sábado, 2 de março de 2013

Cardápio ajuda a prevenir Alzheimer




Casca de romã, peixes e até cafeína blindam o cérebro contra a doença
Os dados do IBGE apenas comprovam o que já podemos ver nas ruas: o número de idosos no Brasil só aumenta. De acordo com o instituto, a população acima de 65 anos representa 7,4% dos brasileiros, e esse número tende a dobrar até 2025. E conforme a expectativa de vida aumenta, maiores são as chances dessa pessoa desenvolver doenças relacionadas à demência, dentre elas o Alzheimer. Isso acontece porque os neurônios vão se degenerando naturalmente conforme a idade. A perda da função cerebral pode afetar a memória, o raciocínio, a linguagem, o juízo e o comportamento. No entanto, é possível retardar essa degeneração dos neurônios com a adoção de hábitos saudáveis, como dormir bem, praticar atividades físicas e ter cuidados especiais com a alimentação. Confira como a dieta pode ajudar na prevenção do Alzheimer.
Casca de romã
Uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo, em Piracicaba, descobriu que a casca da romã pode prevenir o surgimento do Alzheimer. Os cientistas identificaram uma enzina na fruta que tem atuação específica na prevenção da doença, além dela possuir uma elevada quantidade de antioxidantes. "Esse nutriente é conhecido por combater os radicais livres, ação que ajuda a diminuir a perda degenerativa, protegendo contra o Alzheimer e outras demências", afirma a nutricionista Érika Suiter, do Hospital Sírio Libanês. É importante ressaltar que apenas o consumo contínuo da casca de romã pode trazer esses benefícios, já que ele são percebidos em longo prazo. Os cientistas estão estudando uma forma de transformar a casca de romã em pó, para colocá-la em cápsulas, mas você pode consumi-la na forma de suco, por exemplo.
Cafeína
Já foi comprovado que a cafeína age como protetora do organismo contra o Alzheimer e outras demências. A explicação para o feito ainda não é clara: por enquanto, a ação antioxidante e anti-inflamatória da substância são os pontos de destaque para a prevenção. "O café, além de cafeína, também contém boas doses de ácido clorogênico, substância de conhecida ação anti-inflamatória, também encontrada em vegetais amarelos ou avermelhados", afirma o nutrólogo Roberto Navarro, da Associação Brasileira de Nutrologia. Um grupo de pesquisadores das universidades do Sul da Flórida e de Miami, nos Estados Unidos, demonstrou que consumir cafeína pode ajudar a reduzir as chances de idosos com comprometimento cognitivo leve desenvolverem doença de Alzheimer. Os resultados, que foram publicados no periódico Journal of Alzheimer's Disease, mostraram que beber ao menos três xícaras de café é capaz de proteger o cérebro do declínio cognitivo. Além do café, outras fontes de cafeína são os chás preto e mate, o chocolate e o guaraná.

Peixes
Um estudo feito na Escola de Medicina na Universidade de Pittsburgh (EUA) indicou que idosos que comem peixe assado ou grelhado pelo menos uma vez por semana protegem o cérebro contra doenças. Os pesquisadores descobriram que as células do cérebro responsáveis pela memória morriam mais rápido entre as pessoas que comiam pouco peixe, e 47% delas desenvolveram a doença de Alzheimer cinco anos após os exames. Por outro lado, apenas 3% das pessoas que comiam peixe de uma a quatro vezes por semana desenvolveram Alzheimer ou apresentaram comprometimento leve da memória. O responsável por essa proteção é o ômega 3, uma ácido graxo que faz parte da estrutura da matéria cinzenta do cérebro. "Ele promove a comunicação entre as células nervosas, mantendo-as leves e funcionais, ajudando o cérebro a monitorar o humor, a memória e a concentração", explica a nutricionista Érika.

Oleaginosas
Ter uma dieta rica em oleaginosas (como castanhas, nozes e amêndoas) diminui significativamente as chances de uma pessoa desenvolver o Alzheimer, afirma um estudo feito pela Universidade Columbia (EUA). Essa conclusão foi tirada da análise das dietas de 2.148 adultos americanos com mais de 65 anos, durante quatro anos. De acordo com a nutricionista Érika, esses alimentos são ricos em selênio, um mineral cuja deficiência pode causar distúrbios na atividade dos neurotransmissores - substâncias produzidas pelo neurônio que tem como função levar informações de uma célula a outra. "O selênio ajuda substâncias como a serotonina, a dopamina e a acetilcolina, que são fundamentais para a transmissão de mensagens entre os neurônios e o bom funcionamento cerebral", diz Érika. Outras fontes de selênio são grãos, alho, carne, frutos do mar e abacate. Uma unidade ao dia de castanha do pará já fornece a quantidade diária recomendada de 350mg de selênio para trazer benefícios ao organismo.

