sábado, 2 de março de 2013

Descoberto terceiro cinturão de radiação da Terra

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Cientistas norte-americanos descobriram através de satélites mais um cinturão de radiação da Terra, que causou confusão entre especialistas da NASA.

A agência espacial dos EUA chamou a descoberta de “misteriosa e fenomenal”.
O terceiro cinturão de radiação foi descoberto entre outras duas – já conhecidas – zonas de alta radiação, localizadas a uma altitude de vários milhares de quilômetros acima da Terra.
Especialistas da NASA esperam obter novas informações sobre a origem dos fluxos de partículas elementares, o impacto da atividade solar sobre o nível de radiação no espaço próximo à Terra, e também o perigo destes fenômenos para a vida humana.
VOZ DA RÚSSIA

Quem será o novo Papa?


o Papa, Vaticano, Eleições, Prognóstico



Depois da resignação de Bento XVI, a Santa Sé vive em Sede Vacante, ou seja, não tem Papa. Aguardando os resultados do conclave, o mundo, perplexo, procura adivinhar quem poderá vir a ser seu sucessor. O pontificado será disputado por candidatos de vários países.
Em termos hipotéticos, a vaga pode ser preenchida por qualquer cristão católico solteiro do sexo masculino. Importa ressalvar que, nos últimos séculos, o sucessor de São Pedro tem sido eleito entre os cardeais. O último pontífice que não era cardeal foi o Papa Urbano VI eleito em 1378. Hoje em dia, a Igreja Católica conta com 200 cardeais. Por isso, torna-se muito difícil ou até impossível dizer quem será o novo sumo pontífice da Igreja Católica.
Todavia, o mundo já tem seus favoritos. A maioria dos países europeus aposta num cardeal-candidato da Itália. Tal expectativa é fácil de explicar: os dois pontificados anteriores decorreram sem Papas italianos, devendo ser restabelecida agora esta antiga tradição, disse em entrevista à Voz da Rússia o diretor executivo da Editora da Ordem dos Franciscanos em Moscou, Igor Baranov.
"Num universo de 117 participantes do futuro conclave, mais de 50% (60 pessoas) são europeus. Os cardeais italianos representam 20%. Um dos candidatos mais referidos é Angelo Scola. O prelado dirigiu a Pontifícia Universidade Lateranense em Roma, depois foi nomeado Patriarca de Veneza e agora ocupa o cargo de arcebispo de Milão. Mantém boas relações com os círculos sociais e políticos. Além disso, foi ele que criou e está encabeçando agora uma entidade religiosa que procura estabelecer contatos entre cristãos e muçulmanos, sendo esse um fator muito importante para a Europa".
Entretanto, não se deve afastar a hipótese da eleição de um candidato não europeu. Entre tais pretendentes se destacam dois cardeais oriundos da África – o cardeal nigeriano Francis Arinze e o cardeal Peter Turkson, do Gana. Este último parece ter mais chances do que o seu colega da Nigéria. Tem 64 anos, sendo evidentemente mais novo em relação a Francis Arinze, com a idade de 80 anos. É bem conhecido ainda na Cúria de Roma, tendo assumido, no papado de Bento XVI, a direção do Conselho Pontifício para a Justiça e Paz. Ambos os candidatos africanos são pessoas de elevado prestígio, adianta Igor Baranov.
"O número de católicos no continente africano está crescendo a ritmos vertiginosos ao contrário da Europa, em patente declínio, ou da América Latina e dos EUA, relativamente estáveis nesse sentido. Assim, a quantidade de fiéis africanos tem vindo a aumentar. Todavia, não tenho certeza de que um cardeal africano possa ser eleito devido ao caráter extraordinário de tais candidaturas".
Um outro candidato não europeu é Marc Quellet, cardeal do Canadá, prefeito da Congregação para os Bispos na Santa Sé, de ânimos conservadores e tradicionalistas, adversário convicto do aborto. Mas apesar disso, se pronuncia pela revisão do cânone sobre o celibato dos padres.
A propósito, falando da eleição, convém notar ainda que o Papa Bento XVI introduziu algumas alterações no procedimento do conclave. Assim, se 34 rondas de votação não derem resultados, o escrutínio será prosseguido, devendo os dois principais líderes da disputa retirar suas candidaturas.
A Igreja Ortodoxa Russa, por sinal, também tem suas preferências. Como se sabe, Bento XVI contribuiu muito para o diálogo entre as duas Igrejas. Esperamos que o próximo Papa prossiga o trabalho nesse sentido, afirma o protopresbítero Dmitri Sizonenko, chefe do secretariado das Relações Ecumênicas do Patriarcado de Moscou.
"Da lista dos papabili, ou seja, favoritos à sucessão papal, constam grandes amigos da Igreja Ortodoxa Russa. Por exemplo, o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura no Vaticano. Ele manteve uma série de encontros com o Metropolita Ilarion, tem em alto apreço a cultura russa e as tradições da Igreja Ortodoxa. Claro que, na melhor das hipóteses, a sua eleição favorecerá o desenvolvimento das relações entre as duas Igrejas".
Mais um nome que figura nessa lista de candidatos é o cardeal Tarcisio Bertone, atual camerlengo da Igreja Católica. O camerlengo é o administrador das propriedades e receita da Santa Sé. Se for eleito por maioria de votos, será o sexto caso na história em que um cardeal camerlengo passará a ocupar o trono de São Pedro.
VOZ DA RÚSSIA

