quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Como a manipulação de resultados está destruindo o futebol


Dinheiro

Nós todos ouvimos as notícias da chocante entrevista coletiva da Europol (a polícia da União Europeia), na segunda-feira, na qual foram revelados detalhes de centenas de partidas de futebol que tiveram seus resultados manipulados.
Não foi nenhuma surpresa. No entanto, toda essa agitação gera um importante questionamento: por que as revelações estão sendo feitas agora?
O que está acontecendo no futebol internacional – na verdade, em muitos outros esportes – para que, de uma hora para outra, nós estejamos ouvindo essa conversa sobre manipulação de resultados?
Manipulação e corrupção no esporte têm uma longa história. Se você fosse ao local das antigas Olimpíadas, na Grécia, você encontraria, fora das ruínas do estádio, destroços de estátuas de Deuses.
Essas estátuas eram pagas por atletas e técnicos que eram flagrados trapaceando.
A corrupção nos esportes remonta a pelo menos 2,8 mil anos, e sempre haverá algum tipo de corrupção enquanto houver esportes de competição. É simplesmente parte da natureza humana.
No entanto, a nossa geração está diante de algo inteiramente novo. É como se alguém tivesse injetado esteroides na antiga manipulação de resultados.
É um fenômeno completamente moderno que, se não for combatido devidamente, vai destruir muitos esportes.
Essa nova forma de corrupção irá, como uma tsunami, varrer todas as outras questões e deixar alguns esportes mortos e destruídos.
A chave para a nova forma de manipulação é a globalização. Nos últimos dez anos, o mercado de apostas em esportes passou por profundas transformações, assim como as indústrias de música e de turismo.
Agora, os apostadores em qualquer lugar do mundo podem apostar em praticamente qualquer partida de qualquer esporte profissional em praticamente qualquer país.
Isso significa que o mercado de apostas da Ásia, que é muito maior do que o europeu ou o americano, têm grandes somas de dinheiro para apostar em jogos pequenos.

Mercado bilionário

Na coletiva de imprensa, a Europol disse que a maior quantia apostada em um dos jogos manipulados foi de 121 mil libras (cerca de R$ 377 mil).
Isso não é nada. O mercado de apostas asiático é medido em bilhões de dólares. Pessoas que atuam dentro desse mercado, manipulando resultados, destruíram boa parte do mundo esportivo nesse continente, e agora estão voltando sua atenção para outros países.
Há entre 20 e 30 dessas pessoas que viajam o mundo manipulando eventos esportivos. Eles formam alianças com criminosos locais, que por sua vez conseguem formar conexões com jogadores, juízes e cartolas corruptos.
Os criminosos asiáticos conseguem manipular o mercado de apostas ao fazer suas apostas de maneira que ninguém suspeite de que os jogos são manipulados. Desta maneira, há uma rede de corrupção que se espalha quase que literalmente pelo mundo.
Essas pessoas operam na Ásia, África, América Latina, América do Norte e, principalmente, Europa.
Há agora uma série de ligas gravemente afetadas que se movem lentamente em direção ao Ocidente, atravessando a Europa. Países como Bulgária, Polônia ou Hungria foram fortemente afetados. Poucos torcedores de futebol nesses países veem seu esporte com algum grau de credibilidade.
Mas este não é um fenômeno exclusivo de países que antigamente adotavam o comunismo.
Turquia, Grécia, Itália, Alemanha, Bélgica, Suíça, Áustria e Finlândia já tiveram escândalos envolvendo a manipulação de partidas. No último verão europeu, a Noruega enfrentou o problema pela primeira vez, quando houve partidas suspeitas em sua terceira divisão.
Uma liga não-corrupta é como o mito do navio que não afunda. Não existe. Sempre haverá, como os gregos antigos sabiam, algum risco de corrupção.

