domingo, 24 de março de 2013

Empresa cria carro dobrável contra congestionamentos

Foto: BBC

Um projeto do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), em conjunto com uma empresa espanhola, prevê que carros dobráveis ajudem a reduzir o tráfego pesado das cidades.
Além de ser elétrico, o carrinho ocupa o espaço equivalente a um terço de um carro convencional ao estacionar.
O dono da empresa que fabrica o automóvel pede aos consumidores que não comprem o modelo, mas que apenas o aluguem.
"É como um táxi, só que dirigido pelo passageiro", ele diz.

BBC Brasil


44% das escolas do País não têm tecnologia


 Grande parte das escolas brasileiras possui apenas condições mínimas de funcionamento e não oferece sequer televisores ou computadores a professores e alunos. O resultado faz parte de um estudo inédito realizado por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
 Com base nos dados disponíveis no Censo Escolar 2011 sobre estrutura e equipamentos dos colégios, pesquisadores criaram uma escala de avaliação da infraestrutura escolar das redes pública e privada do País. Os resultados revelam que 44% das 194.932 escolas analisadas possuem apenas condições elementares de funcionamento.
Segundo os parâmetros propostos pelos pesquisadores, isso significa que 86.739 colégios oferecem apenas água, sanitários, cozinha, energia elétrica e esgoto aos funcionários e alunos que os frequentam. Não há salas para diretores, TV, DVD, computadores ou impressoras nesses ambientes.
Aliás, essas características já colocariam essas escolas em outra categoria do estudo: a de quem possui uma infraestrutura básica. Nesse caso, encontram-se outras 78.047 escolas brasileiras (40%). Apenas 14,9% das unidades escolares do País (29.026) oferecem um ambiente considerado adequado para o ensino e a aprendizagem.
No estudo, a categoria adequada foi dada a quem oferece também sala de professores, biblioteca, laboratório de informática, quadra esportiva, parque infantil, acesso à internet. Em condições “avançadas”, estão somente 0,6% das escolas. São 1.120 unidades que possuem a mais laboratório de ciências e ambientes para atender alunos com necessidades especiais.
Desigualdades
Os dados também revelam grande desigualdade nas condições das escolas. A primeira é geográfica. Das 24.079 escolas da região Norte, 71% (17.090) têm infraestrutura elementar. No Nordeste, a proporção é de 65,1% (49.338) do total. Nas outras regiões, o nível básico é o que possui os maiores percentuais: 51,7% no Centro-Oeste, 57% no Sudeste e 49,8% no Sul.
O outro lado da desigualdade aparece entre as diferentes redes de ensino. A pior situação da infraestrutura escolar está na rede municipal. Das 124.614 escolas municipais avaliadas, 61,8% têm infraestrutura elementar; 31,6% básica; 6,4% adequada e só 0,2% avançada. Entre as estaduais, a maior parte está na categoria básica (51,3% de 32.316) e 33,3% na adequada.
A rede privada oferece condições piores que as duas redes. De seus 37.551 colégios, 13,9% oferecem condições elementares; 58,4% condições básicas; 26,8% adequada e somente 0,9% avançada. A melhor situação é das escolas federais, mas poucas têm estrutura avançada (4,4%). A maior parte (58,1%) é considerada adequada e apenas 5,1% é elementar.
Para os responsáveis pela pesquisa – Joaquim José Soares Neto, Girlene Ribeiro de Jesus e Camila Akemi Karino (todos da UnB) e Dalton Francisco de Andrade, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) –, os resultados demonstram que “é preciso avançar para garantir aos estudantes um ambiente escolar com infraestrutura adequada a educação de qualidade”.
“O que mais me chamou a atenção foi a enorme diferença entre as escolas, especialmente entre as urbanas e rurais. Tomamos muito cuidado para não valorizar demais uma categoria ou outra e causar distorções, mas a situação é muito diferente”, afirma Soares Neto. Quase todas as escolas rurais são elementares (85,2%). Nas urbanas, o número cai para 18,3%.
Escala para avaliação
Os pesquisadores criaram uma escala de avaliação a partir da Teoria de Resposta ao Item (TRI), mesma metodologia estatística em que se baseia o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com isso, será possível avaliar a evolução da infraestrutura ano a ano e também conseguir medir o impacto dessas diferentes estruturas no aprendizado do aluno.
“Esse ainda é um tema pouco pesquisado no mundo. Passamos boa parte do tempo testando para ver se a TRI poderia ser usada para fazer avaliação e ficamos satisfeitos com o resultado”, diz Soares Neto. Ele conta que, de todas as informações disponíveis no Censo Escolar, algumas tiveram de ser desconsideradas para criar a escala.
Ao todo, 22 itens foram analisados: abastecimento de água, energia elétrica, esgoto sanitário, sala de diretoria, sala de professor, laboratório de informática, laboratório de ciências, sala de atendimento especial, quadra de esportes, cozinha, biblioteca, parque infantil, sanitário (inclusive para educação infantil e deficientes físicos), dependências para deficientes físicos, TV, DVD, copiadora, computadores, impressora e internet.
A partir deles, as quatro categorias (elementar, básica, adequada e avançada) foram criadas. Os itens mais raros nos colégios são os ambientes específicos para atendimento especial, laboratório de ciências, quadra esportiva e biblioteca. “A escala é objetiva e nos mostra que estamos distantes da equidade e da garantia de um padrão mínimo de qualidade”, diz Neto.
Ao todo, 194.932 escolas foram analisadas. No Censo, havia dados sobre 263.833, mas as que estavam com atividades paralisadas ou inativas e as que não haviam preenchido corretamente o censo foram excluídas da amostra.
WSCOM

