sábado, 23 de março de 2013

Datafolha e Ibope apontam vitória de Dilma no primeiro turno em 2014

Pesquisas Datafolha e Ibope apontam vitória de Dilma no primeiro turno em 2014

Segundo o Datafolha, presidenta tem 58% das intenções de voto, seguida por Marina Silva, com 16%. No caso do Ibope, 52% dizem que votariam 'com certeza' em Dilma e 24% poderiam votar


 A presidenta Dilma Rousseff (PT) seria reeleita no primeiro turno se as eleições fossem agora, mostram pesquisa Datafolha e Ibope, divulgadas na noite de hoje (22). No primeiro caso, a sondagem dá à petista 58% das intenções de voto, ante 16% da ex-senadora Marina Silva, que também foi candidata em 2010.  Atrás dela vêm o senador Aécio Neves (PSDB-MG), com 10%, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 6%. Do total, 6% declaram intenção de votar em nulo ou branco, e 3% não sabem em quem votar.

Na pesquisa anterior, realizada em dezembro do ano passado, Dilma tinha 54%, Marina aparecia com 18%, Aécio, 12%, e Campos, 4%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 21 e ouviu 2.653 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Já a pesquisa do Ibope, feita em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo, usa o conceito de potencial de voto, indicando preferência consolidada ou provável do eleitor. Segundo o instituto, Dilma tem 76% de potencial de voto – 52% votariam com certeza e 24% dizem que poderiam votar. Outros 20% não votariam nela de jeito nenhum, enquanto 4% não responderam. Assim, o saldo é de 56%. O potencial da presidenta é quase duas vezes maior que o da ex-senadora Marina Silva (que está formando um partido), três vezes maior que o do senador Aécio Neves (PSDB) e sete vezes superior ao do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O ex-candidato José Serra aparece com a maior rejeição.
No caso de Marina, o potencial é de 40% – 10% votariam com certeza e 30% poderiam votar. Mas outros 40% não a escolheriam de jeito nenhum. Com isso, E 19% declararam desconhecer a ex-candidata.
O senador tucano tem 25% de potencial de voto, ante 36% de rejeição. Em relação a Campos, 10% afirmam que poderiam votar nele, enquanto 35% não votariam de jeito nenhum. Ambos ainda desconhecidos por boa parte do eleitorado: 39% no caso de Aécio e 54% no governador.
O ex-candidato e ex-governador José Serra é conhecido por 86% do eleitorado. E tem 50% de rejeição, ante 35% que admitem votar nele.
O Ibope incluiu o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, com potencial de 17%: 4% votariam com certeza e 13% poderiam votar. O ex-deputado Fernando Gabeira atingiu 7% (1% com certeza e 6% poderiam votar).
Foram entrevistados 2.002 eleitores em 142 municípios, dos dias 14 a 18. A margem de erro também é de dois pontos percentuais.
Rede Brasil Atual


Estudo conclui que fim dos dinossauros 'foi causado por cometa'

Foto: BBC

A rocha espacial que atingiu a Terra há 65 milhões de anos e é tida como causadora da extinção dos dinossauros foi provavelmente um cometa, concluiu um estudo divulgado por cientistas americanos.
Segundo a pesquisa, a cratera Chicxulub, no México - que tem 180 km de diâmetro - foi criada por um objeto menor do que o que se imaginava anteriormente. Muitos cientistas consideram que um asteroide grande e relativamente lento teria sido o responsável.
Os detalhes do estudo, feito por uma equipe do Darthmouth College, universidade no Estado americano de New Hampshire (nordeste do país), foram divulgados na 44ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária, realizada no Estado do Texas, no sul dos Estados Unidos.
"O objetivo maior do nosso projeto é caracterizar melhor o que causou o impacto que produziu a cratera na península de Yucatán (no México)", disse Jason Moore, do Dartmouth College, à BBC News.
No entanto, outros pesquisadores ainda são cautelosos a respeito dos resultados da pesquisa.

