O desfile deste ano não chamou atenção apenas pelo luxo. Os enredos patrocinados causaram polêmicas no carnaval desse ano. Oito das 14 escolas receberam patrocínios no carnaval desse ano. O valor chegou até a seis milhões de reais.
EBC
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Mocidade Alegre é bicampeã do carnaval de São Paulo
A Mocidade Alegre sagrou-se bicampeã do carnaval de São Paulo em 2013. As notas foram liberadas a partir das 16h desta terça-feira (12) no Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte da capital. No total, a escola obteve 268,9 pontos e empatou com a Rosas de Ouro, mas pelo critério de desempate no quesito 'Enredo', a Mocidade Alegre superou a adversária com cinco notas dez.
Confira a classificação geral das escolas de samba. As cinco primeiras participam doDesfile das Campeãs na próxima sexta-feira (15). Já as duas últimas, Mancha Verde e Unidos de Vila Maria, foram rebaixadas para o Grupo de Acesso.
Mocidade Alegre: 268,9
Rosas de Ouro: 268,9
Águia de Ouro: 268,7
Dragões da Real: 268,5
Império de Casa Verde: 268,5
Acadêmicos do Tucuruvi: 268,3
Vai-Vai: 268,1
Nenê de Vila Matilde: 268
Gaviões da Fiel: 268
X-9 Paulistana: 268
Acadêmicos do Tatuapé: 267,7
Tom Maior: 267,7
Mancha Verde: 267,6
Unidos de Vila Maria: 267,5
Rosas de Ouro: 268,9
Águia de Ouro: 268,7
Dragões da Real: 268,5
Império de Casa Verde: 268,5
Acadêmicos do Tucuruvi: 268,3
Vai-Vai: 268,1
Nenê de Vila Matilde: 268
Gaviões da Fiel: 268
X-9 Paulistana: 268
Acadêmicos do Tatuapé: 267,7
Tom Maior: 267,7
Mancha Verde: 267,6
Unidos de Vila Maria: 267,5
O resultado da Mocidade Alegre é o mesmo do carnaval de 2012, quando ficou em primeiro lugar e a Rosas de Ouro em segundo. Desde 1967, quando foi fundada, a agremiação conquistou os títulos de 1971, 1972, 1973, 1980, 2004, 2007 e 2009, 2012 e 2013.
A apuração das notas das escolas de samba que desfilaram em 2013 em São Paulo teve plateia reduzida neste ano. Por determinação da prefeitura, cada agremiação pôde ter apenas dez representantes, o que totalizou 140 pessoas na arquibancada. Além disso, o efetivo policial no momento da apuração foi elevado e contou também com 160 seguranças contratados especialmente para a contagem dos votos.
As medidas foram tomadas para evitar incidentes como o ocorrido no ano passado, quando integrantes de escolas de samba invadiram a área dos jurados e rasgaram os votos. Até então, a apuração era organizada pela Liga Independente das Escolas de Samba. Depois da confusão, a prefeitura decidiu administrar o evento.
Desfile
A Mocidade Alegre foi a terceira escola a se apresentar no segundo dia de desfiles do Grupo Especial de São Paulo. A agremiação levou para o Sambódromo o samba-enrebo 'A sedução me fez provar , Me entregar à Tentação... Da versão original, Qual será o final?', com alegorias e fantasias de diferentes influências culturais que falavam sobre conceitos de poder, tentação e sedução.
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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Por que as ideias de Marx são mais relevantes do que nunca no século XXI
O passeio futurístico levou os participantes até mesmo por versões em miniatura de paisagens transformadas, representando novas autoestradas e projetos de desenvolvimento: o mundo do futuro. Esta era uma tentativa determinada a renovar a fé no capitalismo.
No despertar da segunda guerra mundial, um pouco desta visão se tornou realidade. O capitalismo prosperou e, mesmo que desigualmente, os trabalhadores norte-americanos progrediram. Pressionado por baixo, o estado foi conduzido por reformadores, e o comprometimento de classe, para além da luta de classes, fomentou o crescimento econômico e compartilhou uma prosperidade antes inimaginável.