Janela de oportunidade

As ligas de futebol têm uma pequena janela de oportunidade para se organizarem para lutar contra essa nova forma de corrupção.
Os cartolas devem começar a implementar novas medidas para evitar o problema. Uma medida seria a adoção de um programa preventivo, adequado e com recursos, visando jogadores e técnicos.
Apostar é parte da cultura de muitos jovens jogadores e alguns deles arriscam, e perdem, uma enorme parcela de seus salários.
As associações de futebol precisam oferecer aconselhamento sobre o problema das apostas e estabelecer uma cláusula nos contratos dos jogadores que permita a eles buscar ajuda para comportamentos compulsivos sem que isso prejudique seu sucesso profissional.
Eles precisam acrescentar a isso uma linha de telefone para que se possa denunciar de forma anônima tentativas de corrupção.
Se as associações de futebol implementarem essas reformas, elas terão uma boa chance de combater a forma moderna de manipulação de resultados. Caso contrário, o futebol poderá ser atingido por mais escândalos.

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Carnaval: Cuidados básicos para a saúde

 
O carnaval começa oficialmente na próxima sexta-feira (8), mas vários blocos já vêm arrastando multidões por todo o país desde janeiro. Preocupados com a saúde desses foliões, médicos do Rio de Janeiro fazem um alerta: é preciso não esquecer os cuidados básicos com a saúde nesse período.
O clínico geral Aloisio Fonseca, do Hospital Universitário Pedro Ernesto e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), destacou hoje (4), em entrevista à Agência Brasil, que uma das principais preocupações deve ser com a a hidratação porque, mesmo com a chuva, o tempo continua quente.
Ele ressaltou que as pessoas devem beber bastante líquido, não fazer jejum prolongado e manter as condutas de higiene que têm no dia a dia, como por exemplo lavar as mãos antes das refeições, depois de ir ao banheiro, lavar frutas, legumes e verduras antes do consumo. Fonseca salientou que as medidas de higiene contribuem para evitar infecções intestinais, que podem levar à desidratação.
Na hora da alimentação, a recomendação é preferir comer em locais idôneos ou que vendam muita comida, porque significa renovação frequente dos alimentos. Comer em barraquinhas de ambulantes, na rua, “deve ser evitado, dentro do possível”. Caso a necessidade obrigue a se alimentar nesse tipo de serviço, a receita é procurar gente que faça comida a toda hora e “não comer maionese e nada que possa estar feito de um dia para outro”. Na rua, a orientação é comer arroz, salada verde, legumes e frutas. Evitar comidas muito pesadas, para não passar mal depois.
O médico recomenda que se beba água mineral ou filtrada, de preferência. Segundo ele, as bebidas alcoólicas pedem consumo moderado. “O mínimo possível, sempre, que permita um carnaval gostoso”, alertou. “Principalmente, se for dirigir, é zero (consumo)”. Ele lembrou que é muito comum nessa época se ver nas emergências dos hospitais gente alcoolizada, bêbada, que se feriu em brigas e acidentes.
Para os passistas, que muitas vezes desfilam em mais de duas escolas na mesma noite, ele recomendou que a atenção deve ser redobrada. Eles devem “se manter sempre bem hidratados e bem alimentados”. Fonseca lembrou que o uso da camisinha durante o carnaval “é fundamental, para todos, para não serem surpreendidos depois”.
Falando à Agência Brasil, o chefe da emergência do Hospital Samaritano, Luís Fernando de Barros Correia, explicou que os foliões devem ser separados entre os que têm alguma situação clínica de tratamento e aqueles que não têm doença alguma. Para esses, as preocupações são as habituais e envolvem desidratação, queimaduras de sol e efeitos da alimentação nessa época.
O mesmo se aplica às crianças, para as quais os responsáveis devem ter a máxima atenção. “Só expô-las em ambientes adequados”. Os pais devem evitar levar os filhos a ambientes que sejam cheios demais, em lugares fechados ou abertos. Dar preferência a blocos específicos para crianças. Ou seja, não misturar crianças em blocos de adultos, porque elas podem se machucar ou serem machucadas, “até de maneira inocente, porque as pessoas são adultas e estão pulando em volta. Vai ter bloco, é bloquinho de criança”.
Deve-se evitar usar fantasias muito elaboradas, pesadas ou de material sintético que impeçam as crianças de suar. Os calçados também devem ser adequados. As vestimentas precisam ser leves e de cores claras para permitir a transpiração. Isso se aplica também aos adultos. “Porque a transpiração é o mecanismo natural de refrigeração do nosso corpo”. Além disso, as crianças devem ser mantidas hidratadas e com protetor solar próprio.
Quanto às pessoas que usam medicamentos contínuos, como aqueles para diabetes, pressão alta ou outro problema de saúde, a preocupação dos médicos é que não deixem de tomar o remédio. “Tem que lembrar de tomar o remédio porque, senão, pode ter uma complicação grave de uma doença crônica que vai ser piorada, porque você está se agitando, está suando, está fazendo exercícios. Principalmente pessoas que têm problema de coração, com pressão alta”.
Para todas as pessoas, a recomendação de Luís Fernando Correia é que bebam moderadamente. “Não adianta encher a cara no primeiro dia e perder o resto do carnaval no hospital ou em casa mesmo, com uma ressaca danada”.
Uma vez que bebida faz parte do carnaval, o especialista deu alguns conselhos para esta época do ano. “Se beber, procure tomar bastante água durante o dia". Tomando água com a bebida ou sempre, você vai evitar ficar bêbado muito rápido e vai evitar a intoxicação pelo álcool também. E, de preferência, beber alimentado, para poder facilitar o funcionamento do corpo”. O médico lembrou que esses são cuidados básicos que as pessoas costumam esquecer no carnaval.
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Síria: Combates violentos se intencificam em Aleppo

