quarta-feira, 20 de março de 2013

Explosões em Bagdá mata mais de 50 pessoas

Iraque, explosão, terrorismo, vítimas


Várias explosões poderosas ocorreram esta terça-feira(19) em bairros xiitas de Bagdá.

Segundo a polícia e médicos, o atentado matou 56 pessoas e feriu mais de 200.
De acordo com a agência noticiosa France-Presse, sete carros-bomba explodiram em diferentes partes de Bagdá.
Nenhum grupo ainda reivindicou a autoria do atentado. A polícia e as autoridades locais temem que o número de mortos possa aumentar substancialmente.
Hoje, 20 de março, faz 10 anos desde o início da operação militar dos EUA no Iraque que derrubou o regime de Saddam Hussein.

Em 20 anos, secas e enchentes afetaram 86 milhões de brasileiros


 Cerca de 86 milhões de pessoas foram afetadas direta ou indiretamente por secas e chuvas ocorridas no Brasil de 1990 até 2010, disse ontem (19) o professor Carlos Machado, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ao falar sobre Gestão de Desastres Naturais no 4º Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública, Machado destacou que 5,5 milhões de pessoas foram diretamente expostas a esses desastres.
No período analisado por Machado, 1.780 pessoas morreram nos eventos que ocasionaram os desastres, mas o número de mortes efetivamente causadas por eles chega a 460 mil, se forem incluídas doenças e outros males desencadeados pelas tragédias.
Apesar disso, apenas 6% dos municípios brasileiros contam com planos de risco – em 10% deles estão sendo estudados meios de se preparar para situações de emergência. De acordo com o pesquisador, nesse grupo, encontram-se principalmente municípios com mais de 500 mil habitantes.
Ao analisar casos como a tragédia que deixou mais de 900 mortos na região serrana do Rio de Janeiro em 2009, Machado chama a atenção para a recorrência dos deslizamentos, que, em 1987, já tinham causado 282 mortes nos municípios de Petrópolis e Teresópolis. De 1987 até 2009, lembrou o professor, houve mais cinco episódios com mais de 300 vítimas.
Mesmo assim, no ano do maior desastre, 35 unidades de saúde (81% das localizadas nos maiores municípios atingidos) estavam em áreas de risco, sendo 14 em locais de altíssimo risco. Segundo ele, mais de 90% dos pontos em que os deslizamentos provocaram acidentes eram de preservação ambiental.
Sobre as 20 mortes ocorridas nos últimos dias em Petrópolis, novamente em consequência das chuvas, Machado ressaltou a responsabildade das autoridades: "É necessário um investimento rápido e urgente na construção de novas casas e em medidas de engenharia para tornar essas áreas [de risco] menos vulneráveis. O Poder Público em nível municipal, estadual e federal tem responsabilidade nesse processo." Para o professor, existe espaço para realocação negociada das pessoas, com participação da comunidade. "Ainda há muitas casas e mesmo estabelecimentos de saúde que são vulneráveis", destacou.
A representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Mara Oliveira, chamou a atenção para o problema dos escombros gerados pelos desastres naturais, que se acumulam durante meses nos municípios, com riscos para a saúde, e resumiu a questão multifacetada da ocupação do solo na região serrana: "É um problema de planejamento urbano e uma questão de saneamento ambiental. Mas tem também o lado cultural de como a cidade cresceu, como ela se desenvolveu.
Agência Brasil

terça-feira, 19 de março de 2013

Sobe para 17 o número de mortos em decorrência da chuva em Petrópolis

Condomínio de luxo ficou completamente alagado | Foto: Reprodução Internet

 Subiu de 16 para 17 o número de mortos em decorrência das fortes chuvas que atingiram o município de Petrópolis, na região serrana fluminense, entre domingo (17) e ontem (18), segundo a Defesa Civil Estadual. O corpo foi resgatado no bairro da Quitandinha, o mais afetado pelo temporal. Mais três pessoas morreram na área.
No bairro de Bingen, também foram registradas quatro mortes. Outras mortes ocorreram nos bairros de Independência, Alagoas, Lagoinha e Doutor Thouzet.
A cidade registrou 21 pontos de escorregamento e alagamento. Cerca de 250 bombeiros continuam trabalhando em ações de resgate no município. A previsão para hoje (19) é chuva fraca, com tendência de melhora a partir de amanhã (20).
Em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, não houve mortes, mas cerca de 200 pessoas ficaram desabrigadas por causa da cheia dos rios que cortam o município. As áreas mais afetadas são aquelas que fazem limite com Petrópolis, como Xerém e Santa Cruz da Serra.
Em Magé, município limítrofe a Duque de Caxias e Petrópolis, um dique do Rio Roncador se rompeu inundando o bairro Roncador e deixando várias famílias desalojadas.
Agência Brasil