Frutas roxas e vermelhas
Comer uma ou duas porções por dia de amoras pretas, ameixas, uvas ou mirtilos pode ajudar no combate ao Alzheimer, Parkinson e até câncer. A conclusão faz parte de um estudo feito na Universidade de Manchester, no Reino Unido, e publicado no periódico Archives of Toxicology. De acordo com os cientistas, o responsável por esse benefício é o polifenol, um poderoso antioxidante. Outro trabalho, desenvolvido pelo Salk Institute for Biological Studies, na Califórnia (EUA), constatou que um flavonoide chamado fisetina, presente nas frutas vermelhas, estimula a área do cérebro responsável pela memória de longo prazo e o protege de doenças degenerativas como o Alzheimer e a esclerose múltipla. "Essa substância é capaz de desencadear um processo que permite que as memórias sejam armazenadas no cérebro com mais facilidade e que o cérebro estabeleça conexões mais fortes entre os neurônios", diz o nutrólogo Roberto. O especialista afirma que o morango é a fruta vermelha que mais contém fisetina.

Azeite de oliva
Velho amigo da saúde, o azeite de oliva extra-virgem é comumente relacionado à prevenção de doenças cardiovasculares. Entretanto, uma pesquisa feita pela Universidade de Frankfurt, na Alemanha, descobriu que existe um composto presente no azeite chamado hidroxitirosol é capaz de impedir a degeneração dos neurônios, retardando o processo de envelhecimento cerebral. "O azeite também é rico em vitamina E, um antioxidante que atua na reconstrução das fibras nervosas", explica o nutrólogo Roberto. Para obter o benefício, consuma o azeite na forma in natura para regar saladas ou a comida. Quando é submetido a altas temperaturas, boa parte das propriedades do óleo são desperdiçadas.

Álcool com moderação
Uma revisão de 143 estudos, que contou ao todo com a participação de 365 mil pessoas de 19 países, constatou que o consumo moderado de álcool ajuda na prevenção do Alzheimer. O trabalho foi feito pela Loyola University, nos Estados Unidos, e publicado no periódico Neuropsychiatric Disease and Treatment. De acordo com os cientistas, quem consumia álcool moderadamente tinha 23% menos chances de desenvolver sinais de perda de memória causados pelo Alzheimer. No entanto, pessoas que bebiam mais do que duas doses por dia tinham mais chances de ter perda de memória.
De acordo com a pesquisa, o vinho era a bebida que mais proporcionou benefícios aos participantes. ?A bebida auxiliam na proteção de doenças degenerativa por conter ação antioxidante e melhorar a circulação cerebral?, diz o nutrólogo Roberto. A quantidade recomendada é de uma dose de bebida alcoólica por dia para as mulheres e duas para os homens - o equivalente a 140ml de vinho ou 340ml de cerveja. "Essas quantidades, porém, pressupõem que a pessoa tem outros hábitos saudáveis, como uma dieta adequada e a prática de exercícios físicos."

Cúrcuma
Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos EUA, sugere que comer curcumina uma ou duas vezes por semana pode ajudar na prevenção do Alzheimer. A curcumina é um dos componentes do cúrcuma, ingrediente que dá a cor amarelada ao curry indiano. "O tempero possui efeito anti-inflamatório e antioxidante, ajudando a prevenir o envelhecimento e eliminar as estruturas no cérebro associadas ao Alzheimer", afirma Érika Suiter.
Leia mais em WSCOM.

Animais mortos pela seca são queimados às margens de estrada no Alto Sertão



Para amenizar o horror provocado pelo amontoado de rezes mortas de fome, moradores ateiam fogo nas carcaças que são jogadas às margens da PB-400. Nesta terça-feira (26), o Radar Sertanejo flagrou ao menos 10 carcaças de vacas sendo queimadas próximo à cidade de Conceição no Vale do Piancó.
Quem passava pela rodovia era possível ver o lençou de fumaça branca que se formava a exalar um cheiro forte provocado pela queima de restos de animais mortos pela seca esticados na caatinga à beira da estrada.
Nas imagens é possível ainda ver cordas amarradas nos pescoços da rezes que foram usadas para arrastá-las até o cemitério improvisado para acolher animais vítimas da seca.
Logo o animal vira cinzas e o último que resta da rês é a parte da Arcada dentária que parece ter pedido, no último suspiro, misericórdia a Deus que tenha pena da espécie.
A iniciativa da queima de animais é para amenizar a dor dos criadores que vêem seu rebanho sendo dizimado e exposto nos ‘tabuleiros’ como se fossem pedra solta.
A microrregião do Vale do Piancó é a mais castigada pela seca na Paraíba.
 Radar Sertanejo e WSCOM.
WSCOM Online

