segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Morosidade na desapropriação de terra agrava disputa fundiária



A morosidade da tramitação de processos judiciais de desapropriação de terras improdutivas para a reforma agrária agravou a disputa fundiária na região norte fluminense. A avaliação é da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Por meio de nota, a secretaria afirma que a morte do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) Cícero Guedes, em Campos, no norte do estado do Rio, é “ilustrativa”.
“O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária [Incra] havia determinado, há 14 anos, a desapropriação das fazendas que compõem a Usina Cambahyba. Mas só em agosto de 2012 a Justiça autorizou que a autarquia federal desse prosseguimento à desapropriação dos imóveis”, diz a nota divulgada na noite de ontem (26).
Ainda de acordo com a nota, o membro do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Wadih Damous foi indicado pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, para acompanhar as investigações a fim de “garantir que os autores do crime sejam responsabilizados nos termos da lei”, informa a nota. Além disso, a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos irá acompanhar o caso para evitar que o crime permaneça impune.
Cícero Guedes dos Santos era líder da ocupação da Usina Cambahyba e foi encontrado morto com vários tiros em uma estrada na manhã de ontem (26). O MST acredita que ele tenha sido executado por pistoleiros e que a morte tenha relação com a disputa por terras na região. Agência Brasil.

Dilma Rousseff decreta luto oficial de três dias devido à tragédia no RS


Presidenta Dilma se encontra com parentes de vítimas da tragédia em Santa Maria

A presidenta Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias no país em memória às vítimas do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS). Mais de 200 mortes foram confirmadas até o momento. De tarde, as bandeiras na Esplanada dos Ministérios e no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, estavam a meio mastro.
Dilma Rousseff chegou há pouco, de helicóptero, na residência oficial. Ela esteve em Santa Maria, onde conversou com parentes das vítimas e feridos na tragédia.
A presidenta participava da reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos com a União Europeia, no Chile, e cancelou a participação em três reuniões com autoridades da Argentina, Letônia e Bolívia por causa da tragédia e seguiu para a cidade gaúcha, que fica a cerca de 300 quilômetros da capital Porto Alegre. Em rápida entrevista, ainda no Chile, a presidenta se emocionou ao comentar a tragédia:
Em Santa Maria, Dilma estava acompanhada dos ministros da Educação, Aloizio Mercadante; dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e da Saúde, Alexandre Padilha, além do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS).

Evacuada prisão na Venezuela onde 61 pessoas morreram num motim


 A prisão venezuelana de Uribana, onde 61 pessoas morreram e 120 ficaram feridas na sexta-feira (25), após um motim dos detidos, foi hoje (27) evacuada pelas forças de segurança do país. O controle da prisão foi retomado hoje de manhã, segundo a ministra dos Assuntos Penitenciários da Venezuela, Iris Varela, por meio da rede social Twitter.
Na sequência do motim, o governo venezuelano ordenou a abertura de uma investigação para determinar as causas e responsáveis pelos confrontos de sexta-feira no Centro Penitenciário de Uribana, no Estado de Lara.
As autoridades fizeram uma busca intensa nas instalações à procura de armas e revistaram os detidos um a um, não tendo ocorrido qualquer caso de resistência, declarou a ministra no canal de televisão pública VTV.
Na sexta-feira, os detidos armados abriram fogo contra os agentes da autoridade, provocando um dos episódios mais sangrentos das últimas décadas em prisões do país. Os 2.500 presos da prisão de Uribana foram retirados, segundo as autoridades, e distribuídos por outras prisões da Venezuela.
Dos 120 feridos, 90 já saíram do hospital, 18 ficaram internados e 12 estão num hospital militar. Várias prisões na Venezuela têm sido palco de confrontos, nos últimos anos, e o governo criou um Ministério de Assuntos Penitenciários diante dos problemas.
No entanto, segundo organizações dos Direitos Humanos, mais de 500 presos foram mortos e 1.200 feridos nos confrontos nas prisões.
Agencia Brasil.