A exploração e opressão não acabaram, mas o sistema pareceu ser não somente poderoso e dinâmico, mas conciliável com os ideais democráticos. O progresso, no entanto, estava esmorecendo. A democracia social se deparou com uma crise estrutural nos anos 1970, que Michal Kalecki, autor de ”Os Aspectos Políticos do Pleno Emprego”, previu décadas antes. Altas taxas de emprego e as garantias do estado de bem-estar social não ”compraram” os trabalhadores, mas encorajaram fortes demandas salariais. Os capitalistas mantiveram estas políticas enquanto os tempos eram bons, mas com a estagflação – que consiste na intersecção entre baixo crescimento e alta inflação – e o embargo da Opep, uma crise de rentabilidade seguiu-se.
O neoliberalismo emergente refreou a inflação e restaurou os lucros, mas tudo isso só foi possível por meio de uma ofensiva cruel contra a classe trabalhadora. Havia batalhas campais travadas em defesa do estado de bem-estar social, mas, de maneira geral, nossa era foi de desradicalização e conformismo político.
Desde então, os salários reais se estagnaram, a dívida disparou, e as perspectivas para uma nova geração, ainda apegada à velha visão social-democrata, se tornaram sombrias.
O ”boom” tecnológico dos anos 1990 trouxe rumores de uma ”nova economia”, leve e adaptável, algo que substituiria o velho ambiente de trabalho Fordista. Mas tais rumores foram apenas um eco distante do futuro prometido na Feira Mundial de 1939.
De qualquer forma, a recessão de 2008 despedaçou estes sonhos. O capital, livre de ameaças provindas de baixo, cresceu ganancioso, selvagem, e especulativo.
Para muitos de minha geração, a ideologia subjacente ao capitalismo foi minada. O maior percentual de norte-americanos nas idades entre 18 e 30 anos que possuem uma opinião mais favorável ao socialismo do que ao capitalismo pelo menos sinaliza que a era da Guerra Fria, onde havia uma confluência entre socialismo e stalinismo, não mais impera.
Para os intelectuais, o mesmo é verdade. O marxismo tem estado em evidência: a política externa recorreu a Leo Panitch, e não a Larry Summers, para explicar a recente crise econômica; e pensadores como David Harvey têm desfrutado de um renascimento tardio em suas carreiras. Um maior reconhecimento do pensamento da “esquerda do liberalismo” – como a revista Jacobin, que editei – não é apenas o resultado de uma perda de confiança nas alternativas dominantes, mas sim a capacidade que os radicais possuem de formular questões estruturais mais profundas e apresentar novas alternativas de desenvolvimento situadas em um contexto histórico.
Agora, mesmo um liberal célebre como Paul Krugman tem invocado ideias que foram largamente relegadas às margens da vida norte-americana. Quando pensa sobre automação e o futuro do trabalho, Krugman preocupa-se que “mesmo possuindo ecos de um marxismo fora de moda, tais temas não deveriam ser ignorados, mas frequentemente são”. Mas a esquerda que ressurge possui mais do que preocupações, ela tem ideias: sobre a redução do tempo de trabalho, a desmercantilização do trabalho, e os meios pelos quais os avanços da produção podem constituir uma vida melhor, e não mais miserável.
É neste ponto que está se desenvolvendo, mesmo que desajeitadamente, um intelectualismo socialista do século 21 que mostra suas forças: na vontade de apresentar uma visão para o futuro, algo mais profundo do que mera crítica. Mas mudanças intelectuais não significam muito por si mesmas.
Um exame do panorama político nos EUA, a despeito do surgimento do movimento Occupy em 2011, é desanimador. O movimento trabalhista demonstrou alguns sinais de vida, especialmente entre os trabalhadores do setor público ao combaterem a austeridade; no entanto, tais ações são apenas de retaguarda, um esforço defensivo. Os índices de sindicalização continuam em baixa, e é a apatia, e não um fervor revolucionário, o que reina.
O marxismo nos EUA precisa ser mais do que uma ferramenta intelectual para comentaristas tradicionais confusos com nosso mundo em mudança. Ele necessita ser uma ferramenta política para transformar o mundo. Comunicado, não apenas escrito, para um consumo de massa, vendendo uma visão de tempo livre, abundância e democracia ainda mais real do que os profetas do capitalismo ofereceram em 1939. Uma Disneyland socialista: inspiração para depois do “fim da História”.
