do governo.
Os rebeldes do Exército Livre da Síria recentemente fizeram operações coordenadas para retomar áreas da província. Há cinco dias eles declararam Halfaya como uma "área liberada", depois de tomar posições do Exército.
O correspondente da BBC em Beirute, Jim Muir, afirma que os rebeldes querem assumir o controle de toda a província de Hama e ligara região com o território que já controlam na Síria. Como já aconteceu antes, segundo o correspondente, o governo reagiu com muita força nas áreas que perdeu.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou que ocorreram outros ataques aéreos na Síria neste domingo matando um total de 180 pessoas, incluindo um na cidade de Safira, na província de Aleppo, ao norte, que matou 13 pessoas.
Os jatos também atacaram a cidade de Saqba, ao norte da capital, Damasco.
Os ataques ocorreram no momento em que o enviado da ONU à Síria, Lakhdar Brahimi, chegou a Damasco, a capital Síria, para mais uma rodada de negociações com o governo.
Os combates perto de Damasco obrigaram Brahimi a chegar na capital síria por terra, viajando a partir do Líbano.
Leia mais em BBC Brasil.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Política de segurança de SP 'esquece' direitos humanos e privilegia uso da força

Política de segurança de SP 'esquece' direitos humanos e privilegia usa do força
A falta de controle da violência, principalmente a policial, e o discurso de governantes estaduais como Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, que dão legitimidade política ao uso da “força” como regra por parte da polícia, não como exceção, demonstram que além de não ter êxito no combate ao crime, a política de segurança pública do estado mais populoso e mais rico do país é indiferente aos direitos humanos. Entre 2007 e 2011, de acordo com informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 2.311 foram mortas pela polícia no estado de São Paulo.
Para a secretária executiva e coordenadora de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, mesmo com a redução de quase 70% nos casos de homicídios naquele período no Estado de São Paulo, o número de assassinatos ainda é alto e esta diminuição não foi acompanhada de queda nas taxas de mortes provocadas pelas polícias, principalmente a Polícia Militar. “O resultado 'morte' era para ser uma fatalidade nas operações da polícia, e não o padrão. São Paulo tem uma média de 4 mil a 4,5 mil homicídios por ano e 20% do número das mortes ocorridas na cidade são praticadas pela polícia”, afirma a pesquisadora.
Segundo ela, a falta de controle do uso da força por parte da polícia no Estado de São Paulo é evidenciada por dois dos principais parâmetros internacionais usados sobre o tema: o primeiro, quando o número de mortes causadas pela polícia for maior que 10% do total de homicídios em geral, e o segundo, quando há mais mortes do que feridos.
“A grande questão é que no Brasil a gente não consegue mudar o padrão de uso da força policial. Em alguns momentos se conseguiu reduzir. Em 1996, por exemplo, houve 200 casos de mortes por policiais no Estado de São Paulo. O governo, quando implementa políticas públicas voltadas ao controle das polícias, consegue reduzir as taxas de letalidade, mas não é capaz de mudar o padrão de uso da força”, afirma. Isso faz com que as taxas variem conforme as crises cíclicas de violência que têm ocorrido em São Paulo desde o início da década de 1990.
Em análise feita para o 5º Relatório Nacional sobre Direitos Humanos no Brasil pelo Núcleo do Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), Samira aponta que casos de violência institucional no Brasil nos últimos anos costumam ser acompanhados de respostas frágeis por parte do poder executivo, do Judiciário, das polícias e do Ministério Público. A análise no relatório foi feita juntamente com Renato Sérgio de Lima, membro do conselho de administração do fórum.
Para ilustrar esta afirmação, Samira e Lima apontam como exemplo a nomeação de Nivaldo Cesar Restivo, feita por Alckmin, em setembro deste ano, para o comando das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Ele responde a processo por denúncia de lesão corporal grave que teria ocorrido após o massacre de 111 presos no presídio do Carandiru, em outubro de 1992. Restivo participou da operação de rescaldo em que 87 presos sofreram agressões e maus tratos. O massacre do Carandiru ocorreu em outubro de 1992 e até hoje os 120 policiais militares envolvidos no assassinato e em agressões não foram julgados.
No mesmo mês que nomeou Restivo para o comando da Rota, Alckmin ao defender ação do grupo especial da PM paulista em operação que resultou na morte de nove pessoas em Várzea Grande Paulista, na Grande São Paulo, disse que “quem não reagiu, está vivo”. Em cerimônia de transmissão do cargo na Secretaria de Segurança Pública no mês passado, o governador disse que o policial militar “é” o Estado em contraposição ao discurso de Fernando Grella, secretário empossado, que havia afirmado que os policias “representam” o Estado. Alckmin foi enfático ao dizer que os policiais não apenas representam o Estado, mas que eles realmente “são” o Estado.
