sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Metrô-SP: Justiça nega novo pedido do governo paulista para ter acesso a documentos sobre cartel


A Justiça indeferiu pedido do governo de São Paulo para ter acesso aos documentos em poder do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que supostamente mostram a existência de cartel e
m licitações para aquisição de trens de linhas de metrô e de trens. O pedido foi o segundo feito pelo Estado, que já teve o acesso negado pela 2ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal. Segundo o governo paulista, a Corregedoria-Geral de Administração do Estado de São Paulo deve apurar, imediatamente, as prováveis infrações noticiadas.
De acordo com o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o Estado alega que o Cade violou direito à informação constitucionalmente previsto e que não pretende revelar dados que sejam particulares àqueles que estejam inseridos no procedimento de cooperação com as investigações. O Cade ressaltou que não se opôs ao empréstimo das provas, desde que o trâmite e a eficácia do processo sejam preservados.
Para o desembargador Kassio Nunes Marques, o estado de São Paulo não apresentou elementos de fato ou de direito que autorizem a concessão do pedido de acesso às informações. “Revelam os autos que o procedimento investigatório promovido pelo Cade, em razão da dimensão material da medida administrativa adotada e pela complexidade técnica do trabalho desempenhado pelos agentes públicos responsáveis pela análise e separação dos dados, demonstra a necessidade das medidas restritivas aplicadas”, explicou.
Créditos: Agência Brasil

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Ministério anuncia vinda de 4 mil médicos cubanos até o fim do ano


 O Ministério da Saúde anunciou ontem (21) que até o final do ano, 4 mil médicos cubanos vão chega
r ao Brasil para atuar nas cidades que não atraírem profissionais inscritos individualmente no Mais Médicos. Na segunda-feira chegam 400 profissionais, que vão passar pelo mesmo processo de avaliação dos médicos com diploma estrangeiro e sem revalidação do diploma inscritos na primeira etapa do programa.
Nem o Ministério da Saúde, nem a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que vai intermediar o acordo com o governo cubano, sabem dizer quanto estes profissionais vão receber pelo trabalho. "O ministério passa o mesmo valor unitário e é a Opas que vai fazer a negociação com Cuba", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acrescentando que o acordo é entre a Opas e Cuba. O ministro ressaltou que os médicos vão suprir a demanda de parte dos 701 municípios que não foram selecionados por nenhum médico na primeira edição do programa.
As duas instituições informaram também que é o governo de Cuba que decide se os profissionais vão poder trazer sua família para o Brasil. O ministro ressaltou que, assim como com os outros profissionais, a alimentação e moradia dos médicos são responsabilidade dos municípios que os receberão.
No dia 4 de outubro, mais 2 mil médicos cubanos devem chegar ao país para uma nova etapa. Assim como os que se inscreveram individualmente, os médicos cubanos que vêm pelo acordo com a Opas não vão precisar passar pelo Revalida (Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior) e, por isso, terão registro provisório por três anos para atuar na atenção básica e com validade restrita ao local para onde forem designados.
Padilha ressaltou que todos os médicos que virão nesta primeira etapa já participaram de outras missões internacionais e têm especialização em medicina familiar e comunitária. Mais de 84% deles têm mais de 16 anos de experiência na medicina.
De acordo com Padilha, o acordo que o governo brasileiro tem com a Opas permite que a entidade faça parceria com outros países e outras organizações. A pasta vai investir R$ 511 milhões até fevereiro de 2014 com a vinda dos médicos cubanos.
Na primeira edição, o Programa Mais Médicos selecionou 1.618 profissionais para atuar em 579 postos da rede pública em cidades do interior do país e periferias de grandes centros. Desse total, 1.096 médicos têm diploma brasileiro e 522 são médicos formados no exterior. Os participantes do programa correspondem a 10,5% dos 15.460 profissionais necessários, segundo demanda apresentada pelos municípios. O balanço foi divulgado hoje (14) pelo Ministério da Saúde.
Todos os médicos com diploma estrangeiro e sem revalidação vão passar por três semanas de capacitação, com foco no funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e na língua portuguesa, antes de começarem a atuar. Durante o período de atuação, terão o trabalho supervisionado por universidades.
Créditos:  Agência Brasil

Teerã pretende produzir novo tipo de combustível nuclear

Irã, energia nuclear, programa nuclear, urânio, EUA

Mais uma vez o Irã agitou o mundo com seus planos nucleares. Teerã anunciou que está se preparando para produzir o chamado combustível de urânio-silício (combustível de silicieto). Esse combustível se destina a um reator de pesquisa em Teerã, disse a Organização Iraniana da Energia Atômica. Na produção de combustível nas instalações de Natanz e Fordu são usadas 700 centrífugas para enriquecer urânio a 2
0%.