Brasil é exemplo de combate ao trabalho infantil


Brasil é exemplo de combate ao trabalho infantil

 A experiência brasileira na implementação de políticas de promoção do trabalho decente pode ajudar outros países em desenvolvimento a alavancar o combate ao trabalho infantil. A avaliação é da coordenadora do Programa de Cooperação Sul-Sul da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Fernanda Barreto. Ela acredita que o compartilhamento de práticas entre países que vivem realidades semelhantes garante uma “resposta mais efetiva”. A coordenadora da OIT lembrou que a erradicação da exploração da mão de obra de crianças e adolescentes é uma preocupação mundial, principalmente porque o ritmo de queda vem diminuindo em diversos países. O assunto será tema de uma conferência global que o Brasil sediará em outubro deste ano. A organização pretende lançar, durante o evento, a sistematização das boas práticas brasileiras nessa área.
“Quando um país como o Brasil apresenta a nações com características parecidas uma iniciativa que ele implementou, e tem dado resultados, a aceitação é muito positiva, porque não é uma troca de cima para baixo. Não é uma instituição dizendo que aquilo dá certo, mas um compartilhamento de igual para igual”, disse.
Fernanda Barreto ressaltou o protagonismo brasileiro na promoção do trabalho decente e enfatizou que as políticas de transferência de renda condicionadas à frequência escolar são exemplos de medidas que despertam o interesse de muitos países.
“A erradicação da pobreza contribui em grande medida para a redução da exploração da mão de obra infantil. Além disso, o Brasil adota um modelo de inspeção do trabalho infantil e do trabalho forçado que tem dado resultados excepcionais e contribuído para combater esses tipos de atividade”, disse.
Ela ressaltou que a OIT promoveu quatro visitas de intercâmbio por meio do Programa de Cooperação Sul-Sul, desde 2010. Representantes do Equador, da Bolívia e do Paraguai estiveram no Brasil para conhecer iniciativas como o Bolsa Família, os programas de capacitação de adolescentes com idades entre 14 e 16 anos, além da atividade dos auditores e auditoras fiscais do trabalho, que inspecionam irregularidades em empresas, inclusive as relacionadas à segurança e à saúde no trabalho.
Também foram apresentadas aos representantes desses países estratégias no campo da saúde, como a notificação compulsória por profissionais da área quando veririfam indícios de trabalho infantil durante atendimento.
Fernanda Barreto ressaltou que a parceria entre o Brasil e a OIT no âmbito Sul-Sul foi consolidada em 2009, com a assinatura de um acordo para o desenvolvimento de projetos de cooperação técnica com países da América Latina e da África.
Além dos programas para eliminação do trabalho infantil, implementados em países como Equador, Bolívia, Paraguai, Timor Leste, Angola, Moçambique e Haiti, há ações nas áreas de promoção da proteção social, erradicação do trabalho forçado, promoção dos empregos verdes e fortalecimento de organizações sindicais em países africanos de língua portuguesa.
De acordo com a OIT, trabalho infantil é toda forma de trabalho exercida por crianças e adolescentes abaixo da idade mínima legal permitida, conforme a legislação de cada país. A Constituição Brasileira estabelece que, até 16 anos incompletos, meninos e meninas estão proibidos de trabalhar. A única exceção à proibição é o trabalho na condição de aprendiz, permitido a partir dos 14 anos, para tipos de atividades que apresentem os requisitos legais para a aprendizagem profissional.
A OIT estima que 215 milhões de crianças em todo o mundo são vítimas desse tipo de exploração. Entre 2000 e 2004 houve uma diminuição de 10% no número de crianças e adolescentes envolvidas no trabalho infantil. Entre 2004 e 2008, o percentual caiu para 3%, mesmo índice apresentado pelo Brasil no período. A organização também estima que 1,4 milhão de crianças e adolescentes com idades entre 5 e 14 anos trabalham no país.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu como meta a eliminação das piores formas de trabalho infantil até 2016 e de todas as formas até 2020.
 Agência Brasil