Carne de burro é vendida como bovina

Foto: AFP

Um estudo revelou que carnes de burro, búfalo e cabra foram vendidas na África do Sul como se fossem carne bovina moída, hambúrguer, salsicha e outros produtos à base de carne.
Segundo o estudo, publicado pela Universidade Stellenbosch, de 139 amostras analisadas, 99 continham traços de espécies não declaradas nas embalagens dos produtos.
Também foram encontrados soja e glúten não declarados nas embalagens em 28% dos produtos testados, porco em 37% e frango em 23%.
Segundo a universidade, em alguns casos, foi encontrada até matéria vegetal não declarada nas embalagens.
O estudo foi feito por especialistas do Departamento de Ciências Animais da universidade e do Food & Allergy Consulting & Testing Services de Milnerton, na Cidade do Cabo.

Impacto

Os produtos testados foram coletados de supermercados e açougues locais.
"Nossa descoberta levanta grande preocupação sobre o funcionamento da cadeia de fornecimento de carne na África do Sul", disse um dos pesquisadores, Louwrens Hoffman, ao blog de notícias da universidade.
"Apesar de termos normas locais que protegem os consumidores de comprar alimentos inferiores ou falsamente identificados, precisamos que essas medidas sejam cumpridas apropriadamente."
Segundo Hoffman, o estudo confirma que a rotulagem inadequada de carnes processadas é comum na África do Sul.
"Isso não apenas viola as regulações relacionadas à rotulagem de produtos, mas também tem impactos econômicos, religiosos, éticos e na área de saúde", disse.
Muçulmanos e judeus praticantes, que constituem minorias significativas na África do Sul, não comem carne suína, de acordo com suas crenças religiosas.
Segundo especialistas, nenhuma desas carnes rotuladas de forma inapropriada é prejudicial à saúde.

Escândalo

A revelação na África do Sul ocorre em um momento em que a Europa enfrenta um escândalo após a revelação de que carne de cavalo foi vendida como se fosse carne bovina.
Vários países já foram afetados pela crise.
Na segunda-feira, a rede sueca de lojas de móveis Ikea suspendeu a venda de almôndegas em 14 países europeus, depois que testes na República Checa encontraram traços de carne de cavalo em um lote produzido na Suécia.
Alguns dos principais supermercados da Grã-Bretanha, como as redes Tesco e Sainsbury, também retiraram produtos com carne bovina das prateleiras, após terem sido identificados traços de carne de cavalo.