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“Os combates entre os rebeldes e as tropas governamentais eclodiram na madrugada da terça-feira nas proximidades do quartel do exército em Aleppo. Ao mesmo tempo, tanques do exército bombardearam essa área. Ambas as partes sofreram baixas”, afirmam os defensores dos direitos que se valem das informações de numerosos ativistas e médicos.
Ontem, foram mortas devido à violência, pelo menos, 123 pessoas em toda a Síria, inclusive 48 civis, 36 rebeldes e 39 militares.
VOZ DA RÚSSIA

Brasil vai fabricar helicópteros Mi-171


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A empresa estatal russa Rostekhnologii (Tecnologias da Rússia) e a empresa brasileira Odebrecht Defesa e Tecnologia assinaram um memorando de cooperação.
O documento prevê a criação de uma joint venture que, em particular, montará helicópteros multiuso Mi-171 no Brasil.
O Brasil também pretende criar um centro de serviços que irá operar com helicópteros Mi-35M. Além disso, a Rússia e o Brasil tencionam desenvolver um sistema de defesa aérea  destinado ao Ministério da Defesa do Brasil. No entanto, o tipo do sistema não foi especificado.
VOZ DA RÚSSIA

Israel bombardeia suas próprias instalações secretas no Líbano

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O jornal libanês Al Mustaqbal informou na segunda-feira que uma explosão misteriosa, ocorrida a leste da cidade de Tir, destruiu uma estação de escutas secretas que Israel tinha instalado em território do Líbano.

Na opinião das fontes do jornal, a estação foi destruída por um míssil lançado por um avião de combate israelense. O jornal considera que o grupo islamita Hezbollah teve conhecimento da existência dessa estação e que andava ativamente à sua procura. Israel decidiu simplesmente destruí-la para que o equipamento secreto não caísse nas mãos do inimigo.
VOZ DA RÚSSIA

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Dilma diz que vai zerar até março cadastro de famílias em extrema pobreza