Papa Francisco almoça com Bento XVI



Pela primeira vez, um papa emérito e outro em plenos poderes se reuniram para um almoço. O papa Francisco foi hoje (23) a Castelgandolfo, onde o papa emérito Bento XVI mora desde que renunciou em 28 de fevereiro.
Os dois se
 cumprimentaram e fizeram uma oração ajoelhados lado a lado. Segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, antes de se ajoelhar, o papa Francisco disse a Bento XVI: “Somos irmãos”.
Em seguida, os dois papas mantiveram um encontro privado. No início da reunião, o papa Francisco ofereceu uma imagem de Nossa Senhora da Humildade ao papa emérito, explicando que o presente era uma forma de agradecer os gestos de humildade de Bento XVI durante o seu pontificado.
Desde que assumiu o comando da Igreja Católica, o papa Francisco tem manifestado admiração pelo trabalho do papa emérito, chamando-o de “meu predecessor, o querido e venerado Papa Bento XVI”.
Na sua primeira aparição na varanda central da Basílica de São Pedro, o pontífice pediu aos fiéis: “Rezemos pelo nosso bispo emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e a Virgem Maria o proteja”.
* Com informações da Rádio Vaticano
 Agência Brasil

sábado, 23 de março de 2013

Datafolha e Ibope apontam vitória de Dilma no primeiro turno em 2014

Pesquisas Datafolha e Ibope apontam vitória de Dilma no primeiro turno em 2014

Segundo o Datafolha, presidenta tem 58% das intenções de voto, seguida por Marina Silva, com 16%. No caso do Ibope, 52% dizem que votariam 'com certeza' em Dilma e 24% poderiam votar


 A presidenta Dilma Rousseff (PT) seria reeleita no primeiro turno se as eleições fossem agora, mostram pesquisa Datafolha e Ibope, divulgadas na noite de hoje (22). No primeiro caso, a sondagem dá à petista 58% das intenções de voto, ante 16% da ex-senadora Marina Silva, que também foi candidata em 2010.  Atrás dela vêm o senador Aécio Neves (PSDB-MG), com 10%, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 6%. Do total, 6% declaram intenção de votar em nulo ou branco, e 3% não sabem em quem votar.

Na pesquisa anterior, realizada em dezembro do ano passado, Dilma tinha 54%, Marina aparecia com 18%, Aécio, 12%, e Campos, 4%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 21 e ouviu 2.653 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Já a pesquisa do Ibope, feita em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo, usa o conceito de potencial de voto, indicando preferência consolidada ou provável do eleitor. Segundo o instituto, Dilma tem 76% de potencial de voto – 52% votariam com certeza e 24% dizem que poderiam votar. Outros 20% não votariam nela de jeito nenhum, enquanto 4% não responderam. Assim, o saldo é de 56%. O potencial da presidenta é quase duas vezes maior que o da ex-senadora Marina Silva (que está formando um partido), três vezes maior que o do senador Aécio Neves (PSDB) e sete vezes superior ao do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O ex-candidato José Serra aparece com a maior rejeição.
No caso de Marina, o potencial é de 40% – 10% votariam com certeza e 30% poderiam votar. Mas outros 40% não a escolheriam de jeito nenhum. Com isso, E 19% declararam desconhecer a ex-candidata.
O senador tucano tem 25% de potencial de voto, ante 36% de rejeição. Em relação a Campos, 10% afirmam que poderiam votar nele, enquanto 35% não votariam de jeito nenhum. Ambos ainda desconhecidos por boa parte do eleitorado: 39% no caso de Aécio e 54% no governador.
O ex-candidato e ex-governador José Serra é conhecido por 86% do eleitorado. E tem 50% de rejeição, ante 35% que admitem votar nele.
O Ibope incluiu o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, com potencial de 17%: 4% votariam com certeza e 13% poderiam votar. O ex-deputado Fernando Gabeira atingiu 7% (1% com certeza e 6% poderiam votar).
Foram entrevistados 2.002 eleitores em 142 municípios, dos dias 14 a 18. A margem de erro também é de dois pontos percentuais.
Rede Brasil Atual