Fragmentos de continente antigo podem estar sob Oceano Índico

Seicheles

Cientistas acreditam ter encontrado sinais de que fragmentos de um continente antigo estão soterrados abaixo do solo do Oceano Índico.
Os pesquisadores dizem que o fragmento é de um continente que teria existido de entre 2 bilhões e 85 milhões de anos atrás.
A faixa foi batizada pelos cientistas de "Mauritia". Com o tempo, a terra se fragmentou e desapareceu sob as ondas do mundo moderno que se formou no lugar.
O estudo foi publicado na revista científica Nature Geoscience.

Teorias

Há até 750 milhões de anos, toda a massa terrestre do Planeta estava concentrada em um continente gigante, chamado de Rodínia pelos cientistas.
Países que hoje estão a milhares de quilômetros de distância – como Índia e Madagascar – ficavam lado a lado.
A nova pesquisa sugere que havia um "microcontinente" entre Índia e Madagascar. Os cientistas pesquisaram grãos de areia de Maurício, um país localizado no Oceano Índico.
Os grãos se originaram em uma erupção vulcânica que ocorreu há nove milhões de ano. Mas apesar disso, eles contém minerais que são de um período ainda mais antigo.

"Nós encontramos zircão, que foi extraído das areias da praia, e isso é algo que se encontra tipicamente na crosta continental. Elas são de uma era muito antiga", disse o professor Trond Torsvik, da Universidade de Oslo.
O zircão é datado de entre 1970 e 600 milhões de anos atrás, e a equipe concluiu que os restos da terra antiga foram levados para a superfície da ilha durante uma erupção vulcânica.
O professor disse acreditar que pedaços do continente poderiam estar 10 quilômetros abaixo de Maurício e sob o solo do Oceano Índico.
A existência do continente teria atravessado diferentes éons da Terra – desde o Pré-Cambriano, quando não havia vida na terra, ao período em que surgiram os dinossauros.
Mas há 85 milhões de anos, quando a Índia começou a se separar de Madagascar em direção à sua posição atual, o microcontinente teria se desfragmentado – e eventualmente desaparecido sob as ondas.
No entanto, uma parte pequena do microcontinente pode ter sobrevivido, especulam os pesquisadores.
"No momento, as (ilhas) Seicheles são um pedaço de granito, ou crosta continental, que está praticamente assentada no meio do Oceano Índico", diz Torsvik.
"Mas houve uma época em que ficavam logo ao norte de Madagascar. E o que estamos dizendo é que talvez isso fosse muito maior, e que esses fragmentos continentais estão espalhados pelo oceano."
Essas teorias ainda precisam ser confirmadas com mais pesquisa.
"Nós precisamos de dados sísmicos que possam formar uma imagem desta estrutura... isso seria a prova definitiva. Ou é preciso perfurar profundamente, mas isso custaria muito dinheiro", diz Torsvik.

BBC Brasil



Espião dos EUA distribuía dinheiro à oposição e dividia o chavismo


Espião 'machista e temperamental' dos EUA distribuía dinheiro à oposição e dividia o chavismo

