segunda-feira, 1 de julho de 2013

Violência e vandalismo das manifestações no Brasil não têm nada de nobre


Brasil, protesto

Se demorou dias até que muitos entendessem que a miscelânia de reivindicações se deu por causa da alienação de décadas e uma crescente insatisfação com tudo que representa as mazelas do Brazilian way of democracy, só agora começa ficar mais claro que a violência e o vandalismo que marcam as manifestações de rua também pegaram carona com intenções muito menos nobres. O movimento contra o aumento das tarifas mostrou que era possível levar muita gente às ruas e se fazer ouvir, abrindo caminho para outros pleitos, da mesma forma que vândalos e até criminosos perceberam que poderiam dar vazão aos
seus instintos no meio das multidões.

É verdade que dois gatilhos foram acionados - a radicalização de alguns grupos nas primeiras ondas de protestos e a participação oportunista da militância dos partidos de esquerda e extrema-esquerda, até que o governo federal também virasse vidraça, estimulando as escaramuças com grupos que não queriam presentes as bandeiras partidárias.
No primeiro caso, ainda contou com a exacerbação da violência desproporcional das despreparadas (contra distúrbios de rua) polícias militares. Até que a pressão contra a repressão policial fez os governadores mandarem as tropas evitar a pancadaria, as balas de borracha e o gás lacrimogênio, recuo este que igualmente abriu espaços para a entrada em cena da turba antissocial.
Tentar achar um leitmotiv ideológico-político e justificável para os distúrbios violentos que se espalham feito rastilho é mera especulação. Talvez sociológico seja possível, como pano de fundo: o Brasil é uma sociedade injusta, com bolsões e cinturões de pobreza em qualquer cidade, com farta munição para gerar desassistidos sem ideologia, entre os quais os criminosos plantam raízes. E o Brasil é um país violento, sim, e os números de criminalidade comprovam, a despeito do estereótipo de bonachão que o brasileiro fez de si mesmo e que o mundo comprou.
São esses que agora protagonizam a maioria dos casos de vandalismo, saques e outros crimes. Como enquanto, a comunidade da Rocinha, a maior favela carioca, no começo da semana foi às ruas pedir melhorias no morro, um grupo deslocado de vândalos ateava fogo às lixeiras. Ou como quando, no mesmo dia, do outro lado do Rio de Janeiro, manifestantes fecharam a Via Amarela reivindicando melhores condições de transporte nos abandonados subúrbios, e bandidos aproveitaram para fazer arrastão nos carros parados no congestionamento (a ação policial nessa operação resultou em 10 mortes, sendo dois inocentes).
Misturados com a multidão pacífica, com a sensação de que estão protegidos – quem tem coragem de enfrentá-los? – esses grupos aproveitam-se do momento histórico que o Brasil vive. Há também os desgarrados, isolados, pertencentes ou não a alguma fação ou partido, que vão no vácuo expor seus recalques e exibicionismo.
Vem sendo flagrante igualmente a participação violenta de skinheadse outros denominados de extrema-direita, bem como um grupo autodenominado anarquista, nos dois casos em São Paulo. São outros que vivem em guetos e aproveitaram covardemente a oportunidade para atacar, pois isolados apenas atacam nas sombras algum pobre coitado caído bêbado em algum ponto de ônibus, tal qual vem sendo registrado em várias cidades do Sul e Sudeste.
Ora, os primeiros, no Brasil e no mundo, são um bando de baderneiros, quando muito alinhados a supremacistas, que pregam o anticomunismo sem saber direito do que se trata. Dos pseudoanarquistas, nem há muito o que falar, a não ser que eles nada têm daquilo que foi defendido por Mikhail Bakunin, Errico Malatesta e Pierre-Joseph Proudhon.
O rastro de destruição gratuita deixado até o momento é muito maior, mas que o Brasil está vivendo seu momento de Praça Taksim e Ocupe Wall Street é inegável, com chances de dar melhores resultados do que o movimento de Istambul e de Nova York, guardadas as devidas proporções.
A opinião do autor pode não coincidir com a opinião da redação.

Por que as pessoas temem tanto as ameaças cósmicas?

Por que as pessoas temem tanto as ameaças cósmicas?