De acordo com Samira, os índices de letalidade das polícias em São Paulo desde meados da década de 1980 oscilam de acordo com as políticas de segurança definidas pelos governadores e seus secretários de segurança, ora atingindo picos como o de 1992 (1.470 mortos em operações da PM, incluindo aí os 111 do massacre do Carandiru), quando Luiz Antonio Fleury Filho era governador, ora baixando, como os cerca de 200 por ano entre 1996 e 1997, durante governo de Mário Covas (PSDB).
Segundo Samira, na década de 1990 foram adotadas ações voltadas para o controle das polícias, como o afastamento do policiamento ostensivo por seis meses de policiais militares envolvidos em mortes, a criação da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo (1995) e a divulgação de informações oficiais da Secretaria de Segurança Pública (1995), mas na década seguinte houve retrocessos.
“Na última década o que se tem é que normalmente promotores de Justiça estão à frente da Secretaria de Segurança e o que se esperava é que, a partir do momento em que o Ministério Público, que tem como uma de suas prerrogativas constitucionais o controle externo das polícias, assumisse a secretaria, é que os índices de letalidade diminuíssem. Não só não foram reduzidos como, aparentemente, o controle das polícias sai da agenda do governo”, diz Samira.
De acordo com ela, os sinais dados pelos governantes, secretários de segurança pública e pelos comandos policiais são fundamentais para determinar a forma como as polícias agem. “Quando o Grella disse no discurso de posse que direitos humanos e combate ao crime não são incompatíveis isto é um sinal muito importante, um indicativo”, afirma. Samira vê com otimismo a indicação de Grella para a secretaria em relação à expectativa sobre controle do uso da força policial e diminuição das taxas de letalidade. 
Do discurso aos atos, Samira aponta que o uso da Rota em operações de policiamento ostensivo coincidiu com os períodos de maiores taxas de letalidade da PM. “A Rota tem um papel fundamental, mas não deve funcionar no policiamento ostensivo. O que fez o Ferreira Pinto (Antonio Ferreira Pinto, ex-secretário de Segurança) foi o que Fleury fez no início da década de 1990, quando colocou a Rota no policiamento ostensivo. É o período com o maior número de mortes pela polícia. Foram 1.140 em 1991 e 1.470 em 1992,”, afirma.
Ferreira Pinto ficou cerca de três anos à frente da secretaria e foi substituído por Fernando Grella após uma onda de violência em São Paulo com aumento no número de homicídios em geral, mortes executadas por policiais, mortes de PM atribuídas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e de suspeita de atuação de grupos de extermínio formados por policiais militares.
Uma das questões apontadas pela secretária executiva do Fórum Nacional de Segurança Pública como evidência da falta de controle sobre as polícias é o uso dos registros de “resistência seguida de morte” e “autos de resistência” em boletins de ocorrências quando de mortes executadas por policiais durante operações de policiamento. O fim destes registros por parte das polícias civis estaduais em boletins de ocorrência foi recomendado por uma resolução da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República na primeira quinzena de dezembro, mas no Estado de São Paulo, por exemplo, o governo já informou que não vai abandonar o registro de “resistência seguida de morte”.
“Em São Paulo, um assassinato cometido por um policial não é registrado como homicídio, é registrado como resistência seguida de morte. O que quer dizer que o policial, em legítima defesa, teve de atirar e a culpa fica para a vítima. Com isso, ele vai ser julgado por um tribunal militar e não pelo poder Judiciário”, afirma.
Além de patinar no controle do uso da força pelas polícias, o governo paulista também tem tido uma atuação insatisfatória no combate aos crimes em geral e especialmente ao crime organizado. Segundo Samira, o bate-boca entre o ex-secretário Ferreira Pinto e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em outubro, no auge da crise de violência em São Paulo, após oferta do ministério para envio da força de segurança nacional, recusada pelo secretário, é uma evidência de erro na política de segurança estadual.
“Ou trabalha de forma integrada, ou vamos continuar nestes ciclos de violência, como em 2002, 2006 e agora, em 2012. São Paulo não está conseguindo combater o crime, temos uma redução no caso de homicídios, mas o número de crimes contra o patrimônio é altíssimo e há um problema grave, o crime organizado. De 2006 para cá, se começou a discutir o PCC (Primeiro Comando da Capital, facção política) e o governo chegou a dizer que tinha desarticulado o organismo. Mas o que percebemos nesta última crise é que isso está longe de acontecer”, afirma.
Rede Brasil Atual.