terça-feira, 18 de junho de 2013

Irã não vai desistir de enriquecer urânio

hassan rohani, presidente, irã

O novo presidente do Irã, Hassan Rohani, declarou, discursando durante sua primeira coletiva de imprensa, que pretende restabelecer um diálogo construtivo com a com
unidade internacional.

O presidente observou que o Irã está pronto para ser mais aberto quanto ao seu programa nuclear, mas não irá abandonar o enriquecimento de urânio.
"Pretendemos seguir os nossos interesses no domínio de desenvolvimento da economia nacional, restabelecendo uma interação construtiva com o mundo, e exercer um curso moderado", disse ele. O novo presidente do Irã expressou sua esperança de que "todos os países aproveitem uma nova oportunidade para estabelecer relações amistosas".
VOZ DA RÚSSIA

Dilma afirma que Brasil aposta em integração, e não em protecionismo, contra a crise

Presidenta cobra reforma na ONU, no Banco Mundial e no FMI, e diz que órgãos carecem de representatividade


Dilma no Rio Branco
A presidenta Dilma Rousseff afirmou durante cerimônia de formatura de embaixadores do Instituto Rio Branco, em Brasília, que o Brasil optou por fortalecer a integração com outros países na crise econômica internacional, em vez de adotar políticas de protecionismo e isolamento.

“Com crise, não propomos o isolamento e o protecionismo, mas a cooperação, ampliando e fortalecendo os laços regionais”, disse. “Definimos uma visível e importante cooperação para América Latina e África, todas iniciativas para fortalecer Mercosul e construir a afirmação de projeção regional, que é a Unasul (União das Nações Sul-Americanas), que teve um papel democrático, estabilizador.”
Ela afirmou que a cooperação entre países do hemisfério sul foi fortalecida, apesar de “não termos nos afastado de nenhum dos países desenvolvidos”. “São países com o mesmo padrão do Brasil: continentais e que também emergiram para o desenvolvimento, como é o caso dos Brics (sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia, China), com os quais o Brasil estabelece uma relação de cooperação.”
Durante o discurso, ela cobrou ainda a reforma dos principais órgãos multilaterais do planeta, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), para que reflitam a "nova configuração de forças". Dilma afirmou ainda que a distribuição de poder na ONU reflete a estrutura da primeira metade do século passado.
“Esses princípios nos mostram que a governança mundial necessita de urgente e profunda reforma, seja como o Fundo Monetário Internacional ou o Banco Mundial, o [conceito de] Bretton Woods [acordo firmado em 1944 com o objetivo de assegurar a estabilidade monetária einternacional], que se reflita  nesses organismos a nova configuração de forças e também nas próprias Nações Unidas, o Conselho de Segurança, hoje muitas vezes carente de representatividade e legitimidade para defender a paz mundial”, disse a presidenta.
Ela reforçou que o Brasil tem sido respeitado no cenário internacional “pelo clima de respeito mútuo”, “aprofundamento da democracia” e “combate à pobreza”. Ela reforçou, ainda, que a América Latina tem um importante papel na política internacional “aprofundando relações econômicas, relações comerciais, defesa, dialogo e articulação política, fazendo com que essa região seja capaz de solucionar seus problemas e não necessite de intervenção externa a ela”.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Manifestação em São Paulo reúne 30 mil pessoas




A manifestação contra o aumento da passagem do transporte público reúne cerca de 30 mil pessoas em São Paulo. O cálculo é da Polícia Militar. Os ativistas, em passeata, estão saindo do Largo da Batata, e ocupam todas as oito faixas da Avenida Brigadeiro Faria Lima.
Ao contrário do que ocorreu na última manifestação, na quinta-feira – quando a presença da PM foi ostensiva – hoje quase não se nota a presença de policiais. Até o momento, não houve registro de conflito. Mais cedo, os organizadores do Movimento Passe Livre e a polícia negociaram o trajeto a ser seguido pela passeata.
Agência Brasil

Rússia não acredita na informação sobre o uso de armas químicas na Síria

Yuri Ushakov

Moscou "não ficou convencida" com a informação fornecida pelos EUA de que as tropas de Bashar Assad teriam utilizado armas químicas contra a oposição. Esta informação foi utilizada a fim de fundamentar a decisão do presidente dos EUA Barack Obama de dar início ao fornecimento de armas aos rebeldes sírios.