Eduardo Fernandez é um nome comum. Tão comum que é impossível encontrar informações sobre um determinado Eduardo dentre milhares deles em dezenas de países da América Latina. Mas o argentino-americano Eduardo Fernandez não é um homem nada comum. Entre 2004 e 2009, era ele quem dirigia o Development Alternatives (DAI) em Caracas, que recebia milhões de dólares da Usaid para seguir o plano estabelecido pelo Departamento de Estado dos EUA para a Venezuela: fortalecer grupos de oposição, dividir o chavismo e isolar Hugo Chávez internacionalmente. (Leia mais sobre a estratégia da USAID)
O papel de Fernandez talvez passasse despercebido como o nome comum, não fosse o seu temperamento explosivo, desbragadamente machista e indiscreto – o que o levou a ser investigado por comportamento impróprio na empresa em que trabalhava – e que desapareceu da noite para o dia da Venezuela.
Como relataram seus ex-funcionários, ele era do tipo que se referia às mulheres colocando as mãos sobre os próprios peitos, para sugerir seios fartos, e chegou a dizer que o escritório da DAI em El Rosal, Caracas, era “ineficiente como um bordel”. Diante do caso de uma funcionária grávida, reagiu: “Se vocês conseguissem segurar uma pílula entre os joelhos, eu não teria que gastar dinheiro pagando por licença-maternidade”. Outra funcionária ficou tão desconcertada com os olhares sedentos do chefe à sua saia, que resolveu fechar a fenda com um clipes de papel. Dias depois Fernandez perguntou quando ela iria usar “aquela saia com o clipes” de novo.
Mas Fernandez é assim mesmo e não pretende mudar, como afirmou durante a investigação interna da DAI. Foi ele quem deixou o rastro das atividades da DAI na Venezuela, três anos depois de sua equipe ter se retirado às pressas do país, em 2009. Graças e ele uma longa lista de documentos que revelam em detalhes o trabalho da DAI pode ser consultada na internet, no processo de US$ 600 mil que a ex-diretora Heather Rome move contra a empresa por não ter tomado nenhuma atitude contra Fernandez apesar de suas repetidas reclamações. Os documentos da justiça de Maryland, nos EUA, foram vazados pelo jornalista americano Tracey Eaton, do blog Along the Malecon.
São mais de 300 páginas de documentos sobre o diretor da empresa que atuou num dos principais QGs anti-Chávez plantados pelos EUA em Caracas. “As reclamações que eu recebia das funcionárias venezuelanas iam ao ponto de elas virem chorar em meu escritório, o que reduzia a produtividade”, conta Heather no seu depoimento. “Várias pessoas falavam que seu sentimento era: ‘temos orgulho de estar trabalhando neste projeto, nós preenchemos os cheques e sabemos quanto dinheiro está sendo gasto. O governo dos EUA está trabalhando muito duro, e a DAI está nos ajudando a mudar a situação do nosso país para torná-lo mais democrático do que Chávez quer. Mas não entendemos como eles podem fortalecer a sociedade civil quando temos nosso próprio mini-Chávez aqui no escritório, e eles não ligam’”.
Entre 2002 e 2009 a Usaid distribuiu cerca US$ 95,7 milhões de dólares a organizações de oposição venezuelana através do seu Escritório de Iniciativas de Transição (OTI, em inglês), aberto no país dois meses após o fracassado golpe de estado contra Hugo Chavéz.
Simultaneamente, instalou-se no país a empresa Development Alternatives, uma das maiores contratistas da Usaid para gerenciar fundos de assistência no exterior, o que desde o governo Bush vem sendo feito pela iniciativa privada. A empresa, que costuma atuar nos bastidores, passou a ser conhecida no cenário latino-americano em dezembro de 2009, quando Alan Gross, um de seus funcionários, foi preso em Cuba ao distribuir celulares e equipamentos de comunicação via satélite à dissidência cubana. Gross foi condenado a 15 anos de prisão por atos “contra a segurança nacional” de Cuba.
Na Venezuela, a DAI, cujo slogan é “moldando um mundo mais habitável”, foi a principal responsável pela distribuição de pequenos financiamentos da Usaid a diversas organizações da sociedade civil, seguindo a estratégia traçada pelo Departamento de Estado e pela missão diplomática no país de dividir o chavismo, infiltrar-se na sua base política e isolar Chávez internacionalmente.
No escritório em Caracas, situado entre a rua Guaicaipuro e a Mohedano, trabalhavam 18 venezuelanos de tendência anti-chavista e dois diretores americanos – Eduardo Fernandez era um deles e passou a dirigir o escritório em 2004. O currículo de Heather Rome, anexado ao processo, explica que a diretora assistente, também americana, chegou ao país em julho de 2005 para supervisionar a administração das doações a ONGs em um programa de US$ 18 milhões de dólares. Segundo seu currículo, Heather, que era subalterna a Fernandezn trabalhava “em colaboração com o embaixador americano William Brownfield”. Brownfield ocupou o cargo entre 2004 e 2007 e elaborou uma sucinta estratégia de 5 pontos para acabar com o governo Chávez em médio prazo.
Os programas mantidos pelas doações destinavam-se principalmente a “facilitar o diálogo entre segmentos da sociedade que dificilmente se sentariam juntos para discutir temas de interesse mútuo”, segundo um documento diplomático enviado ao Departamento de Estado em 13 de julho de 2004. Ou seja, unir a oposição. Um dos principais projetos era o “Venezuela Convive” que, segundo o documento diplomático, buscava “encorajar o conceito de convivência pacífica entre indivíduos e organizações com fortes opiniões contrastantes – um valor que a maioria dos venezuelanos respeita e que é considerado sob ataque no atual clima de intolerância política” – promovida pelo governo Chávez, segundo a embaixada.
Em 24 de fevereiro de 2006, em outro despacho diplomático, o ex-embaixador Brownfield explica que os financiamentos da DAI “apoiam instituições democráticas, incentivam o debate público, e demonstram o engajamento dos EUA na luta contra a pobreza na Venezuela”. Para William Brownfield, fortalecer a sociedade civil era essencial para isolar Chávez internacionalmente, levando para a arena internacional “os sérios problemas de direitos humanos no país”. Dois exemplos neste sentido, que receberam financiamento através da DAI, são o Centro de Direitos Humanos da Universidade Central da Venezuela e os projetos do  IPYS, Instituto Prensa y Sociedad de jornalismo investigativo e de uma Lei de Acesso à Informação venezuelana.
Leia a reportagem completa na página da Pública.
Rede Brasil Atual.