Por que as pessoas temem os asteroides, corpos interestelares que cortam o Universo em eterna viagem solitária? O que os assusta? A ameaça oculta, que por enquanto não podemos enfrentar, ou as próprias ideias sobre a efemeridade da vida, que lembra a impotência diante da morte?

A psicóloga Irina Lukianova ajudou a Voz da Rússia a entender as causas da histeria em massa em torno de meteoritos e asteroides. Por exemplo, por que fez tanto barulho o meteorito de Chebarkul, caído em 15 de fevereiro de 2013 na região de Chelyabinsk.
"Isto ocorreu então, quando ninguém esperava. Não houve qualquer aviso de que esse meteorito cairia. Porque os radares por enquanto não podem registrar a aproximação de objeto tão pequeno segundo as medidas cósmicas. Mas justamente este momento de “não aviso” chocou fortemente as pessoas. E apesar de a queda do meteorito não ter causado grandes destruições, ela teve consequências mais profundas: ela destruiu a fé das pessoas na própria segurança. Verificou-se que nós somos impotentes diante das ameaças externas. E justamente esta impotência é que assusta e irrita as pessoas."
Em dezembro de 2012 os habitantes da Terra esperavam a chegada de Nibiru, o mítico planeta X, que deveria por fim a toda a vida e desse modo realizar a profecia maia sobre o fim do mundo. Não ocorreu a catástrofe universal.
Depois todos, com o coração nas mãos, acompanharam como o asteroide 2012 DA14 voou em proximidade direta da Terra. Na opinião da psicóloga a ameaça do fim do mundo e o medo de cataclismos naturais e de extraterrestres remetem a humanidade a nossas fobias profundas e subconscientes. Sendo que a realidade é inquietante no mundo. A Coreia do Norte e o Irã, com seus programas nucleares, a crise financeira no Chipre, a situação na Síria. Nos últimos anos o mundo parece cada vez mais e mais uma grande úlcera a sangrar. A tensão geral aumenta. As pessoas perdem o emprego, perdem o bem-estar financeiro, a crença numa vida tranquila. Na opinião de Irina Lukianova:
"Em tais momentos as terríveis lendas sobre o fim do mundo, onde cada um receberá o que merece, parecem-nos especialmente atraentes. Pois, às vezes queremos destruir o mundo, onde não há justiça e igualdade e construir sobre suas ruínas um mundo novo e perfeito. Entretanto este é um enfoque profundamente infantil. Por nossa própria impotência queremos destruir e sermos destruídos, punidos."
Justamente neste momento nós concentramos nossa atenção nas ameaças externas. Por exemplo, as que partem do cosmos. É como na infância, se você se comporta mal, sabe que a punição dos pais não se fará esperar. Neste caso, justamente o “cosmos perigoso” ou a “natureza que não pode ser dominada pelo homem” desempenham o papel de pais que punem. Nós tememos a punição e sabemos que ela é inevitável. Este processo é velho como o próprio mundo. Disto vêm as antigas profecias sobre o Apocalipse, baseadas na mesma psicologia da criança “desobediente” em forma de humanidade pecadora e Deus ou as forças naturais em forma de pai “severo porém justo”.
Assim que o tema do “Grande Dilúvio” ou da “Chuva de Fogo do Céu” não será esgotado enquanto não ocorrer de verdade. Nós tememos meteoritos e asteroides, como também terremotos e tsunamis. A humanidade teme aquilo sobre o qual não pode influir e escapa ao controle. O desconhecido e a própria impotência assustam. Porém acima de tudo assusta a morte. O único meio de livrar-se dos temores é entender que todos no mundo, naturalmente, e cada um vive o tanto quanto lhe foi destinado.
É absurdo acompanhar cada asteroide que voa ao lado da Terra. A atenção não mudará a trajetória de seu voo. E a trajetória de sua vida pode perfeitamente ser virada para um lado melhor, está convicta a psicóloga Lukianova. Basta apenas concentrar-se não nos temores, mas nas maravilhosas coisas pequenas que ocorrem diariamente conosco, e que são a vida.

Brasil constrói submarino atômico próprio

Dilma Rousseff, Brasil, presidente


O site informativo Lenta.ru publicou um grande artigo intitulado “Carnaval Atômico”, em que se constata que a construção de um submarino atômico ajudará o Brasil a elevar a sua economia.

