quarta-feira, 10 de abril de 2013

Segredo da longevidade está no cafezinho


Estudo feito em ilha grega, conhecida por moradores terem expectativa de vida elevada, mostrou que café fervido parece ter substâncias antioxidantes e ser positivo para o endotélio

As pessoas que vivem na ilha grega de Ikaria são conhecidas por terem uma expectativa de vida extremamente elevada, e pesquisadores as vêm estudando com atenção para saber o por quê. Agora, um novo relatório sugere que uma razão para isso pode ser o café que elas bebem.
"Esse café fervido parece gerar substâncias antioxidantes", disse Gerasimos Siasos, professor da Escola Médica da Universidade de Atenas e um dos autores do estudo que aparece no periódico Vascular Medicine.
Ele e seus colegas descobriram que os habitantes mais velhos da ilha que bebiam café fervido apresentavam um endotélio com melhor funcionamento – a camada de células que revestem a parte interna dos vasos sanguíneos.
"Quando há disfunção aqui, as artérias se tornam mais rígidas e temos ataques cardíacos e oclusões arteriais", disse Siasos, que fez a pesquisa com seu colega Dr. Christodoulos Stefanadis.
É claro que o café é apenas um fator. "Isso tem a ver com seu modo de vida", disse Siasos. "As pessoas dormem mais de oito horas por noite, há uma maior socialização, e eles têm muito menos estresse do que as pessoas em Atenas."
Os habitantes da ilha também fazem uma dieta mediterrânea, que inclui muitas frutas, vegetais, azeite de oliva e peixes. A maioria cochila todos os dias e também caminha e faz jardinagem regularmente, disse Siasos.
Os pesquisadores vão viajar para Ikaria no próximo verão para estudar como a água, os minerais e a qualidade do ar da ilha também podem estar contribuindo para a longevidade.
Ultimo Segundo e WSCOM

terça-feira, 9 de abril de 2013

10 empresas serão instaladas na Paraíba e contemplarão 8 cidades

Brasil Solair

Dez empresas vão se instalar na Paraíba após um decreto Governo Estadual que garante isenção fiscal para empresas que se instalarão no Estado. Com os benefícios, as empresas poderão gerar 875 novos postos de trabalho para os paraibanos em oito cidades.
As empresas  Brasil Solair e Amazonas funcionarão em João Pessoa e serão beneficiados com a resolução do Conselho Deliberativo do FAIN (Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Industrial da Paraíba) com base em estudos de viabilidade realizados pela Companhia Paraibana de Desenvolvimento (CINEP).
Brasil Solair é uma indústria de energia sustentável e trará para João Pessoa a primeira fábrica de painéis fotovoltaicos (solares) no Brasil. Os investimentos previstos são de aproximadamente R$ 20 milhões e perspectiva é de geração de 74 novos postos de trabalho na Paraíba.
Já a empresa Amazonas tem o selo oficial para produção dos calçados da Copa do Mundo FIFA 2014. O benefício do governo permitirá a criação de 243 novos postos de trabalho, com uma projeção de R$ 41,6 milhões na produção. 
A economia estadual deverá receber uma injeção de mais de R$ 203 milhões da iniciativa privada. Os projetos de instalação das empresas contemplam oito cidades do estado (Ingá, Campina Grande, Lucena, Santa Rita, Sousa, Cajazeiras e João Pessoa), promovendo o desenvolvimento na Paraíba de acordo com a potencialidade de cada região. Os setores da economia contemplados incluem empresas de produção cimenteira, produção metalúrgica, calçadista e de tecnologia sustentável. 
O evento que isentará as empresas foi nesta segunda-feira (8) quando o governador da paraíba, Ricardo Coutinho, assinou o decreto.
Grupo Amazonas- Empresa com mais de 30 anos de atividade, escolheu a Paraíba para instalar sua fábrica de calçados que tem a certificação para produzir as sandálias oficiais da Copa do Mundo FIFA 2014. Projeto de produção em João Pessoa deverá criar 243 novas vagas de emprego com um investimento previsto de R$ 41,6 milhões.

O Grupo Amazonas iniciou suas atividades na cidade de Franca/SP em 14 de março de 1947, por alguns empreendedores que iniciaram a Manufatureira de Borracha Amazonas para produzir saltos de borracha vulcanizada e concorrer com os saltos importados, fabricados nos Estados Unidos. A empresa logo atingiu seus objetivos: os saltos Amazonas eram mais econômicos, mais duráveis e bem mais fáceis de serem encontrados no mercado. Com o sucesso alcançado em dois anos, a pequena indústria pôde ampliar suas instalações e, com isso aprimorar a produção.