Cigarro mata mesmo percentual de homens e mulheres



Um estudo conduzido por pesquisadores britânicos constatou que, pela primeira vez, o índice entre mortalidade de mulheres fumantes se equiparou ao dos homens dependentes do cigarro.
A pesquisa, publicada na revista científica New England Journal of Medicine, também revelou que as mulheres fumantes têm hoje muito mais chances de morrer por causa do vício do que nos anos 60.
Entre as principais razões para isso estão mudanças de hábito, como o início da dependência mais cedo e o número de cigarros tragados.
A primeira geração de mulheres fumantes nos EUA (país da pesquisa) surgiu durante os anos 50 e 60. Nessas duas primeiras décadas, as mulheres que fumavam tinham três vezes mais chances de morrer em decorrência de câncer de pulmão do que aquelas que nunca tinham desenvolvido o vício.
Porém, ao analisar os dados das mulheres entre 2000 e 2010, os pesquisadores constataram que elas tinham 25 vezes mais chances de morrer da doença do que aquelas que não fumavam.
A tendência observada no público feminino é semelhante à dos homens, que alcançaram um nível similar de mortalidade por cigarro nos anos 80.
Para conduzir o experimento, os cientistas analisaram os dados de mais de 2 milhões de mulheres nos Estados Unidos.
Segundo o pesquisador responsável pelo estudo, Michael Thun, "o forte aumento do risco entre as fumantes mulheres tem se mantido por décadas, mesmo depois de se identificarem os graves riscos à saúde decorrentes do tabagismo e apesar de as mulheres tragarem cigarros de marcas consideradas menos nocivas e com menos nicotina".
"Portanto, o consumo de marcas de cigarro tidas como 'light' ou 'suave' não apenas falhou em prevenir um forte aumento do risco nas mulheres, como também elevou o número mortes por doenças de obstrução do pulmão crônicas em fumantes do sexo masculino."
Isso se explica, segundo ele, pelo fato de "a fumaça diluída nesses cigarros (light ou suaves) ser inalada mais profundamente pelos pulmões dos fumantes, (na tentativa de manter) uma absorção frequente de nicotina".
Pesquisas publicadas no ano passado indicam que as mulheres que fumam há muito tempo têm dez anos de vida a menos do que as que nunca adquiriram tal vício.
Entretanto, aquelas que abandonaram o cigarro em torno dos 30 anos de idade praticamente eliminaram os riscos de morte precoce por doenças típicas relacionadas ao tabagismo. Já quem parou aos 40 perdeu um ano em sua expectativa de vida.
Em declaração a jornalistas, o professor Richard Peto, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, disse que "se as mulheres fumam como os homens, elas vão morrer como os homens".
BBC Brasil e  WSCOM

Israel confirma explosão na instalação nuclear iraniana

Frodow

Israel confirmou a explosão na instalação nuclear secreta do Irã em Fordow, diz o jornal britânico Times, citando uma fonte nos serviços secretos israelenses.

Ainda de acordo com a mesma fonte, não há nenhuma informação disponível sobre a razão da explosão e não se pode confirmar que a explosão na instalação de enriquecimento de urânio tenha sido um ato de sabotagem. Israel se escusou a comentar as informações de que no dia da explosão na área de Fordow teriam sido vistos aviões da Força Aérea israelense.
Ao mesmo tempo, as autoridades israelenses negaram o fato de ter havido a explosão.
VOZ DA RÚSSIA