Química extraterrestre

A colisão da rocha espacial com a Terra criou em todo o planeta uma camada de sedimentos com o elemento químico irídio em concentrações muito mais altas do que o que ocorre naturalmente.
No entanto, a equipe de pesquisadores sugere que os índices de irídio citados atualmente estão incorretos. Usando uma comparação com outro elemento extraterrestre depositado no impacto - o ósmio - eles conseguiram deduzir que a colisão depositou menos resíduos do que o que se acreditava.
Os valores recalculados de irídio sugerem que um corpo celeste menor atingiu a Terra. Na segunda parte do trabalho, os pesquisadores tentaram relacionar o novo valor com as propriedades físicas conhecidas da cratera de Chicxulub.
Para que essa rocha espacial menor tenha produzido uma cratera de 180 km de largura, ela deve ter viajado relativamente rápido.
A equipe calculou que um cometa de longo período se ajustava à descrição muito melhor do que outros possíveis candidatos.
"Seria preciso um asteroide de cerca de 5 km de diâmetro para trazer tanto irídio e ósmio. Mas um asteroide desse tamanho não produziria uma cratera de 200 km de diâmetro", disse Moore.
"Como conseguimos algo que tenha energia suficiente para gerar uma cratera daquele tamanho, mas tenha muito menos material rochoso? Isso nos leva aos cometas."
Cometas de longo período são corpos celestes de poeira, rocha e gelo que têm órbitas excêntricas ao redor do Sol. Eles podem levar centenas, milhares e em alguns casos até milhões de anos para completar uma órbita.
O evento que causou a extinção há 65 milhões de anos é associado, hoje em dia, à cratera no México. O acontecimento teria matado cerca de 70% das espécies na Terra em um curto período de tempo, especialmente os dinossauros.
A enorme colisão teria gerado incêndios, terremotos e imensos tsunamis. O gás e a poeira lançados na atmosfera teriam contribuído para a queda das temperaturas globais por muitos anos.

Perda de massa

Gareth Collins, que pesquisa impactos que produzem crateras na universidade Imperial College London, na região de Londres, disse que a pesquisa da equipe do Dartmouth College é "provocadora".
No entanto, ele disse à BBC que não acha "possível determinar precisamente o tamanho do corpo que causou o impacto apenas com a geoquímica".
"A geoquímica diz - com bastante precisão - somente a massa do material meteorítico que está distribuída globalmente, não a massa total do causador do impacto. Para estimar isso, é preciso saber que fração do corpo celeste estava distribuída na hora do impacto, não foi ejetada para o espaço, nem caiu perto da cratera."
"Os autores (da pesquisa) sugerem que 75% da massa do causador do impacto estava distribuída globalmente, então chegaram a um corpo relativamente pequeno, mas na verdade essa fração pode ser menor do que 20%."
A teoria deixaria a porta a aberta para a hipótese de que um asteroide maior e mais lento, que perdeu teria perdido massa antes do impacto com o solo, tenha sido o causador da extinção.
Os pesquisadores americanos aceitam a hipótese, mas citam estudos recentes que sugerem que a perda de massa do corpo celeste no impacto de Chicxulub esteve entre 11% e 25%.
Nos últimos anos, diversos corpos celestes surpreenderam os astrônomos, servindo como lembrança de que nossa vizinhança cósmica continua atribulada.
No dia 15 de fevereiro de 2012, o DA14, um asteroide com volume equivalente ao de uma piscina olímpica, passou de raspão pela Terra a uma distância de somente 27,7 mil km. Ele só havia sido descoberto no ano anterior.
No mesmo dia, uma rocha espacial de 17 metros explodiu nas montanhas Urais, da Rússia, com uma energia equivalente a cerca de 440 quilotoneladas de TNT. Cerca de mil pessoas ficaram feridas quando o choque do impacto explodiu janelas e sacudiu edifícios.
Cerca de 95% dos objetos próximos da Terra com mais de 1 km de diâmetro já foram descobertos. No entanto, somente 10% dos 13 a 20 mil asteroides acima de 140 metros de diametro estão sendo monitorados.

BBC Brasil





Lago na Antártida pode guardar 'segredo' de vida alienígena


Lago Vida

Cientistas descobriram micróbios que sobrevivem em condições de alta salinidade e temperaturas abaixo de zero em um lago na Antártida, algo que dá indícios de que pode existir vida em luas congeladas do Sistema Solar.
Foram encontrados micróbios que viviam em um ambiente escuro, em temperaturas de até -13º C. Além disso, eles afirmam que as formas de vida estão isoladas do resto do mundo há 2,8 mil anos.
Detalhes desta pesquisa foram publicados pela revista científica PNAS.
"É plausível que uma fonte de energia para essas formas de vida exista apenas devido à reação química entre a água salgada e as pedras", afirma Christian Fritsen, do Instituto de Pesquisas em Desertos (DRI, na sigla em inglês), dos EUA, que é coautor do estudo.
Alison Murray, líder das pesquisas, diz que se esta hipótese estiver correta, cria-se "uma estrutura completamente nova de pensamento sobre como a vida pode estar apoiada em crio-ecossistemas na Terra e em outros mundos frios do Universo".
A lua Europa, do planeta Júpiter, é um dos lugares que cientistas acreditam que pode ter condições semelhantes para que esse tipo de vida se desenvolva.