No início dos anos 70, a empresa já fabricava também placas de borracha, adesivos e ensaiava os primeiros passos na produção de solados de borracha termoplástica (TR) e poliuretano (PU). Consequentemente, a modesta sede foi substituída por um moderno conjunto de prédios que até hoje abriga uma das unidades industriais do Grupo Amazonas. Foi também nesta década que passou a ostentar, além da matriz, outras duas unidades de produção. A primeira a ser aberta fora de Franca foi em João Pessoa, capital da Paraíba. Com a unidade em Novo Hamburgo/RS, a expansão do grupo estava decretada.

Atualmente, com aproximadamente 3 mil colaboradores, o Grupo Amazonas é o maior fabricante de componentes para calçados, móveis e embalagens da América Latina, e um dos maiores do mundo. Amazonas, é a marca de solados e adesivos mais lembrada entre os consumidores brasileiros e a segunda mais lembrada no mundo. Seus produtos são exportados para todos os continentes.
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Wikileaks: EUA consideravam governo militar do Brasil "paranoico"


Em telegrama secreto enviado de Brasília, em 30 de janeiro, pelo então embaixador, John Hugh Crimmins, o governo brasileiro é retratado como “controlado e apoiado por militares conservadores que são fortemente anticomunistas – às vezes até paranoicos –” e aliado a “uma elite temerosa da massa e de seus representantes”.
“Em sua maioria, os militares estão convencidos de que o Brasil tem sido e continua sendo um dos alvos principais do que é chamado, com as letras iniciais em maiúsculas, Movimento Internacional Comunista”, ironiza Crimmins.
O objetivo do telegrama era responder a uma averiguação, movida pelo Departamento do Estado, sobre eventuais estragos na imagem dos Estados Unidos entre os brasileiros, diante da derrota americana no Vietnã, do escândalo Watergate e, em especial, das investigações, no Senado dos EUA, sobre a participação da CIA no golpe de 1973 do Chile, conhecidas como Church Report.
Crimmins constatou que, de fato, para alguns membros do governo e dos setores conservadores, os Estados Unidos estavam perdendo sua potência e capacidade de defesa do Ocidente, principalmente por influência do próprio Congresso americano. Para os militares brasileiros, o sistema político ideal seria um governo concentrado no poder executivo.
“O governo brasileiro, e brasileiros informados em geral, tem tido pelo menos algum contato com as regras básicas e mecanismos do processo político dos EUA, e eles estão cientes da existência, por exemplo, do papel do Congresso no processo de tomada de decisão nacional nos EUA, de grupos de pressão, do princípio da igualdade dos poderes em um sistema de freios e contrapesos, e da liberdade de imprensa. O que muitas vezes eles não conseguem entender totalmente são as implicações desses elementos para uma sociedade verdadeiramente liberal e pluralista. Inclinados a julgar a estrutura política dos EUA baseados em sua própria experiência, esses brasileiros estão dispostos a interpretá-lo como um governo que é, ou que pelo menos deveria ser, dominado pela vontade do poder executivo em assuntos vitais”, analisa Crimmins.
O destino do Brasil
O embaixador aponta ainda a tendência de ver a “a assertividade do Congresso e as exposições agressivas da imprensa sobre casos como o Watergate e da CIA, como comportamento destrutivo e indisciplinado, fomentado por influência comunista na imprensa e encorajado pela fraqueza do que deveria ser ‘a autoridade máxima’, o poder executivo”.
O caso do Vietnã também havia afetado a visão brasileira em relação à capacidade e disposição dos Estados Unidos em aceitar envolvimentos internacionais. Por isso, ainda que o Brasil mantivesse a preferência de lidar bilateralmente com os Estados Unidos, havia um senso de solidariedade com os vizinhos latinos que poderia ser útil para pressionar os EUA em questões de interesse direto do Brasil.
A conclusão, porém é otimista. Segundo Crimmins, à época, figuras importantes do governo brasileiro sustentavam que “o destino do Brasil era melhor ao lado dos poucos ricos e poderosos do que da maioria pobre e fraca”.Leia mais no Portal EBC

