segunda-feira, 11 de março de 2013

Mais de 1,2 mil crianças e adolescentes viciadas em crack vivem nas ruas de São Paulo



Mais de mil crianças e adolescentes que vivem nas ruas da capital paulista são viciadas em crack. A estimativa é do Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo. “O pessoal que atende na rua estima que haja 1,2 mil crianças e adolescentes envolvidas com crack só em São Paulo (na capital). É um número muito alto”, disse à Agência Brasil presidente da organização, Robson Cesar Correia de Mendonça.
Segundo o desembargador Antonio Carlos Malheiros, coordenador da Vara de Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, só na região da Cracolândia, na área central da cidade, a estimativa é de que até 400 crianças estejam envolvidas com drogas especialmente crack. “Temos entre 22 e 23 cracolândias cercando a cidade. A central, que é a maior cracolândia do mundo, tem 2 mil usuários [entre adultos, crianças e adolescentes]. Calculamos que mais ou menos 20% dessas pessoas são crianças e adolescentes. Ou seja, devemos ter, no centro da cidade, entre 200 e 400 crianças e adolescentes em situação de drogadição. Fora nas outras [cracolândias], que não faço nem ideia”, disse o desembargador, que tem visitado a região praticamente todos os dias.
Para Ana Regina Noto, professora do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que em 2004 coordenou um estudo envolvendo 2.807 crianças e adolescentes em situação de rua de 27 capitais do país, o número de dependentes não cresceu muito depois da elaboraçãoo da pesquisa, mas houve mudanças no uso. “Cresceu o consumo de crack, mas a gente percebe também que houve substituição. Não houve aumento de crianças e adolescentes usando drogas, isso permaneceu o mesmo. Mas houve uma migração porque o crack começou a ocupar espaço nas grandes cidades e começou a ser uma droga de opção. Muitos que usavam cocaína começaram a migrar para o crack”, disse à Agência Brasil.
Um levantamento feito pela Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas da Assembleia Legislativa sobre a situação do crack, da maconha e outras drogas nos municípios paulistas e divulgado em dezembro do ano passado, com o nome de Mapa do Crack, apontou que das 50.511 pessoas que foram atendidas nos sistemas públicos de saúde em 299 municípios de São Paulo por envolvimento com o crack 5.676 eram menores de 18 anos. Os dados, segundo a frente parlamentar se referem ao ano de 2011. Cerca de 6% dos usuários de crack que procuraram o sistema público de saúde para tratamento eram menores de até 13 anos de idade. Do total de pessoas que procuraram atendimento para se tratar do vício, 21% tinham entre 14 e 20 anos de idade.
Agência Brasil procurou a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo para confrontar os números, mas não obteve retorno. Mas segundo o Censo da População em Situação de Rua na Municipalidade de São Paulo, que foi divulgado pela secretaria e que se encontra disponível em seu site oficial, 14.478 pessoas viviam nas ruas de São Paulo em 2011, sendo que 6.765 delas em situação de rua e 7.713 em centros de acolhimento da capital. O censo apontou que mais da metade dessa população vivia na região central. Desse total, 7.002 eram adultos, 1.455 idosos, 221 adolescentes e 212 crianças. O censo também apontou que 743 viviam entre a Rua Helvétia e a Alameda Dino Bueno, que fazem parte da chamada cracolândia.
O atendimento de crianças e adolescentes dependentes é feito principalmente hoje por meio de organizações não governamentais ou pela prefeitura, que as encaminham para os centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Procurada pela Agência Brasil, a prefeitura de São Paulo, por meio de suas secretarias de Assistência Social (que faz a abordagem das crianças e adolescentes em situação de rua) e de Saúde (responsável pelo atendimento e tratamento dessas crianças e adolescentes viciados em crack), não respondeu e nem explicou como é feita a abordagem e o tratamento desses menores e nem deu uma média de quantos deles são abordados nas ruas ou encaminhados para os centros de tratamento a cada mês.
O governo de São Paulo, que desde janeiro desenvolve um programa voltado para a cracolândia, informou que as crianças e adolescentes, assim como os adultos, são atendidos pelo programa, mas não forneceu mais detalhes sobre como ele é desenvolvido, especificamente crianças e adolescentes viciados em crack. A Secretaria Estadual de Saúde declarou que algumas crianças e adolescentes são atendidos no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), mas que a grande maioria é encaminhada para os Caps, de responsabilidade da prefeitura.
Agência Brasil