 O urânio que contém não mais de 20% do isótopo urânio-235 (U235) é considerado fracamente enriquecido. Para a produção de plutônio para armas é necessário urânio enriquecido a pelo menos 90 por cento.
O combustível de silicieto tem uma estrutura muito complexa. Basicamente, é uma mistura de metais com silício, o que permite simplificar o enriquecimento de urânio.
Alguns especialistas ocidentais dizem que o Irã cruzou outra "linha vermelha" e chegou a hora de reagir a isso. Essa é a opinião do analista do Centro de Problemas de Segurança Internacional, Piotr Topychkanov. Não há nada de novo ou sensacional no lançamento de tal produção. Se o Irã agir de forma transparente e sob a supervisão da AIEA, nada de terrível irá acontecer. O principal "mas" é a reação de Israel, que reage nervosamente a todos os relatos da "frente nuclear" iraniana, acrescenta Topychkanov:
"Há que prestar atenção não às possíveis ações dos EUA ou da União Europeia – eles agora não estão preparados para um confronto na região, – mas às de Israel. Políticos israelenses têm dito repetidamente que o Irã cruzou a "linha vermelha", e que suas ações indicam a intenção de desenvolver armas nucleares. Se Israel interpreta assim esses relatos, ele é suscetível de agir da forma que já fez contra a Síria, ou seja, levar a cabo um ataque militar (em setembro de 2007, aviões israelenses destruíram um reator sírio em Al-Kibar). Isso iria aumentar as tensões regionais."
O Irã tem atualmente 18 mil centrífugas de enriquecimento de urânio. 10 mil delas estão atualmente em funcionamento, disse o ex-chefe da Organização Iraniana de Energia Atômica, Fereydoon Abbasi. Mas quase todas elas, exceto 700 unidades, são centrífugas de geração antiga e primitiva. Para a produção de urânio altamente enriquecido em escala industrial são necessárias aproximadamente 30 mil centrífugas de novos modelos.
O Irã tem tentado adquirir este tipo de combustível no exterior há muito tempo e sem sucesso, em particular na França ou na Rússia. Mas, por razões políticas, ele não conseguiu fazê-lo. Agora ele está tentando estabelecer sua própria produção, explica o diretor do Centro russo de Energia e Segurança, Anton Khlopkov:
"Este é um dos tipos de combustível utilizado em reatores de pesquisa. Ele é bastante difícil de fabricar. Apenas dois países produzem hoje tal combustível em escala industrial – a França e a Argentina. É justamente o combustível argentino que tem sido usado no Irã nos últimos 30 anos. Mas suas reservas chegaram ao fim. É prematuro dizer que o Irã alcançou o nível tecnológico necessário para a produção deste combustível em escala industrial."
Com todas as manobras políticas em torno do "programa nuclear" do Irã, poucos se lembram que a energia nuclear no país surgiu com a ajuda de Washington ainda durante o reinado do Xá Mohammad Reza Pahlavi, em meados do século passado, ao Centro Atômico da Universidade de Teerã. Os desenvolvimentos no campo da energia nuclear eram realizados sob os auspícios dos Estados Unidos, com os quais o Irã assinou um acordo em 1957. Segundo o documento, Washington se comprometeu a fornecer ao Irã dispositivos nucleares, equipamentos e a treinar especialistas. Hoje, Washington é o principal crítico dos planos nucleares do Irã.
Créditos: VOZ DA RÚSSIA