Estudo conclui que fim dos dinossauros 'foi causado por cometa'

Foto: BBC

A rocha espacial que atingiu a Terra há 65 milhões de anos e é tida como causadora da extinção dos dinossauros foi provavelmente um cometa, concluiu um estudo divulgado por cientistas americanos.
Segundo a pesquisa, a cratera Chicxulub, no México - que tem 180 km de diâmetro - foi criada por um objeto menor do que o que se imaginava anteriormente. Muitos cientistas consideram que um asteroide grande e relativamente lento teria sido o responsável.
Os detalhes do estudo, feito por uma equipe do Darthmouth College, universidade no Estado americano de New Hampshire (nordeste do país), foram divulgados na 44ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária, realizada no Estado do Texas, no sul dos Estados Unidos.
"O objetivo maior do nosso projeto é caracterizar melhor o que causou o impacto que produziu a cratera na península de Yucatán (no México)", disse Jason Moore, do Dartmouth College, à BBC News.
No entanto, outros pesquisadores ainda são cautelosos a respeito dos resultados da pesquisa.

Química extraterrestre

A colisão da rocha espacial com a Terra criou em todo o planeta uma camada de sedimentos com o elemento químico irídio em concentrações muito mais altas do que o que ocorre naturalmente.
No entanto, a equipe de pesquisadores sugere que os índices de irídio citados atualmente estão incorretos. Usando uma comparação com outro elemento extraterrestre depositado no impacto - o ósmio - eles conseguiram deduzir que a colisão depositou menos resíduos do que o que se acreditava.
Os valores recalculados de irídio sugerem que um corpo celeste menor atingiu a Terra. Na segunda parte do trabalho, os pesquisadores tentaram relacionar o novo valor com as propriedades físicas conhecidas da cratera de Chicxulub.
Para que essa rocha espacial menor tenha produzido uma cratera de 180 km de largura, ela deve ter viajado relativamente rápido.
A equipe calculou que um cometa de longo período se ajustava à descrição muito melhor do que outros possíveis candidatos.
"Seria preciso um asteroide de cerca de 5 km de diâmetro para trazer tanto irídio e ósmio. Mas um asteroide desse tamanho não produziria uma cratera de 200 km de diâmetro", disse Moore.
"Como conseguimos algo que tenha energia suficiente para gerar uma cratera daquele tamanho, mas tenha muito menos material rochoso? Isso nos leva aos cometas."
Cometas de longo período são corpos celestes de poeira, rocha e gelo que têm órbitas excêntricas ao redor do Sol. Eles podem levar centenas, milhares e em alguns casos até milhões de anos para completar uma órbita.
O evento que causou a extinção há 65 milhões de anos é associado, hoje em dia, à cratera no México. O acontecimento teria matado cerca de 70% das espécies na Terra em um curto período de tempo, especialmente os dinossauros.
A enorme colisão teria gerado incêndios, terremotos e imensos tsunamis. O gás e a poeira lançados na atmosfera teriam contribuído para a queda das temperaturas globais por muitos anos.

