quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Tratamento com vírus mata células resistentes do câncer de próstata



Um vírus causador da doença de Newcastle é capaz de matar todos os tipos de células de câncer de próstata, incluindo células resistentes aos hormônios, sem atacar células normais, de acordo com estudo de pesquisadores da Virginia Polytechnic Institute, nos EUA.
Um tratamento para o câncer de próstata com base neste vírus poderia evitar os efeitos secundários adversos tipicamente associados com o tratamento hormonal para a doença, bem como os que estão associados com a quimioterapia em geral.
Segundo os pesquisadores, o vírus modificado está agora pronto para ser testado em modelos animais pré-clínicos, e, eventualmente, na fase I de testes clínicos em humanos.
O vírus da doença de Newcastle mata galinhas, mas não prejudica os seres humanos. É um vírus oncolítico que tem mostrado resultados promissores em vários ensaios clínicos em humanos para várias formas de câncer. No entanto, tratamentos bem sucedidos têm exigido injeções múltiplas de grandes quantidades de vírus, porque, em tais ensaios o vírus provavelmente não conseguiu atingir os tumores sólidos, em quantidades suficientes, e se espalharam mal dentro dos tumores.
O pesquisador Subbiah Elankumaran e seus colegas abordaram este problema modificando a proteína de fusão do vírus. Proteína de fusão funde o envelope do vírus com a membrana celular, permitindo que o vírus entre na célula hospedeira. Estas proteínas são ativadas sendo clivadas por qualquer número de diferentes proteases celulares.
A equipe modificou a proteína de fusão na sua construção de tal modo que ela possa ser clivada apenas pelo antígeno específico da próstata (que é uma protease). Isso minimiza as perdas porque estes vírus interagem apenas com células do câncer de próstata, o que reduz a quantidade de vírus necessária para o tratamento.
Segundo os pesquisadores, o vírus tem grandes vantagens potenciais sobre outras terapias contra o câncer. Sua especificidade para as células de câncer de próstata significa que ele não iria atacar as células normais, evitando deste modo vários efeitos secundários desagradáveis de quimioterapias convencionais. Em testes clínicos anteriores, mesmo com doses muito grandes de linhagens naturais, "apenas leves sintomas de gripe foram observados em pacientes com câncer", afirma Elankumaran.
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Chávez está vivo, diz MRE

Hugo Chávez, saúde, Venezuela, Ministério das Relações Exteriores

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela desmentiu oficialmente as informações ultimamente veiculadas sobre a morte de Hugo Chávez.

Os diplomatas não responderam, aliás, à pergunta sobre quando ao público seriam apresentados fotos e vídeos comprovativos.
Anteriormente o ex-embaixador do Panamá na Organização dos Estados Americanos, Gullermo Coches, alegou que teria sido registrada a morte do cérebro de Hugo Chávez.
"O mais provável é que o presidente foi desligado há 4 dias dos aparelhos de manutenção da vida", afirmou o político panamenho.
VOZ DA RÚSSIA

Cerca de 15 milhões de brasileiros são afetados por duenças raras

Doenças raras afetam cerca de 15 milhões de brasileiros
No Dia Internacional das Doenças Raras, lembrado hoje (28), especialistas estimam que cerca de 15 milhões de brasileiros têm alguma das cerca de 8 mil síndromes catalogadas como raras. Neurofibromatose, mucopolissacaridose, síndrome de Gaucher, esclerose lateral amiotrófica e leucoencefalopatia multifocal progressiva são exemplos dessas patologias.
Em entrevista à Agência Brasil, o professor do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), Natan Monsores, criticou o tempo de espera enfrentado pela maioria desses pacientes para serem acolhidos no sistema de saúde. “O tempo de diagnóstico demora algo em torno de três a cinco anos. O itinerário de diagnóstico do paciente é muito longo”, contou.