Descoberto terceiro cinturão de radiação da Terra

cinturão de Van Allen, radiação, Terra


Cientistas norte-americanos descobriram através de satélites mais um cinturão de radiação da Terra, que causou confusão entre especialistas da NASA.

A agência espacial dos EUA chamou a descoberta de “misteriosa e fenomenal”.
O terceiro cinturão de radiação foi descoberto entre outras duas – já conhecidas – zonas de alta radiação, localizadas a uma altitude de vários milhares de quilômetros acima da Terra.
Especialistas da NASA esperam obter novas informações sobre a origem dos fluxos de partículas elementares, o impacto da atividade solar sobre o nível de radiação no espaço próximo à Terra, e também o perigo destes fenômenos para a vida humana.
VOZ DA RÚSSIA

Quem será o novo Papa?


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Depois da resignação de Bento XVI, a Santa Sé vive em Sede Vacante, ou seja, não tem Papa. Aguardando os resultados do conclave, o mundo, perplexo, procura adivinhar quem poderá vir a ser seu sucessor. O pontificado será disputado por candidatos de vários países.
Em termos hipotéticos, a vaga pode ser preenchida por qualquer cristão católico solteiro do sexo masculino. Importa ressalvar que, nos últimos séculos, o sucessor de São Pedro tem sido eleito entre os cardeais. O último pontífice que não era cardeal foi o Papa Urbano VI eleito em 1378. Hoje em dia, a Igreja Católica conta com 200 cardeais. Por isso, torna-se muito difícil ou até impossível dizer quem será o novo sumo pontífice da Igreja Católica.
Todavia, o mundo já tem seus favoritos. A maioria dos países europeus aposta num cardeal-candidato da Itália. Tal expectativa é fácil de explicar: os dois pontificados anteriores decorreram sem Papas italianos, devendo ser restabelecida agora esta antiga tradição, disse em entrevista à Voz da Rússia o diretor executivo da Editora da Ordem dos Franciscanos em Moscou, Igor Baranov.
"Num universo de 117 participantes do futuro conclave, mais de 50% (60 pessoas) são europeus. Os cardeais italianos representam 20%. Um dos candidatos mais referidos é Angelo Scola. O prelado dirigiu a Pontifícia Universidade Lateranense em Roma, depois foi nomeado Patriarca de Veneza e agora ocupa o cargo de arcebispo de Milão. Mantém boas relações com os círculos sociais e políticos. Além disso, foi ele que criou e está encabeçando agora uma entidade religiosa que procura estabelecer contatos entre cristãos e muçulmanos, sendo esse um fator muito importante para a Europa".
Entretanto, não se deve afastar a hipótese da eleição de um candidato não europeu. Entre tais pretendentes se destacam dois cardeais oriundos da África – o cardeal nigeriano Francis Arinze e o cardeal Peter Turkson, do Gana. Este último parece ter mais chances do que o seu colega da Nigéria. Tem 64 anos, sendo evidentemente mais novo em relação a Francis Arinze, com a idade de 80 anos. É bem conhecido ainda na Cúria de Roma, tendo assumido, no papado de Bento XVI, a direção do Conselho Pontifício para a Justiça e Paz. Ambos os candidatos africanos são pessoas de elevado prestígio, adianta Igor Baranov.
"O número de católicos no continente africano está crescendo a ritmos vertiginosos ao contrário da Europa, em patente declínio, ou da América Latina e dos EUA, relativamente estáveis nesse sentido. Assim, a quantidade de fiéis africanos tem vindo a aumentar. Todavia, não tenho certeza de que um cardeal africano possa ser eleito devido ao caráter extraordinário de tais candidaturas".
Um outro candidato não europeu é Marc Quellet, cardeal do Canadá, prefeito da Congregação para os Bispos na Santa Sé, de ânimos conservadores e tradicionalistas, adversário convicto do aborto. Mas apesar disso, se pronuncia pela revisão do cânone sobre o celibato dos padres.
A propósito, falando da eleição, convém notar ainda que o Papa Bento XVI introduziu algumas alterações no procedimento do conclave. Assim, se 34 rondas de votação não derem resultados, o escrutínio será prosseguido, devendo os dois principais líderes da disputa retirar suas candidaturas.
A Igreja Ortodoxa Russa, por sinal, também tem suas preferências. Como se sabe, Bento XVI contribuiu muito para o diálogo entre as duas Igrejas. Esperamos que o próximo Papa prossiga o trabalho nesse sentido, afirma o protopresbítero Dmitri Sizonenko, chefe do secretariado das Relações Ecumênicas do Patriarcado de Moscou.
"Da lista dos papabili, ou seja, favoritos à sucessão papal, constam grandes amigos da Igreja Ortodoxa Russa. Por exemplo, o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura no Vaticano. Ele manteve uma série de encontros com o Metropolita Ilarion, tem em alto apreço a cultura russa e as tradições da Igreja Ortodoxa. Claro que, na melhor das hipóteses, a sua eleição favorecerá o desenvolvimento das relações entre as duas Igrejas".
Mais um nome que figura nessa lista de candidatos é o cardeal Tarcisio Bertone, atual camerlengo da Igreja Católica. O camerlengo é o administrador das propriedades e receita da Santa Sé. Se for eleito por maioria de votos, será o sexto caso na história em que um cardeal camerlengo passará a ocupar o trono de São Pedro.
VOZ DA RÚSSIA