Doenças do século 19 ainda são desafios para a saúde pública

 O mesmo Sistema Único de Saúde (SUS) que fez mais de 22 mil cirurgias de transplantes de órgão e lida diariamente com doenças relacionadas a um novo estilo de vida imposto pela modernidade do século 21 - corrido e ao mesmo tempo sedentário -, ainda precisa prestar atendimento a pessoas com enfermidades que se expandiram desde o século 19. De acordo com a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Tânia Araújo Jorge, as chamadas “doenças negligenciadas” têm um determinante social muito forte e suas sequelas alimentam o círculo da pobreza.
“Renda, condições de educação, de saneamento e água influenciam bastante na permanência dessas doenças, por isso são consideradas doenças relacionadas à pobreza”, explica Tânia. As doenças negligenciadas consideradas prioritárias pelo governo federal são dengue, doença de Chagas, leishmaniose, malária, esquistossomose, hanseníase e tuberculose. A pesquisadora destaca que outra característica desses males é que, de forma geral, são negligenciados pela indústria farmacêutica global. “Não tem interesse em investimento de pesquisa para geração de vacina, de medicamentos, porque é um mercado pobre, a atividade econômica não dá sustentação para um mercado global” avaliou.
Tânia Araújo acrescenta ainda que outro componente que contribui para a permanência dessas doenças na agenda do governo é a omissão da rede pública de saúde na atenção a essas populações. “Muitas vezes você tem o medicamento, mas o serviço de saúde não propicia o acesso às soluções já conhecidas”, diz.
A pesquisadora ressaltou que não adianta ter apenas um planejamento do governo federal, “tem que haver ação na ponta. A articulação entre os entes federal, estaduais e municipais é muito importante”. Para ela, as políticas voltadas para a as doenças negligenciadas são tratadas como política de governo e não de Estado, e por isso é muito comum que sejam suspensas a cada troca de governo.
“Esse tema não deve sair da agenda política, ele está muito presente na agenda dos cientistas, mas isso por si só não é o suficiente. Os resultados das pesquisas têm que ser colocado na agenda política do país” frisou Tânia, acrescentando que o investimento em educação é fundamental.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2012 foram registrados mais de 33 mil novos casos de hanseníase, considerada uma das doenças mais antigas que acometem o homem e que tem cura. Os estados de Mato Grosso, Maranhão e do Tocantins apresentaram em 2012 alta incidência da doença, enquanto todos os estados da Região Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, na Região Sudeste, somados ao Rio Grande do Norte, no Nordeste, alcançaram a meta de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública.
A pesquisadora explicou que com o avanço das pesquisas na saúde a letalidade das doenças negligenciadas diminuiu em relação à do século 19, porém, a convivência prolongada com elas traz mais morbidades. “A mortalidade hoje no Brasil é muito mais causada por doenças cardiovasculares, câncer, doenças crônicas. Essas doenças infecciosas da pobreza conseguem ser controladas, menos de 5% da população morrem em consequência delas. No entanto, elas são muito frequentes, em crianças atrapalham o rendimento escolar, atrapalham o crescimento, em adultos atrapalham a inserção no mercado de trabalho, de forma que sustenta um círculo que mantém a pobreza” diz a especialista.
Ao mesmo tempo em que o SUS precisa lidar com essas doenças, aumenta o número de pessoas acometidas por males intimamente relacionados ao ritmo de vida mais acelerado, às cobranças e ao sedentarismo, cada vez mais comuns na vida de quem vive nas metrópoles. “Obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus, depressão, problemas de tireoide, dor nas costas, doenças ocupacionais, são as doenças que mais atormentam a sociedade moderna”, avalia Samira Layaun, médica especialista em medicina preventiva e consultora de saúde e qualidade de vida.
Na avaliação da especialista, falta estrutura e investimento em saúde pública para atender à demanda ocasionada por essas doenças. Mesmo figurando em agendas de saúde tão distintas, tanto as doenças negligenciadas como as ditas “da vida moderna” precisam de investimento maciço em educação.
“O governo deveria investir mais em campanhas educativas e ações que estimulem as pessoas a adotar bons hábitos alimentares, de sono, exercícios, entre outros. De outro lado, as pessoas deveriam aderir a esses bons hábitos. Procurar alimentar-se e hidratar-se corretamente, dormir, no mínimo, oito horas por noite, praticar exercícios com regularidade, manter o peso e o estresse sob controle, ficar longe do cigarro, do álcool, das drogas, praticar boas ações e nutrir bons sentimentos. São práticas que colaboram tanto na prevenção como no tratamento das doenças da vida moderna”, reforçou Samira à Agência Brasil.