Tradução: Roberto Brilhante
Carta Maior e Focando a Notícia
Cinco cardeais brasileiros devem participar de eleição do próximo papa
Cinco cardeais brasileiros devem participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento XVI. Ele anunciou hoje (11) que deixará o posto no dia 28 de fevereiro. Segundo a última lista do Vaticano, atualizada há duas semanas, há um total de 119 cardeais aptos a votar no conclave. Para poder participar da escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos.
O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
Os cardeais brasileiros que poderão votar são dom Cláudio Hummes, de 78 anos, ex-arcebispo de São Paulo e atual prefeito emérito da Congregação para O Clero; dom Geraldo Majella Agnelo, de 79, arcebispo emérito de Salvador; dom Odilo Scherer, de 63, arcebispo de São Paulo; dom Raymundo Damasceno Assis, de 76, arcebispo de Aparecida; e dom João Braz de Aviz, de 64, arcebispo de Brasília.
Dom Eusébio Scheid, arcebispo emérito do Rio de Janeiro, está fora do conclave por ter completado 80 anos em dezembro. Também já ultrapassaram a idade limite os cardeais dom Paulo Evaristo Arns, de 91 anos, ex-arcebispo de São Paulo; dom Serafim Fernandes de Araújo, de 88, ex-arcebispo emérito de Belo Horizonte; e dom José Freire Falcão, de 87, ex-arcebispo de Brasília.
A lista de eleitores no conclave tem cardeais de cerca de sete dezenas de países diferentes. Os cardeais italianos são os de maior número.
Segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, o conclave deverá ser realizado entre 15 e 20 dias após a saída de Bento XVI. "Devemos ter um novo papa até a Páscoa", afirmou Lombardi.
Agencia Brasil
Escolha do novo Papa será feita por 117 cardeais de diferentes nacionalidades
Até a definição do novo pontífice, o cardeal Tarcisio Bertone será responsável por conduzir os trabalhos do pontifice.
Os rituais do Conclave estabelecem que os cardeais eleitores vão permanecer no Vaticano durante o período da escolha. A Capela Sistina será utilizada para queimar os papéis de votação após cada votação.
Agencia Brasil
Carro alegórico pega fogo e deixa 4 mortos
Um incêndio em um carro alegórico matou três integrantes da escola de samba Sangue Jovem e uma mulher que assistia ao desfile, na madrugada desta terça-feira (12) em Santos, no litoral de São Paulo, deixou o Sambódromo às escuras e levou ao cancelamento dos desfiles do grupo especial do carnaval na cidade.
Presente na alegoria durante a passagem da agremiação, pertencente a uma torcida do Santos Futebol Clube, o ex-jogador Coutinho lamentou o acidente. "É triste. Infelizmente as pessoas acabam perdendo os entes queridos em um piscar de olhos. Lamentável mesmo", disparou o ex-atacante.
O fogo começou por volta da 1h10. O último dos três carros da escola tocou fios elétricos em um poste na área de dispersão logo após o fim do desfile. Segundo os bombeiros, três pessoas moreram no local e uma morreu no Pronto-Socorro da Zona Noroeste. Por volta das 3h, cinco feridos eram atendidos em hospitais da cidade.
Com o acidente, o fornecimento de energia para 6.000 casas foi interrompido na Zona Noroeste de Santos. A passarela Dráusio da Cruz também ficou sem energia. O carro levava várias crianças e o ex-jogador Coutinho, mas eles desceram antes do acidente e não se feriram.
A escola Sangue Jovem é formada por integrantes da torcida organizada homônima do Santos Futebol Clube. Foi a segunda a se apresentar durante a madrugada. Depois dela, três escolas ainda se apresentariam: Unidos dos Morros, X-9 e União Imperial.
Interrupção dos desfiles
Por volta das 2h40, os organizadores do carnaval anunciaram ao público que não haveria mais desfiles nesta noite. Após o anúncio, milhares de pessoas que ainda estavam no Sambódromo se deram as mãos e fizeram um minuto de silêncio.