Carne de burro é vendida como bovina

Foto: AFP

Um estudo revelou que carnes de burro, búfalo e cabra foram vendidas na África do Sul como se fossem carne bovina moída, hambúrguer, salsicha e outros produtos à base de carne.
Segundo o estudo, publicado pela Universidade Stellenbosch, de 139 amostras analisadas, 99 continham traços de espécies não declaradas nas embalagens dos produtos.
Também foram encontrados soja e glúten não declarados nas embalagens em 28% dos produtos testados, porco em 37% e frango em 23%.
Segundo a universidade, em alguns casos, foi encontrada até matéria vegetal não declarada nas embalagens.
O estudo foi feito por especialistas do Departamento de Ciências Animais da universidade e do Food & Allergy Consulting & Testing Services de Milnerton, na Cidade do Cabo.

Impacto

Os produtos testados foram coletados de supermercados e açougues locais.
"Nossa descoberta levanta grande preocupação sobre o funcionamento da cadeia de fornecimento de carne na África do Sul", disse um dos pesquisadores, Louwrens Hoffman, ao blog de notícias da universidade.
"Apesar de termos normas locais que protegem os consumidores de comprar alimentos inferiores ou falsamente identificados, precisamos que essas medidas sejam cumpridas apropriadamente."
Segundo Hoffman, o estudo confirma que a rotulagem inadequada de carnes processadas é comum na África do Sul.
"Isso não apenas viola as regulações relacionadas à rotulagem de produtos, mas também tem impactos econômicos, religiosos, éticos e na área de saúde", disse.
Muçulmanos e judeus praticantes, que constituem minorias significativas na África do Sul, não comem carne suína, de acordo com suas crenças religiosas.
Segundo especialistas, nenhuma desas carnes rotuladas de forma inapropriada é prejudicial à saúde.

Escândalo

A revelação na África do Sul ocorre em um momento em que a Europa enfrenta um escândalo após a revelação de que carne de cavalo foi vendida como se fosse carne bovina.
Vários países já foram afetados pela crise.
Na segunda-feira, a rede sueca de lojas de móveis Ikea suspendeu a venda de almôndegas em 14 países europeus, depois que testes na República Checa encontraram traços de carne de cavalo em um lote produzido na Suécia.
Alguns dos principais supermercados da Grã-Bretanha, como as redes Tesco e Sainsbury, também retiraram produtos com carne bovina das prateleiras, após terem sido identificados traços de carne de cavalo.