O adjunto do presidente da Rússia Yuri Ushakov confirmou em Moscou o fato de encontro com os representantes americanos, assim como o fato de que eles terem transmitido informações sobre o suposto uso de armas químicas pelo exército sírio.
"Vou dizer francamente que os fatos expostos pelos americanos não nos parecem convincentes. Gostaríamos de não traçar agora paralelos com a "proveta" de Colin Powell, mas os fatos apresentados não nos parecem convincentes. Tenho a impressão de que para os americanos importava aproveitar o próprio fato de nos forneceram esta informação.
Ao falar da "proveta" de Powell, Ushakov teve em vista o fato de que os EUA já terem utilizado certa vez a informação falsa sobre armas de extermínio em massa a fim de justificar a sua intervenção no Iraque. Em 2003, o então secretário de Estado norte-americano Colin Powell chegou a exibir no Conselho de Segurança da ONU uma proveta com um tóxico branco, que a CIA teria alegadamente encontrado no Iraque. Em 2011, o próprio Powell reconheceu numa entrevista concedida ao jornal londrino Guardian, que esta sua declaração não era verdade e que a CIA e o Pentágono lhe tinham fornecido uma informação não confirmada.
A "questão síria" será discutida na futura cúpula de G8 na Irlanda do Norte. A Grã-Bretanha e a França apoiam os fornecimentos de armas.
Por enquanto, os peritos russos em problemas do Oriente Médio aconselham a não se incomodar muito com as declarações sobre os fornecimentos de armas aos rebeldes. Fala o analista do Instituto Russo de Estimativas e Analises Estratégicas Serguei Demidenko.
"O mais provável é que a conferência se realize de uma outra forma. Por outro lado, não se pode esperar que ela surta um grande efeito. A situação que se forma agora na Síria é tal que os fornecimentos limitados de armas à oposição síria não irão alterar radicalmente a situação. A situação pode ser alterada por uma intervenção estrangeira, e é isso que a Arábia Saudita e o Qatar procuram conseguir".
O perito Alexander Khramchikhin do Instituto da Análise Política e Militar concorda, de um modo geral, com esta opinião.
"Achei desde início que esta conferência não teria sentido pois as posições das partes são absolutamente irreconciliáveis. O próprio fato de fornecimento de armas à oposição vai contribuir apenas para aumentar a sua intransigência. Ela já tem recebido armas da Turquia e agora vai recebê-las também dos EUA. Desta maneira, dão a entender à oposição que ela deve lutar até à vitória".
A conferência será realizada por iniciativa da Rússia e dos EUA.
VOZ DA RÚSSIA

Lençóis Maranhenses têm 5,5 mil moradores de comunidades tradicionais


 Mais de 5,5 mil pessoas de comunidades tradicionais vivem no território do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (PNLM), apesar de a lei ambiental não permitir a permanência de moradores nesse tipo de unidade de conservação. As comunidades vivem na região há mais de 200 anos e o governo ainda não iniciou o processo de desocupação do território desde que a unidade foi criada em 1981.
 “O parque nunca foi objeto de políticas de regularização fundiária”, contou o biólogo e analista ambiental Yuri Teixeira Amaral, coordenador de Uso Público e chefe substituto da unidade. “Não temos um ambiente conservado como deveria ser. O parque não cumpre seus objetivos por causa das comunidades presentes”, completou.

As comunidades vivem basicamente da agricultura de subsistência, mas a pecuária também é tradicional na região. Amaral explica que os produtores sempre mantiveram a prática de deixar os animais em pastos naturais e as áreas do parque acabam servindo para o alimento de cabras, bodes, ovelhas e bois.

“Quando passam as chuvas, as áreas que formavam lagoas secam e viram pastagem. O maior problema é que além dos animais das comunidades, produtores que vivem fora do parque contratam os moradores como vaqueiros e colocam os animais no território”, contou Amaral.

O analista ambiental explicou que as comunidades que estavam na área antes da criação do parque têm direito aos imóveis e à produção de subsistência. Mas, segundo ele, essa situação provocada pelo conflito de leis acaba gerando impasses diários. “São pessoas pobres e sem instrução que mal têm acesso às políticas sociais. Há um povoado que chegou a receber energia elétrica, mas como a companhia energética não tinha licença, foi multada”.

A unidade ocupa mais de 155 mil hectares a quase mil quilômetros da capital do Maranhão, São Luís, passando pelos municípios de Barreirinhas, Primeira Cruz e Santo Amaro. O território tem mais de 70 quilômetros de praia e é nessa costa que está outro desafio para os administradores.

“A pesca de arrasto já é predatória por si só e temos uma área muito rica em camarões. Já fizemos mais de 15 autuações, mas é difícil controlar porque eles sabem que é uma área que tem estoque muito bom. O problema é que com o uso da rede os pescadores só aproveitam 20% do que fica preso. Os 80% são descartados e geralmente não sobrevivem”, disse o biólogo, citando espécies que vão desde peixes, crustáceos e estrela-do-mar, até tartarugas.