Vida em luas

O Lago Vida, o maior da região dos vales secos de McMurdo, na Antártida, não possui oxigênio, é ácido, congelado e tem os mais altos níveis de óxido nitroso do mundo.
Um líquido seis vezes mais salgado do que a água marinha permeia todo o ambiente.
Durante visitas a campo em 2005 e 2010, Alison Murray liderou um trabalho de perfuração, que retirou gelo do lago, coletou amostras do líquido salgado e analisou o potencial da água de hospedar organismos vivos.
Para evitar contaminações ao isolado ecossistema, eles adotaram procedimentos controlados e equipamentos especiais, trabalhando em tendas esterilizadas na superfície do lago.
A abundância de diferentes compostos químicos presentes no lago levou os cientistas a concluir que reações químicas estavam acontecendo entre a camada de líquido e os sedimentos mais profundos – produzindo óxido nitroso e hidrogênio molecular.
O hidrogênio pode ser a fonte de energia que alimenta os micróbios presentes no líquido salgado. Além disso, o baixo ritmo do metabolismo desta forma de vida faz com que as reservas de energia durem bastante tempo.
Para Cynan Ellis-Evans, do programa de pesquisas British Antarctic Survey (BAS), que não participou desta pesquisa específica, a descoberta de micróbios nesses lagos tão remotos é "muito interessante".
O pesquisador cita indícios recém-descobertos de que bolsões de gelo e água possam existir na lua Europa, com condições parecidas aos encontrados no estudo na Antártida.