Novo Big Bang destruirá o Universo

Big Bang, universo, explosão, fim do mundo


O estudo da partícula subatômica chamada bóson de Higgs, descoberta no ano passado com ajuda do Grande Colisor de Hádrons, permitiu aos cientistas prever um novo fim do mundo.

O Universo, assim como o conhecemos, será destruído por um novo Big Bang dentro de algumas dezenas de bilhões de anos, de acordo com cientistas. Este evento catastrófico será provocado pela instabilidade da matéria, confirmada experimentalmente.
VOZ DA RÚSSIA

Islamitas recrutam europeus para a guerra na Síria

Bélgica, bandeira


Pelo menos 70 naturais da Bélgica combatem na Síria, apoiando a oposição, comunicou no sábado o jornal La Libre Belgique, citando umas fontes no governo e nos serviços secretos.

Anteriormente, a chefe da Eurojust, Michele Coninsx, havia afirmado que muitos jovens provenientes da Europa, inclusive dezenas de flamengos da Bélgica, recrutados pelos islamitas radicais ligados à Al-Qaeda combatem o regime ao lado dos rebeldes sírios. Regressando a casa, eles podem ameaçar a segurança europeia.
VOZ DA RÚSSIA

domingo, 10 de março de 2013

Cura da AIDS; Para maioria 'ainda é distante'