Carne vermelha muda bactérias intestinais e causa aterosclerose



Parece que o problema de comer muita carne vermelha não tem a ver apenas com o colesterol.
Uma substância abundante nas carnes vermelhas, vendida como suplemento alimentar e adicionada em bebidas energéticas provoca a aterosclerose - o endurecimento ou o entupimento das artérias - e aumenta o risco de outras doenças cardiovasculares.
O nome da substância denuncia sua origem: carnitina.
As bactérias que vivem no trato gastrointestinal humano metabolizam a carnitina, transformando-a em trimetilamina-N-óxido (TMAO), um metabólito já associado à aterosclerose em seres humanos em estudos anteriores.
Além disso, a nova pesquisa constatou que uma dieta rica em carnitina promove o crescimento das bactérias que metabolizam a carnitina, agravando o problema através da produção de mais do "entupidor de artérias" TMAO.
  • Consumo de carne vermelha eleva risco de morte em até 20%
O estudo analisou os níveis de carnitina e TMAO em pessoas onívoras (que comem de tudo), vegans e vegetarianos, além dos dados clínicos, de 2.595 pacientes submetidos a avaliações cardíacas preventivas.
Os cientistas avaliaram também os efeitos cardíacos de uma dieta reforçada com carnitina em camundongos normais em comparação com camundongos com níveis artificialmente menores de microrganismos do intestino.
Nos animais, o TMAO altera o metabolismo do colesterol em múltiplos níveis, explicando como ele aumenta a aterosclerose.
Os níveis mais elevados de carnitina nos pacientes humanos funcionou como um indicador fiel do aumento dos riscos das doenças cardiovasculares e grandes eventos cardíacos, como ataque cardíaco, derrame e morte, mas apenas em indivíduos simultaneamente com altos níveis de TMAO.
Além disso, os pesquisadores descobriram tipos específicos de bactérias do intestino associados tanto com os nível de TMAO no plasma quanto com os padrões alimentares, e que os níveis basais de TMAO são significativamente menores entre os vegans e vegetarianos do que entre os onívoros.
Os vegans e vegetarianos, mesmo após ingerirem uma grande quantidade de carnitina na forma de suplementos não produziram níveis significativos das bactérias associadas ao TMAO, enquanto os onívoros tiveram esse efeito após consumirem a mesma quantidade de carnitina.
  • Estamos caminhando para uma sociedade vegetariana?
Nutriente não essencial
"As bactérias que vivem em nossos tratos digestivos são determinadas pelos nossos padrões de dieta de longo prazo. Uma dieta rica em carnitina realmente muda a nossa composição microbiana do intestino, beneficiando aquelas que gostam de carnitina, tornando os comedores de carne ainda mais suscetíveis à formação de TMAO e seus efeitos de entupimento das artérias," explica o Dr. Stanley Hazen, da Universidade Case Western (EUA), coordenador do estudo.
"Enquanto isso, os vegans e vegetarianos têm uma capacidade significativamente reduzida para sintetizar a TMAO da carnitina, o que pode explicar os benefícios para a saúde cardiovascular dessas dietas."
"A carnitina não é um nutriente essencial, o nosso corpo produz naturalmente tudo o que precisamos," prossegue o pesquisador. "Precisamos avaliar a segurança do uso crônico de suplementos de carnitina, já que, como nós mostramos, sob certas condições, eles podem favorecer o crescimento de bactérias que produzem TMAO e potencialmente obstruem as artérias."
Diario da Saúde