Quando se soube que na cidade de Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro, foi criado um estaleiro de construção de submarinos, os peritos indagaram: contra quem e em prol de que pretende lutar o país mais bem-sucedido da América Latina?
A direção do Brasil e os representantes dos círculos militares do país declararam reiteradas vezes que a frota de submarinos será utilizada exclusivamente a fim de defender as reservas submarinas de petróleo do país e as plataformas de pesquisa, destinadas a ampliar ainda mais estas reservas. Na cerimônia de inauguração do estaleiro de Itaguaí a presidente Dilma Rousseff chamou a atenção para o fato de que esta arma será utilizada exclusivamente a fim de manter a paz.
"Eu gostaria de louvar um fato que é muito importante: uma indústria de defesa, como disse o ministro Celso, é uma indústria da paz. Mas eu acho que a indústria da defesa é, sobretudo, a indústria do conhecimento. Aqui se produz tecnologia, aqui tem também um poder imenso de difundir tecnologia. É isso que nos outros países a indústria de defesa faz.
Nós somos uma nação muito característica. Nós somos um país continental, nós vivemos em profunda paz com todos os nossos vizinhos. Nós somos uma região do mundo que não faz disputas bélicas, não tem conflitos e, sobretudo, uma região pacífica. Todos nós temos consciência, no entanto, que o mundo é um mundo complexo. O Brasil assumiu, nos últimos anos, uma grande relevância. Um país como o Brasil tem esse mérito de ser um país pacífico. Isso não nos livra de termos uma indústria da defesa e temos toda uma contribuição a dar na garantia da nossa soberania, e nos inserirmos cada vez de forma mais pacífica e dissuasória preventivamente no cenário internacional."
O projeto de criação do submarino atômico próprio, - atualmente em fase de desenvolvimento no Brasil, - permitirá a este país atingir um novo nível geopolítico. O Brasil está convencido de que a criação do submarino atômico próprio permitirá tornar mais próximo o objetivo almejado – ser membro permanente do Conselho de Segurança. Foi isso que a presente Rousseff anunciou com orgulho.
"Nós podemos dizer, com orgulho, que essa obra, ela é produto da iniciativa de várias, de múltiplas instituições privadas e públicas. Podemos dizer que, de fato, com ela nós entramos no seleto grupo que é aquele dos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - únicas nações que têm acesso ao submarino nuclear: Estados Unidos, China, França, Inglaterra e Rússia."
O Brasil será o sétimo país do mundo possuidor de submarinos atômicos. O plano de criação destes submarinos foi anunciado ainda em 2008. Foi resolvido, afinal, construir cinco novos submarinos, cada um dos quais irá custar 565 milhões de dólares. Um dos navios terá um reator atômico. Os militares brasileiros afirmam que os submarinos serão utilizados exclusivamente para defender as reservas submarinas de petróleo e as plataformas de pesquisas, destinadas a ampliar estas reservas. O perito militar Viktor Litovkin assevera que o Brasil olha dezenas de anos à frente. Existem duas regiões de interesses brasileiros – na África, onde são possíveis colisões políticas com os países europeus e com a China, e, hipoteticamente, na Antártida. O Brasil, um país de economia emergente e de crescente potencial militar, faz desta maneira um requerimento para o futuro, demanda o seu direito de participar da geopolítica em pé de igualdade com outros jogadores mundiais”. Não se pode subestimar as ambições do Brasil, que demanda o papel de uma superpotência regional.
De acordo com a Estratégia de Defesa Nacional do Brasil, o submarino atômico deve surgir em 2013. Já foram dados passos preliminares em direção a este objetivo: no país foi criada uma empresa que irá produzir hexafluoreto de urânio, começou o desenvolvimento do projeto do sistema de propulsão nuclear, foi criado um estaleiro e realiza-se a preparação de quadros de operadores de reatores nucleares. Na realidade, o Brasil pode repetir o êxito da companhia aeronáutica Embraer, - mas desta vez no mar. Apesar da ausência de razões militares para a realização do projeto de criação da frota submarina, ele não deixa de ter bases políticas e econômicas.