Doença
Descrição do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inovação em Doenças Negligenciadas – Ligada à Fundação Oswaldo Cruz
Incidência de acordo com o Ministério da Saúde
Esquistossomose:
A esquistossomose, também conhecida como bilharzíase ou "febre do caramujo", é uma doença parasitária, transmitida por caramujos infectados com uma das cinco variedades do parasitaSchistosoma. A infecção tem ampla distribuição no hemisfério sul, com uma relativa baixa taxa de mortalidade, e alta morbidade, que debilita milhões de pessoas ao redor do mundo.
O maior registro da doença está na Região Nordeste, especificamente em Pernambuco. Em seguida, aparece a Região Sudeste, com maior índice em Minas Gerais. Já a Região Norte não apresentou registro da doença em 2012. Os registros do Ministério da Saúde apontavam 31.744 casos esquistossomose em 2012.
Hanseníase:
Doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium lepraeque afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos. É transmitida por gotículas de saliva. É endêmica em certos países do Hemisfério Sul, principalmente na Ásia.
Os estados de Mato Grosso, Maranhão e do Tocantins apresentaram, em 2012, coeficientes de prevalência altos - entre 5 e 9,99 casos por 10 mil habitantes -, enquanto todos os da Região Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, na Região Sudeste, somados ao Rio Grande do Norte, no Nordeste, alcançaram a meta de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública.
Em 2012, o registros do Ministério da Saúde apontavam 33.303 casos de hanseníase.
Dengue:
Dengue e a febre hemorrágica da dengue (FHD) são causadas por quatro sorotipos do vírus. A infecção é mais comum nas Américas e na Ásia e em outras regiões tropicais e é transmitida ao homem pela picada de mosquitos infectados. Os sintomas incluem dores de cabeça, febre, dores nas juntas e músculos
A transmissão de dengue foi mais intensa na Região Sudeste com 875.457, seguida pela Região Centro-Oeste com 261.541 (os números são referentes ao período de 30/12/2012 a 6/7/2013).Em 2012 houve mais de 590 mil casos de dengue no Brasil.
Doença de Chagas:
A doença de Chagas só é encontrada na América Latina. É a infecção causada pelo protozoárioTrypanosoma cruzi. Muitas vezes na fase inicial a doença não apresenta sintomas, mas quando aparecem podem ser febre, mal-estar, falta de apetite, dor ganglionar, inchaço ocular e aumento do fígado e baço, entre outros.
Atualmente, os casos têm ocorrido principalmente na região amazônica, em especial no estado do Pará, devido à ingestão de alimentos contaminados com oTrypanosoma cruzi, parasita causador da doença. Nas outras regiões, a principal forma de transmissão era a vetorial, quando o inseto transmissor, o barbeiro, infestava e colonizava o interior dos domicílios. Hoje, essa forma de transmissão está interrompida, ocorrendo casos de maneira esporádica, principalmente devido à proximidade com o ciclo silvestre da doença. A estimativa é que no Brasil há entre 2 e 3 milhões de pessoas com a doença.
Malária
A malária é considerada uma das mais graves infecções parasitárias da humanidade. Presente em 110 países, a doença ameaça metade da população mundial. A cada ano surgem de 350 a 500 mil casos, principalmente no Continente Africano. Causada pelo parasita Plasmodium, a malária é transmitida de pessoa a pessoa por meio da picada de mosquitos Anopheles.
Amazonas e Amapá são os estados que apresentam maior número de casos.
Tuberculose:
Doença infectocontagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos, como os rins, e tecidos, como os ossos. É causado peloMycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (BK). Aproximadamente um terço da população do mundo está infectada com o bacilo da tuberculose, que é a principal causa de morte de pessoas que estão infectadas pelo HIV, devido ao enfraquecimento das defesas imunológicas.
Os estados de maior incidência são Amazonas e Rio de Janeiro com 67,3 casos por 100 mil habitantes. Já os locais com menor incidência são o Tocantins e o Distrito Federal com 13, 5 casos por 100 mil habitantes. No momento, Cuiabá é a capital com maior incidência, com 100 casos por 100 mil habitantes. A capital com menor índice é Palmas, com 9,5 casos por 100 mil habitantes. Números de 2012 mostram o registro de 71.230 pessoas com tuberculose.
Leishmaniose:
Doença causada por protozoários parasitas do gênero Leishmaniatransmitida por meio da picada de certas espécies de flebotomíneos. Os sintomas da infecção incluem feridas na pele, febre, anemia e danos ao fígado e baço. A forma mais grave da doença, a leishmaniose visceral, ocorre quando os parasitas migram para os órgãos vitais. Atualmente, cerca de 90% dos casos de leishmaniose na América Latina ocorrem no Brasil.
A Região Norte apresenta a maior incidência, sendo o Tocantins o estado com maior concentração da doença. Em seguida, aparece a Região Nordeste, com casos registrados no Maranhão, Piauí e Ceará, respectivamente. Números de 2012 mostram o registro de 3.043 pessoas com tuberculose.
Edição: Marcos Chagas
Créditos; Agência Brasil

