Segundo a 16ª edição do relatório Deloitte Football Money League, da consultoria de mesmo nome, o Corinthians obteve receita de 94 milhões de euros (R$ 255 milhões) na temporada 2011/2012 (ano em que conquistou a Libertadores da América e o Mundial de Clubes da Fifa). Assim, fica em 31º lugar entre os times de maior receita, a melhor colocação fora das ligas europeias.
Nenhum time brasileiro aparece na lista dos 20 mais abastados, que é monopolizada por clubes que jogam em ligas da Espanha, Inglaterra, Alemanha, França e Itália (as "cinco grandes").
O ranking é encabeçado pelo time espanhol Real Madrid, com uma receita de 512,6 milhões de euros (R$ 1,39 bilhão).
"(Trata-se do) primeiro time de qualquer esporte a ganhar mais que 500 milhões de euros em um único ano", diz o relatório
Em seguida, vem o Barcelona (483 milhões de euros, ou R$ 1,31 bilhão), com o britânico Manchester United (395,9 milhões de euros ou R$ 1,07 bilhão) em terceiro lugar.
Receitas
O critério adotado pela Deloitte para classificar os times é a receita obtida em operações como venda de ingressos, de direitos de transmissão, de camarotes e dinheiro obtido com patrocínio, merchandising e outras operações (excluídas as vendas de jogadores).
Segundo o levantamento, a temporada 2011/12 "representou mais um forte ano de crescimento da receita para os clubes de elite (do futebol)": os 20 times com maiores rendimentos geraram mais de 4,8 bilhões de euros (R$ 13 bilhões), um aumento de 10% em relação à temporada anterior.
"Essa receita é quatro vezes (maior que) as receitas combinadas dos 20 clubes mais rentáveis em 1996/97, o primeiro ano do levantamento", compara a Deloitte.
Estádios
Ainda segundo o estudo, os investimentos "substanciais" em estádios para jogos da Copa podem ajudar times de futebol do Brasil e da Rússia a "desafiar o domínio" das cinco principais ligas europeias no ranking dos clubes mais ricos do mundo.
O documento ressalta uma tendência que, segundo a Deloitte, vem se consolidando nas finanças esportivas globais: a expansão da "força e influência" dos "mercados emergentes".
"Uma economia em expansão tem contribuído para aumentar a receita comercial e de transmissão dos maiores clubes brasileiros", diz o documento.
Tais fatores, combinados com investimentos em estádios no Brasil e na Rússia colocam os dois países em um patamar mais elevado, diz o documento. Eles estariam fortes "para desafiar o domínio de clubes das cinco grandes ligas europeias nos próximos anos e abrir caminho na base de nossa lista (dos 20 mais ricos)."