BBC Brasil 


sexta-feira, 1 de março de 2013

Ex-professor com perfil progressista pode ser sucessor dos Castro em Cuba


Miguel Díaz-Canel | foto: BBC

Informal e com perfil progressista, o ex-professor universitário Miguel Díaz-Canel, de 52 anos, tornou-se um dos principais políticos cotados para suceder os irmãos Castro ao ser eleito neste fim de semana vice-presidente de Cuba pelos próximos cinco anos.
A especulação em torno do seu nome cresceu após o agora reeleito presidente Raúl Castro confirmar diante da Assembleia Nacional que este será seu último mandato.
Apontado para o cargo em 2006 para substituir temporariamente o irmão, Fidel Castro, e depois eleito oficialmente em 2008, Raúl manifestou assim seu respeito à medida reformatória instaurada em seu próprio governo, que limita em dois o número de mandatos de presidentes na ilha.
Esta é a primeira vez que o cargo de vice-presidente cubano será ocupado por um dirigente que não lutou na revolução – algo que está sendo interpretado por analistas como uma aposta da velha guarda em uma nova geração para dar continuidade ao socialismo no país num momento em que o regime passa por uma série de reformas e medidas de abertura.
A idade média dos 31 membros do novo Poder Executivo do país após as últimas eleições de domingo é de 57 anos, enquanto a maior parte dos que pegaram em armas na Sierra Maestra já é octogenária.

Progressista

Díaz-Canel foi professor universitário, membro da Juventude Comunista e primeiro-secretário do Partido Comunista nas províncias de Villa Clara e Holguín. Em 1991, foi nomeado membro do Comitê Central e em 2003 chegou ao Politburo, instância máxima do Partido.
Ele pertence a um grupo de líderes partidários que chefiaram governos provinciais distantes da capital, o que permitiu bastante independência e capacidade de manobra.
No caso de Villa Clara, a personalidade de Díaz-Canel se imprimiu ao seu governo, de forma que houve na província uma vida cultural e tolerância raramente vistas em outras partes da ilha, com festivais nacionais de travestis e tatuagens, além de um alto número de bandas de rock.
Além disso, em contraste com o estilo de muitos secretários de outras províncias, Díaz-Canel usava a bicicleta como meio de transporte.
Leia mais em BBC Brasil.

Português terá 350 milhões de falantes até o final do século


Bloco notas, esferográfica e dicionário

Até o final do século 21, os oito países falantes da língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste) terão uma população de 350 milhões de pessoas – 100 milhões a mais que os atuais cerca de 250 milhões (dos quais mais de 190 milhões são brasileiros).
A conta é de Eugénio Anacoreta Correia, presidente do Conselho de Administração do Observatório da Língua Portuguesa, que funciona em Lisboa. Segundo ele, o número crescente de falantes do idioma é um dos fatores que aumenta o “potencial econômico” da língua.
Em sua opinião, a tendência demográfica - junto com a ascensão econômica de Angola, Brasil e Moçambique, bem como fatores culturais (como a música) e a Copa de Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016 – explicam o “boom do interesse” mundial pelo português, ao falar do aunento da procura por cursos de português em países não lusófonos.
Correia encerrou hoje (28) o 1º Congresso Internacional da Língua Portuguesa, organizado pelo observatório e pela Universidade Lusíada. O adiamento no Brasil da obrigatoriedade da nova ortografia para 2016 (decidido pela presidenta Dilma Rousseff em dezembro passado) em nada afeta a expansão do idioma, na avaliação de Correia.
“Eu não dou tragédia nenhuma a isso”, disse, se expressando de modo peculiar aos portugueses. “Não é drama nenhum. O acordo não pode ser imposto, tem que ser absorvido pela sociedade e isso precisa de tempo”, defendeu em entrevista à Agência Brasil.
Segundo ele, “o que o Brasil fez foi um adiamento do prazo para terminar o processo, mas não interrompeu o processo”, salientou. Para Correia, o governo brasileiro postergou a obrigatoriedade “por razões técnicas”, tais como a necessidade de preparação de livros didáticos e professores.
“O Brasil é um continente. As dificuldades regionais, as assimetrias, a preparação de pessoas, a preparação de manuais em um país que tem a dimensão e a variedade do Brasil são muito grandes. Entendo perfeitamente que por razões técnicas possa ter havido necessidade desse adiamento”.
O adiamento da entrada em vigor do acordo ortográfico no Brasil alimentou os críticos portugueses às regras de unificação da escrita do idioma. É comum em Portugal escritores e colunistas publicarem textos em jornais e revistas com a observação de que não seguem as regras do acordo. “Utilizar isso como argumento antiacordo não é bom para ninguém”, assinalou Eugénio Anacoreta Correia.
“O português hoje não é de Portugal, mas 'também' é de Portugal. Nós temos que acrescentar o 'também'. A grande riqueza que temos na Comunidade de Países da Língua Portuguesa [CPLP] é exatamente a partilha de uma coisa comum. Para que a língua seja de todos, todos temos que ceder", finalizou.
 Agência Brasil.