Documentário apresenta a biodiversidade de arquipélago do litoral carioca


 Universidades, escolas, museus e bibliotecas do Rio de Janeiro estão recebendo, gratuitamente, um DVD que explica a biodiversidade das Ilhas Cagarras, arquipélago desabitado que é a primeira e única unidade de conservação marinha do litoral carioca na proximidade da Praia de Ipanema. Lançado em janeiro deste ano, o documentário Ilhas Cagarras – Monumento Carioca foi produzido pelo projeto Ilhas do Rio, que conta com o patrocínio do programa Petrobras Ambiental. Juntamente com o DVD, foi lançado um livro com 300 páginas de imagens e resultados científicos do projeto.
“A ideia principal é apresentar as atividades de pesquisas que vêm sendo feitas nas ilhas e que já revelaram a existência no arquipélago de espécies até então desconhecidas pela ciência”, disse o biólogo Carlos Rangel, coordenador do projeto ambiental. Segundo ele, as Cagarras abrigam o segundo maior ninhal de fragatas da América Latina, com cerca de 5 mil aves da espécie.
De acordo com o levantamento, foram registradas 140 espécies de peixes na costa das Ilhas Cagarras, que com uma vegetação semelhante à de restinga têm 175 espécies de ervas e árvores, entre elas a gymnanthes nervosa, que não é registrada no município do Rio de Janeiro desde a década de 1940. No cume de uma das ilhas, a Redonda, foi descoberto um sítio arqueológico com artefatos dos índios tupis-guaranis.
Toda esta biodiversidade está no documentário de cerca de 3 minutos, que inclui imagens subaquáticas em três dimensões (3D). Segundo Rangel, o filme vem sendo exibido em sessões na Colônia de Pescadores do Posto 6, em Copacabana, onde o projeto criado pela organização não governamental (ONG) Instituto Mar Adentro promove cursos e palestras. “Os cursos de educação ambiental são destinados principalmente aos pescadores da colônia, já que eles se aproximam com seus barcos do arquipélago”, disse Carlos Rangel.
Portal  EBC

  

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Dezesseis municípios brasileiros realizaram novas eleições neste domingo, veja resultado


Eleitores de 16 municípios brasileiros voltaram às urnas, neste domingo (7), para eleger seus novos prefeitos, na chamada eleição suplementar. Nestas cidades, que totalizam 140 mil eleitores, o candidato mais votado em outubro teve sua eleição anulada por problemas com a Justiça eleitoral, seja em função da Lei da Ficha Limpa, seja em razão de outras irregularidades (veja mais abaixo os resultados de hoje).
O Código Eleitoral prevê nova eleição quando mais de 50% dos votos são anulados. O novo pleito deve ser realizado de 20 a 40 dias a partir da decisão judicial que decretou a anulação dos votos. Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece que a votação deve ocorrer no primeiro domingo de cada mês. Até a posse do novo prefeito, esses municípios são comandados pelos respectivos presidentes das câmaras municipais. Em março, outras dez cidades, entre elas, Guarapari (ES), Criciúma (SC) e Bonito (MS), realizaram eleição suplementar. Em maio, é a vez dos eleitores de Meruoca (CE) voltarem às urnas.
Segundo o secretário-geral do TSE, juiz Carlos Braga, a aplicação da lei de Ficha Limpa foi responsável por 90% dos casos de candidatos barrados onde foi necessária a realização de nova eleição.
Veja o resultado da eleição deste domingo:
Biquinhas (MG)
Carlos Alberto Rodrigues Pereira (PR) – 1.311 votos (50,31%) – eleito
Cleiton Alexandre da Silva (PSDB) – 1.295 (49,69%)

Cachoeira Dourada (MG)

José Marcio Storti (PTB) – 1.412 votos (85,9%) – eleito
Ciro Otaviano Soares (PT) – 231 (14,06%)

Caiçara do Rio do Vento (RN)
Conceição de Maria Gomes Lisboa Rocha (PR) – 1.719 votos (56,31%) – eleita
Arnaldo Aciole (PMDB) – 1.344 (43,69%)
Coronel Macedo (SP)
Edivaldo Neres (PSB) – 1.926 votos (50,26%) – eleito
Helinton Eduardo Ferruda Veiga (PTB) – 1.906 (49,74%)
Diamantina (MG)
Paulo Célio (PSDB) – 14.706 votos (63,8%) – eleito
Ragosino Araújo (PTC) – 4.561 (19,8%)
Marcos Roberto Tibães (PT) – 3.786 (16,4%)
Eldorado (SP)Seu Eduardo Fouquet (PMDB) – 4.515 votos (56,38%) – eleito
Zetinho (PTB) – 1.480 (18,48%)
Dinoel (PV) – 1.424 (17,78%)
Cláudio Freitas (PSDB) – 553 (6,91%)
Prof. Irineu Targo (PCdoB) – 36 (0,45%)
Fernão (SP)Altemar Canelada Campos (PTB) – 773 votos (56,5%) – eleito
Adélcio Martins (PR) – 595 votos (43,5%)
Fortaleza dos Valos (RS)
Adair Toledo (PDT) – 1.909 votos (52,33%) – eleito
Janice Bock Oliveira (PP) – 1.739 (47,67%)
Joaquim Távora (PR)
Gelson Mansur Nassar (PSDB) – 3.361 votos (50,35%) – eleito
Emílio Calil Neto (DEM) – 3.314 (49,65%)
Muquém do São Francisco (BA)- ainda não divulgado
Pedra Branca do Amapari (AP)
Genival Gemaque (PR) – 3.344 (53,03%) – eleito
Wilson Sousa (PSB) – 2.962 (46,97%)
São João do Paraíso (MG)Antônio de Oliveira Pinto (PSDB) – 6.237 votos (58,18%) – eleito
Antônio Caroba da Silva (PT) – 4.484 votos (41,82%)