VOZ DA RÚSSIA

domingo, 30 de junho de 2013

População pode apresentar projetos de lei em ferramenta do portal e-Cidadania



As manifestações das últimas semanas em todo o país têm levado as autoridades a buscar formas de ampliar a interação com a sociedade na formulação de leis e políticas públicas, aumentando a participação popular nas decisões do país. 
O governo federal, por exemplo, quer fazer plebiscito para definir uma reforma política. Nesse contexto, um instrumento criado na página do Senado na internet pode ser a ponte entre as demandas da população e novas legislações. O portal e-Cidadania, que fica hospedado dentro da página do Senado na internet, traz uma ferramenta para que qualquer cidadão possa sugerir projetos de leis. Dentro do portal, a pessoa preenche um formulário em que apresenta a proposta legislativa em quatro passos, com espaço para a exposição da proposta de maneira sucinta e depois detalhada. Além disso, também há espaço para explicar o problema que seria solucionado com a sugestão.
Depois de preenchido e enviado o formulário, a ideia legislativa passa por uma avaliação da equipe técnica do Senado. São analisados critérios como adequação aos termos de uso do portal e-Cidadania, existência de proposições semelhantes em tramitação na Casa, compatibilidade com as cláusulas pétreas da Constituição e se ela não escapa às competências do Poder Legislativo.
Caso atenda a todos os critérios e não contenha erros impossíveis de serem sanados, a proposta segue para a página do portal e-Cidadania. Lá, ela ficará disponível publicamente para receber apoio de outras pessoas. É necessário que pelo menos 20 mil pessoas concordem com a proposta para que ela seja encaminhada para virar projeto de lei. O prazo para receber apoio é de quatro meses.
Atualmente, projetos que propõem fim de benefícios a ex- parlamentares e aumento do abono de permanência do servidor público para 30% aguardam apoio da população.
Caso alcance a meta, a proposta é repassada para a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado. Os senadores que compõem a comissão ficarão responsáveis por transformá-la em projeto de lei ou proposta de emenda à Constituição (PEC) e iniciar a tramitação da matéria. A proposição passará por esta e outras comissões permanentes da Casa, além do plenário se for o caso, e será submetida a votações que podem resultar na aprovação ou rejeição, como ocorre com qualquer outra.
As matérias que não recebem 20 mil apoios em quatro meses são retiradas do portal. É solicitado ao cidadão que, antes de apresentar a proposição, cheque as que já estão disponíveis para evitar a repetição de assuntos. Duas propostas com temas iguais ou muito próximos podem diluir a coleta de apoios e resultar no insucesso de ambas. Para mais detalhes sobre como apresentar propostas legislativas segue o link:http://www12.senado.gov.br/ecidadania/comofuncionaideia.
Agência Brasil

Resposta de Dilma para resultado de pesquisa é trabalhar mais


Resposta de Dilma para queda de popularidade é mais trabalho, diz Paulo Bernardo

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que o resultado da pesquisa Datafolha divulgada ontem (29), apontando queda de popularidade do governo após a onda de protestos no país, foi recebido com “tranquilidade”. Segundo ele, a presidenta Dilma Rousseff considera que o “remédio” é dialogar com a sociedade e seguir trabalhando para dar respostas às reivindicações apresentadas pela população. De acordo com o Datafolha, o governo alcançou 30% de aprovação – soma de ótimo e bom – o patamar mais baixo de avaliação desde o início do mandato. Na pesquisa anterior do mesmo instituto, divulgada em 10 de junho, o governo Dilma Rousseff alcançou 57%. Os números divulgados hoje indicam queda de 27% em três semanas, período que coincide com o ápice dos protestos.
“A presidenta está muito tranquila. Ela reconhece que tem uma mudança e acha que a receita, o remédio para isso é trabalharmos bastante. Já estamos trabalhando para entender mais pontos relativos às mobilizações populares e dar resposta, dar solução quando tiver, ou dizer que não tem solução, quando não tem. É uma avaliação de tranquilidade, mas de continuar trabalhando”, disse Bernardo, após se reunir com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada.
Questionado se o governo tem confiança em reverter o quadro refletido pela pequisa, Paulo Bernardo respondeu que apenas o povo pode mudar esse resultado, e o governo irá trabalhar para isso. “Quem vai reverter ou não a pesquisa é o povo, a pequisa reflete um momento e precisamos reconhecer quando há problemas, e precismos trabalhar mais duramente, dialogando com a sociedade, e isso pode ajudar a reverter a pesquisa. É uma avaliação de tranquilidade, mas de continuar trabalhando”.
O ministro avaliou que as manifestações que tomaram conta das ruas, nos últimos dias, devem ter afetado a aprovação de todos os governos, não apenas do federal. “Até porque, todos sabem que as manifestações não foram feitas contra o governo federal, foram feitas por uma pauta de reivindicações contra alguns pontos que os manifestantes consideram importante”, disse.
Paulo Bernardo também informou que o governo pretende conversar com mais representantes de movimentos sociais na próxima semana. A finalidade é continuar a debater as reivindicações defendidas nos protestos que ocorrem em todo o país.
Agência Brasil