BBC Brasil 



Tubérculo emagrece e aumenta libido


Alimento ainda auxilia no tratamento da anemia e previne a osteoporose

 Tubérculo originário da Cordilheira dos Andes, a maca peruana - como é mais conhecida no Brasil - é uma planta cujo formato se assemelha a um rabanete. Ao contrário deste, porém, ela costuma ser consumida em pó ou em cápsulas fora de seu país. Fonte de vitaminas, minerais, proteínas, fibras e mais uma incansável lista de outros nutrientes, não demorou para que o alimento começasse a chamar a atenção do público brasileiro.Com o objetivo de prevenir doenças, auxiliar em tratamentos e até ajudar a perder peso, a maca peruana se tornou a nova queridinha de quem cultiva uma dieta equilibrada. "Ela pode ser encontrada em farmácias e laboratórios de manipulação, mas é um nutricionista, nutrólogo ou outro profissional que irá definir a dose a ser consumida por cada pessoa", aponta o nutricionista Israel Adolfo, especialista em fisiologia pela Unifesp. Confira a seguir seus principais benefícios:
Efeito afrodisíaco
Um dos grandes destaques da maca é seu divulgado efeito afrodisíaco. Um estudo publicado no Asian Journal of Andrology e conduzido por um pesquisador da Universidad Peruana Cayetano Heredia, no Peru, observou os efeitos da maca em homens com idades entre 24 e 44 anos durante quatro meses. Os resultados mostraram aumento da quantidade de sêmen, na contagem de espermatozoides e na motilidade espermática. Outras pesquisas destacaram ainda que a ingestão do tubérculo aumentava o desejo sexual e reduzia os níveis de estresse e ansiedade do indivíduo. Acredita-se que o alimento tenha ação sobre o hipotálamo e as glândulas suprarrenais, o que lhe conferiria tais efeitos estimulantes.
Aliada no processo de emagrecimento
"Muitas pessoas consideram carboidratos os grandes vilões do emagrecimento, mas isso não passa de mito", aponta o nutricionista Israel Adolfo. Quem deseja perder peso de forma saudável deve se preocupar com as calorias ingeridas e um plano que alie dieta e exercícios. Assim, embora mais da metade da composição da maca peruana seja de carboidratos (59%), ela pode ajudar quem deseja emagrecer por ser rica em fibras, que aumentam a saciedade, reduzindo o apetite. O profissional reforça, entretanto, que apenas o consumo do alimento sem qualquer mudança de hábito ou acompanhamento não apresentará mudanças significativas. Junto com um plano alimentar, por outro lado, pode se um grande aliado.
Atuante contra o diabetes
Segundo o nutrólogo Roberto Navarro, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), a maca peruana pode prevenir o desenvolvimento do diabetes de duas maneiras. "Ela diminui a velocidade da absorção de glicose pelo corpo graças ao alto teor de fibras e também porque inibe a ação de uma enzima que atua no processo de digestão", explica. Isso evita a liberação de grandes quantidades de insulina de uma só vez, o que poderia levar à resistência celular à substância, favorecendo o diabetes.
Benéfica para o coração
"A maca peruana contém ômega 3, que protege a saúde cardiovascular graças a seu efeito vasodilatador e regulador do colesterol", afirma a nutricionista Roseli Rossi, especialista em nutrição clínica funcional da clínica Equilíbrio e Nutricional, em São Paulo. O ômega 9 nela presente também atua sobre o colesterol, diminuindo o nível total e do colesterol ruim (LDL) e aumentando as taxas do bom colesterol (HDL). Para completar, aminoácidos da maca peruana estão envolvidos no controle de gorduras no sangue e da hipertensão.
Auxiliar no tratamento da anemia
"Em 100 g de maca peruana é possível obter 16.6 mg de ferro, nutriente que em baixas concentrações no organismo pode levar à anemia ferropriva", explica o nutricionista Israel. A necessidade diária do nutriente varia de 11mg a 8mg para homens e de 15mg a 18mg para mulheres, conforme a idade. O ferro é um nutriente fundamental para a síntese de células vermelhas do sangue e para o transporte de oxigênio. Para aumentar a biodisponibilidade do nutriente no organismo, lembre-se de consumi-lo com alguma fonte de vitamina C para ajudar na absorção.
Reforço para a imunidade
A maca peruana também é conhecida por funcionar como um tônico revigorante. De acordo com a nutricionista Roseli, ela é conhecida como uma planta adaptógena, que como o próprio nome sugere, auxiliam na adaptação a condições adversas do ambiente, aumentando a força e a resistência muscular. "Fitoterapeutas afirmam terem bons resultados na recomendação da maca para tratamento de pacientes com Síndrome da Fadiga Crônica", conta.
Inimiga da osteoporose
A osteoporose é uma grande preocupação principalmente do público feminino após a menopausa, quando os níveis de estrógeno, hormônio que protege os ossos, diminuem no organismo. "Neste caso, a indicação do uso da maca peruana pode funcionar como uma medida de prevenção da doença, já que 100 g oferecem 150 mg de cálcio", afirma o nutricionista Israel. Para se ter uma ideia do que isso significa, vale lembrar que 100 g de leite oferecem cerca de 100 mg do mineral. A prática regular de exercícios e a exposição solar saudável também são recomendadas para evitar a osteoporose.
Calmante da menopausa
"A maca alivia os sintomas comuns da menopausa, como ondas de calor, sem os efeitos colaterais de tratamentos químico-hormonais disponíveis no mercado", aponta a nutricionista Roseli. A atuação do alimento sobre os níveis hormonais é, até o momento, a melhor hipótese para explicar a relação. Diminuição da fadiga, elevação na libido e barreira contra a desidratação da pele são algumas das características observadas com o consumo do alimento.
WSCOM