Serra do Mel (RN)
Fábio Bezerra de Oliveira (PMDB) –  4.077 votos (53,08%) – eleito
Francisca Rodrigues Costa (PT) – 3.604 votos (46,92%)
Sobradinho (RS)Maninho Trevisan (PMDB) – 4.750 votos (53%) – eleito
Armando Mayerhofer (PP) –  4.210 (47%) 
Triunfo (RS)Mauro Poeta (PMDB) – 9.363 votos (49,34%) – eleito
Juvandir Pinheiro (PP) –  6.224 (31,87%)
Lino Viegas (PDT) – 2.622 (13,43%)
Valdair Kuhn (PSB) - 1.047 (5,36%)
Tucunduva (RS)Paulo Roberto Schwerz (PMDB) – 2.225 votos (53,32%) – eleito
Mateus Busanello (PP) – 2.028 (47,68%)

Cidades do interior terão mais shoppings que capitais até o fim do ano


Há 20 anos, 85% dos shoppings estavam nas capitais

Os moradores de Sobral (CE), Araxá (MG), Açailândia (MA) e Votorantim (SP) terão algo em comum até o fim do ano: um shopping center. A inauguração do primeiro centro de compras nessas cidades assinala um momento inédito do setor de shopping centers no Brasil.
Segundo projeções da Abrasce (Associação das Empresas de Shopping Centers), até o fim do ano mais da metade (51%) dos shoppings em operação no país estará em cidades do interior --serão 261 nesses municípios, ante 244 em capitais.
Há 20 anos, 85% dos shoppings estavam nas capitais. A virada inédita ocorre graças ao perfil dos empreendimentos que entrarão em operação neste ano.
Do total de 48 inaugurações previstas, 34 ocorrerão fora da capitais -desse universo de cidades, 16 receberão pela primeira vez esse tipo de investimento.
A "interiorização" dos shoppings é um movimento que ocorre há pelo menos uma década, mas ganhou força nos últimos anos, diante do crescimento da renda em cidades médias e da escassez de terrenos nas grandes capitais, entre outros motivos.
"Com a expansão da renda, os 132 milhões de pessoas que vivem fora das regiões metropolitanas também passaram a ser um público em potencial para o setor", diz Cláudio Sallum, sócio da Lumine,empresa de gestão de shopping centers.
Outro fator que tem acelerado a migração para as cidades menores é o incentivo concedido por muitos governos, especialmente prefeituras, para a instalação dos empreendimentos.
"Para a cidade, é arrecadação garantida", afirma Luiz Fernando Veiga, presidente da Abrasce.
Segundo ele, os shoppings provocam a valorização dos imóveis na região em que estão localizados, podem gerar entre 2.000 e 3.000 empregos (dependendo do porte) e aumento de arrecadação com comércio e serviços.
Para os empreendedores, as grandes capitais também têm se tornado menos atrativas por causa da escassez e do alto preço dos terrenos, além da demora no processo de aprovação dos projetos por parte das autoridades.
"Há uma disputa grande dos terrenos com as incorporações de edifícios comerciais, que têm uma área útil maior e, portanto, podem trazer mais retorno ao investidor", diz Sallum, da Lumine.
Dados da entidade mostram que 30% dos shoppings em funcionamento no Brasil até o fim deste ano estarão em cidades com menos de 200 mil habitantes. Nessa estatística constam municípios como Pouso Alegre (MG), com 135 mil habitantes, e Três Lagoas (MS), com 107 mil.
Londrina (PR), cidade média de 500 mil habitantes, receberá seu terceiro shopping. Não existem, no entanto, perigo de uma superoferta, afirma Sallum.
"Todos as decisões de investimento são precedidas de estudos profundos sobre o perfil demográfico e de consumo da região."
Fonte WSCOM