Por volta das 2h40, os organizadores do carnaval anunciaram ao público que não haveria mais desfiles nesta noite. Após o anúncio, milhares de pessoas que ainda estavam no Sambódromo se deram as mãos e fizeram um minuto de silêncio.
A decisão de interromper o desfile foi tomada em uma reunião com todos os presidentes das escolas de samba do grupo especial e o prefeito Paulo Alexandre Barbosa.
"É uma tragédia que tivemos na cidade", disse o prefeito, em pronunciamento no Sambódromo. "Não existe clima para a continuidade do desfile. É um momento de extrema tristeza", completou.
Fonte G1
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Carnaval: Beijo pode provocar até 13 doenças
No beijo, as pessoas trocam em média 250 vírus e bactérias. A infectologista Nilma Maria Porto alerta que, se a pessoa estiver com alguma infecção em fase aguda, o ato pode se transformar em porta de transmissão de doenças, apenas pela saliva. A mais comum é a mononucleose infecciosa – causada pelo vírus Epstein-Barr –, mais conhecida como doença do beijo.“A mononucleose é tão comum, que cerca de 90% das pessoas têm e não sabem. Porém, ela só é contagiosa quando está na fase aguda”, explicou. Ela é transmitida pela saliva e, na primeira infecção, o vírus contamina o tecido linfóide e ataca os linfócitos. Na maioria dos casos, a mononucleose é assintomática e, quando há sintomas, eles são confundidos com os de uma virose comum, como febre, tosse e garganta inflamada. Segundo Nilma, se a pessoa tiver predisposição, o vírus pode causar câncer na garganta ou linfoma.Além disso, também entram na lista das doenças passadas pelo beijo as gripes, os resfriados, as faringites, as laringites, as amigdalites e até tuberculose e meningite. Esta última, por exemplo, infectou pelo menos 105 pessoas no ano passado, conforme registro de notificações do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em 2011, foram 133 casos. “No caso da meningite, o tipo transmitido pelo beijo é a bactéria meningococos. Algumas pessoas têm essa bactéria na boca e nelas é assintomático. Se a outra pessoa tiver pré-disposição ou estiver com o sistema imunológico frágil, pode se contaminar”, informou Nilma.
Hepatite pode levar à morte
Doenças mais graves e incuráveis também são transmitidas pela saliva. É o caso da hepatite B, doença que provoca inflamações no fígado. Em alguns casos, ela pode evoluir para uma hepatite fulminante e matar em poucos dias. Nos três primeiros meses do ano passado, segundo informações da SES, foram registrados 22 casos de hepatite B na Paraíba. O ginecologista Eduardo Sérgio explicou que a doença é muito mais contagiosa que a Aids, por isso é mais fácil de adquirir.
Em pessoas com alimentação desregrada, imunidade baixa e predisposição física, a hepatite B pode evoluir para uma hepatite fulminante – condição em que há uma rápida deterioração do fígado – podendo matar em poucos dias se não for tratada, alertou Marta Deguti, hepatologista do Centro de Referência em Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho em São Paulo. Segundo explicou, a hepatite B aguda é consequência de uma intensa reação inflamatória em resposta à infecção do fígado. Os sintomas iniciais são os mesmos das outras hepatites (mal-estar, náuseas, febre leve, dor abdominal, mas incluem ainda urina escurecida e olhos amarelados). Também podem ocorrer problemas na voz, dificuldade para dormir e de raciocínio, irritabilidade e alterações do comportamento.
A hepatologista alerta que as pessoas precisam interpretar e levar a sério os sinais do corpo e ressalta que cada minuto é essencial para evitar o óbito. O tratamento da doença requer internação e cuidados intensivos com medicamentos e, em até metade dos casos, a necessidade imediata de transplante de fígado.