Foto: SPL
Médicos dos Estados Unidos conseguiram o que está sendo chamado de cura "funcional" do vírus HIV em uma criança de 2 anos.
De acordo com os americanos, uma menina soropositiva do Estado do Mississippi (sul do país) não demonstra sinais de infecção pelo vírus após deixar o tratamento por cerca de um ano.
A cura livrou a criança de uma vida que seria marcada pelo alto consumo de medicamentos, o preconceito e o dilema de contar a amigos e familiares sobre a doença.
Mas, além da história de triunfo dos médicos, surge uma grande questão: esta descoberta coloca o mundo mais perto de uma cura para o vírus que provoca a Aids?
No caso da garota americana existem circunstâncias especiais: os médicos conseguiram atingir o vírus muito cedo e com muita força. Isto não é possível em adultos, que descobrem que contraíram pelo HIV meses e até anos depois da contaminação, quando o vírus já está completamente estabelecido.
Também não se sabe ainda como o sistema imunológico de um bebê recém-nascido pode afetar o tratamento. Bebês conseguem grande parte da sua proteção contra doenças a partir do leite materno.
Uma coisa é certa - esta abordagem não irá curar a grande maioria dos portadores do vírus. O que levanta a dúvida: haverá um dia esperança para os que vivem há décadas com o HIV? 
O vírus da Aids não é mais o assassino que costumava ser. Ele apareceu primeiro na África no começo do século 20 e se transformou em um problema de saúde global na década de 1980. Nos primeiros anos da epidemia, não havia tratamento.
O vírus matou mais de 25 milhões de pessoas nas últimas três décadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A partir da metade da década de 1990 surgiram as terapias com antiretrovirais, e o impacto que tiveram no número de mortes por Aids foi dramático.
As pessoas infectadas com o HIV que têm acesso a esse tratamento podem ter uma expectativa de vida normal, mas nem todas conseguem. Cerca de 70% das pessoas que vivem com o HIV estão na África ao sul do deserto do Saara, onde o acesso aos medicamentos é relativamente limitado.
A busca pela cura continua.
"Sempre presumimos que era impossível, mas começamos a descobrir coisas que não sabíamos antes, e (isso) está abrindo uma fenda na blindagem", disse à BBC o pesquisador John Frater, da Universidade de Oxford.
Já existem agora medicamentos experimentais para tratamento de câncer que poderiam tornar o vírus mais vulnerável.Depois que uma pessoa é infectada pelo HIV, o vírus se espalha rapidamente, infectando células em todo o corpo. Ele se esconde dentro do DNA, onde não será afetado pelas terapias.
"(O medicamento) ataca o vírus dentro da célula e o deixa visível para o sistema imunológico. Poderemos alcançá-lo com uma vacina", afirmou Frater.
No entanto, a abordagem requer medicamentos que façam com que o vírus fique ativo e uma vacina que treine o sistema imunológico para acabar com ele. E isso não é algo que está próximo de ser descoberto.
Outro caminho sendo considerado envolve uma mutação rara que faz com que as pessoas fiquem resistentes à infecção.
Em 2007, Timothy Ray Brown se transformou no primeiro paciente que teria erradicado o vírus.
Seu sistema imunológico foi destruído como parte de um tratamento de leucemia. Em seguida, ele foi restaurado graças a um transplante de células-tronco de um paciente com a mutação.
Um pouco de engenharia genética também poderia ajudar a modificar o sistema imunológico do próprio paciente, para que ele adquira a mutação protetora.
Mas, novamente, esta é uma perspectiva distante.
Para Weber, uma cura seria a solução para o problema dos gastos, já que dar remédios para as pessoas todos os dias para o resto de suas vidas pode ser muito caro.Para o presidente do programa de vacina da Aids da Grã-Bretanha, Jonathan Weber, professor da universidade Imperial College, no sul da Inglaterra, não há um consenso nos tratamentos para os que já estão infectados. "Para a infecção estabelecida nós temos algumas ideias, mas tudo ainda nos domínios da medicina experimental. Não há um consenso e nenhum caminho claro (a ser seguido)", afirmou.
A professora Jane Anderson, do Hospital Homerton, em Londres, prefere ser mais cautelosa sobre a possibilidade de uma cura para a Aids depois do caso nos Estados Unidos.
"Este é um momento muito animador, mas não é a resposta no mundo atual. Temo que, por querer uma cura tão desesperadamente, nos esqueçamos das questões de custo e eficiência, que fazem a diferença", afirmou.
Quase todos os casos de transmissão do HIV da mãe para a criança podem ser evitados com medicamentos, com a escolha pela cesariana e evitando que a mãe amamente o filho.
Em adultos, a maioria dos casos de infecção por HIV ocorre como resultado de sexo sem o uso de preservativos.