Perda de massa

Gareth Collins, que pesquisa impactos que produzem crateras na universidade Imperial College London, na região de Londres, disse que a pesquisa da equipe do Dartmouth College é "provocadora".
No entanto, ele disse à BBC que não acha "possível determinar precisamente o tamanho do corpo que causou o impacto apenas com a geoquímica".
"A geoquímica diz - com bastante precisão - somente a massa do material meteorítico que está distribuída globalmente, não a massa total do causador do impacto. Para estimar isso, é preciso saber que fração do corpo celeste estava distribuída na hora do impacto, não foi ejetada para o espaço, nem caiu perto da cratera."
"Os autores (da pesquisa) sugerem que 75% da massa do causador do impacto estava distribuída globalmente, então chegaram a um corpo relativamente pequeno, mas na verdade essa fração pode ser menor do que 20%."
A teoria deixaria a porta a aberta para a hipótese de que um asteroide maior e mais lento, que perdeu teria perdido massa antes do impacto com o solo, tenha sido o causador da extinção.
Os pesquisadores americanos aceitam a hipótese, mas citam estudos recentes que sugerem que a perda de massa do corpo celeste no impacto de Chicxulub esteve entre 11% e 25%.
Nos últimos anos, diversos corpos celestes surpreenderam os astrônomos, servindo como lembrança de que nossa vizinhança cósmica continua atribulada.
No dia 15 de fevereiro de 2012, o DA14, um asteroide com volume equivalente ao de uma piscina olímpica, passou de raspão pela Terra a uma distância de somente 27,7 mil km. Ele só havia sido descoberto no ano anterior.
No mesmo dia, uma rocha espacial de 17 metros explodiu nas montanhas Urais, da Rússia, com uma energia equivalente a cerca de 440 quilotoneladas de TNT. Cerca de mil pessoas ficaram feridas quando o choque do impacto explodiu janelas e sacudiu edifícios.
Cerca de 95% dos objetos próximos da Terra com mais de 1 km de diâmetro já foram descobertos. No entanto, somente 10% dos 13 a 20 mil asteroides acima de 140 metros de diametro estão sendo monitorados.

BBC Brasil





Lago na Antártida pode guardar 'segredo' de vida alienígena


Lago Vida

Cientistas descobriram micróbios que sobrevivem em condições de alta salinidade e temperaturas abaixo de zero em um lago na Antártida, algo que dá indícios de que pode existir vida em luas congeladas do Sistema Solar.
Foram encontrados micróbios que viviam em um ambiente escuro, em temperaturas de até -13º C. Além disso, eles afirmam que as formas de vida estão isoladas do resto do mundo há 2,8 mil anos.
Detalhes desta pesquisa foram publicados pela revista científica PNAS.
"É plausível que uma fonte de energia para essas formas de vida exista apenas devido à reação química entre a água salgada e as pedras", afirma Christian Fritsen, do Instituto de Pesquisas em Desertos (DRI, na sigla em inglês), dos EUA, que é coautor do estudo.
Alison Murray, líder das pesquisas, diz que se esta hipótese estiver correta, cria-se "uma estrutura completamente nova de pensamento sobre como a vida pode estar apoiada em crio-ecossistemas na Terra e em outros mundos frios do Universo".
A lua Europa, do planeta Júpiter, é um dos lugares que cientistas acreditam que pode ter condições semelhantes para que esse tipo de vida se desenvolva.

Vida em luas

O Lago Vida, o maior da região dos vales secos de McMurdo, na Antártida, não possui oxigênio, é ácido, congelado e tem os mais altos níveis de óxido nitroso do mundo.
Um líquido seis vezes mais salgado do que a água marinha permeia todo o ambiente.
Durante visitas a campo em 2005 e 2010, Alison Murray liderou um trabalho de perfuração, que retirou gelo do lago, coletou amostras do líquido salgado e analisou o potencial da água de hospedar organismos vivos.
Para evitar contaminações ao isolado ecossistema, eles adotaram procedimentos controlados e equipamentos especiais, trabalhando em tendas esterilizadas na superfície do lago.
A abundância de diferentes compostos químicos presentes no lago levou os cientistas a concluir que reações químicas estavam acontecendo entre a camada de líquido e os sedimentos mais profundos – produzindo óxido nitroso e hidrogênio molecular.
O hidrogênio pode ser a fonte de energia que alimenta os micróbios presentes no líquido salgado. Além disso, o baixo ritmo do metabolismo desta forma de vida faz com que as reservas de energia durem bastante tempo.
Para Cynan Ellis-Evans, do programa de pesquisas British Antarctic Survey (BAS), que não participou desta pesquisa específica, a descoberta de micróbios nesses lagos tão remotos é "muito interessante".
O pesquisador cita indícios recém-descobertos de que bolsões de gelo e água possam existir na lua Europa, com condições parecidas aos encontrados no estudo na Antártida.

BBC Brasil