sábado, 29 de junho de 2013

Governo organiza agenda para ampliar debate com movimentos sociais



O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje (29) que o governo pretende conversar com mais representantes de movimentos sociais na próxima semana. A finalidade é continuar a debater as reivindicações defendidas nos protestos que ocorrem em todo o país. Ele esteve neste sábado com a presidenta no Palácio da Alvorada.
“Achamos que o governo colocou uma agenda para o país e essa agenda vai ser desdobrada para a próxima semana, tanto a parte econômica, a questão da agenda de transporte urbano público, que é importante, e a agenda política do plebiscito. Na verdade, está sendo organizada uma agenda para a presidenta conversar com mais entidades e atores políticos esta semana”, disse.
Sobre o plebiscito que definirá uma reforma política para o país, ele disse que diante da “magnitude” das manifestações a reforma política é um dos pontos a serem dados como resposta à sociedade. “É urgente fazer uma reforma política. O congresso não tem conseguido avançar, até por um motivo muito simples, porque divide a classe política, portanto chamar o povo para opinar num ponto como esse é importante e urgente.”    
O governo conseguiu consenso em torno da proposta do plebiscito na quinta-feira (27), após dia intenso de reuniões entre a presidenta Dilma, presidentes de partidos e líderes da base aliada na Câmara e no Senado. No entanto, a data da consulta popular, questões e validade das mudanças ainda serão debatidas.
"O plebiscito é uma responta para um quadro de incerteza política, de um quadro onde você não consegue fazer avançar uma reforma política. Então estamos dando uma saída, que achamos que viabiliza uma reforma política, que é um dos pontos que deve ser dado como resposta a esta conjuntura", enfatizou Paulo Bernardo.
Agência Brasil

PT quer urgência para votação de projeto que torna hediondo os crimes de corrupção

O requerimento para votação em regime de urgência de projeto de lei do Poder Executivo que torna hediondo o crime de corrupção foi protocolado ontem (28) na Mesa da Câmara pelo líder do PT, deputado José Guimarães (CE). O documento, segundo a assessoria do PT, tem a assinatura da maioria dos líderes partidários. Aprovada a urgência, a matéria deverá ser votado rapidamente no plenário da Câmara.
O projeto foi apresentado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2009, e estabelece como crime hediondo os atos de peculato, concussão, corrupção passiva e corrupção ativa. A proposta prevê penas mais rigorosas para os crimes de corrupção cometidos por agentes públicos. A pena de peculato, que varia de quatro anos a 12 anos, passa a ser de oito anos a 16 anos e multa, assim como as penas para os crimes de concussão, corrupção passiva, corrupção ativa.
De acordo com José Guimarães, esse projeto é mais completo do que o aprovado pelo Senado esta semana. “Requeremos a urgência para apressar a votação. Temos que avançar. A proposta do então presidente Lula cria uma norma geral para o país e abrange todos os Poderes. Ela vai atingir políticos, funcionários públicos, membros do Ministério Público e juízes. Será uma norma para supervisionar e orientar, nessa questão, o arcabouço jurídico do país”, disse.
Pela proposta, segundo o petista, esses crimes serão tratados com mais rigor quando cometidos por agentes do Poder Judiciário, do Ministério Público, do Congresso Nacional, da Assembleia Legislativa, da Câmara Legislativa do Distrito Federal e da Câmara Municipal, ministros e conselheiros de tribunais de Contas, presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador, prefeito e vice-prefeito, entre outros agentes públicos.
"Agência Brasil"