BBC Brasil



Estudo liga consumo de carne processada a risco de morte precoce



Um estudo feito com meio milhão de pessoas na Europa indica que salsicha, presunto, bacon e outros tipos de carne processada aumentam o risco de morte precoce.
O levantamento acompanhou pessoas de dez países europeus durante uma média de 13 anos, sendo que uma em cada 17 pessoas acompanhadas no estudo morreu.
Os cientistas concluíram que dietas com alto consumo de carnes processadas estão ligadas a doenças cardiovasculares, câncer e mortes precoces.
Segundo eles, pessoas que comem muita carne processada mostraram também ter maior propensão a serem obesas, a fumar e a apresentar outros fatores de risco à saúde.
Os pesquisadores disseram, porém, que mesmo levando-se em conta esses outros fatores de risco, as carnes processadas ainda assim foram consideradas perigosas.
De acordo com os cientistas, aqueles que consumiam mais de 160g de carnes processadas por dia - equivalente a cerca de duas salsichas e uma fatia de bacon - registraram 44% mais chances de morrer durante o período do estudo do que os que consumiam cerca de 20g.
No total, quase 10 mil pessoas morreram de câncer e 5,5 mil de problemas cardíacos.
"Um alto consumo de carne, especialmente carnes processadas, está associado a um estilo de vida menos saudável", disse à BBC a professora Sabine Rohrmann, da Universidade de Zurique, uma das autoras do estudo.
"Mas mesmo depois de ajustar fatores como fumo ou obesidade, acreditamos que há um risco em comer carnes processadas", afirmou.
"Parar de fumar é mais importante que cortar o consumo de carne, mas eu recomendaria que as pessoas reduzissem sua ingestão de carne."
Segundo Rohrmann, se cada participante do estudo consumisse no máximo 20g de carnes processadas por dia, 3% das mortes precoces poderiam ter sido evitadas.
No entanto, um pouco de carne, mesmo carne processada, traz benefícios à saúde, de acordo com o estudo.
Ursula Arens, da British Dietetic Association, disse ao programa Today, da BBC Radio 4, que passar carne fresca em um moedor não torna essa carne processada.
Arens observou que a carne processada foi alterada de alguma maneira para aumentar sua validade, ou mudar seu sabor.
Escolhas
Rachel Thompson, do World Cancer Research Fund, organização britânica que dá dicas sobre prevenção de câncer, disse que este estudo é mais um acréscimo "ao conjunto de evidências científicas que sublinham os riscos à saúde de comer carnes processadas".
"Nossa pesquisa, publicada em 2007 e posteriormente confirmada em 2011, demonstra forte evidência de que comer carnes processadas, como bacon, presunto, salsichas, salame, etc, aumenta o risco de câncer no intestino."
A organização diz que haveria 4 mil casos de câncer de intestino a menos caso as pessoas consumissem menos de 10g por dia.
Tracy Parker, da British Heart Foundation, organização que se dedica a campanhas contra doenças cardíacas, disse que a pesquisa sugere que carnes processadas podem estar ligadas a um maior risco de morte precoce, mas que aqueles participantes do estudo que consumiram maiores quantidades também fizeram "outras escolhas pouco saudáveis em seu estilo de vida".
"Percebeu-se que eles comiam menos frutas e legumes e eram mais propensos a fumar, o que pode ter afetado os resultados", disse.
Fonte WSCOM Online

Aquecimento global: Vantagens e desvantagens

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A mudança global do clima pode alterar radicalmente a face do nosso planeta.

Alguns cientistas afirmam que isso vai ocorrer dentro de algumas décadas, outros, que dentro de centenas de anos. Uma coisa está clara: o aquecimento global já começou e a sua parada é impossível. O que este processo promete à humanidade – vantagens ou problemas?
Acontece que a responsabilidade do homem pelo processo de alteração global do clima é apenas parcial. Realmente, ao construir grandes cidades e incrementar a produção o homem “aquece” a atmosfera. Mas este fator não é o principal. É que o nosso planeta tem os seus próprios ciclos de esfriamento e de aquecimento. E o homem apenas acelera estes processos, - explica Alexei Kokorin, chefe do Programa Climático do Fundo Mundial da Natureza Selvagem.
"As mudanças naturais do clima são determinadas pelos ciclos oceânicos de 60–70 anos. Daí vem que não se pode afirmar com certeza que as duas próximas décadas serão mais quentes do que as anteriores: é possível que sejam mais frias. Mas as décadas posteriores já podem ser bem mais quentes. Não se trata do crescimento linear simples da temperatura mas, sim, de um processo ondulatório. Quando a temperatura sobe, aumenta a intensidade do movimento das massas aéreas, o que resulta, respectivamente, nas intervenções maiores do ar do norte e do sul. Em resultado disso o tempo torna-se instável. E o mais provável que assim seja também no futuro."
É pouco provável que os prognósticos do tempo para os próximos anos sejam motivo para a alegria: geadas e secas anormais, tufões e inundações irão ocorrer cada vez mais frequentemente. O clima perdeu o equilíbrio. Quanto ao continente asiático, o derretimento de geleiras pode acarretar aí grandes secas. Mas este mesmo processo pode beneficiar os habitantes dos países setentrionais, - afirma Vladimir Berdin, diretor de planejamento estratégico e de parceria do Centro Internacional do Desenvolvimento Energético Estável.
"Quanto à Rússia, um fator positivo será o aumento da duração do período de navegação na Rota do Mar do Norte, será aumentado também o período de vegetação das plantas, o que irá beneficiar a agricultura. Além disso, serão diminuídos os prazos de calefação de casas, o que permitirá, respectivamente, diminuir o volume do combustível queimado."
Com efeito, nas regiões setentrionais o clima será mais ameno. Os peritos constatam que já agora nas planícies do extremo norte pegam árvores das latitudes mais meridionais. Mas o dirigente do programa climático do Fundo Mundial da Natureza Selvagem Alexei Kokorin afirma que a calefação vai proporcionar à humanidade também grandes desgostos.
"O aquecimento global não é apenas a elevação da temperatura, mas também a elevação do nível do Oceano Mundial. A elevação deste nível em um metro já é inevitável. É evidente que isso é especialmente perigoso para as megalópoles litorâneas da Ásia. Serão afetados também os pequenos Estados insulares, por exemplo, as ilhas Maldivas."
Mas se o inverno na Rússia e no Canadá se tornar mais quente, é possível que dentro de uns cem ou duzentos anos sejam abertas as rotas navais do norte. E não se trata apenas da Rota do Mar do Norte ao longo do litoral russo, mas também da rota do noroeste, que abre o caminho a partir do litoral do Canadá e da Groenlândia para os países da Ásia, diretamente através do estreito de Bering. E, pelo contrário, nas regiões meridionais o clima será mais frio. Os cientistas fazem lembrar que o volume de geleiras da Antártida cresce e este processo também é natural.