Dilma defende medidas mais drásticas para que as pessoas deixem áreas de risco



A presidenta Dilma Rousseff disse ontem(18) que devem ser tomadas “medidas um pouco mais drásticas” para impedir que as pessoas insistam em ficar em áreas consideradas de risco, na tentativa de reduzir o número de vítimas de enchentes. Segundo ela, só com ações mais rigorosas será possível diminuir a quantidade de vítimas. Ela negou que houve problemas de prevenção no Rio de Janeiro. A presidenta conversou hoje com o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. “Eu acho que terão que ser tomadas medidas um pouco mais drásticas para que as pessoas não fiquem nas regiões que não podem ficar, porque aí não tem prevenção que dê conta”, disse a presidenta, que está em Roma para participar da cerimônia que marca o começo do pontificado do papa Francisco.
Dilma disse que o serviço de prevenção no país atua, sobretudo, por meio de alerta para as pessoas que vivem em áreas de risco. “A nossa prevenção hoje avisa as pessoas”, disse ela, lembrando que foi informada por Cabral que dois funcionários da Defesa Civil morreram em serviço ao tentar retirar pessoas de áreas de risco.
“Os dois servidores públicos que morreram, a gente tem que os honrar, porque estavam justamente tentando retirar essas pessoas [que vivem em área de risco]. É uma questão de conscientizar”, disse a presidenta. “O problema é que muitas vezes as pessoas não querem sair [das áreas onde vivem]. É uma situação muito difícil, porque choveu 300 milímetros, é quase o tanto que chove em um ano em algumas partes do Brasil e choveu em um dia em Petrópolis”.
Dilma disse que é impossível impedir desastres naturais, mas o esforço é evitar a sequência de dramas que costuma ocorrer devido aos acidentes da natureza. “O homem não tem condição de impedir desastres naturais. O que ele [o homem] tem que impedir é a consequência dos desastres. É isso que a gente tem lutado para fazer no Brasil”, disse, citando os sistemas de satélite, de pluviômetros e da articulação das defesas civis no país.
A presidenta se disse informada sobre as enchentes. Segundo ela, a ministra da Casa Civil tomou as providências, por meio da liberação de recursos, para minimizar os problemas. “A ministra Gleisi Hoffmann está provendo todos os recursos necessários para que não haja mais vítimas, para que se minimize isso”.
Agência Brasil

Maduro lidera pesquisa presidencial na Venezuela



A primeira pesquisa das intenções de voto para as eleições presidenciais na Venezuela mostra vantagem do candidato governista, o presidente interino Nicolás Maduro, sobre o oposicionista, o governador do estado de Miranda, Enrique Capriles.  As eleições estão marcadas para dia 14 de abril. Na Venezuela não há segundo turno e o voto é facultativo.
A pesquisa foi feita pela empresa Datanálisis e publicada ontem (18) pela companhia mundial de serviços financeiros Barclays. Feita entre os dias 11 e 13 de março por telefone, é a primeira pesquisa divulgada após a morte do presidente Hugo Chávez no dia 5.
Segundo a Datanálisis, Maduro tem 49,2% das intenções de voto e Capriles, 34,8%, uma diferença de 14,4% a favor do governista. No total, sete candidatos disputam as eleições presidenciais do país e, com exceção de Maduro e Capriles, nenhum teve um percentual expressivo na pesquisa.
"O candidato do governo abriu vantagem sobre o candidato opositor. No entanto, Maduro só ganhou 2 pontos percentuais com relação à pesquisa anterior [feita antes do anúncio oficial das candidaturas], mostrando um efeito de simpatia limitado, apesar do esforço do governo em aproveitar o período de luto presidencial", disse a empresa Datanálisis em nota.
Durante o funeral de Hugo Chávez, o nome de Maduro foi amplamente divulgado como o candidato apoiado pelo presidente, que antes de morrer o designou como seu sucessor político. Nas eleições presidenciais de outubro do ano passado, Chávez derrotou Capriles, com 11 pontos de vantagem.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) determinou que a campanha eleitoral terá dez dias de duração em abril, mas ambos os candidatos começaram a buscar apoio nas regiões do país e a trocar acusações.
Agência Brasil