Fiscais flagram trabalho escravo em confecção em SP


Fiscais flagram trabalho escravo em confecção da Luigi Bertolli em São Paulo

A Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo anunciou hoje (22) um flagrante de trabalho escravo em uma confecção que produzia roupas para as marcas Luigi Bertolli, Emme e Cori. A operação foi realizada na terça-feira (20) e resgatou 29 trabalhadores bolivianos da oficina na região do Belenzinho, zona leste da capital paulista.
A GEP Indústria e Comércio Ltda, que produz as peças das três marcas, foi alvo de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em parceria com Ministério Público Estadual e Receita Federal. A produção era repassada para a Silobay, uma empresa situada no Bom Retiro, em São Paulo, que também foi alvo de fiscalização.
Fiscais do Ministério do Trabalho flagraram trabalhadores em condições análogas à escravidão. Na fábrica, as pessoas trabalhavam de 12h a 14h por dia, ganhavam em média R$ 3 por peça produzida, faziam as refeições no mesmo local em que trabalhavam e não tinham direito a férias nem a 13º salário. A fiscalização flagrou ligações elétricas clandestinas, com risco de incêndio, crianças circulando pelo local de trabalho e mantimentos guardados junto de rações de animais. 
De acordo com a juíza do Trabalho da 2ª região, Patrícia Todelo, a maior parte dos trabalhadores vivia em situação de servidão por dívida, contraída ainda na Bolívia. Outra parcela foi vítima de tráfico internacional de pessoas. Pelo menos seis deles estavam irregulares e poderão ajustar sua documentação no Brasil. A situação se arrastava desde julho de 2012.
Na tarde de hoje, os trabalhadores compareceram à Superintendência Regional do Trabalho, no centro da cidade, para assinarem termos de indenização trabalhista, sendo que cada um receberá pelo menos R$ 23 mil. Além disso, a empresa desembolsará R$ 450 mil por dano coletivo – um terço do total será destinado para entidades beneficentes, um terço para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e um terço para entidades que combatem trabalho escravo. Ao todo, a GEP desembolsará cerca de R$ 1,1 milhão.
A empresa recebeu, ainda, 22 autos de infração, que podem resultar em multas. De acordo com fiscais, a GEP alegou que desconhecia o caso e se prontificou a regularizar a situação dos trabalhadores, assinando o termo de ajuste de conduta, o mais rápido possível. Entre o flagrante de trabalho escravo e o pagamento das indenizações se passaram cerca de 48 horas. A Silobay, empresa intermediária, continua sob investigação.

Mais um caso

Nesta semana, a fiscalização do Ministério do Trabalho flagrou mais um caso de trabalho em condições análogas à escravidão no setor têxtil, desta vez envolvendo três trabalhadores, ligados a uma empresa de Guarulhos, na Grande São Paulo. Como o caso ainda não foi finalizado, o MTE não divulgou o nome do contratante do serviço, mas adiantou que se trata de uma confecção de grande porte.
Nesta ação, foram libertos dois bolivianos e um peruano – dois deles estavam em situação irregular no Brasil. Eles também viviam em condições consideradas degradantes e ganhavam por peça produzida, em um total que somava entre R$ 340 e R$ 480 por mês.
Rede Brasil Atual Rede Brasil Atual

sexta-feira, 22 de março de 2013

Falta de água de qualidade mata uma criança a cada 15 segundos



A cada 15 segundos, uma criança morre de doenças relacionadas à falta de água potável, de saneamento e de condições de higiene no mundo, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Todos os anos, 3,5 milhões de pessoas morrem no mundo por problemas relacionados ao fornecimento inadequado da água, à falta de saneamento e à ausência de políticas de higiene, segundo representantes de outros 28 organismos das Nações Unidas, que integram a ONU-Água.
No Relatório sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, documento que a ONU-Água divulga a cada três anos, os pesquisadores destacam que quase 10% das doenças registradas ao redor do mundo poderiam ser evitadas se os governos investissem mais em acesso à água, medidas de higiene e saneamento básico. As doenças diarreicas poderiam ser praticamente eliminadas se houvesse esse esforço, principalmente nos países em desenvolvimento, segundo o levantamento. Esse tipo de doença, geralmente relacionada à ingestão de água contaminada, mata 1,5 milhão de pessoas anualmente.
No Brasil, dados divulgados pelo Ministério das Cidades e pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico, mostram que, até 2010, 81% da população tinham acesso à água tratada e apenas 46% dos brasileiros contavam com coleta de esgotos. Do total de esgoto gerado no país, apenas 38% recebiam tratamento no período.
Há poucos dias, a organização da sociedade civil Trata Brasil divulgou levantamento que confirma a relação entre a falta de saneamento e acesso à agua potável e os problemas de saúde que afetam principalmente as crianças. O Ranking do Saneamento levantou a situação desse serviço  nas 100 maiores cidades do país, considerando a parcela da população atendida com água tratada e coleta de esgotos, as perdas de água, investimentos, avanços na cobertura e o que é feito com o esgoto gerado pelos 77 milhões de brasileiros dessas localidades (40% da população brasileira).
O levantamento mostrou que a política em “grande parte das maiores cidades do país avança, mesmo lentamente, nos serviços de saneamento básico, sobretudo no acesso à água potável, à coleta, ao tratamento dos esgotos e à redução das perdas de água”.
Os pesquisadores destacaram, porém,  que existe um número expressivo de municípios de grande porte que não avançaram nesses investimentos.
De acordo com os pesquisadores, do volume de esgoto gerado nas 100 cidades, somente 36,28% são tratados, ou seja, apenas nas cidades analisadas, quase 8 bilhões de litros de esgoto são lançados todos os dias nas águas sem nenhum tratamento. “Isso equivale a jogar 3.200 piscinas olímpicas de esgoto por dia na natureza”.
Os órgãos das Nações Unidas revelam que, no mundo, o despejo de 90% das águas residuais em países em desenvolvimento – em banhos, cozinha ou limpeza doméstica – vão para rios, lagos e zonas costeiras e representam ameaça real à saúde e segurança alimentar no mundo.
Pelo ranking da Trata Brasil, o índice médio em população atendida com coleta de esgoto nas 100 cidades pesquisadas pela organização foi 59,1%. A média do país, registrada em 2010, era 46,2%. A boa notícia é que 34 cidades apresentaram índice de coleta de esgoto superior a 80% da população e apenas cinco municípios (Belo Horizonte, Santos, Jundiaí, Piracicaba e Franca) tinham 100% da coleta de esgoto em funcionamento.
Trinta e dois municípios se encontram na faixa de sem coleta a 40% de coleta e 34 cidades têm entre 41% e 80% da cobertura de coleta de esgoto. “Ou seja, na maioria dos municípios analisados ainda está distante a universalização dos serviços de coleta de esgoto”, destaca o estudo.
A análise da organização não governamental destacou que vários fatores influenciam na ocorrência das diarreias, como a disponibilidade de água potável, intoxicação alimentar, higiene inadequada e limpeza de caixas d'água. O estudo mostrou a relação direta entre a abrangência do serviço de esgotamento sanitário e o número de internações por diarreia. De acordo com o levantamento, em 2010, em 60 das 100 cidades pesquisadas os baixos índices de atendimento resultaram em altas taxas de internação por diarreias.
Nas 20 melhores cidades em taxa de internação (média de 17,9 casos por 100 mil habitantes), a média da população atendida por coleta de esgotos era 78%, enquanto nas dez piores cidades em internações por diarreia (média de 516 casos por 100 mil habitantes), a média da população atendida por coleta de esgotos era somente 29%.
 Agência Brasil