Jovens cientistas usam robótica e tecnologia para ajudar idosos



Jovens cientistas de todo o país estão em Brasília neste fim de semana para apresentar  projetos voltados à melhoria da qualidade de vida de idosos. Depois de meses de estudo em grupo, eles desenvolveram protótipos avançados de tecnologia robótica que pretendem lançar futuramente no mercado.
Os cientistas são crianças e adolescentes com idade entre 9 e 14 anos, que representam colégios públicos e privados de todo o país no Torneio de Robótica First Lego League. Realizado desde 2004, o evento tornou-se referência para os jovens que querem mudar o mundo sem abrir mão do que mais gostam: diversão, tecnologia e interatividade.
Orientados por técnicos e mentores, os adolescentes fazem pesquisa social e tecnológica para desenvolver protótipos que poderiam ter saído de qualquer universidade. Estudantes de um colégio estadual em Santa Rita do Sapucaí (MG) desenvolveram uma dupla de relógios em que a variação de pressão no idoso aciona alarme na unidade que fica com seus filhos ou responsáveis. A localização é enviada por GPS.
“A proposta vai ao encontro da demanda do Brasil por mão de obra qualificada em tecnologia, que está sendo importada. Queremos despertar o jovem para esse mundo”, explica Marcos Wesley, do Instituto Aprender Fazendo. A cada ano, além de torneios que testam a agilidade na operação de robôs, os participantes têm que apresentar projetos voltados para a melhoria da sociedade em que vivem. Neste ano, foi a vez da terceira idade.
No estande de Catalão (GO), estudantes apresentam um relógio diferente para os esquecidos. Os alarmes são programados para avisar sobre remédios e dosagens que devem ser ingeridos. Símbolos substituem os números na opção pensada especialmente para analfabetos. “Pela nossa pesquisa, entendemos que o idoso tem suas limitações, mas quer ser independente”, explica Luiz Dias, técnico da equipe.
O grupo que representa o Rio de Janeiro (RJ) apostou em um mecanismo que lê ondas cerebrais para movimentar objetos. “Pode ser usado para assentos e camas subirem e descerem, ajudando idosos com problema no joelho ou de locomoção”, explicam. Embora todas as ideias pareçam dignas de prêmio, apenas três das 60 equipes disputarão torneios na Europa e nos Estados Unidos.
Envolvido com o projeto há quase dez anos, César Barscevicius, 20 anos, diz que o torneio criou uma nova geração de jovens que vivem pesquisa e tecnologia o ano todo. “O brasileiro se destaca. Por não termos tantos recursos, acabamos usando mais a criatividade”, diz ele, que ganhou campeonato na Europa em 2010.
 Agência Brasil