Ele acredita que 70% dos problemas relacionados às doenças raras seriam resolvidos por meio de um sistema claro de informações sobre essas síndromes. “Boa parte dos pacientes fica perdida dentro do SUS [Sistema Único de Saúde] por não saber ao certo que especialista buscar, onde são os centros de referência”, disse Monsores.
Segundo ele, a falta de informação acaba resultando no que muitos médicos chamam de paciente especialista, já que algumas pessoas afetadas pelas síndromes passam a conhecer mais o problema que os próprios profissionais de saúde. Ele lembrou que pacientes e parentes se reúnem pela internet e por meio de associações para trocar informações, por exemplo, sobre tratamentos disponíveis.
O professor destacou que há uma judicialização excessiva no campo das doenças raras. “Pelo fato de esses pacientes terem doenças muito peculiares, eles são alvo de incursões da indústria farmacêutica. A gente sabe disso por relato de pacientes que são assediados por advogados para que entrem na Justiça com processos contra o governo para obter medicamentos”, relatou.
O presidente da Associação MariaVitória, Reginaldo Lima, confirma a ausência de informação dentro do próprio sistema de saúde. Morador de Brasília e pai de uma menina com neurofibromatose, ele passou quatro anos em busca do diagnóstico da filha. Diagnosticada no Rio de Janeiro, ela chegou a ser transferida para Belo Horizonte (MG) e, há duas semanas, está sendo tratada na capital federal.
“Falta mostrar aos médicos onde estão os centros de referência de cada especialidade, para que eles repassem aos pacientes. Descobri o tratamento na minha cidade por meio de outros pais. Imagina como é para quem mora no interior”, completou.
Regina Próspero, presidente da Associação Paulista dos Familiares e Amigos dos Portadores de Mucopolissacaridose, só conseguiu o diagnóstico do filho depois de perder o mais velho para a doença.  Mesmo assim, o menino só conseguiu iniciar o tratamento muitos anos depois, já que não havia tratamento para a mucopolissacaridose disponível no país.
“Estamos muito aquém do que deveríamos. Precisamos efetivar uma política pública específica para as doenças raras. Hoje, os pacientes são tratados como um qualquer, mas são características específicas, não dá para tratar como uma doença de saúde coletiva”, explicou. “A sociedade também precisa participar. A maioria das pessoas acredita que uma doença rara não pode ocorrer em sua casa, mas pode. Ninguém está livre e todos devem ter direito à vida”.
O Ministério da Saúde anunciou nessa quarta-feira (27), em seminário na Câmara dos Deputados, que vai colocar em consulta pública nas próximas semanas dois documentos que deverão dar origem a uma política pública específica para pessoas portadoras de doenças raras.
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Bento XVI se despede hoje do pontificado



 O papa Bento XVI, de 85 anos, deixa hoje (28) às 20h (16h em Brasília) o pontificado, depois de quase oito anos. A partir desse horário começa o chamado o período de sede vacante (sem papa). Ao longo do dia, Bento XVI tem uma série de atividades, mas não está programada solenidade pública. Ontem (27) foi a última vez que ele participou de uma audiência geral, circulou no papamóvel, acenou para os fiéis, beijou crianças e enviou mensagem justificando a renúncia.
“Dei esse passo em plena consciência da sua gravidade e novidade”, ressaltou o papa, sendo aplaudido de pé por cardeais e bispos, além do público presente à Praça São Pedro.“Ter coragem de fazer escolhas difíceis é ter sempre dentro de si o bem da Igreja”, acrescentou.
 
Na manhã de hoje, Bento XVI participa de uma cerimônia de despedida com os cardeais em uma sala do Palácio Apostólico, sua residência oficial. Dos cinco cardeais brasileiros que participarão do conclave (quando se elege o sucessor de Bento XVI), alguns já estão no Vaticano.
Às 15h, o papa deixará o Palácio Apostólico em um helicóptero em direção a Castel Gandolfo, que é a residência de verão dos papas, localizada a cerca de 30 quilômetros do Vaticano. Em maio, provavelmente, quando a reforma estiver concluída, Bento XVI passará a morar no Mosteiro Mater Ecclesia, na região do Vaticano.
Na última audiência geral como papa, Bento XVI disse que suas “forças tinham diminuído” nos últimos meses. Acrescentou que um papa nunca “está sozinho” e agradeceu a cada um que o apoiou. O papa pediu ainda que sejam feitas orações para o seu sucessor e os cardeais que participarão do conclave, quando será escolhido o próximo pontífice.
Bento XVI foi um dos cardeais mais velhos eleito papa e assumiu o pontificado em 19 de abril de 2005, sucedendo a João Paulo II, que esteve no comando da Igreja Católica Apostólica Romana por 31 anos. Ontem, ele reconheceu que ao ser escolhido papa sentiu um “peso sobre os ombros”. Na ocasião, contou ter feito a seguinte oração: “Senhor, por que me pedes isso? É um peso grande sobre os ombros, aceitarei apesar de todas as minhas fraquezas”.
 Agência Brasil