Pobre tem apenas 3% de chances de ter boa nota no Enem

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Na Paraíba, um estudante pobre, com renda familiar de no máximo um salário mínimo, tem apenas 3% de possibilidade de estar no grupo de 10% dos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que obtêm as melhores notas. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (21) e integra o primeiro relatório do Núcleo de Estudos em Economia Social (NEES), formado por alunos, pós-graduandos e professores da UFPB.
De acordo com o boletim “Nota do Enem e Background Familiar: Uma Avaliação dos Estudantes Paraibanos”, um estudante considerado rico, com renda a partir de nove salários mínimos, possui a probabilidade de 49% de fazer parte do grupo das melhores notas. Em comparação, um estudante pobre precisa se esforçar 16 vezes mais que um estudante considerado rico.
O relatório aponta ainda que, além da renda familiar, o grau de escolaridade dos pais dos estudantes interfere diretamente no desempenho no Enem. A possibilidade de um estudante filho de mãe analfabeta tirar uma nota superior à média nacional é de aproximadamente 27% contra 69% caso a mãe seja graduada, aponta o estudo. 
Por fim, o boletim da NEES ressalta que os resultados apontam um maior grau de desigualdade de oportunidades para Paraíba e para a Região Nordeste, quando comparado à Região Sudeste. O documento sugere inclusive que ser filho de pais analfabeto na Paraíba e na Região Nordeste tem uma influência maior que apresentar as mesmas circunstâncias na Região Sul ou Sudeste. Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 63% da população paraibana com 25 anos ou mais não tem instrução ou não concluiu o Ensino Fundamental.
Formação do NEES
Segundo o professor coordenador do NEES, Herbert Oliveira Rego, o grupo foi formado para que dados e pesquisas acadêmicas sejam divulgadas de maneira acessível a população. “A nossa intenção com o NEES é estreitar a relação da academia com a população. Usar dados oficiais, cruzar com outras informações e chegar a informações novas que ajudem a entender nossa condição”, explica.
O professor de Ciência Política Ítalo Fittipaldi, um dos integrantes do grupo de pesquisa, explica que os boletins podem servir de base para o desenvolvimento de novas políticas públicas. “A importância política deste trabalho concerne justamente na possibilidade do poder público ter um ponto de partida para novas políticas públicas. A nossa intenção é mostrar a situação dos indicadores sociais da Paraíba da maneira mais transparente possível, independente da gestão”, completou. Os relatórios devem ser publicados de maneira trimestral no site do NEES.
G1 PB