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Atividade econômica cresce 2,5% no primeiro semestre

Atividade agropecuária e investimentos foram os destaques da primeira metade do ano - Divulgação
Atividade agropecuária foi descaque

De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica, houve expansão de 2,5% no ritmo dos negócios no acumulado do primeiro semestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano passado. Este desempenho foi melhor que a alta de apenas 0,6% verificada no primeiro semestre de 2012 (frente ao mesmo período de 2011), porém inferior aos crescimentos observados nos primeiros semestres de 2011 e 2010, de 3,8% e de 9,0%, respectivamente. Por outro lado, a atividade industrial exibiu crescimento de apenas 0,7% no acumulado do primeiro semestre deste ano frente ao mesmo período de 2012. Neste caso, a alta da inflação observada em quase todo o primeiro semestre de 2013 acabou afetando negativamente a produção de alguns setores industriais importantes como o de alimentos e o de bebidas.O resultado da atividade econômica neste primeiro semestre foi impulsionado pelo excelente desempenho obtido pela atividade agropecuária, a qual se expandiu 12,8% frente ao primeiro semestre de 2012. Segundo estimativas oficiais, a safra de grãos está atingindo cerca de 188 milhões de toneladas em 2013 (crescimento de aproximadamente 16% frente à safra de 2012), com destaques para as expansões de 24%, de 33% e de 12% das safras de soja, trigo e milho, respectivamente.
Já o setor de serviços apresentou um crescimento um pouco mais favorável do que atividade industrial e encerrou o semestre com avanço de 2,2% frente ao mesmo período do ano passado.
Pelo lado da demanda agregada, os investimentos com alta de 6,5% no primeiro semestre de 2013, foram o principal sustentáculo da atividade econômica neste período. Destaque para a produção de caminhões que, segundo os dados do setor, cresceu 51% neste primeiro semestre de 2013 na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o consumo das famílias, impactado pela alta da inflação, exibiu um dinamismo mais contido e cresceu apenas 2,5% no primeiro semestre de 2013. Também o consumo do governo registrou baixo crescimento e fechou o semestre com alta de apenas 1,1%.
Por fim, o setor externo foi o grande freio à expansão da atividade econômica durante o primeiro semestre de 2013. As exportações cresceram apenas 0,7% e as importações (que entram com sinal negativo na composição do PIB) subiram 7,9%. Prova disto é o fato de que a balança comercial brasileira acumulou um déficit de U$ 3,0 bilhões durante o primeiro semestre de 2013, o pior resultado dos últimos 18 anos.
Créditos: Agora MS

A Primavera de Praga e os dividendos de um sonho perdido

primavera de Praga

A operação Danúbio teve início em agosto de 1968. Tropas dos países do Pacto de Varsóvia entraram na Tchecoslováquia e acabaram com as reformas democráticas de Alexander Dubcek. Ao contrário da revolta da Hungria de 1956, a repressão da Primavera de Praga foi feita com relativamente pouco derramamento de sangue.