Corinthians x Millonarios: apenas quatro vozes para empurrar o atual campeão



Acostumados com o apoio incondicional da Fiel, os jogadores do Corinthians se depararam com um cenário bastante incomum na noite da última quarta-feira, durante a vitória por 2 a 0 sobre o Millonarios, da Colômbia. O clube alvinegro teve que atuar com portões fechados por conta da morte do menino Kevin Douglas Espada, de 14 anos, atingido por um sinalizador disparado pela torcida alvinegra na semana passada, em Oruro, na Bolívia.
- É estranho. A gente sentiu muita falta da nossa torcida nessa partida por conta da Libertadores ser uma competição tão almejada. Mas conseguimos fazer um bom jogo e sair com a vitória – declarou Alessandro, um dos jogadores mais experientes do elenco corintiano.
De acordo com a punição da Conmebol, o Corinthians terá que jogar com os portões fechados por até 60 dias. O clube, contudo, já adiantou que enviará um novo documento à entidade para que o estádio possa receber a torcida no jogo contra o Tijuana, dia 13 de março.
O lateral-direito também disse que espera que o torcedor já possa estar presente na próxima partida do Timão no Pacaembu.
- A gente espera que não tenha mais que passar por isso. Por mais que a Conmebol esteja tomando essa decisão para que evite acontecimentos como o de Oruro, espero que o torcedor possa voltar ao estádio contra o Tijuana, porque é muito chato atuar da forma que foi hoje – completou.
Dentro do Pacaembu, quatro torcedores que conseguiram uma liminar com a justiça comum, assistiram ao jogo e tiveram a missão de empurrar a equipe durante a partida. Armando José Mendonça, Milton Guilherme Mendonça, Carina Bellinato Mendonça e Rodrigo Adura não abriram mão de acompanhar a partida, enquanto outras cinco pessoas desistiram de entrar no Pacaembu com mede de que o alvinegro paulista fosse prejudicado.
- Eles começaram cantando bastante, mas depois foram diminuindo. Acho que eles cansaram. Sem a presença de todos os torcedores fica mais fácil para se comunicar e corrigir algumas coisas em campo, mas realmente falta empolgação e aquela pressão da qual já estamos acostumados – analisou o zagueiro Paulo André.
Após a partida, o diretor jurídico do Corinthians, Luiz Alberto Bussab, disse que o clube não teme uma nova punição da Conmebol.
- Tentamos fazer com que eles não exercessem o direito adquirido na justiça. Eles não entenderam assim, porque compraram o ingresso muitos meses antes. A partir do momento que não conseguimos, entregamos o caso para a Conmebol – afirmou.
- Vamos ver se a Conmebol nos questionará. Pelo que nos foi passado, o comandante da PM vai relatar que o Corinthians não deu acesso aos torcedores. Os policiais cumpriram ordens judiciais, mas o clube negou o acesso – concluiu.
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Na sua última celebração, Bento XVI justifica renúncia e pede orações pelo sucessor