Brasil "exporta" consumidores

Brasil, capital, dinheiro


Esqueça o biocombustível, os equipamentos tecnológicos ou a lucrativa e às vezes polêmica carne bovina. Nos últimos anos, o Brasil tem se especializado em "exportar" pelo mundo seu contingente expressivo e em plena expansão de consumidores de classe média.

Impulsionado por um câmbio favorável, uma carga tributária asfixiante e a predisposição dos empresários nacionais por margens de lucro acima de patamares aceitáveis, o brasileiro com condições de viajar para o exterior tem gastado cada vez menos dentro de casa e cada vez mais do lado de fora do país.
Segundo dados divulgados pelo Banco Central, as compras internacionais realizadas pelo consumidor local atingiram US$ 2,3 bilhões em janeiro. O montante é recorde e contribui, decisivamente, para o desequilíbrio entre o que o país vendeu e comprou do exterior no início deste ano. Saíram US$ 11,4 bilhões mais do que o volume que entrou.
Para se ter uma ideia do impacto do fenômeno na economia brasileira, o Banco Central destaca que esse é o maior déficit já registrado desde que começou a monitorar e agrupar essa movimentação, há 66 anos. "Tivemos um déficit significativo", reconheceu um preocupado chefe do Departamento Econômico da instituição, Tulio Maciel.
Mas a despeito de toda a discussão em torno do tema, a “exportação” de consumidores não chega a ser uma novidade. Não é de hoje que tanto governo quanto mercado monitoram o tráfego aduaneiro entre o Brasil e os Estados Unidos, um dos destinos mais procurados para essa relação comercial.
Enquanto o número de turistas para o exterior cresceu 79% em seis anos, saltando de 3,5 milhões em 2005 para 7,3 milhões em 2011, o volume dos que saíram com destino ao país norte-americano avançou 211% em igual período (de 485 mil para 1,5 milhão).
"O principal destino desse povo todo é a cidade de Miami", conta o professor de administração Instituto de Tecnologia Mauá, Ricardo Balistiero. "O Brasileiro gasta, em média, US$ 21 bilhões por ano no exterior. É um número que tende a crescer cada vez mais enquanto a carga tributária persistir", diz.
O professor tem razão. É cada vez mais comum casais que saem do Brasil especificamente para comprar o enxoval de seu bebê nos Estados Unidos. A romaria de consumidores é tamanha que até motivou o surgimento de uma nova especialidade na América: consultorias de compras para atender futuras mamães brasileiras.
"Notava muitos brasileiros perdidos nas lojas daqui, em Miami. Por duas vezes ofereci ajuda e percebi a oportunidade de profissionalizar o serviço e criar a consultoria. Hoje, preparamos a lista de compras e oferecemos suporte no dia da compra”, disse-me uma dessas consultoras, Priscila Goldenberg, que chega a tender até 40 clientes por mês nas cidades de Orlando e Miami.
"É um negócio muito interessante. Lucro uns US$ 5 mil com o serviço por mês", contou-me Lory Buffara, outra que também presta o serviço. Para ela, a diferença entre os preços nos dois países é tão grande que, em alguns casos, a economia é mais que suficiente para pagar as despesas com transporte e estadia no exterior.
“Mas não são apenas os impostos que elevam os valores dos produtos desse jeito no Brasil", confessou-me no final do ano passado Caito Mais, dono de uma marca de acessórios para moda jovem chamada Chillie Beans. "Eu não sei porquê, mas o empresário brasileiro enlouquece com os preços. As coisas aqui não precisavam ser tão caras, como elas realmente são", destacou.