As reformas democráticas, realizadas pelo secretário-geral do Partido Comunista Alexander Dubcek e seus correligionários, duraram pouco mais de meio ano: de 5 de janeiro a 21 de agosto de 1968, quando as tropas da URSS e seus aliados invadiram a Tchecoslováquia. Durante vários meses, a direção soviética vacilou, sem saber o que fazer com a Praga rebelde – a continuação das reformas iriam ameaçar a coesão do Bloco de Leste. Além disso, o Kremlin temia que o "vírus das reformas" fosse alastrar para fora da Tchecoslováquia e que contaminasse não só as elites da Europa Oriental, mas mesmo a parte mais liberal dos funcionários do Partido na URSS. Já os generais tinham as suas próprias razões para um o uso da força, diz o historiador Alexander Stykalin: ao contrário da Polônia, da Hungria e da República Democrática da Alemanha, a Tchecoslováquia não tinha um contingente de tropas soviéticas estacionado:
"A direção soviética já estava preocupada, há muito tempo, com o fato de a Tchecoslováquia não ter tropas soviéticas e que os mil quilômetros, que constituíam um corredor desde a Alemanha Ocidental até à fronteira soviética, estavam praticamente desprotegidos. Portanto, havia que procurar um pretexto para colmatar essa brecha. Este tipo de considerações já existiam entre os generais soviéticos muito antes dos acontecimentos de 1968. A Primavera de Praga forneceu um pretexto para o fazer."
Hoje, muitos politólogos dizem que a URSS atuou em conformidade com as circunstâncias e que qualquer líder de um grande bloco político-militar teria tomado essa decisão. Contudo, as repercussões negativas para a reputação do Kremlin foram enormes. No esmagamento da Primavera de Praga participaram cinco países do Pacto de Varsóvia, mas a fama de "carrasco da liberdade" ficou com a URSS: um líder responde por todos.
Aos olhos do Ocidente, a Primavera de Praga se tornou numa bandeira do martírio. As forças no poder na República Tcheca pós-soviética utilizaram-na como um capital político que foi investido com sucesso nas “bolsas políticas” do Ocidente. Uma das principais consequências da Primavera de Praga foi a entrada da República Tcheca no clube das principais potências europeias como membro de pleno direito, considera o politólogo Pavel Svyatenkov:
"A República Tcheca conseguiu trocar com sucesso o seu papel nos acontecimentos de 1968 por um bilhete de entrada direta no clube das potências europeias. Hoje, a República Tcheca tem uma voz na Europa e as suas posições são tomadas em consideração. Não existe a imagem de ela ser uma pobre enteada que recebe subsídios da Comissão Europeia."
A voz dos políticos tchecos tem um forte eco a nível internacional. A firmeza do presidente tcheco Václav Klaus obrigou a União Europeia a fazer determinadas concessões a Praga na assinatura do Tratado de Lisboa de 2009, recorda Pavel Svyatenkov. Ao longo da sua história, os tchecos tiveram de viver durante longos períodos sob proteção de formações políticas mais importantes. Eles aprenderam a fazer ouvir sempre a sua voz, evitando sempre entrar em conflitos abertos.
Créditos: VOZ DA RÚSSIA

Descoberto planeta localizado a 700 anos-luz da Terra



Telescópio Kepler identifica mais um exoplaneta fora do nosso sistema solar que realiza uma volta completa ao redor de sua estrela em apenas oito horas e meia.
Como já descrevemos, a NASA não irá mais concertar a sonda/telescópio Kepler, mas essa ainda assim continuará a trabalhar a favor da Agência Espacial em busca de novos corpos celestes e foi isso mais uma vez que a Kepler fez.  De acordo com cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts – MIT, fora identificado com base em observações realizadas pelo telescópio da NASA, um exoplaneta de tamanho próximo ao da Terra e que faz uma volta ao redor de sua estrela em apenas oito horas e meia.
O exoplaneta descoberto foi denominado de Kepler 78b e está localizado a 700 anos-luz da Terra. Tal descoberta fora publicada no jornal científico, “Astrophysical Journal”.
Por estar muito próximo de sua estrela, a temperatura no Kepler 78b chega a 2,7 mil ºC; vale salientar que o diâmetro da órbita do exoplaneta em questão é de apenas três vezes maior do que o do astro.
Em nota, o MIT divulgou o seguinte: “Em um ambiente tão quente, a camada mais superficial do Kepler 78b provavelmente está derretida, criando assim um oceano de lava gigantesco e turvo... a luz, quando for analisada com telescópios maiores e mais potentes, poderá ajudar e dar maiores detalhes a respeito da composição da superfície do planeta”.

Créditos: Oficinanet.com