 A presidenta Dilma Rousseff disse ontem (4) que o governo pretende zerar a lista de famílias que vivem na extrema pobreza até março deste ano e que a próxima etapa será a busca por pessoas nesta situação que não estão cadastradas na base de dados dos programas sociais.
“Até março, vamos zerar o nosso cadastro, não vai ter ninguém abaixo da extrema pobreza. Falta pouco, mas nossas contas estão incompletas. Temos que ir atrás dos que faltam, sabemos que faltam, tanto na cidade quanto no campo, e na zona rural ainda têm famílias na extrema pobreza que não estão cadastradas”, disse em discurso durante o lançamento do Programa Terra Forte, que vai apoiar empreendimentos produtivos em assentamentos da reforma agrária.
A presidenta disse que quer contar com a ajuda do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para identificar famílias que vivem em situação de extrema pobreza dentro dos assentamentos da reforma agrária.
“Temos de dar a essas pessoas a proteção cidadã que o Brasil dá, por lei, a todas as famílias que ganham menos de R$ 70 per capita. Uma nação só é desenvolvida se a gente atinge esse patamar de acabar com a pobreza extrema”.
Dilma elogiou a experiência da implantação de uma agroindústria no Assentamento Dorcelina Folador, em Arapongas (PR) – onde o programa foi lançado – e disse que as políticas para produção em áreas de reforma agrária têm que ir além da agricultura de subsistência.
“Esta experiência é uma mostra, uma referência de que é possível um assentado de reforma agrária construir um caminho de agregação de valor, de aumento de renda, de aumento do emprego e de ampliação de relações cooperativas que aumentam o nível de produção”, avaliou.
A experiência, segundo a presidenta, será levada a outras regiões do país por meio do Terra Forte. O programa vai selecionar programas para receber empréstimos e financiamento. Os R$ 600 milhões de recursos virão do fundo social do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Fundação Banco do Brasil, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e de uma linha de crédito de R$ 300 milhões do Banco do Brasil para cooperativas.
Agencia Brasil.

Depressão afeta 23% dos profissionais após férias


O retorno às atividades gera grandes problemas físicos, emocionais e comportamentais

 Depois de 30 dias de absoluto descanso, é hora de voltar ao trabalho, à rotina e aos problemas relacionados a ele. De repente, o profissional se sente angustiado, ansioso, com dores musculares e até dormir, apesar do cansaço, parece que fica muito mais difícil.

Esse é o retrato de 23% dos profissionais que sofrem depressão pós-férias, segundo uma pesquisa realizada em 2012 pela Isma-BR (International Stress Management Association noBrasil).

Para essas pessoas, o retorno às atividades gera grandes problemas físicos, emocionais e comportamentais. “Falta motivação para levantar, para fazer a barba e até para escolher a roupa para ir trabalhar. Tudo fica difícil, complicado, a pessoa demora mais para fazer qualquer coisa, fica mais preocupada, desmotivada, irritada”, diz Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR.

Segundo o estudo, os principais sintomas físicos são dores musculares (incluindo dor de cabeça), cansaço, insônia e problemas gastrointestinais. Entre os sinais emocionais, estão: angústia, ansiedade, culpa e raiva.

Os profissionais afetados pela depressão pós-férias costumam ainda ter alterações comportamentais, como uso de medicamentos, drogas e bebidas alcoólicas, consumo de comidas mais calóricas e tabagismo.

Mas não se assuste se nas duas primeiras semanas de retorno ao trabalho a motivação não aparecer. Rossi explica que nesse período há uma adaptação do corpo a uma rotina que o trabalhador não estava mais acostumado.

“Muitas pessoas sentem a rigidez do seu tempo, já que durante as férias você tem mais liberdade para decidir o que fazer. O problema é quando o funcionário não consegue se recuperar e, se exceder duas semanas, é importante que a pessoa procure um especialista”, afirma.

A especialista explica que a depressão pós-férias é caracterizada por uma insatisfação anterior no trabalho. Portanto, não acontece de forma súbita, é resultado de um sofrimento que já era percebido antes e que se manifesta com mais intensidade após o período de descanso.

De acordo com o levantamento, as causas mais comuns da depressão pós-férias são insatisfação profissional, falta de possibilidade de promoção ou aperfeiçoamento profissional, ambiente hostil ou não-confiável e conflitos interpessoais no trabalho.

Desse modo, talvez seja uma boa hora de avaliar qual é o foco do problema e, se for preciso, pensar em mudar de emprego ou buscar a ajuda de um especialista. O importante é que o trabalho e a rotina não se transformem em motivo de sofrimento.
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