BBC Brasil 


sexta-feira, 1 de março de 2013

Ex-professor com perfil progressista pode ser sucessor dos Castro em Cuba


Miguel Díaz-Canel | foto: BBC

Informal e com perfil progressista, o ex-professor universitário Miguel Díaz-Canel, de 52 anos, tornou-se um dos principais políticos cotados para suceder os irmãos Castro ao ser eleito neste fim de semana vice-presidente de Cuba pelos próximos cinco anos.
A especulação em torno do seu nome cresceu após o agora reeleito presidente Raúl Castro confirmar diante da Assembleia Nacional que este será seu último mandato.
Apontado para o cargo em 2006 para substituir temporariamente o irmão, Fidel Castro, e depois eleito oficialmente em 2008, Raúl manifestou assim seu respeito à medida reformatória instaurada em seu próprio governo, que limita em dois o número de mandatos de presidentes na ilha.
Esta é a primeira vez que o cargo de vice-presidente cubano será ocupado por um dirigente que não lutou na revolução – algo que está sendo interpretado por analistas como uma aposta da velha guarda em uma nova geração para dar continuidade ao socialismo no país num momento em que o regime passa por uma série de reformas e medidas de abertura.
A idade média dos 31 membros do novo Poder Executivo do país após as últimas eleições de domingo é de 57 anos, enquanto a maior parte dos que pegaram em armas na Sierra Maestra já é octogenária.

Progressista

Díaz-Canel foi professor universitário, membro da Juventude Comunista e primeiro-secretário do Partido Comunista nas províncias de Villa Clara e Holguín. Em 1991, foi nomeado membro do Comitê Central e em 2003 chegou ao Politburo, instância máxima do Partido.
Ele pertence a um grupo de líderes partidários que chefiaram governos provinciais distantes da capital, o que permitiu bastante independência e capacidade de manobra.
No caso de Villa Clara, a personalidade de Díaz-Canel se imprimiu ao seu governo, de forma que houve na província uma vida cultural e tolerância raramente vistas em outras partes da ilha, com festivais nacionais de travestis e tatuagens, além de um alto número de bandas de rock.
Além disso, em contraste com o estilo de muitos secretários de outras províncias, Díaz-Canel usava a bicicleta como meio de transporte.
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Português terá 350 milhões de falantes até o final do século


Bloco notas, esferográfica e dicionário

Até o final do século 21, os oito países falantes da língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste) terão uma população de 350 milhões de pessoas – 100 milhões a mais que os atuais cerca de 250 milhões (dos quais mais de 190 milhões são brasileiros).
A conta é de Eugénio Anacoreta Correia, presidente do Conselho de Administração do Observatório da Língua Portuguesa, que funciona em Lisboa. Segundo ele, o número crescente de falantes do idioma é um dos fatores que aumenta o “potencial econômico” da língua.
Em sua opinião, a tendência demográfica - junto com a ascensão econômica de Angola, Brasil e Moçambique, bem como fatores culturais (como a música) e a Copa de Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016 – explicam o “boom do interesse” mundial pelo português, ao falar do aunento da procura por cursos de português em países não lusófonos.
Correia encerrou hoje (28) o 1º Congresso Internacional da Língua Portuguesa, organizado pelo observatório e pela Universidade Lusíada. O adiamento no Brasil da obrigatoriedade da nova ortografia para 2016 (decidido pela presidenta Dilma Rousseff em dezembro passado) em nada afeta a expansão do idioma, na avaliação de Correia.
“Eu não dou tragédia nenhuma a isso”, disse, se expressando de modo peculiar aos portugueses. “Não é drama nenhum. O acordo não pode ser imposto, tem que ser absorvido pela sociedade e isso precisa de tempo”, defendeu em entrevista à Agência Brasil.
Segundo ele, “o que o Brasil fez foi um adiamento do prazo para terminar o processo, mas não interrompeu o processo”, salientou. Para Correia, o governo brasileiro postergou a obrigatoriedade “por razões técnicas”, tais como a necessidade de preparação de livros didáticos e professores.
“O Brasil é um continente. As dificuldades regionais, as assimetrias, a preparação de pessoas, a preparação de manuais em um país que tem a dimensão e a variedade do Brasil são muito grandes. Entendo perfeitamente que por razões técnicas possa ter havido necessidade desse adiamento”.
O adiamento da entrada em vigor do acordo ortográfico no Brasil alimentou os críticos portugueses às regras de unificação da escrita do idioma. É comum em Portugal escritores e colunistas publicarem textos em jornais e revistas com a observação de que não seguem as regras do acordo. “Utilizar isso como argumento antiacordo não é bom para ninguém”, assinalou Eugénio Anacoreta Correia.
“O português hoje não é de Portugal, mas 'também' é de Portugal. Nós temos que acrescentar o 'também'. A grande riqueza que temos na Comunidade de Países da Língua Portuguesa [CPLP] é exatamente a partilha de uma coisa comum. Para que a língua seja de todos, todos temos que ceder", finalizou.
 Agência Brasil.