Amaral contou que a unidade também não tem controle sobre as visitações. Segundo ele, em uma estimativa conservadora é possível dizer que mais de 50 mil turistas visitam, anualmente, o parque. Mas como são dezenas de acessos e a unidade não conta com portarias e centro de visitantes, o controle não é eficiente.

“A visitação geralmente é feita por agências de turismo porque exigem carros com tração. Vira e mexe, essas agências descumprem as normas de conservação. Hoje, melhorou um pouco porque fizemos cadastros, mas temos que pensar em uma parceria público-privada ou em um sistema de concessão de ingressos em que a empresa ficaria responsável por esse controle”, frisou o biólogo.

Como em grande parte dos parques citados nas reportagens desta série produzida pela Agência Brasil, o número de servidores na unidade está aquém do que os próprios funcionários definem como ideal. Segundo Amaral, hoje apenas dois analistas ambientais e cinco técnicos atuam no parque. “O plano de manejo [elaborado em 2003] recomenda 84 funcionários, distribuídos nos três municípios”, disse, acrescentando que a estrutura também é precária.
Yuri Amaral acrescentou que o parque tem três postos, sendo a sede administrativa, que é alugada, e um terreno com prédios condenados, onde serão construídos o centro de visitantes e a sede administrativa, ainda em 2013.

O bioma Costeiro e Marinho reúne outros sete parques nacionais, como o Parque Marinho dos Abrolhos, na Bahia, formado por cinco ilhas e um dos locais responsáveis pela conservação de espécies como a anêmona-gigante, o pepino-do-mar, o tubarão-lima e corais, e o Parque do Cabo Orange, com a preservação de manguezais ao longo de mais de 657 mil hectares no Oiapoque, Amapá (AP).
Créditos: Portal EBC.

Menino de 11 anos engravida mulher de 36, mãe de um colega


Um menino de 11 anos de idade engravidou a mãe de um colega de escola, uma mulher de 36 anos, em Auckland, na Nova Zelândia. A informação é do jornal The Weekend Herald de sábado (15).
O diretor da escola contou à publicação que ficou chocado quando a criança revelou os detalhes. Ele lembrou que o menino disse "você não ficará feliz comigo".
— Ele então disse que tinha tido relações sexuais com a mãe do seu amigo e me disse que "aquilo precisava parar".
De acordo com o jornal, a revelação de abuso sexual levou os conselheiros a pedir reforma nas leis de estupro no país.
A lei da Nova Zelândia diz apenas que um homem pode ser acusado de estupro quando força o sexo. Já as mulheres que forçam a relação sexual podem ser acusadas de violação sexual. Ambos os crimes tem pena máxima de 20 anos.
O estudante e o bebê estão aos cuidados da ministra da Justiça, Judith Collins, que afirmou que vai lutar para que a legislação atual, que não prevê que a mulher seja acusada de estupro, seja revista.
— Uma mudança na lei é necessária.
Créditos: R7

domingo, 16 de junho de 2013

Papa pede que G8 interfira por cessar-fogo imediato na Síria



 O papa Francisco apelou hoje (16) ao G8, o grupo das oito maiores economias do mundo, para que se esforcem no sentido de obter um "cessar-fogo imediato" na Síria e que se preocupem com os problemas econômicos dos mais pobres.
O apelo do papa foi enviado em uma carta ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, na véspera da reunião de representantes dos países do G8 - os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha, o Reino Unido, a França, Itália, o Canadá e a Rússia -, na Irlanda do Norte.
"Espero que a reunião contribua para um cessar-fogo imediato e sustentável e que ponha as partes em conflito à mesa das negociações", disse o pontífice, na carta divulgada pelo Vaticano.
O papa fez um apelo, ainda, para que cada liderança desses países renuncie a algumas exigências e, em conjunto, possam construir uma paz "mais justa e equitativa".
Na carta à David Cameron, na véspera da reunião que será realizada em Lough Erne, o papa ressaltou que o "objetivo da economia e da política é estar a serviço dos homens, começando pelos mais pobres e mais fracos, onde quer que eles estejam".
Francisco destacou que "o homem não é um fator econômico ou algo de que nos possamos livrar, porque tem uma natureza e uma dignidade independentes dos cálculos econômicos simples".
Ele acrescentou que "qualquer teoria ou ação econômica e política deve esforçar-se para dar a cada habitante da terra um mínimo de bem-estar que permita viver com dignidade, em liberdade, com possibilidade de ter uma família, educar as crianças, louvar a Deus e desenvolver as suas próprias capacidades humanas".
Em resposta ao papa, o primeiro-ministro David Cameron lembrou que prometeu a Bento XVI, durante a visita a Londres em setembro de 2010, que o seu país "iria cumprir as promessas, dedicando 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) à assistência internacional ao desenvolvimento" e que destinaria fundos para "os que mais precisam".
Créditos: Agencia Brasil