Papa sai mas os problemas continuam

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Quando forem hoje 20 horas em Roma, o Papa Bento XVI vai demitir-se do cargo de Sumo Pontífice, abandonando a Santa Sé. Peritos têm afirmado que a decisão de resignar resulta de uma grave crise vivida hoje pelo Catolicismo. Dizem que os múltiplos problemas que se acumularam ao longo de decênios e eram silenciados pelo Vaticano não foram resolvidos. Antes pelo contrário, se agravaram muito mais.

De notar que o período de governo de Joseph Ratzinger foi marcado por escândalos internacionais que produziram fortes repercussões no mundo inteiro. Um deles surgiu após as críticas que, em 2006, o Papa Bento XVI dirigiu à doutrina religiosa muçulmana. Foi este fator que veio determinar, em larga medida, o caráter bastante agressivo do Islã contemporâneo nos países europeus, considera o perito Yuri Tabak.
"O Papa Bento XVI citou então uma mensagem do Imperador bizantino Manuel II Paleólogo em que o profeta Maomé se apresentava como uma figura de ânimos belicistas e agressivos. Tal discurso provocou uma reação negativa e o descontentamento do mundo muçulmano."
Passado um ano, em julho de 2007, o número de descontentes aumentou à custa dos judeus, que protestavam contra a reintrodução do ministério da Missa Tridentina.
"É que na Sexta-Feira Santa, a missa que se celebra nesse dia contém excertos pouco abonatórios em relação aos judeus que crucificaram Cristo. Altura houve em que o Papa João XXIII suprimiu as referências das preces citadas acima. Mas Bento XVI voltou a incluí-las, o que originou críticas no meio das comunidades judaicas."
Os atritos entre o Vaticano e Israel também voltaram a agravar-se quando, em 2009, o Papa Bento XVI deliberou readmitir quatro sacerdotes britânicos excomungados, entre os quais se encontrava o dissidente e crítico convicto do Holocausto Richard Williams.
Os últimos escândalos em que o nome do Sumo Pontífice cessante figura se relacionam com a conduta de sacerdotes pedófilos. Não obstante os insistentes apelos lançados pela Santa Sé no sentido de combater este fenômeno hediondo, o Papa Bento XVI nem sempre seguiu a lógica das exortações, frisa Yuri Tabak.
"Há uns cinco anos, o Papa redigiu uma carta a um sacerdote californiano, acusado de ter violado dois meninos inocentes. Naquela mensagem, Bento XVI insistiu em que o réu fosse tratado com um especial zelo e a solicitude, o que causou a indignação das pessoas."

A isto tudo se somaram vários problemas persistentes dentro da Igreja Católica: uma parte dos sacerdotes começou a solidarizar-se com os apoiantes da revogação do celibato, ouviram-se exigências de permitir o uso de contracetivos e de legalizar os abortos. Alguns até se pronunciaram pela legalização de casamentos homossexuais. As tendências liberais, introduzidas pelo mundo laico em constante e rápida mudança, acabaram por afetar e triunfar sobre algumas das antigas tradições do Catolicismo Romano. À luz disso, vendo claramente que o Vaticano, na pessoa do Bento XVI, nem sequer tentava corrigir a sua doutrina, mas até procurava endurecer os princípios dogmáticos conservadores, os fiéis na Europa começaram a abandonar a Igreja.
Esperava-se que ainda antes da renúncia, fossem divulgados resultados do inquérito sobre o escândalo Vatileaks, envolvendo documentos secretos que vazaram do Vaticano e foram postos à disposição de jornalistas. Todavia, o Papa cessante preferiu não divulgar esta informação, assim como não pôr a nu outros problemas existentes na Igreja Católica, mas deixá-los para o exame e o juízo do futuro chefe da Igreja Católica Romana.
VOZ DA RÚSSIA