Na sua última audiência geral como papa, Bento XVI, de 85 anos, justificou hoje (27) a decisão de renunciar, alegando que suas “forças tinham diminuído”, nos últimos meses. Também disse que um papa nunca “está sozinho” e agradeceu a cada um que o apoiou, nos oito anos de pontificado. Segundo Bento XVI, sua decisão foi consciente e baseada na coragem de tomar “decisões difíceis”. O papa pediu ainda que sejam feitas orações para seu sucessor e os cardeais que participarão do conclave, quando
 será escolhido o próximo pontífice.
“Dei esse passo em plena consciência da sua gravidade e novidade”, ressaltou o papa, sendo aplaudido, inclusive de pé, por cardeais e bispos, além do público de cerca de 200 mil pessoas, segundo o Vaticano. “Ter coragem de fazer escolhas difíceis é ter sempre dentro de si o bem da Igreja”, acrescentou. O papa deixará o pontificado amanhã (28).
A celebração do papa foi acompanhada por fiéis de vários países, inclusive brasileiros que seguravam bandeiras do Brasil. A Praça São Pedro foi cercada por um forte esquema de segurança. Na primeira parte da cerimônia, houve em uma saudação em vários idiomas, inclusive português de Portugal: “Damos graças a Deus orando continuamente”.
Bento XVI foi aplaudido ao pedir orações durante o conclave, quando será escolhido o próximo papa, e pelo seu sucessor. “Orem pelos cardeais e pelo sucessor de Pedro [aquele que ocupa o pontificado é chamado de papa e sucessor do apóstolo Pedro]”, disse. “Os cardeais [reunidos no conclave] terão uma tarefa relevante.”
Ao mencionar as atribuições do pontificado, Bento XVI destacou que a Igreja Católica Apostólica Romana não está representada apenas em uma pessoa, no papa, mas pertence a Deus. “Sempre soube que o barco da Igreja não é meu, não é nosso, é Dele [de Deus]”, disse.
O papa lembrou que, quando foi eleito, em 19 de abril de 2005, sentiu “um peso sobre os ombros”, mas pediu luz a Deus. “Aceitei e sempre tive a certeza de que Ele me acompanhou. [Na ocasião], disse: 'Senhor, por que me pedes isso? É um peso grande sobre os meus ombros, aceitarei apesar de todas as minha fraquezas'”, disse Bento XVI, na celebração.
Ao analisar a vida no pontificado, Bento XVI disse que um papa nunca está sozinho. “O papa pertence a todos”, ressaltou. “Um papa não está sozinho no barco de Pedro, mesmo que seja sua primeira responsabilidade. Eu nunca me senti sozinho.” 
Bento XVI lembrou que um cardeal, ao ser escolhido papa, perde sua privacidade e disse que, ao renunciar, ele não voltará à vida que mantinha antes do pontificado. “Quando se está empenhado é para sempre o Ministério Petrino [o pontificado]. Quem assume o Ministério Petrino perde a privacidade”, disse. “Recebe-se a vida quando perde-se a vida.”
Ao final, o papa agradeceu a todos que o acompanharam nos últimos oito anos. Ele citou a Igreja Católica Apostólica Romana, os fiéis, a equipe de diplomatas do Vaticano, os responsáveis pela comunicação e os anônimos.
Portal EBC.

Falta de sono gera alterações 'dramáticas' no corpo, diz estudo



Uma pesquisa britânica trouxe novas descobertas sobre como noites mal dormidas podem causar efeitos prejudiciais 'dramáticos' à saúde e ao funcionamento do corpo humano.

Doenças cardíacas, diabetes, obesidade e problemas cerebrais são alguns dos problemas ligados a poucas horas de sono.
Segundo os pesquisadores da Universidade de Surrey, a atividade de centenas de genes foi alterada quando as pessoas estudadas dorminam menos de seis horas por dia durante uma semana.
Os cientistas analisaram o sangue de 26 pessoas depois que elas tiveram uma longa noite de sono, até dez horas por noite durante uma semana, e compararam os resultado com amostras retiradas depois de uma semana com menos de seis horas por noite.
Mais de 700 genes foram alterados pela mudança. Cada gene traz instruções para a construção de uma proteína. Os que ficaram mais ativos produziram mais proteínas, mudando a química do corpo.
O funcionamento do relógio biológico também foi perturbado com a mudança. As atividades de alguns genes, no decorrer do dia, aumentam e diminuem naturalmente, mas este efeito foi prejudicado pela falta de sono.
"Houve uma mudança dramática na atividade em diferentes tipos de genes", disse à BBC o professor Colin Smith, da Universidade de Surrey.
"O sono tem uma importância crítica para a reconstrução do corpo e a manutenção do estado funcional, todos os tipo de de danos parecem ocorrer (devido à falta de sono), sugerindo que pode levar a problemas de saúde."
"Se não conseguimos regenerar e substituir células, então, isto vai levar a doenças degenerativas", acrescentou.
A pesquisa foi publicada na revista especializada Proceedgins of the National Academy of Sciences.

Mais afetados

Colin Smith afirmou que muita gente pode dormir ainda menos horas do que as pessoas analisadas no estudo, o que sugere que estas mudanças observadas na pesquisa podem ser comuns.
Para Akhilesh Reddy, especialista em relógio biológico da Universidade de Cambridge, o estudo é "interessante".
Reddy afirma que as descobertas mais importantes foram os efeitos da falta de sono sobre inflamações e o sistema imunológico, pois é possível ver a ligação entre estes efeitos e problemas de saúde como diabetes.
As descobertas dos pesquisadores da Universidade de Surrey também podem ser relacionadas às tentativas de se descartar a necessidade de sono, descobrindo um remédio que pode eliminar os efeitos da falta de sono.
"Não sabemos qual é o botão que causas todas estas mudaças, mas, em teoria, se você pode ligar ou desligar, você também poderia ser capaz de viver sem o sono."
"Mas, o que acredito, é que o sono tem importância fundamental para regenerar as células", afirmou.

BBC Brasil