domingo, 27 de janeiro de 2013

Matemática diz quanto tempo vamos viver


Robert Krulwich, da National Public Radio, tem uma fórmula esquisita que regula tudo, de organismos unicelulares a baleias, sequóias e humanos. Uma fórmula matemática que governa nossa vida e nos diz quando vamos morrer.
E ainda mais interessante: o mesmo sistema serve para outras coisas, como sociedades e economias. E tudo isto está ligado por um número aparentemente mágico.
O físico Geoffrey West descreve-a num vídeo no Edge que vale a pena ver:
"[...] se você fizer um gráfico com a taxa metabólica no eixo Y e o tamanho no eixo X, devido à extraordinária diversidade e complexidade do sistema e da contingência histórica, você deveria esperar pontos por todo o gráfico representando, claro, a história, a geografia, e assim por diante."
"Bem, você, na verdade, encontra o contrário. Você acha uma curva muito simples, e ela tem uma fórmula matemática também simples. Ela é uma função exponencial muito simples. Na verdade, não apenas pelo fato de funções exponenciais serem simples por si mesmas, mas aqui o expoente também é extraordinariamente simples. Ele é muito próximo de três quartos."
"Em primeiro lugar, isto é mesmo incrível, você vê uma escala. Mas, mais importante ainda, é que a escala se manifesta por toda a vida, em ecossistemas e nas células. Então, esta lei de escala é comprovadamente verdadeira. Ela cresce a partir do intracelular até os ecossistemas em quase 30 ordens de grandeza. Elas são todas o mesmo fenômeno."
"Além disso, se você olhar para qualquer variável fisiológica, como a velocidade em que o oxigênio se difunde pelos pulmões, o comprimento da aorta, qualquer coisa que tenha a ver com a fisiologia de qualquer organismo, ou se olhar para qualquer evento relacionado ao ciclo de vida, como quanto tempo você vive, quanto tempo o organismo vive, quanto tempo leva para ficar maduro, qual é a taxa de crescimento, etc, e você pergunta: qual é a escala? A escala é sempre parecida."
"Isto é, a escala é uma simples função exponencial. O que é extraordinário nisso é que a função tem um expoente, que é sempre um múltiplo simples de um quarto. O que você determina apenas a partir dos dados é que há um número simples e extraordinário, quatro, que parece dominar toda a biologia e atravessa todos os grupos taxonômicos do microscópico até o macroscópico."
De acordo com West — e com os estudos que encontraram esta relação, como este, intitulado Escala alométrica no ciclo de vida —, você pode aplicar esta razão matemática a qualquer ser vivo e encontrar a expectativa de vida com precisão absoluta. Isto não quer dizer que vai te dizer quando uma girafa específica irá morrer, mas quando todas as girafas devem morrer. Acidentes, como um corrente de ar, um encontro com um predador ou uma mutação aleatória no DNA, afetam os indivíduos. Mas todas as girafas tem um número definido de dias para viver, e não há como contornar isso. Na verdades, os únicos animais que foram capazes até agora de burlar isso por meio da tecnologia medicinal foram os seres humanos.
É uma forma extraordinária de encarar o mundo: a ideia de que há alguma coisa invisível que governa todos nós, um sistema matemático que determina a vida biológica em escalas. Nós sabemos que ele está lá, afirma West, mas não sabemos "de onde este número vem": Dificilmente isto é um acidente. Se você vê a escala, ela está manifestando alguma coisa que transcende história, geografia, e logo a estrutura dos organismos porque ela se aplica a mim, a todos os mamíferos, às árvores lá fora, mesmo que sejam coisas completamente diferentes.
A grande questão é de onde esse número vem? E o que ele está nos dizendo sobre a estrutura da biologia? E o que ele está nos dizendo sobre as restrições a que a evolução foi submetida? Isto foi o começo de tudo.
Leia mais em WSCOM.

Brasil e Chile assinam acordo para uso de base


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Brasil e Chile assinaram um acordo neste sábado para que os brasileiros possam usar as instalações da base chilena na Antártida, enquanto o governo brasileiro reconstrói a sua base destruída por um incêndio em fevereiro do ano passado.
A base brasileira só deve começar a ser reconstruída no fim deste ano, segundo as previsões feitas pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, em setembro passado.
"Acabamos de assinar esse acordo, em que o presidente (Sebastián) Piñera falou muito bem sobre o continente branco. Nós agradecemos essa cooperação ao Chile, principalmente diante da importância para o Brasil dessa cooperação e diante dos fatos que aconteceram na nossa base", discursou a presidente Dilma Rousseff após reunião oficial com o presidente chileno.
"O Chile está oferecendo toda facilidade para a reconstrução da base brasileira que recentemente se queimou em Antártida", disse Piñera.
O incêndio que destruiu a base brasileira na Antártida interrompeu pesquisas e causou a morte de dois militares que tentaram combater o fogo.
Além da visita oficial ao Chile, Dilma também participa neste sábado da reunião de cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a União Europeia.
Durante o pronunciamento, após a reunião com Piñera neste sábado, Dilma disse que essa é uma boa oportunidade para estimular a aproximação das duas regiões.
"Essa cooperação inter-regional passa a ser um elemento fundamental para a superação e para construção de um mundo que cresce, que distribui renda e que beneficia suas populações", afirmou Dilma.
Fonte: Correio do Estado.