Riscos de pegar DSTs e Aids aumentam
Durante o Carnaval, os órgãos ligados à saúde aumentam a distribuição de camisinhas para prevenir a transmissão de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), principalmente a Aids. A diretora do Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa, Adriana Teixeira disse que, no Carnaval, as chances de contrair uma DST aumentam porque as pessoas estão na brincadeira e não se preocupam com a prevenção. “No Carnaval, ninguém é de ninguém. Eu sempre ressalto que o melhor é prevenir e indico que as pessoas brinquem o Carnaval com responsabilidade”, afirmou. A responsabilidade não é a palavra-chave das festas que envolvem jovens , principalmente, as do período carnavalesco. É comum em blocos, rapazes fazerem barreiras e exigirem beijos de meninas, em troca da liberação da passagem. Tem também as apostas e competições para ver quem beija mais durante a folia. Além disso, tem os carnavais mais violentos, onde ninguém pede, beija e pronto.
Sífilis: rara, mas possível
Outra doença a que as pessoas também estão susceptíveis através do beijo é a sífilis, ainda que muito raramente, havendo microlesões na boca das duas pessoas. “É necessária uma porta de saída e uma porta de entrada. No caso da sífilis (doença sexualmente transmissível), é muito raro acontecer através do beijo, mas é possível que, em uma das fases da doença, apareçam feridas no entorno da boca, que é quando pode haver a contaminação, se a outra pessoa tiver uma microlesão no momento do beijo”, disse o ginecologista Eduardo Sérgio. Essa microlesão pode ser uma afta ou qualquer outra pequena ferida, provocada, por exemplo, por uma mordida acidental na mucosa da boca.
HPV e herpes
O beijo também pode ser um vilão se considerados males como o vírus papilomavirus humano (HPV). Da mesma forma que na sífilis, a doença precisa de uma porta de saída – transmissora da doença –e uma porta de entrada – receptora. Conforme explica a infectologista Nilma Maria Porto, o risco de contrair a herpes é quando existem lesões na pessoa portadora, ainda que não sejam feridas. “As vesículas, que são bolhinhas com água, oferecem risco por causa do líquido, que é o que transmite o vírus”. A outra pessoa pode acabar se contaminando através da mucosa da boca.
O HPV também atua da mesma maneira, ainda que de forma mais rara, tendo em vista que o contato sexual, nas regiões genitais e anais, sejam os maiores perigos. Ainda assim, o vírus encontrado na laringe (cordas vocais) e no esôfago pode causar câncer de laringe e da cavidade oral. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os casos desse tipo de neoplasia vêm crescendo no País. No ano passado, a estimativa foi de 6.110 novos casos de câncer da laringe e 9.990 novos casos em homens e 4.180 em mulheres de câncer da cavidade oral.
Sem motivo para pânico
Apesar de todos os alertas, o ginecologista Eduardo Sérgio ressalta que não existe motivos para pânico e nem para deixar de beijar, mas destaca que são importantes alguns cuidados, como evitar beijar se estiver com doença em fase aguda, a exemplo da herpes com as feridas abertas. Para contrair as doenças, é preciso estar em fase aguda da enfermidade – momento que é altamente contagioso – e ter microlesões na boca das duas pessoas. “É possível que a pessoa esteja em fase de transmissão e a outra pessoa esteja com a imunidade baixa e as duas tenham pequenas fissuras na boca e na mucosa. É raro, mas no beija-beija, a mucosa da boca vai ficando lesada e uma dessas pessoas pode estar contaminada. O álcool também faz as pessoas perderem a noção de proteção”.
Cuidado com os dentes
Os problemas bucais também podem passar de boca em boca pelo beijo. O especialista e mestre em Periodontia, Milton Sabino, citou problemas como gengivite – inflamação nas gengivas – como um desses problemas. A doença – causada por bactéria – é caracterizada pelo sangramento da gengiva e, caso não seja tratado, pode se transformar em periodontite, causando coleções purulentas (pus) na boca, sangramento e mau hálito. A cárie, que também é causada por bactérias, pode ser transmitida pelo beijo, assim como as faringites, laringites e amigdalites.
A candidíase é uma doença bastante comum cujo contágio pode ser pelo beijo, informou Milton Sabino. Causada por fungo, a forma mais comum da doença é o sapinho. O dentista Anderson Bernal ainda alerta para o citomegalovírus, da família do herpesvírus, que apresenta sintomas parecidos com os da mononucleose, ou em alguns casos pode ser assintomática. Em casos mais graves pode comprometer o sistema digestivo, o sistema nervoso central e a retina de algumas pessoas.
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